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Profa. Amparo Lima
SINAIS VITAIS
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SINAIS VITAIS
São aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal.
 Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na prática diária para o auxílio do exame clínico, destacam-se pela sua importância e por nós serão abordados:
a pressão arterial
o pulso 
a temperatura corpórea 
e a respiração. 
Por serem os mesmos relacionados com a própria existência da vida, recebem o nome de sinais vitais.
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Sinais vitais
As medidas de temperatura, pulso pressão arterial (PA), frequência respiratória e saturação de oxigênio são as mais frequêntes obtidas pelos prestadores de cuidado de saúde.
Essas medidas indicam a eficiência das funções circulatórias, respiratória, neural e endócrina do corpo.
 a medida dos sinais vitais fornecem dados para determinar o estado usual de saúde (dados basais) do cliente.
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Sinais vitais
Uma mudança nos sinais vitais indica uma mudança na função fisiológica.
A determinação dos sinais vitais fornece dados para identificar diagnósticos de enfermagem, para implantar intervenções planejadas e para avaliar os resultados da assistência.
Uma alteração dos sinais vitais sinaliza a necessidade de intervenção médica ou de enfermagem.
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Sinais vitais
Os sinais vitais são um modo eficiente e rápido de monitorar a condição do cliente ou de identificar problemas e avaliar a resposta do cliente a uma intervenção.
Quando se aprende as variáveis fisiológicas que influenciam os sinais vitais e reconhece a relação entre alterações dos sinais vitais com outros achados de uma avaliação física, pode-se determinar precisamente os problemas de saúde do cliente.
Utiliza-se as técnicas básicas de inspeção, palpação e ausculta para obter os sinais vitais
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Diretrizes para medição dos sinais vitais
A enfermeira é responsável pela mensuração dois SSVV. Ela analisa os SSVV para interpretar seu significado e tomar decisões sobre as intervenções;
Certifique-se que os equipamentos estejam funcionando e sejam adequados ao tamanho e à idade do paciente;
Conheça a variação usual dos SSVV do cliente;
Aprenda a história da saúde e doença do cliente, terapia e medicações prescritas;
Controle ou minimize fatores ambientais que afetam os SSVV;
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Utilize uma abordagem organizada e sistemática quando for determinar os SSVV;
Defina com que freqüência os SSVV de cada paciente deve ser verificado;
Use as medições dos SSVV para determinar indicações para administração de medicamentos;
Analise os resultados da medição dos SSVV, estes não devem ser interpretados isoladamente;
Verifique e comunique alterações significativas dos SSVV;
Desenvolva um plano de ensino para instruir o cliente ou a pessoa que cuida dele sobre a medição dos SSVV.
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Quando medir os sinais vitais
Na admissão do paciente;
Nas visitas domiciliares;
No hospital de acordo com a prescrição de enfermagem;
Antes e após um procedimento cirúrgico ou um procedimento diagnóstico invasivo;
Antes, durante e após transfusão de hemoderivados;
Antes, durante e após a administração de medicamentos ou terapias que afetam as funções de controle cardiovascular;, respiratório ou de temperatura;
Quando as condições físicas do paciente são alteradas (dor);
Antes e após intervenções de enfermagem que influenciam um sinal vital;
Quando o paciente informa sintomas inespecíficos de aflição física (ex: sentindo-se “engraçado” ou “diferente”)
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Temperatura corporal
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Fisiologia
A temperatura corpórea é a diferença entre a quantidade de calor produzido por processos do corpo e a quantidade de calor perdido para o ambiente externo.
Apesar dos extremos nas condições ambientais e na atividade física, nos seres humanos os mecanismos de controle da temperatura mantêm a temperatura corpórea central (temperatura dos tecidos profundos) relativamente constante.
Entretanto, a temperatura superficial varia, dependendo da circulação sanguínea na pele e da quantidade de calor perdido para o meio ambiente externo
Calor produzido – calor perdido = temperatura corpórea
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Fisiologia
Devido estas perdas de temperatura na superfície, a temperatura aceitável para os seres humanos varia de 36ºC a 38ºC (98,8º a 100ºF).
