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Arquivologia Aula 03

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E r e n d e c a s t r o , C P F : 9 8 4 8 3 4 7 1 1 9 1
E r e n d e c a s t r o , C P F : 9 8 4 8 3 4 7 1 1 9 1
ARQUIVOLOGIA PARA O MINISTÉRIO DO TURISMO 
PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA 
AULA 3 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
Olá, futuro servidor do Ministério do Turismo! 
Na aula de hoje (nossa última aula), veremos os tais procedimentos 
administrativos. Na verdade, já começamos a vê-los aula passada, 
quando aprendemos sobre os métodos de arquivamento. 
Eu fiz uma pesquisa ampla nas provas da FUNIVERSA e foi difícil 
delimitar, exatamente, o que o examinador quis dizer com 
“procedimentos administrativos”. De forma geral, quando as bancas 
se referem a este termo, exigem conhecimentos sobre as atividades 
de protocolo, como organização, classificação e ordenação dos 
documentos, regras para formação, tramitação de processos, entre 
outros. 
Para todo mundo dormir seguro e com a consciência tranqüila, 
vamos, nesta aula, ao final dela, resolver as questões de arquivologia 
da prova do STJ/2008 (do CESPE), que delimitava bem esse tema. O 
enunciado era o seguinte: “Acerca das técnicas de arquivamento e 
dos procedimentos administrativos, julgue os itens a seguir”. Vamos, 
também, durante a aula, resolver exercícios da própria FUNIVERSA 
que tratam sobre o tema, mas vamos, ao final dela, resolver estas 
questões da prova do STJ para vermos, na prática, como esse tema 
pode ser cobrado em uma prova de concurso público. Combinado? 
 
1. (TERRACAP – 2010- FUNIVERSA) Acerca da classificação 
dos arquivos, aqueles que guardam os documentos mais 
novos e mais utilizados na instituição são chamados de 
arquivos 
 
(A) intermediários. 
 
(B) setoriais. 
 
(C) centrais. 
 
(D) correntes. 
 
(E) gerais. 
 
Bom, iniciamos com esta questão somente para ter certeza que você 
está antenado naquilo que vimos nas aulas anteriores. Não se 
esqueça que, em cada aula, vemos assuntos diferentes e, agora, que 
chegamos à nossa última aula, você não pode se esquecer do que 
vimos nas anteriores. 
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ARQUIVOLOGIA PARA O MINISTÉRIO DO TURISMO 
PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA 
AULA 3 
2 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
Seja estudando novamente a aula, seja por meio de grifos ou de 
resumos (ou de qualquer outra técnica de que você se valha), você 
não pode se perder no caminho. Ok? 
 
O item é bem facinho, não é? Quais os arquivos que guardam os 
documentos mais novos e mais utilizados na instituição? São os 
arquivos correntes, como pode se perceber pela sua própria 
definição, dada na Resolução nº 1, de 18 de outubro de 1995, do 
Conarq: 
 
“Consideram-se arquivos correntes os conjuntos de documentos em 
curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de 
consultas freqüentes.” 
 
GABARITO: D 
 
2. (HFA – 2009 – FUNIVERSA) Assinale a alternativa que 
apresenta uma atividade que não constitui atividade de 
arquivo corrente. 
 
(A) Protocolo. 
 
(B) Expedição. 
 
(C) Arquivamento. 
 
(D) Recolhimento. 
 
(E) Transferência. 
 
Essa questão é muito importante para os nossos estudos nesta aula. 
Sei que você se lembra que estudamos os arquivos correntes, 
intermediários e permanentes. Existem algumas atividades que são 
típicas de determinados arquivos, e é isto que a questão quer saber. 
 
No caso, o examinador quer saber qual atividade não é atividade 
típica de arquivo corrente. Para isto, precisamos saber, afinal, quais 
são essas atividades típicas de arquivo corrente. 
 
Pela natureza do arquivo corrente, várias das atividades de um 
arquivo são a ele relacionadas, como as atividades de: 
 
1 – Protocolo, incluindo recebimento e classificação, registro e 
movimentação; 
 
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2 – Expedição; 
 
3 – Arquivamento; 
 
4 – Empréstimo e consulta; 
 
5 – Destinação. 
 
Em provas de concurso público, é muito comum o examinador 
perguntar se, por exemplo, protocolo é uma atividade típica de 
arquivos correntes. A resposta é afirmativa. Não só o protocolo, mas 
todas as cinco atividades elencadas acima são atividades típicas de 
arquivos correntes. 
 
Vamos aproveitar esta questão para estudar cada uma delas: 
 
PROTOCOLO 
 
Protocolo é, na definição da terminologia arquivística brasileira, 
denominação geralmente atribuída a setores encarregados do 
recebimento, registro, distribuição e movimentação de documentos 
em curso. 
 
O protocolo envolve o recebimento e a classificação dos documentos, 
além do registro e da movimentação. 
 
Em questões de concurso público, é recorrente a exigência do 
conhecimento sobre essas quatro atividades do protocolo: 
recebimento, classificação, registro e movimentação. 
 
O quadro abaixo lista as rotinas de recebimento e de classificação: 
 
Passos Rotinas 
1 Receber a correspondência (malotes, balcão, ECT). 
2 Separar a correspondência oficial da particular. 
3 Distribuir a correspondência particular. 
4 
Separar a correspondência oficial de caráter ostensivo da de 
caráter sigiloso. 
5 
Encaminhar a correspondência sigilosa aos respectivos 
destinatários. 
6 Abrir a correspondência ostensiva. 
7 
Tomar conhecimento da correspondência pela leitura, 
verificando a existência de antecedentes. 
8 
Requisitar ao Arquivo os antecedentes. Se os antecedentes 
não estiverem no Arquivo, o Setor de Registro e 
Movimentação informará onde se encontram e os solicitará 
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para ser feita a juntada. 
9 
Interpretar e classificar a correspondência, com base no 
código de assuntos adotado, se for o caso. 
10 
Apor carimbo de protocolo – numerador/datador, sempre que 
possível, no canto superior direito do documento. 
11 
Anotar abaixo do número e da data a primeira distribuição e 
o código de assunto, se for o caso. 
12 
Elaborar o resumo do assunto a ser lançado na fi cha de 
protocolo. 
13 
Encaminhar os papéis ao Setor de Registro e Movimentação. 
 
 
 
Veja, no quadro, uma diferença significante na postura do protocolo, 
em relação aos documentos ostensivos e sigilosos. 
 
O protocolo abre a correspondência ostensiva, mas simplesmente 
encaminha a correspondência sigilosa aos seus respectivos 
destinatários. 
 
Ora, se a correspondência é sigilosa, não faz, de fato, muito sentido o 
protocolo abri-la. 
 
O quadro abaixo lista as rotinas de registro e de movimentação do 
protocolo: 
 
Passos Rotinas 
1 
Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anotando: 
número de protocolo; data de entrada; procedência, espécie, 
número e data do documento; código e resumo do assunto; 
primeira distribuição. 
2 
Anexar a segunda via da ficha ao documento, 
encaminhando-o ao seu destino, juntamente com os 
antecedentes, após o registro e as anotações pertinentes nas 
respectivas fichas, se for o caso. 
3 
Inscrever os dados constantes da ficha de protocolo nas 
fichas de procedência e assunto, rearquivando-as em seguida 
4 Arquivar as fichas de protocolo, em ordem numérica. 
5 
Receber dos vários setores os documentos a serem 
redistribuídos; anotar nas respectivas fichas (numéricas) o 
novo destino. 
6 
Encaminhar os documentos aos respectivos destinos, de 
acordo com despacho de autoridade competente. 
 
 
EXPEDIÇÃO 
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O quadro abaixo lista as rotinas de expedição, segunda atividade 
típica dos arquivos correntes: 
 
Passos Rotinas 
1 
Receber a correspondência (original, envelope e cópias em 
quantidades a serem determinadas). 
 
2 Verificar se não faltam folhas ou anexos. 
3 Numerar e completar a data, no original e nas cópias. 
4 Separar o original das cópias. 
5 
Expedir o original, com os anexos se for o caso, pela ECT, 
malotes ou em mãos. 
6 
Encaminhar as cópias, acompanhadas dos antecedentes que 
lhes deram origem, ao setor de arquivamento, isto é, ao 
Arquivo propriamente dito. 
 
