Identidade Brasileira Negros no Brasil

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Acadêmica: Kímberly Alana Rodrigues de Almeida
Identidade Brasileira: Negros no Brasil
O racismo nasce no Brasil associado à escravidão, mas é após a abolição que ele se firma como discurso, com base nas teses de inferioridade dos negros, e se difunde no país como matriz para a interpretação do desenvolvimento nacional. As teorias racistas, então muito espalhadas na sociedade brasileira, e o projeto de branqueamento vigoram até os anos 30 do século XX, quando foram substituídos pela chamada ideologia da democracia racial. Nesse nosso novo contexto, entretanto, a valorização da miscigenação e do mulato continuaram propiciando a disseminação de um ideal de branqueamento como projeto pessoal e social. As Teorias racistas adotadas no Brasil foram somando-se à idéia de que só a miscigenação permitiria alcançar a predominância. A tese do branqueamento como projeto nacional sustentava-se em um otimismo face à mestiçagem. A idéia de que progresso do país dependia não apenas do seu desenvolvimento econômico ou da implantação de instituições modernas, mas também do aprimoramento racial de seu povo, dominou a cena política e influenciou decisões públicas das últimas décadas do século XIX, contribuindo para o aprofundamento das desigualdades no país. O projeto de um país moderno era, então, diretamente associado ao projeto de uma nação mais branca. A entrada dos imigrantes europeus e a miscigenação permitiriam a diminuição do peso relativo da população negra e a aceleração do processo de modernização do país.O ideal do branqueamento firmou-se nas décadas de 1920 e 1930, mesmo com o crescente enfraquecimento das “teorias deterministas da raça”. As elites nacionais percebiam a questão racial de forma cada vez mais positiva: para eles, o Brasil parecia branquear-se de maneira significativa, e o problema racial se encaminhava para uma solução. 
A Constituição de 1988 significou efetivamente uma ampla reorganização, garantiu a universalização do atendimento na saúde, com a criação do Sistema Único de Saúde ( SUS ) ; do atendimento dos serviços e benefícios da Assistência Social, a quem deles necessitar ; e a gratuidade. Aumentou os direitos previdenciários criando a Previdência Rural, fixando o piso geral em um salário mínimo e equalizando o às desigualdades raciais em um país com o histórico de racialização da pobreza, a discriminação racial e o racismo, atuando de forma a restringir a igualdade de política com a realização da Marcha Zumbi dos Palmares contra o Racismo, pela Cidadania e pela Vida, em 1995. No Brasil, a consolidação de um Estado exige o enfrentamento da desigualdade.
A contribuição dos negros na construção da sociedade brasileira é evidente. É possível notar sua influência desde simples superstições até o modo de viver do brasileiro. O cantar, o dançar, o sentir, o produzir e até mesmo o refletir foram características legadas por meio dos negros. Essa grande influência teve início a partir do tráfico negreiro, em que milhões de africanos foram forçados a sair de seu continente de origem para exercer trabalho escravo no Brasil. A contribuição do povo africano para a formação brasileira foi primordial tanto na composição física da população quanto na conformação do que viria a ser cultura, isso inclui várias dimensões, como a culinária, língua, música, religião, estética, valores sociais e estruturas mentais.
Devemos compreender melhor esta importante contribuição do negro no processo de formação da sociedade Brasileira, deixando marcada a sua participação na formação da identidade da nação com a herança Africana trazida para o Brasil, construindo um país diversificado racial e culturalmente. O que vemos hoje é reflexo de uma miscigenação em que o negro teve grande participação.
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