Os tecidos corporais e as células funcionam melhor dentro de um intervalo estreito de temperatura.
O local onde a temperatura é medida (oral, retal, axilar, membrana timpânica, artéria temporal, esofágica, artéria pulmonar ou até mesmo a bexiga urinária) é um fator que determina a temperatura do cliente.
O valor da temperatura difere para cada indivíduo e do local de verificação.
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LOCAIS DE MEDIÇÃO DAS TEMPERATURAS CENTRAL E SUPERFICIAL:
TEMPERATURA CENTRAL:
Reto 
Membrana timpânica
Artéria temporal
Esôfago
Artéria pulmonar
Bexiga urinária
TEMPERATURA SUPERFICIAL:
Pele
Oral
Axilas
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Regulação 
Mecanismos fisiológicos e comportamentais regulam o equilíbrio entre calor perdido e calor produzido ou a Termorregulação.
Para que a temperatura corpórea permaneça constante e dentro de um intervalo de variação aceitável, mecanismos do corpo devem manter a relação entre a produção e a perda de calor.
Esta relação é regulada por mecanismos neurológicos e cardiovasculares.
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Controle neural e vascular:
O hipotálamo, controla a temperatura corporal.
Hipotálamo anterior: controla a perda de calor.
Hipotálamo posterior: controla a produção de calor.
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 Produção de calor: 
O calor produzido pelo corpo é um co-produto do metabolismo, o qual é uma reação química em todas as células do corpo.
Os alimentos são a fonte primária de combustível para o metabolismo.
O metabolismo basal contribui para o calor produzido pelo corpo durante o descanso absoluto.
A Taxa Metabólica Basal (TMB) depende da área da superfície corporal.
Os hormônios da tireóide também afetam a TMB.
A TMB aumenta durante a atividade muscular voluntária ou involuntária.
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PERDA DE CALOR
A perda e a produção de calor ocorrem simultaneamente.
A estrutura da pele e sua exposição ao meio ambiente resultam em uma perda normal e constante de calor por radiação, condução, convecção e evaporação.
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Radiação: é a transferência de calor da superfície de um objeto para a superfície de outro sem o contato direto entre ambas.
Condução: é a transferência de calor de um objeto para outro, onde há contato direto entre ambos.
Convecção: é a transferência de calor para outro lugar pela circulação de ar.
Evaporação: é a transferência da energia do calor durante a transformação de um líquido em gás. O corpo perde calor continuamente através da evaporação.
Diaforese: transpiração visível principalmente em testa e tórax superior.
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A pele na regulação da temperatura:
A pele regula a temperatura através do isolamento do corpo, vasoconstrição e do sentido da temperatura.
Controle comportamental:
 A capacidade de uma pessoa controlar a temperatura corpórea depende:
Do grau da temperatura extrema;
Da capacidade de a pessoa se confortável ou desconfortável;
De processos de pensamento ou emoções;
De mobilidade ou habilidade da pessoa para remover ou adicionar roupas. 
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FATORES QUE AFETAM A TEMPERATURA CORPÓREA:
Idade: 
No RN os mecanismos de controle da temperatura são imaturos.
Um RN perde até 30% do calor corpóreo através da cabeça. 
Normalmente a temperatura corporal de um RN fica em torno de 35,5ºC a 37,5ºC.
A regulação da temperatura é instável até a criança alcançar a puberdade.
Um idoso apresenta uma variação mais estreita das temperaturas corporais do que uma pessoa adulta mais jovem.
A temperatura médio em idosos é em torno de 36ºC.
Idosos são sensíveis a temperatura extrema devido à deteriorização de seus mecanismos de controle vasomotor, redução de tecido subcutâneo, atividade da glândula sudorípara diminuída e queda do metabolismo.
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Exercícios:
A atividade
muscular requer um suprimento sanguíneo maior e uma quebra maior de carboidratos e de gordura.
O exercício aumenta o metabolismo e irá aumentar também a produção de calor, aumentando a temperatura corporal.