 
ARQUIVAMENTO 
 
Arquivamento é muito útil à organização, pois, mais importante do 
que arquivar, é recuperar a informação de maneira ágil e eficiente. 
Não adianta nada ter a informação ali e, na hora de buscá-la, não 
saber encontrá-la, não é mesmo? 
 
Alguns métodos de arquivamento são adotados para facilitar a 
recuperação e são incansavelmente cobrados em concursos públicos. 
Ah, mas você já sabe que métodos são esses! A eles, dedicamos 
nossa aula passada, inteirinha. Veja só a interligação entre os 
conteúdos! 
 
Se tiver, ainda, alguma dúvida sobre os métodos de arquivamento, 
esta é a hora de voltar à aula passada e sedimentar, de vez, os 
conhecimentos sobre este assunto. Passemos, então, à próxima 
atividade dos arquivos correntes. 
 
EMPRÉSTIMO E CONSULTA 
 
Após estudar as três primeiras atividades dos arquivos correntes (a 
saber: protocolo, expedição e arquivamento), passemos, agora, à 
quarta atividade: empréstimo e consulta. 
 
Deve-se ter muito cuidado ao realizar o empréstimo de um 
documento para não correr o risco de perdê-lo ou de não recuperá-lo. 
Por isso, é costume ceder ou liberar para consulta documentos 
somente os órgãos que os receberam ou produziram. 
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Há um documento, chamado guia-fora, cobrado em concursos 
públicos, que auxilia o arquivo nesta tarefa de empréstimo. Ao ser 
retirado um documento de uma pasta, em seu lugar será colocada 
uma guia-fora, que conterá as informações necessárias ao 
rastreamento do documento, como a data de retirada, a identificação 
da pessoa que o retirou, etc. 
 
DESTINAÇÃO 
 
Última atividade dos arquivos correntes é a destinação, conceituada 
pela terminologia arquivística brasileira como: conjunto de operações 
que se seguem à fase de avaliação dos documentos destinadas a 
promover sua guarda temporária ou permanente, sua eliminação ou 
sua microfilmagem. 
 
Você já sabe: alguns documentos têm valor temporário; outros, valor 
permanente e, por isso, não poderão, jamais, ser eliminados. 
 
A primeira fase desta etapa de destinação é analisar e avaliar os 
documentos para determinar se eles têm valor temporário ou 
permanente. 
 
Para auxiliar nesta decisão, há um instrumento, muitíssimo cobrado 
em concursos públicos, chamado tabela de temporalidade. A tabela 
de temporalidade é o instrumento de destinação, aprovado pela 
autoridade competente, que estabelece prazos para a manutenção 
dos documentos em arquivos correntes ou intermediários ou para sua 
eliminação. 
 
Veja a definição da terminologia arquivística brasileira: 
 
“Instrumento de destinação, aprovado pela autoridade competente, 
que determina os prazos em que os documentos devem ser mantidos 
nos arquivos correntes e intermediários, ou recolhidos aos arquivos 
permanentes, estabelecendo critérios para microfilmagem e 
eliminação.” 
 
Ufa! Vimos, até agora, as atividades dos arquivos correntes. Por isto, 
as letras “a”, “b” e “c” não são o gabarito da questão, pois são, de 
fato, atividades desse tipo de arquivo (e a questão pede a atividade 
que não o é). 
 
Falta-nos saber, ainda, o que são os conceitos de transferência e 
recolhimento. 
 
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Transferência é a passagem dos documentos do arquivo corrente 
para o arquivo intermediário. 
 
Recolhimento é a passagem dos documentos dos arquivos correntes 
ou intermediários para os permanentes. 
 
Estes procedimentos são feitos em razão da frequência de uso e o 
valor do documento (guarde bem a diferença entre transferência e 
recolhimento – isto é muito cobrado em provas!). 
 
O artigo 1º da Resolução nº 2, de 18 de outubro de 1995, do Conarq, 
estabelece que: 
 
“Os acervos documentais a serem transferidos ou recolhidos às 
instituições arquivísticas públicas, pelos órgãos e entidades do Poder 
Público, deverão estar organizados, avaliados, higienizados, 
acondicionados e acompanhados de instrumento descritivo que 
permita sua identificação e controle. 
 
§ 1º Considera-se transferência a passagem de documentos de um 
arquivo corrente para o arquivo intermediário, onde aguardarão sua 
destinação final: eliminação ou recolhimento para guarda 
permanente. 
 
§ 2º Considera-se recolhimento a entrada de documentos para 
guarda permanente em instituições arquivísticas públicas.” 
 
Portanto, a atividade que está necessariamente ligada aos arquivos 
correntes é a transferência e, por isso, a letra “d” é o gabarito da 
questão. 
 
GABARITO: D 
 
3. (IPHAN – 2009 – FUNIVERSA) A avaliação de 
documentos é uma das atividades mais complexas dos 
arquivos, considerando os aspectos subjetivos que a 
perpassam. Todavia, alguns estudiosos indicam critérios 
para orientá-la. Entre os parâmetros de classificação 
encontrados na literatura, pode-se considerar a distinção 
entre valores 
 
(A) primários e administrativos. 
 
(B) probatórios e informativos. 
 
(C) probatórios e secundários. 
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(D) secundários e informativos. 
 
(E) primários e fiscais. 
 
Perceba a sutileza da pergunta do examinador. Ele quer a distinção 
entre valores; quer saber, portanto, os valores que não são iguais; 
que são diferentes. 
 
Para relembrar: valor primário é aquele atribuído em função do 
interesse que possa ter para a organização, levando-se em conta a 
sua utilidade para fins administrativos, legais, fiscais etc. É o valor 
pelo qual o documento foi criado (todo documento nasce com um 
objetivo administrativo) e, por isso, está presente em todos eles, 
quando de sua criação. 
 
Assim, com base no parágrafo anterior, valor primário pode ser 
chamado de valor administrativo e, também, de valor fiscal. Por isso, 
as letras “a” e “e” estão já descartadas. 
 
O que faz um documento não ser eliminado e ser mantido sob guarda 
permanente é o seu valor secundário (informativo ou probatório). 
 
Todos os documentos nascem com valor administrativo – valor para o 
qual foram criados – mas apenas alguns adquirem valor secundário: 
aqueles que serão mantidos sob guarda permanente. Os outros 
documentos, que perderam o seu valor administrativo e não possuem 
valor histórico ou probatório (valor secundário), serão eliminados. 
 
Portanto, como o valor secundário pode ser probatório ou 
informativo, as letras “c” e “d” estão, também, descartadas. 
 
Dessa forma, a letra “b” é o gabarito da questão, pois os valores 
informativo e probatório não são iguais, apesar de serem, ambos, 
valores secundários. A diferença entre elesé aquela que a gente pode 
perceber pelo próprio nome: os documentos que possuem valores 
informativos informam alguma coisa; aqueles que possuem valor 
probatório, por sua vez, provam alguma coisa. 
 
Deu pra entender? É uma questão bem sutil, de detalhes. O 
examinador pede valores distintos entre si. O valor primário pode ser 
administrativo, legal, fiscal, etc. O valor secundário pode ser 
informativo, probatório, mas estes valores (informativo e probatório) 
não se confundem entre si. 
 
GABARITO: B 
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4. (IPHAN – 2009 – FUNIVERSA) Quanto às medidas de 
conservação de documentos, é correto afirmar que 
 
(A) A secagem a vácuo consiste no tratamento de 
documentos molhados mediante gradual retirada de ar 
e diminuição de temperatura. 
 
(B) A liofilização diz respeito ao tratamento de 
documentos molhados por congelamento. 
 
(C) A secagem a frio corresponde ao tratamento de 
documentos molhados e subseqüente secagem a 
vácuo, com diminuição de temperatura. 
 
(D) Pelo processo de umidificação, documentos molhados 
são colocados numa atmosfera com reduzida umidade 
relativa do ar. 
 
(E) A desumidificação consiste no aumento da umidade 
relativa do ar em áreas determinadas, por meio de 
processos mecânicos ou químicos. 
 
Esta questão é muito importante, pois, por meio dela, vamos 
aprender matéria reiteradamente exigida em concursos públicos, as 
medidas de conservação de documentos. 
 
A primeira coisa que você deve saber sobre as atividades de 
conservação de documentos é que são atividades de arquivo 
permanente! Lembra-se que, nesta aula, vimos já as atividades de 
arquivo corrente? Pois, agora, passaremos a ver a conservação de 
documentos, atividade de arquivo permanente. 
 
São as atividades, como diz o nome, que visam a conservar os 
documentos, aumentando sua vida útil. 
 
Antes de passarmos às alternativas da questão, vamos dar uma 
olhada nas condições ideias de manutenção de um arquivo. Imagine 
que você vá construir, em sua empresa, um arquivo. Como ele deve 
ser? Qual a temperatura, a umidade, a luz que você deve manter no 
seu arquivo? A literatura dá as seguintes orientações, que são muito 
cobradas em concursos públicos: 
 
Local ideal para a construção de um arquivo: local elevado, com a 
menor umidade possível, em área isolada e precaução contra o fogo. 
 
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A luz do dia – ou seja, a luz do sol – não deve estar presente no 
arquivo. Além de enfraquecer o papel, agiliza o desaparecimento das 
tintas. Veja bem: mesmo a luz artificial (de lâmpadas, por exemplo) 
deve ser usada com cuidado. Luz em excesso no arquivo – seja ela 
natural ou artificial – não é bom. 
 
Umidade é outro fator negativo para o arquivo. É fator de 
enfraquecimento do papel (assim como o ar seco) e dá condições 
para o desenvolvimento de mofo. A literatura diz que a umidade ideal 
está entre 45 e 58%. Esses valores não costumam ser cobrados 
literalmente em provas de concurso. Basta saber que a umidade do 
ar não pode ser muito baixa e que umidade alta é muito prejudicial 
ao arquivo. 
 
(Essa umidade ideal está bem longe daquela aqui em Brasília nesses 
tempos, viu?! Aqui, semana passada, a umidade chegou a 5%! Mas 
acho que, agora, a coisa vai melhorar. Enquanto eu preparo esta 
aula, cai a primeira chuva em 120 dias...) 
 
A temperatura, por óbvio, também deve ser controlada. Deve 
manter-se constante, dentro do possível, entre 20 e 22º C. A 
condição ideal é a utilização de aparelhos de ar-condicionado e de 
umidificadores. Uma solução, caso não seja possível o uso destes 
aparelhos, é a utilização de “sílica-gel”, dentro de recipientes 
plásticos, nas gavetas ou estantes (ela combate a umidade). 
 
Poeira, gases, mofo e pragas são indesejáveis (isto é claro, né?!). 
 
Olhe bem, esta matéria vai exigir de você certa memorização, para 
diferençar, por exemplo, as principais operações de conservação, que 
veremos logo a seguir. Acontece, entretanto, que muito do que vimos 
acima não precisa ser forçosamente decorado. Perceba que você 
pode usar um pouco do seu bom senso para aprender, por exemplo, 
as condições ideias do arquivo, que vimos acima. 
 
Não precisa ficar decorando, desesperadamente, que poeira, gases, 
mofo e pragas são indesejáveis no arquivo, não é mesmo? É óbvio 
que o são! Tente pensar, também, que o equilíbrio é sempre uma boa 
opção. Por exemplo, a umidade não pode ser nem muito alta 
(ambiente muito úmido), nem muito baixa (ambiente seco). Tem de 
haver um equilíbrio no valor da umidade. Certo? Releia as condições 
do arquivo acima e verá que tudo faz sentido e, com bom senso, 
podemos chegar a várias conclusões... 
 
Mas vamos lá. As principais operações de conservação são: 
desinfestação, limpeza, alisamento e restauração. Perceba que, na 
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questão que estudamos estudando, o examinador não se referiu a 
elas, mas, ainda assim, vamos estudá-las, abaixo, pois a chance de 
elas caírem da sua prova do Ministério é grande! 
 
Desinfestação 
 
O melhor dos métodos de combate aos insetos, de desinfestação, é a 
fumigação. Nela, os documentos são inseridos em uma câmara a 
vácuo e produtos químicos são aplicados. O documento fica sob a 
ação do fumigante por 48 a 72 horas e os insetos saem 
completamente destruídos. 
 
Limpeza 
 
Quando não há instalações especiais para limpeza, utiliza-se um pano 
macio, uma escova ou um aspirador de pó. 
 
Alisamento 
 
É um alisamento do documento, literalmente. Primeiro, ele é colocado 
em uma bandeja de aço, sob forte ação da umidade. Uma vez 
umidificado, é passado, a ferro, folha a folha, em máquinas elétricas. 
 
Existem vários métodos de restauração, mas o ideal é aquele que 
aumenta a resistência do papel sem prejudicar sua legibilidade e 
flexibilidade. 
 
Banho de gelatina: o documento é mergulhado em gelatina ou cola. A 
vantagem é que a sua resistência aumenta e, ao mesmo tempo, a 
visibilidade e a flexibilidade não são prejudicadas e os raios 
ultravioletas e infravermelhos não têm sua passagem impedida – o 
que é muito bom. 
 
As desvantagens são o procedimento manual – exige habilidade de 
quem o executa – e a vulnerabilidade aos ataques de insetos e de 
fungos a que os documentos ficam sujeitos. 
 
Tecido: reparação por meio de tecido muito fino. A vantagem do 
método é que a durabilidade do papel aumenta bastante. As 
desvantagens são muitas: o documento torna-se suscetível ao ataque 
dos insetos, a legibilidade e a flexibilidade diminuem e os raios 
infravermelho e ultravioleta são impedidos. 
 
Silking: restaura por meio do uso de tecido de grande durabilidade, 
como o crepeline ou musseline de seda. Desvantagens: processo 
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difícil e caro; afeta a legibilidade, a flexibilidade e a entrada dos raios 
infravermelho e ultravioleta. 
 
Laminação: envolve o documento em uma face de papel de seda e 
outra de acetato de celulose, a altas temperaturas. O peso do 
documento dobra, mas, poroutro lado, o volume é reduzido. Se, do 
processo de laminação, resultar alguma mancha, ela pode ser 
facilmente removida com água e sabão. 
 
As vantagens são: permanência da legibilidade e da flexibilidade; 
imunização contra fungos e pragas; permanência da durabilidade e 
das qualidades do papel; aplicação rápida; matéria-prima de fácil 
obtenção; não impede a passagem dos raios infravermelhos e 
ultravioletas. 
 
Perceba quantas vantagens este método tem. Portanto, vale guardar 
que a laminação é o método que mais se aproxima do ideal! 
 
Encapsulação: é um dos mais modernos processos de restauração. 
Coloca-se o documento entre duas lâminas de poliéster. 
 
Agora sim, podemos voltar à questão. 
 
Letra “a”: a secagem a vácuo consiste em submeter o livro ainda 
molhado e congelado a um ambiente a vácuo, com uma fonte de 
calor. O erro da alternativa está, portanto, na afirmação de que 
ocorre diminuição da temperatura. Em verdade, ocorre o aumento da 
temperatura (fonte de calor). 
 
Letra “b”: a primeira providência de socorro a um livro molhado é o 
seu congelamento, um meio de estabilizar a situação, impedindo os 
efeitos da capilaridade e a proliferação de organismos. 
 
A etapa seguinte é, pois, o descongelamento. Na medida em que os 
materiais possam ir sendo tratados, os volumes e documentos são 
descongelados sem a formação de água (leia-se: o gelo fino que 
endurece as folhas tem de passar diretamente ao estado gasoso, 
sem, antes, passar pela fase líquida). 
 
Isto pode ser conseguido com pouco calor, a temperaturas baixas, 
mediante a redução da pressão ambiente. Este é o processo chamado 
de liofilização! 
 
Letra “b” correta, deste modo. A liofilização diz respeito ao 
tratamento de documentos que, molhados, foram submetidos ao 
congelamento. 
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Letra “c”: perceba que o examinador quis confundir o candidato 
mesclando os procedimentos de secagem a vácuo e secagem a frio 
(por congelamento), nas alternativas “a” e “c”. 
 
A secagem a frio corresponde ao tratamento de documentos 
molhados, com diminuição de temperatura. O procedimento que 
utiliza a secagem a vácuo é, de fato, a secagem térmica ao vácuo e 
não a secagem a frio. 
 
Letra “d”: para responder a esta alternativa, não era necessário saber 
conceito algum de arquivologia. Bastava utilizar a lógica. 
 
Veja bem: o processo de umidificação, como sugere o próprio nome, 
pressupõe um aumento da umidade relativa do ar. Por isto, o item 
erra ao dizer que, neste processo, os documentos são colocados 
numa atmosfera com reduzida umidade. 
 
Letra “e”: por fim, esta última alternativa é muito semelhante à 
anterior, letra “d”. 
 