Nível hormonal:
Nas mulheres os níveis de progesterona sobem e descem ciclicamente durante o ciclo menstrual.
Mudanças da temperatura corporal também ocorrem nas mulheres durante a menopausa.
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Ritmo circadiano:
A temperatura do corpo normalmente sofre alterações de 0,5ºC a 1ºC durante um período de 24 horas.
Estresse:
O estresse físico e emocional aumente a temperatura do corpo através da estimulação hormonal e neural.
Ambiente:
As temperaturas ambientais afetam lactentes e idosos mais frequentemente porque seus mecanismos de regulação da temperatura são menos eficientes.
Alterações da temperatura:
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Febre 
Elevação da temperatura acima da normalidade, 
causada por alterações do centro termo regulador, 
pode ocorrer por infecções, lesões teciduais, processos inflamatórios e neoplasias entre as mais importantes.
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Febre:
A pirexia ou febre ocorre devido à incapacidade dos mecanismos de perda de calor de acompanhar o ritmo de uma produção excessiva de calor, resultando em um aumento anormal da temperatura corporal.
Uma febre resulta da alteração do ajuste hipotalâmico.
Pirógenos, tais como bactérias e vírus, elevam a temperatura corporal. Os pirógenos atuam como antígenos, desencadeando respostas do sistema imune.
O hipotálamo reage para aumentar o ponto de ajuste da temperatura e o corpo responde produzindo e conservando calor:
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Passam-se várias horas antes que a temperatura do corpo atinja o novo valor.
Durante esse período, a pessoa sofre calafrios, tremores e sente frio mesmo que a temperatura do corpo esteja subindo.
A fase de calafrios termina quando o novo ponto de ajuste, uma temperatura mais alta, é atingido.
Durante a próxima fase, o platô, os calafrios diminuem e a pessoa se sente aquecida e seca.
Se o ponto de ajuste hipotalâmico é “ultrapassado” ou os pirógenos são removidos, ocorre a terceira fase do episódio febril.
O ponto de ajuste hipotalâmico baixa, iniciando respostas de perda de calor.
A pele torna-se aquecida e avermelhada por causa da vasodilatação.
A perda de calor por evaporação é auxiliada por uma diaforese.
Quando a febre é abrandada, o cliente passa a ser afebril.
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A febre é um importante mecanismo de defesa.
Elevações moderadas da temperatura até 39ºC intensificam o sistema imune do organismo.
A produção de leucócitos é estimulada durante o episódio febril.
Durante a febre, o metabolismo celular aumente e o consumo de oxigênio se eleva.
O metabolismo celular aumenta 10% para cada grau Celsiu de elevação da temperatura.
As freqüências cardíaca e respiratória aumentam para atender as necessidades metabólicas e nutrientes do organismo.
O metabolismo aumentado utiliza energia que produz calor adicional.
Uma febre prolongada enfraquece o indivíduo pelo esgotamento de suas reservas energéticas.
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SEMIOLOGIA DA FEBRE
As seguintes características da febre devem ser avaliadas: 
início, 
intensidade, 
duração, 
modo de evolução e 
término.
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INTENSIDADE DA FEBRE
A classificação obedece a temperatura axilar, devendo sempre lembrar que a intensidade também depende da capacidade de reação do organismo, sendo que pacientes extremamente debilitados e idosos podem não responder diante de um processo infeccioso. 
febre leve ou febrícula - até 37,5 graus
febre moderada - de 37,5 até 38,5 graus
febre alta ou elevada - acima de 38,5 graus
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DURAÇÃO
É uma característica importante
É dita prolongada quando a duração é maior do que 10 dias, 
Sendo que existem doenças próprias que são responsáveis por esta duração, como a tuberculose, septicemia, endocardite, linfomas entre outras. 
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MODO DE EVOLUÇÃO
Informação do paciente
Análise diária da temperatura, sendo a mesma registrada
anotação pode ser feita no mínimo duas vezes por dia, ou de acordo com a orientação do enfermeiro.