A desumidificação, por óbvio, pressupõe a retirada de umidade 
relativa do ar e não o seu aumento! 
 
GABARITO: B 
 
5. (IPHAN – 2009 – FUNIVERSA) Em relação à 
microfilmagem de documentos, é incorreto afirmar que 
 
(A) A microfilmagem será feita em equipamentos que 
garantam a fiel reprodução das informações, sendo 
permitida a utilização de qualquer microforma. 
 
(B) É obrigatório fazer indexação remissiva para 
recuperar as informações e assegurar a localização 
dos documentos. 
 
(C) A eliminação de documentos, após a microfilmagem, 
dar-se-á por meios que garantam sua inutilização, 
sendo a mesma precedida de lavratura de termo 
próprio e após a revisão e a extração de filme cópia. 
 
(D) A incineração dos documentos microfilmados ou sua 
transferência para outro local far-se-á mediante 
lavratura de termo, por autoridade competente, em 
livro próprio. 
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(E) Na legislação arquivística brasileira, a microfilmagem 
não é válida para os documentos particulares ou 
privados, de pessoas físicas ou jurídicas. 
 
A microfilmagem é uma técnica que permite criar uma cópia do 
documento em formato micrográfico (microfilme ou microficha). 
 
A mais importante razão para justificar o uso da microfilmagem é a 
economia de espaço. O microfilme é uma imagem reduzida de uma 
forma maior; é, portanto, o tamanho extraordinariamente reduzido 
da imagem de um documento qualquer. 
 
São as principais vantagens do microfilme: 
 
• economia de espaço; 
 
• acesso fácil e rápido; 
 
• segurança e garantia da confidencialidade das informações; e 
 
• durabilidade. 
 
Em microfilmagem, as bancas costumam limitar-se a exigir os 
conhecimentos retirados diretamente da legislação. Por este motivo, 
a Lei nº 5.433/68 e o Decreto nº 1.799/96, bem curtos, serão, aqui, 
ao final desta aula, reproduzidos. É essencial lê-los com atenção! 
 
Por favor, não faça como aqueles alunos que, quando o professor se 
despede, fecha o material e não lê os anexos! Sério mesmo, esses 
normativos são muitíssimo importantes para a resolução de questões 
referentes à microfilmagem. Eles são curtos e fáceis de ler, então não 
cabe a mim, aqui, destacar os principais artigos da lei e do decreto, 
porque todos são importantes para a sua prova. 
 
Eu poderia colocar os normativos aqui, durante a resolução dos 
exercícios, mas acho que fica mais organizado (para aqueles alunos 
que imprimem a aula, por exemplo), colocá-los ao final. Mas, mais 
uma vez, não se esqueça de lê-los, integralmente! 
 
Vamos à resolução da questão, então? 
 
Letra “a”: já na primeira alternativa, vai, para você, a prova de que 
precisa estar afinado com os normativos que tratam sobre a 
microfilmagem. A letra “a” é a reprodução, fiel, do artigo 4º do 
Decreto nº 1.799/96. Veja só: 
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“Art. 4° A microfilmagem será feita em equipamentos que garantam 
a fiel reprodução das informações, sendo permitida a utilização de 
qualquer microforma.” 
 
É o famoso “copia-e-cola”, né? O examinador copiou o artigo do 
Decreto e colou na prova... 
 
Letra “b”: é a reprodução literal do §2º, do artigo 9º, deste mesmo 
decreto. Vejamos: 
 
“§ 2° É obrigatório fazer indexação remissiva para recuperar as 
informações e assegurar a localização dos documentos.” 
 
O que é, entretanto, indexação remissiva? A indexação é a operação 
que consiste em descrever e caracterizar um documento com o 
auxilio de representações dos conceitos contidos nesses documentos 
(leia-se: transcrever, para linguagem documental, os conceitos, 
depois de extraídos dos documentos por meio de uma análise. 
 
A indexação permite, portanto, uma pesquisa eficaz das informações 
contidas no acervo documental. E é por isso que, segundo a 
legislação, ajudará na recuperação de informações e na localização 
dos documentos. 
 
Letra “c”: mais uma vez, reprodução literal do decreto. Dessa vez, de 
seu artigo 12: 
 
“Art. 12. A eliminação de documentos, após a microfilmagem, dar-se-
á por meios que garantam sua inutilização, sendo a mesma precedida 
de lavratura de termo próprio e após a revisão e a extração de filme 
cópia.” 
 
Letra “d”: mais uma alternativa que é a cópia literal de algum 
dispositivo normativo. Nesse caso, do terceiro parágrafo do primeiro 
artigo da Lei nº 5.433/68: 
 
“§ 3° A incineração dos documentos microfilmados ou sua 
transferência para outro local far-se-á mediante lavratura de termo, 
por autoridade competente, em livro próprio.” 
 
Letra “e”: esta alternativa é a únicaque não é transcrição literal da 
lei, até porque não está nela contida, rs. 
 
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Na legislação arquivística brasileira, a microfilmagem é, sim, válida 
para documentos particulares, conforme assevera já o primeiro artigo 
da Lei nº 5.433/68: 
 
“Art. 1° É autorizada, em todo o território nacional, a microfilmagem 
de documentos particulares e oficiais arquivados, estes de órgãos 
federais, estaduais e municipais.” 
 
Acho que ficou clara a importância da leitura da lei seca destes 
normativos, não é mesmo? 
 
GABARITO: E 
 
6. (IPHAN – 2009 – FUNIVERSA) Quanto à microfilmagem, 
em relação aos símbolos utilizados, é correto afirmar 
 
(A) significa original rasurado. 
 
(B) significa fim do rolo. 
 
(C) significa continua em outro rolo. 
 
(D) significa Texto deteriorado. 
 
(E) significa original ilegível. 
 
Considerando a necessidade de que a microfilmagem dos documentos 
arquivísticos seja realizada dentro dos padrões e normas 
internacionais, alguns símbolos são adotados. 
Já deu pra perceber que você precisará saber esses símbolos 
utilizados na microfilmagem, não é mesmo? São poucos e, em muitos 
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deles, você consegue ter uma ideia do que se trata somente de olhar 
a figura. 
Veja o quadro abaixo: 
 
Símbolos obrigatórios a serem utilizados em todos os rolos: 
 
 
 
 
Início do rolo 
 
 
 
Fim do rolo 
 
Símbolos obrigatórios a serem utilizados em todos os rolos, caso a 
documentação tenha continuidade: 
 
 
 
 
Continua em outro rolo 
 
 
 
Continuação de outro rolo 
 
Símbolos obrigatórios a serem microfilmados junto com os 
documentos, conforme a situação: 
 
 
 
 
Original ilegível 
 Original em cores 
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Texto deteriorado 
 
 
 
Repetição de imagem 
 
 
 
Numeração incorreta 
 
 
 
Páginas e/ou números em falta 
 
Bom, a tarefa de memorizar o que significa cada símbolo é sua, 
aluno, mas vou tentar ajudá-lo a tornar essa tarefa menos árdua. O 
que eu vou falar, agora, é simplesmente uma tentativa de chamar a 
sua atenção para algum ou outro detalhe que facilitem a sua 
memorização (detalhes que, à minha época de concurseira, me 
ajudaram). Pode ser, entretanto, que eu não lhe ajude, em nada, 
nesta tarefa. Então, neste caso, você terá de, de alguma forma, 
chegar ao dia da prova com estes símbolos bem claros na cabeça. 
Vamos lá: 
 
- Para não fazer confusão entre os símbolos de “inicio do rolo” e “fim 
do rolo”, observe de onde sai a setinha. Note que, no primeiro 
símbolo, a setinha sai de cima, indicando que sai do início do rolo. Por 
outro lado, no segundo símbolo, a setinha sai do menor círculo 
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concêntrico, o que significa que está saindo do final do rolo. Deu pra 
ver a diferença? Esse raciocínio é o mesmo para uma fita cassete (se 
é que você ainda lembra como ela é, rs)! 
 
- Em relação aos símbolos obrigatórios a serem utilizados em todos 
os rolos, caso a documentação tenha continuidade, pense o seguinte: 
o rolo que dá nome ao símbolo é o preto. No primeiro caso, o rolo 
preto é o primeiro deles; significa, portanto, que o filme “continua no 
outro rolo”. No segundo caso, o rolo preto (o rolo que dá nome ao 
símbolo) é o segundo; é, portanto, a “continuação de outro rolo”. 
 
- O símbolo do “original em cores” é o mais fácil, né? Uma aquarela, 
com várias cores. Duvido que o examinador pergunte sobre este, rs. 
 
- O último símbolo, de “páginas e/ou números em falta”, tem uma 
seta em uma das páginas, indicando que aquela página foi retirada 
dali. Portanto, ficou faltando, assim, uma página. 
 
Bom, mais uma vez, você não é obrigado a entender ou concordar 
com o que eu disse nos parágrafos anteriores. É só uma tentativa de 
te ajudar a decorar, de forma mais leve, os símbolos da 
microfilmagem. Utilizando ou não as minhas dicas, você deve ser 
capaz de reconhecer os símbolos no dia da prova. Combinado? 
 
Você já tem, agora, condições de resolver à questão sozinho. 
Comparando o quadro dos símbolos com as alternativas da questão, 
o único símbolo corretamente descrito é o da letra “c”. 
 
GABARITO: C 
 
Agora, passaremos aos exercícios de procedimentos administrativos 
da prova do STJ, de 2008. Vamos resolver aos itens na estrita ordem 
em que eles apareceram na prova. Como, na maioria deles, nós já 
estudamos a matéria, os comentários serão breves. 
 
Acerca das técnicas de arquivamento e dos procedimentos 
administrativos, julgue os itens a seguir. 
 
7. (STJ – 2008 – CESPE) A disposição alfabética de pastas 
de documentos de um arquivo a partir das regras de 
alfabetação é exclusiva para nomes de pessoas. 
 
Item errado 
 
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A disposição alfabética de pastas de documentos de um arquivo é 
usada para nomes de pessoas, mas é, também, utilizada para nomes 
de empresas, de órgãos, de instituições – o que invalida o item. 
 
8. (STJ – 2008 – CESPE) A disposição abaixo está correta, 
pois foi feita de palavra por palavra, podendo, também, 
ser feita de letra por letra. 
 
Morro Alegre 
Morro Branco 
Morro Maior 
Morro Santo 
Monteiro 
Montenegro 
 
Item errado 
 
Do modo como a questão está escrita, parece que o examinador 
cobrará do candidato conhecimento sobre a diferença de ordenação 
“letra por letra” e “palavra por palavra”. 
 
Para respondê-lo corretamente, todavia, o candidato só precisou 
valer-se da regra número 1, a mais básica (se precisar, volte a aula 
anterior e releia as regrinhas de alfabetação!). Observe que, qualquer 
que seja a regra, “Monteiro” ou “Montenegro” precedem a palavra 
“Morro”, qualquer que seja seu complemento. 
 
Desse modo, a disposição acima está incorreta, já que “Morro” não 
pode vir, por ordenação alfabética, à frente de “Monteiro” ou 
“Montenegro”. Ok? 
 
9. (STJ – 2008 – CESPE) Os arquivos correntes de um órgão 
são formados pelas correspondências recebidas e 
expedidas, diferentemente do arquivo intermediário, que 
é responsável pela guarda de processos administrativos. 
 
Item errado 
 
O examinador misturou os conceitos aqui, não foi? O arquivo 
intermediário não é o responsável pela guarda de processos 
administrativos. Para relembrar: 
 
“Consideram-se arquivos correntes os conjuntos de documentos em 
curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de 
consultas freqüentes.” 
 
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A terminologia arquivística brasileira define arquivo intermediário 
como“conjunto de documentos procedentes de arquivos correntes, 
que aguardam destinação final.” 
 
10. (STJ – 2008 – CESPE) Os documentos dos arquivos 
correntes representam um ponto de partida para a 
tomada de decisões no órgão/instituição. 
 
Item certo 
 
A classificação dos documentos em arquivos correntes, intermediários 
e permanentes obedece à teoria das três idades. A idade corrente é a 
primeira idade pela qual os documentos passam. São, portanto, um 
ponto de partida para a tomada de decisões no órgão/instituição. 
 
11. (STJ – 2008 – CESPE) As atividades de registro, 
expedição, distribuição e movimentação são típicas do 
protocolo, apesar de esta última ter uma participação 
importante dos setores de trabalho do órgão/instituição. 
 
Item certo 
 
O examinador pergunta se registro, expedição, distribuição e 
movimentação fazem parte das atividades de protocolo. Fazem sim. 
Como as atividades de expedição, de distribuição e a própria 
movimentação fazem todas parte das atividades de movimentação, o 
item está correto. 
 
Note que não é suficiente simplesmente memorizar as quatro 
atividades de protocolo. É necessário, além disso, saber quais rotinas 
estão dentro da cada atividade. 
 
Para responder a este item, veja, era preciso saber que expedição, 
distribuição e movimentação fazem parte da atividade de 
movimentação do protocolo. 
 
12. (STJ – 2008 – CESPE) Quando entra no 
órgão/instituição, o documento deve ser registrado, o 
que significa identificá-lo em um formulário próprio ou 
em um sistema informatizado que deve conter a origem, 
a espécie, o destino, o número e a data do documento, 
entre outros elementos. 
 
Item certo 
 
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O registro é uma das atividades do protocolo, atividade típica de 
arquivo corrente. Vamos rever o quadro que sintetiza as atividades 
de registro e movimentação? 
 
Passos Rotinas 
1 
Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anotando: 
número de protocolo; data de entrada; procedência, espécie, 
número e data do documento; código e resumo do assunto; 
primeira distribuição. 
2 
Anexar a segunda via da ficha ao documento, 
encaminhando-o ao seu destino, juntamente com os 
antecedentes, após o registro e as anotações pertinentes nas 
respectivas fichas, se for o caso. 
3 
Inscrever os dados constantes da ficha de protocolo nas 
fichas de procedência e assunto, rearquivando-as em seguida 
4 Arquivar as fichas de protocolo, em ordem numérica. 
5 
Receber dos vários setores os documentos a serem 
redistribuídos; anotar nas respectivas fichas (numéricas) o 
novo destino. 
6 
Encaminhar os documentos aos respectivos destinos, de 
acordo com despacho de autoridade competente. 
 
Ficou claro, com a análise do quadro, que o item está correto. 
 
13. (STJ – 2008 – CESPE) Os documentos consultados 
com pouca freqüência fazem parte do arquivo corrente. 
 
Item errado 
 
Acho que este foi o item mais fácil da prova. Os documentos que 
fazem parte do arquivo corrente são aqueles consultados 
frequentemente! 
 
14. (STJ – 2008 – CESPE) O protocolo deve separar as 
correspondências oficiais das particulares e a 
correspondência oficial de caráter ostensivo da de 
caráter sigiloso. 
 
Item certo 
 
O quadro a seguir lista, uma a uma, as rotinas de recebimento e 
classificação do protocolo: 
 
Passos Rotinas 
1 Receber a correspondência (malotes, balcão, ECT). 
2 Separar a correspondência oficial da particular. 
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3 Distribuir a correspondência particular. 
4 
Separar a correspondência oficial de caráter ostensivo da de 
caráter sigiloso. 
5 
Encaminhar a correspondência sigilosa aos respectivos 
destinatários. 
6 Abrir a correspondência ostensiva. 
7 
Tomar conhecimento da correspondência pela leitura, 
verificando a existência de antecedentes. 
8 
Requisitar ao Arquivo os antecedentes. Se os antecedentes 
não estiverem no Arquivo, o Setor de Registro e 
Movimentação informará onde se encontram e os solicitará 
para ser feita a juntada. 
9 
Interpretar e classificar a correspondência, com base no 
código de assuntos adotado, se for o caso. 
10 
Apor carimbo de protocolo – numerador/datador, sempre que 
possível, no canto superior direito do documento. 
11 
Anotar abaixo do número e da data a primeira distribuição e 
o código de assunto, se for o caso. 
12 
Elaborar o resumo do assunto a ser lançado na fi cha de 
protocolo. 
13 
Encaminhar os papéis ao Setor de Registro e Movimentação. 
 
 
De fato, separar as correspondências oficiais das particulares é tarefa 
do protocolo. 
 
Além disso, deve-se, também, separar a correspondência oficial de 
caráter ostensivo da de caráter sigiloso. 
 
Observe que a correspondência oficial poderá ser aberta pelo 
protocolo, mas a correspondência sigilosa, por óbvio, não o poderá – 
deverá ser encaminhada aos respectivos destinatários. Essa diferença 
é muito cobrada em provas de concurso público. 
 