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VALORES NORMAIS DA TEMPERATURA
Os locais habituais da medida da temperatura corpórea são: a axila, a boca e o ânus, sendo que existem diferenças fisiológicas entre os locais:
Axilar - 35,5 a 37,0 0C
Bucal - 36,0 a 37,4 0C
Retal - 36,0 a 37,5 0C
A elevação da temperatura acima dos níveis normais recebe o nome de hipertermia e abaixo de hipotermia.
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Padrões de febre:
Sustentada: uma temperatura corporal constante, continuamente acima de 38ºC e com pouca flutuação.
Intermitente: picos de febre intercalados com temperatura em níveis usuais. A temperatura retorna a um valor aceitável pelo menos uma vez em 24 horas.
Remitente: picos e quedas de febre sem retorno à temperatura normal.
Recidivante: períodos de episódios febris e períodos com valores de temperatura aceitáveis. Períodos de episódios febris e períodos de normotomia muitas vezes duram mais de 24 horas.
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Hipertermia:
É quando a temperatura corporal se eleva e o organismo fica incapacitado de promover perda de calor ou de reduzir sua produção.
A hipertermia resulta de uma sobrecarga dos mecanismos que fazem a termorregulação no organismo.
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Insolação:
A exposição prolongada ao sol ou a temperaturas ambientais elevadas sobrepuja os mecanismos de perda de calor corporal.
Essas condições causam insolação.
Dentre os sinais e sintomas de insolação encontram-se:
 tontura, 
confusão, 
delírio, 
sede excessiva, 
náusea, 
cãibras musculares, 
distúrbios visuais e 
incontinência.
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Exaustão térmica:
Ocorre quando uma diaforese abundante resulta em excesso perda de água e de eletrólitos.
Hipotermia: 
A perda de calor durante a exposição prolongada ao frio sobrepuja a capacidade do organismo de produzir calor causando hipotermia
Classificação da hipotermia:
Leve: 34º - 36ºC
Moderada: 30º - 34ºC
Acentuada: < 30º
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Termômetro eletrônico
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Termômetro timpânico
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Termômetro clínico
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TEMPERATURA ORAL (BOCA)
Na medida oral, o termômetro deverá ser colocado sob a língua, posicionando-o no canto do lábio; a verificação da temperatura oral é contra-indicada em crianças, idosos, pacientes graves, inconscientes, psiquiátricos, portadores de alterações orofaríngeas, após fumar e após ingestão de alimentos quentes ou gelados. 
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TEMPERATURA ORAL (BOCA)
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TEMPERATURA RETAL
Na temperatura retal, o termômetro deverá possuir bulbo arredondado e ser de maior calibre, sendo contra-indicações para a verificação do método pacientes com cirurgias recente no reto ou períneo ou portadores de processos inflamatórios neste local. É considerada a temperatura mais precisa
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MATERIAL
bandeja, 
termômetro, 
algodão, 
álcool e 
sacos para algodão seco e úmido. 
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COMO VERIFICAR A TEMPERATURA?
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao procedimento
Reunir o material e levar à unidade do paciente
Deixar o paciente deitado ou recostado confortavelmente
Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool ou lavar
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COMO VERIFICAR A TEMPERATURA?
Enxugar a axila se for o caso, com as próprias vestimentas do paciente
Descer a coluna de mercúrio até o ponto mais baixo, segurando o termômetro firmemente e sacudindo-o com cuidado
Colocar o termômetro na axila, se for o caso, mantendo-o com o braço bem encostado ao tórax
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COMO VERIFICAR A TEMPERATURA?
Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos
Ler a temperatura na escala
Limpar com algodão embebido em álcool
Lavar as mãos
Anotar no prontuário do paciente.
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PULSO
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PULSO
O pulso é a delimitação palpável da circulação sanguínea percebida em vários pontos do corpo.
O sangue circula pelo corpo através de um circuito contínuo.