15. (STJ – 2008 – CESPE) O método de ordenação dos 
documentos a partir do uso do nome da cidade ou de um 
estado é conhecido como Duplex. 
 
Item errado 
 
O método de ordenação dos documentos a partir do uso do nome da 
cidade ou de um estado é conhecido como geográfico. 
 
O método duplex é método ideográfico, ou seja, ordenado por 
assunto. 
 
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16. (STJ – 2008 – CESPE) Processo é o termo 
geralmente usado na administração pública para 
designar o conjunto de documentos reunidos em capa 
especial, e que vão sendo organicamente acumulados no 
decurso de uma ação administrativa ou judiciária. 
 
Item certo 
 
Esses dois últimos itens da prova foram fáceis para quem já era 
servidor público. 
 
Processo é, de fato, o termo, geralmente usado na administração 
pública, para designar o conjunto de documentos reunidos em capa 
especial, e que vão sendo organicamente acumulados no decurso de 
uma ação administrativa ou judiciária. 
 
Perceba que a “capa especial” não significa, necessariamente, uma 
capa especial, fisicamente falando. Esse “especial” não significa que a 
capa precisa ser mais bonita ou mais duradoura que o resto do 
processo. Significa, apenas, que tudo aquilo relacionado àquele 
processo será, sob aquela capa, mantido e guardado. 
 
17. (STJ – 2008 – CESPE) As folhas de um processo 
devem ser numeradas e rubricadas exclusivamente pelos 
funcionários do protocolo. 
 
Item errado 
 
Mais uma vez, acertou essa questão quem já era servidor público (ou 
quem já estava acostumado à rotina de uma repartição pública). As 
folhas de um processo devem ser numeradas e rubricadas pelos 
funcionários do local por onde o processo está tramitando. 
 
Imagine você se, toda vez que uma nova folha fosse juntada ao 
processo, ele tivesse de ir até o protocolo para um simples carimbo. 
Atrasaria demais o processo, não é mesmo? 
 
Com este exercício, acabamos, aqui, os exercícios referentes a 
procedimentos administrativos. Espero que você tenha ficado 
tranqüilo em relação a este tópico da matéria, pois, como você pôde 
perceber nos exercícios do CESPE acima, nós o estudamos bem. 
 
Agora, vou reproduzir a Lei nº 5.433/68 e o Decreto nº 1.799/96,relativos à microfilmagem e, também, a Lei nº 8.159/91, que, 
provavelmente, é a mais importante em arquivologia. Não deixe de 
ler a letra seca desses normativos! 
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LEI N° 5.433, DE 8 DE MAIO DE 1968 
 
Regula a microfilmagem de documentos oficiais e dá outras 
providências. 
O Presidente da República. 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
Art. 1° É autorizada, em todo o território nacional, a microfilmagem 
de documentos particulares e oficiais arquivados, estes de órgãos 
federais, estaduais e municipais. 
§1° Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certidões, os 
traslados e as cópias fotográficas obtidas diretamente dos filmes 
produzirão os mesmos efeitos em juízos ou fora dele. 
§2° Os documentos microfilmados poderão, a critério da autoridade 
competente, ser eliminados por incineração, destruição mecânica ou 
por outro processo adequado que assegure a sua desintegração. 
§3° A incineração dos documentos microfilmados ou sua 
transferência para outro local far-se-á mediante lavratura de termo, 
por autoridade competente, em livro próprio. 
§4° Os filmes negativos resultantes de microfilmagem ficarão 
arquivados na repartição detentora do arquivo, vedada sua saída sob 
qualquer pretexto. 
§5° A eliminação ou transferência para outro local dos documentos 
microfilmados far-se-á mediante lavratura de termo em livro próprio 
pela autoridade competente. 
§6° Os originais dos documentos ainda em trânsito, microfilmados 
não poderão ser eliminados antes de ser arquivados. 
§7° Quando houver conveniência, ou por medida de segurança, 
poderão excepcionalmente ser microfilmados documentos ainda não 
arquivados desde que autorizados por autoridade competente. 
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Art. 2° Os documentos de valor histórico não deverão ser eliminados, 
podendo ser arquivados em local diverso da repartição detentora dos 
mesmos. 
Art. 3° O Poder Executivo regulamentará, no prazo de 90 (noventa) 
dias, a presente Lei, indicando as autoridades competentes, nas 
esferas federais, estaduais e municipais para a autenticação de 
traslados e certidões originais de microfilmagem de documentos 
oficiais. 
§1° O decreto de regulamentação determinará, igualmente, quais os 
cartórios e órgãos públicos capacitados para efetuarem a 
microfilmagem de documentos particulares bem como os requisitos 
que a microfilmagem realizada, por aqueles cartórios e órgãos 
públicos devem preencher para serem autenticados, a fim de 
produzirem efeitos jurídicos em juízos ou fora dele, quer os 
microfilmes, quer os seus traslados e certidões originárias. 
§2° Prescreverá também o decreto as condições que os cartórios 
competentes terão de cumprir para autenticação de reproduções 
realizados por particulares, para produzir efeitos jurídicos com a 
terceiros. 
Art. 4° É dispensável o reconhecimento da firma da autoridade que 
autenticar os documentos oficiais arquivados, para efeito de 
microfilmagem e os traslados e certidões originais de microfilmes. 
Art. 5° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 6° Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, 8 de maio de 1968 
 
LEI N° 5.433, DE 8 DE MAIO DE 1968 
 
Regulamenta a Lei n° 5433, de 8 de maio de 1968, que regula a 
microfilmagem de documentos oficiais, e dá outras providências. 
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe 
confere o art. 84, inciso IV, da Constituição e tendo em vista o 
disposto no art. 3° da Lei n° 5.433, de 8 de maio de 1968 
Decreta: 
Art. 1° A microfilmagem, em todo território nacional, autorizada pela 
Lei n° 5.433, de 8 de maio de 1968, abrange a dos documentos 
oficiais ou públicos, de qualquer espécie e em qualquer suporte, 
produzidos e recebidos pelos órgãos dos Poderes Executivo, Judiciário 
e Legislativo, da Administração Indireta, da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, bem como a dos documentos 
particulares ou privados, de pessoas físicas ou jurídicas. 
Art. 2° A emissão de cópias, traslados e certidões extraídas de 
microfilmes, bem assim a autenticação desses documentos, para que 
possam produzir efeitos legais, em juízo ou fora dele, é regulada por 
este Decreto. 
Art. 3° Entende-se por microfilme, para fins deste Decreto, o 
resultado do processo de reprodução em filme, de documentos, 
dados e imagens, por meios fotográficos ou eletrônicos, em 
diferentes graus de redução. 
Art. 4° A microfilmagem será feita em equipamentos que garantam a 
fiel reprodução das informações, sendo permitida a utilização de 
qualquer microforma. 
Parágrafo único. Em se tratando da utilização de microfichas, além 
dos procedimentos previstos neste Decreto, tanto a original como a 
cópia terão, na sua parte superior, área reservada a titulação, a 
identificação e a numeração seqüencial legíveis com a vista 
desarmada, bem como fotogramas destinados à indexação. 
Art. 5° A microfilmagem, de qualquer espécie, será feita sempre em 
filme original, com o mínimo de 180 linhas por milímetro de definição, 
garantida a segurança e qualidade de imagem e de reprodução. 
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§ 1° Será obrigatória, para efeito de segurança, a extração de filme 
cópia, do filme original. 
§ 2° Fica vedada a utilização de filmes atualizáveis de qualquer tipo, 
tanto para a confecção do original como para a extração de cópias. 
§ 3° O armazenamento do filme original deverá ser feito em local 
diferente do seu filme cópia. 
Art. 6° Na microfilmagem poderá ser utilizado qualquer grau de 
redução, garantida a legibilidade e a qualidade de reprodução. 
Parágrafo único. Quando se tratar de original cujo tamanho 
ultrapasse a dimensão máxima do campo fotográfico do equipamento 
em uso, a microfilmagem poderá ser feita por etapas, sendo 
obrigatória a repetição de uma parte da imagem anterior na imagem 
subseqüente, de modo que se possa identificar, por superposição, a 
continuidade entre as seções adjacentes microfilmadas. 
Art. 7° Na microfilmagem de documentos cada série será sempre 
precedida de imagem de abertura, com os seguintes elementos: 
I - identificação do detentor dos documentos a serem microfilmados; 
II - número do microfilme, se for o caso; 
III - local e a data da microfilmagem; 
IV - registro no Ministério da Justiça; 
V - ordenação, identificação e resumo da série de documentos a 
serem microfilmados; 
VI - menção, quando for o caso, de que a série de documentos a 
serem microfilmados é continuação da série contida em microfilme 
anterior; 
VII - identificação do equipamento utilizado, da unidade filmada e do 
grau de redução; 
VIII - nome por extenso, qualificação funcional, se for o caso, e 
assinatura do detentor dos documentos a serem microfilmados; 
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IX - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do 
responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da 
microfilmagem. 
Art. 8° No final da microfilmagem de cada série será sempre 
reproduzida a imagem de encerramento, imediatamente após o 
último documento, com os seguintes elementos: 
I - identificação do detentor dos documentos microfilmados; 
II - informações complementares relativas ao item V do artigo 6 
deste Decreto; 
III - termo de encerramento atestando a fiel observância às 
disposições do presente Decreto; 
IV - menção, quando for o caso, de que a série de documentos 
microfilmados continua em microfilme posterior; 
V - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do 
responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da 
microfilmagem. 
Art. 9° Os documentos da mesma série ou seqüência, eventualmente 
omitidos quando da microfilmagem, ou aqueles cujas imagens não 
apresentarem legibilidade, por falha de operação ou por problema 
técnico, serão reproduzidos posteriormente, não sendo permitido 
corte ou inserção no filme original. 
§ 1° A microfilmagem destes documentos será precedida de uma 
imagem de observação, com os seguintes elementos: 
a) identificação do microfilme, local e data; 
b) descrição das irregularidades constatadas; 
c) nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do 
responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da 
microfilmagem. 
§ 2° É obrigatório fazer indexação remissiva para recuperar as 
informações e assegurar a localização dos documentos. 
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§ 3° Caso a complementação não satisfaça os padrões de qualidade 
exigidos, a microfilmagem dessa série de documentos deverá ser 
repetida integralmente. 
Art. 10. Para o processamento dos filmes serão utilizados 
equipamentos e técnicas que assegurem ao filme alto poder de 
definição, densidade uniforme e durabilidade. 
Art. 11. Os documentos, em tramitação ou em estudo, poderão, a 
critério da autoridade competente, ser microfilmados, não sendo 
permitida a sua eliminação até a definição de sua destinação final. 
Art. 12. A eliminação de documentos, após a microfilmagem, dar-se-
á por meios que garantam sua inutilização, sendo a mesma precedida 
de lavratura de termo próprio e após a revisão e a extração de filme 
cópia. 
Parágrafo único. A eliminação de documentos oficiais ou públicos só 
deverá ocorrer se a mesma estiver prevista na tabela de 
temporalidade do órgão, aprovada pela autoridade competente na 
esfera de atuação do mesmo e respeitado o disposto no art. 9° da Lei 
n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991. 
Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda 
permanente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem, 
devendo ser recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação 
ou preservados pelo próprio órgão detentor. 
Art. 14. Os traslados, as certidões e as cópias em papel ou em filme 
de documentos microfilmados, para produzirem efeitos legais em 
juízo ou fora dele, terão que ser autenticados pela autoridade 
competente detentora do filme original. 
§ 1° Em se tratando de cópia em filme, extraída de microfilmes de 
documentos privados, deverá ser emitido termo próprio, no qual 
deverá constar que o filme que o acompanha é cópia fiel do filme 
original, cuja autenticação far-se-á nos cartórios que satisfizerem os 
requisitos especificados no artigo seguinte. 
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§ 2° Em se tratando de cópia em papel, extraída de microfilmes de 
documentos privados, a autenticação far-se-á por meio de carimbo 
aposto, em cada folha, nos cartórios que satisfizerem os requisitos 
especificados no artigo seguinte. 
§ 3° A cópia em papel, de que trata o parágrafo anterior, poderá ser 
extraída utilizando-se qualquer meio de reprodução, desde que seja 
assegurada a sua fidelidade e qualidade de leitura. 
Art. 15. A microfilmagem de documentos poderá ser feita por 
empresas e cartórios habilitados nos termos deste Decreto. 
Parágrafo único. Para exercer a atividade de microfilmagem de 
documentos, as empresas e cartórios, a que se refere este artigo, 
além da legislação a que estão sujeitos, deverão requerer registro no 
Ministério da Justiça e sujeitar-se à fiscalização que por este será 
exercida quanto ao cumprimento do disposto no presente Decreto. 
Art. 16 As empresas e os cartórios, que se dedicarem à 
microfilmagem de documentos de terceiros, fornecerão, 
obrigatoriamente, um documento de garantia, declarando: 
I - que a microfilmagem foi executada de acordo com o disposto 
neste Decreto; 
II - que se responsabilizam pelo padrão de qualidade do serviço 
executado; 
III - que o usuário passa a ser responsável pelo manuseio e 
conservação das microformas. 
Art. 17. Os microfilmes e filmes cópia, produzidos no exterior, 
somente terão valor legal, em juízo ou fora dele, quando: 
I - autenticados por autoridade estrangeira competente; 
II - tiverem reconhecida pela autoridade consular brasileira a firma 
da autoridade estrangeira que os houver autenticado; 
III - forem acompanhados de tradução oficial. 
Art. 18. Os microfilmes originais e os filmes cópia resultantes da 
microfilmagem de documentos sujeitos à fiscalização, ou necessários 
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à prestação de contas, deverão ser mantidos pelos prazos de 
prescrição a que estariam sujeitos os seus respectivos originais. 
Art. 19. As infrações, às normas deste Decreto, por parte dos 
cartórios e empresas registrados no Ministério da Justiça sujeitarão o 
infrator, observada a gravidade do fato, às penalidades de 
advertência ou suspensão do registro, sem prejuízo das sanções 
penais e civis cabíveis. 
Parágrafo único. No caso de reincidência por falta grave, o registro 
será cassado definitivamente. 
Art. 20. O Ministério da Justiça expedirá as instruções que se fizerem 
necessárias ao cumprimento deste Decreto. 
Art. 21. Revoga-se o decreto n° 64.398, de 24 de abril de 1969. 
Art. 22. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 30 de janeiro de 1996 
 
LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE 1991 
 
Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá 
outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção 
especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à 
administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como 
elementos de prova e informação. 
Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos 
de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, 
instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência 
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do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, 
qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos 
documentos. 
Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto de 
procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, 
tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e 
intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda 
permanente. 
Art. 4º Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações 
de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas 
em documentos de arquivos que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à 
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem 
das pessoas. 
Art. 5º A administração pública franqueará a consulta aos 
documentos públicos na forma da Lei. 
Art. 6º Fica resguardado o direito de indenização pelo dano material 
ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo das ações 
penal, civil e administrativa. 
CAPÍTULO II 
DOS ARQUIVOS PÚBLICOS 
Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos 
produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos 
públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal 
em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e 
judiciárias. 
§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e 
recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas 
encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas 
atividades. 
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§ 2º A cessação de atividade de instituições públicas e de caráter 
público implica o recolhimento de sua documentação à instituição 
arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora. 
Art. 8º Os documentos públicos são identificados como correntes, 
intermediários e permanentes. 
§ 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, 
mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas 
freqüentes. 
§ 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não 
sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse 
administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para 
guarda permanente. 
§ 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de 
valor histórico, probatório e informativo que devem ser 
definitivamente preservados. 
Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por instituições 
públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da 
instituição arquivística pública, na sua específica esfera de 
competência. 
Art. 10 Os documentos de valor permanente são inalienáveis e 
imprescritíveis. 
CAPÍTULO III 
DOS ARQUIVOS PRIVADOS 
Art. 11 Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos 
produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em 
decorrência de suas atividades. 
Art. 12 Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder 
Público como de interesse público e social, desde que sejam 
considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e 
desenvolvimento científico nacional. 
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Art. 13 Os arquivos privados identificados como de interesse público 
e social não poderão ser alienados com dispersão ou perda da 
unidade documental, nem transferidos para o exterior. 
Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público 
exercerá preferência na aquisição. 
Art. 14 O acesso aos documentos de arquivos privados identificados 
como de interesse público e social poderá ser franqueado mediante 
autorização de seu proprietário ou possuidor. 
Art. 15 Os arquivos privados identificados como de interesse público 
e social poderão ser depositados a título revogável, ou doados a 
instituições arquivísticas públicas. 
Art. 16 Os registros civis de arquivos de entidades religiosas 
produzidos anteriormente à vigência do Código Civil ficam 
identificados como de interesse público e social. 
CAPÍTULO IV 
DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES 
ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS 
Art. 17 A administração da documentação pública ou de caráter 
público compete às instituições arquivísticas federais, estaduais, do 
Distrito Federal e municipais. 
§ 1� São Arquivos Federais o Arquivo Nacional do Poder Executivo, e 
os arquivos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. São 
considerados, também, do Poder Executivo os arquivos do Ministério 
da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do 
Exército e do Ministério da Aeronáutica. 
§ 2º São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder Executivo, o arquivo 
do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. 
§ 3º São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder Executivo, o 
arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. 
§ 4º São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o 
arquivo do Poder Legislativo. 
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§ 5º Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de acordo 
com sua estrutura político-jurídica. 
Art. 18 Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos 
documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, 
bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua 
guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos. 
Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo 
Nacional poderá criar unidades regionais. 
Art. 19 Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão 
e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder 
Legislativo Federal no exercício de suas funções, bem como preservar 
e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. 
Art. 20 Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão 
e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder 
Judiciário Federal no exercício de suas funções, tramitados em juízo e 
oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o 
acesso aos documentos sob sua guarda. 
Art. 21 Legislação Estadual, do Distrito Federal e municipal definirá os 
critérios de organização e vinculação dos arquivos estaduais e 
municipais, bem como a gestão e o acesso aos documentos, 
observado o disposto na Constituição Federal, e nesta Lei. 
CAPÍTULO V 
DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS 
Art. 22 É assegurado o direito de acesso pleno aos documentos 
públicos. 
Art. 23 Decreto fixará as categorias de sigilo que deverão ser 
obedecidas pelos órgãos públicos na classificação dos documentos por 
eles produzidos. 
§ 1º Os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da 
sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo 
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da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da 
imagem das pessoas são originalmente sigilosos. 
§ 2º O acesso aos documentos sigilosos referentes à segurança da 
sociedade e do Estado será restrito por um prazo máximo de 30 
(trinta) anos, a contar da data de sua produção, podendo esse prazo 
ser prorrogado, por uma única vez, por igual período. 
§ 3º O acesso aos documentos sigilosos referentes à honra e a 
imagem das pessoas será restrito por um prazo máximo de 100 
(cem) anos, a contar da data de sua produção. 
Art. 24 Poderá o Poder Judiciário, em qualquer instância, determinar 
a exibição reservada de qualquer documento sigiloso, sempre que 
indispensável à defesa de direito próprio ou esclarecimento de 
situação pessoal da parte. 
Parágrafo único Nenhuma norma de organização administrativa será 
interpretada de modo a, por qualquer forma, restringir o disposto 
neste artigo. 
DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 25 Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, 
na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir 
documentos de valor permanente ou considerado como de interesse 
público e social. 
Art. 26 Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ , 
órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional 
de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos 
- SINAR. 
§ 1º O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor-
Geral do Arquivo Nacional e integrado por representantes de 
instituições arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas. 
§ 2º A estrutura e funcionamento do Conselho criado neste artigo 
serão estabelecidos em regulamento. 
Art. 27 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
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Art. 28 Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, em 08 de janeiro de 1991. 
 
 
Acabamos, aqui, nossa terceira aula e nosso curso para o concurso do 
Ministério do Turismo. Espero que vocês tenham gostado do curso e, 
mais importante, tenham entendido toda a matéria e sedimentado 
bem o conhecimento. 
 
Abaixo, como de costume, as questões comentadas nesta aula, caso 
você queria refazê-las, sem os comentários. Como ainda teremos um 
tempinho até o concurso do MTur, sugiro que você vá dando um jeito 
de revisar a matéria até lá, para não deixar os detalhes irem se 
perdendo com o tempo. 
 
Estarei disponível no fórum de dúvidas! 
 
Um abraço a todos e força na peruca nos estudos, 
Carol. 
 
 
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ARQUIVOLOGIA PARA O MINISTÉRIO DO TURISMO 
PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA 
AULA 3 
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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
 
1. (TERRACAP – 2010- FUNIVERSA) Acerca da classificação 
dos arquivos, aqueles que guardam os documentos mais 
novos e mais utilizados na instituição são chamados de 
arquivos 
 
(A) intermediários. 
 
(B) setoriais. 
 
(C) centrais. 
 
(D) correntes. 
 
(E) gerais. 
 
2. (HFA – 2009 – FUNIVERSA) Assinale a alternativa que 
apresenta uma atividade que não constitui atividade de 
arquivo corrente. 
 
(A) Protocolo. 
 
(B) Expedição. 
 
(C) Arquivamento. 
 
(D) Recolhimento. 
 
(E) Transferência. 
 
3. (IPHAN – 2009 – FUNIVERSA) A avaliação de 
documentos é uma das atividades mais complexas dos 
arquivos, considerando os aspectos subjetivos que a 
perpassam. Todavia, alguns estudiosos indicam critérios 
para orientá-la. Entre os parâmetros de classificação 
encontrados na literatura, pode-se considerar a distinção 
entre valores 
 
(A) primários e administrativos. 
 
(B) probatórios e informativos. 
 
(C) probatórios e secundários. 
 
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(D) secundários e informativos. 
 
(E) primários e fiscais. 
 
4. (IPHAN – 2009 – FUNIVERSA) Quanto às medidas de 
conservação de documentos, é correto afirmar que 
 
(A) A secagem a vácuo consiste no tratamento de 
documentos molhados mediante gradual retirada de ar 
e diminuição de temperatura. 
 
(B) A liofilização diz respeito ao tratamento de 
documentos molhados por congelamento. 
 
(C) A secagem a frio corresponde ao tratamento de 
documentos molhados e subseqüente secagem a 
vácuo, com diminuição de temperatura. 
 
(D) Pelo processo de umidificação, documentos molhados 
são colocados numa atmosfera com reduzida umidade 
relativa do ar. 
 
(E) A desumidificação consiste no aumento da umidade 
relativa do ar em áreas determinadas, por meio de 
processos mecânicos ou químicos. 
 
5. (IPHAN – 2009 – FUNIVERSA) Em relação à 
microfilmagem de documentos, é incorreto afirmar que 
 
(A) A microfilmagem será feita em equipamentos que 
garantam a fiel reprodução das informações, sendo 
permitida a utilização de qualquer microforma. 
 
(B) É obrigatório fazer indexação remissiva para 
recuperar as informações e assegurar a localização 
dos documentos. 
 
(C) A eliminação de documentos, após a microfilmagem, 
dar-se-á por meios que garantam sua inutilização, 
sendo a mesma precedida de lavratura de termo 
próprio e após a revisão e a extração de filme cópia. 
 
(D) A incineração dos documentos microfilmados ou sua 
transferência para outro local far-se-á mediante 
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lavratura de termo, por autoridade competente, em 
livro próprio. 
 
(E) Na legislação arquivística brasileira, a microfilmagem 
não é válida para os documentos particulares ou 
privados, de pessoas físicas ou jurídicas. 
 
6. (IPHAN – 2009 – FUNIVERSA) Quanto à microfilmagem, 
em relação aos símbolos utilizados, é correto afirmar 
 
(A) significa original rasurado. 
 
(B) significa fim do rolo. 
 
(C) significa continua em outro rolo. 
 
(D) significa Texto deteriorado. 
 
(E) significa original ilegível. 
 
Acerca das técnicas de arquivamento e dos procedimentos 
administrativos, julgue os itens a seguir. 
 
7. (STJ – 2008 – CESPE) A disposição alfabética de pastas 
de documentos de um arquivo a partir das regras de 
alfabetação é exclusiva para nomes de pessoas. 
 
8. (STJ – 2008 – CESPE) A disposição abaixo está correta, 
pois foi feita de palavra por palavra, podendo, também, 
ser feita de letra por letra. 
 
Morro Alegre 
Morro Branco 
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Morro Maior 
Morro Santo 
Monteiro 
Montenegro 
 
9. (STJ – 2008 – CESPE) Os arquivos correntes de um órgão 
são formados pelas correspondências recebidas e 
expedidas, diferentemente do arquivo intermediário, que 
é responsável pela guarda de processos administrativos. 
 
10. (STJ – 2008 – CESPE) Os documentos dos arquivos 
correntes representam um ponto de partida para a 
tomada de decisões no órgão/instituição. 
 
11. (STJ – 2008

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