O pulso é um indicador do estado circulatório.
o pulso é a contração e expansão alternada de uma artéria
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FISIOLOGIA E REGULAÇÃO:
Nódulo sinoatrial (AS) 
Impulsos elétricos
estimular
a contração cardíaca
Cerca de 60 a 70 mL de sangue entram na aorta a cada contração ventricular (volume de ejeção).
as paredes da aorta são distendidas, criando uma onda de pulso que viaja rapidamente através das terminações das artérias.
Quando uma onda de pulso atinge uma artéria periférica, você sente essa pulsação
O pulso é a delimitação palpável da corrente sanguínea na artéria periférica.
O nº de pulsos que ocorre em um minuto é a freqüência de pulso
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Débito cardíaco:
 
é o volume de sangue bombeado pelo coração durante 1 minuto;
 o produto da freqüência cardíaca (FC);
 e no volume de ejeção (VE).
Um pulso anormalmente lento, rápido ou irregular altera o débito cardíaco.
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Avaliação do pulso
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Como verificar o pulso?
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao procedimento
Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado
Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo
Contar durante 1 minuto inteiro
Lavar as mãos 
Anotar no prontuário
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Pulso radial
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TÉCNICA
- Pulso radial:
Ajude o paciente a ficar deitado de costas ou sentado.
Paciente deitado:Posicione o antebraço dele ao lado do corpo ou sobre a parte inferior do tórax ou do abdome com o pulso estendido.
Paciente sentado: dobre o cotovelo dele em um ângulo de 90º e sustente o antebraço na cadeira ou com seu braço.
Coloque as pontas dos primeiros dois ou três dedos médios de sua mão no sulco ao longo do lado redial ou do lado do polegar do pulso do paciente.
Estenda suavemente o pulso dele com a palma da mão virada para baixo até que você perceba a pulsação mais forte. 
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Faça uma pressão leve contra o rádio, inicialmente obliterando o pulso para depois diminuir a pressão, de forma que a pulsação se torne facilmente palpável.
Determine a força do pulso. Observe se a pressão da veia contra a ponta dos dedos é limitante (+4), forte (+3), fraca (+2), imperceptível (+1) ou ausente (0).
Após sentir um pulso regular, olhe para o relógio na outra mão e comece a contar a freqüência: conte a primeira batida depois que a outra mão fizer a digitação, contando como um, dois, três e assim por diante.
Se o pulso está regular, tome a freqüência durante segundos e multiplique o total por dois.
Se o pulso está irregular, tome a freqüência durante 1 minuto.
Avalie a freqüência e o padrão da irregularidade. Compare os pulsos radiais bilateralmente.
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Pulso Apical
Lave as mãos, limpe as olivas e o diafragma do estetoscópio.
Mantenha a privacidade do paciente.
Deixe o paciente deitado em decúbito dorsal.
Afaste a roupa da cama e a roupa para expor o esterno e o lado esquerdo do tórax.
Localize pontos de referência anatômicos, para identificar o ponto de impulso máximo (PIM), ou pulso apical.
Encontre o ângulo de Louis logo abaixo do entalhe supraesternal entre o corpo do esterno e o manúbio; é sentido como uma proeminência óssea.
Passe os dedos em cada lado do mângulo para encontrar o espaço intercostal (EIC).
Mova os dedos cuidadosamente para o lado esquerdo do esterno até o 5º espaço intercostal e lateralmente para a linha clavicular esquerda (LMC).
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Coloque o diafragma do estetoscópio sobre o PIM no 5º EIC, á esquerda da LMC, e faça a auscultação para os sons cardíacos de s1 e s 2 normais (ouvidos como “lub-dub”)
Quando s1 e s 2 são ouvidos regularmente, use o relógio e comece a contar a frequência. 
Se a frequência apical está regular, faça a contagem durante 30 segundos e multiplique por dois.
Verifique se a frequência está irregular e descreva o padrão ou irregularidade.recoloque o vestuário e a roupa de cama do paciente.
Lave as mãos e limpe o estetoscópio.
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PULSO CAROTÍDEO
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PULSO CAROTÍDEO
as pulsações da carótida são visíveis e palpáveis medialmente aos músculos esternocleidomastoideos. Para sua palpação, devemos colocar o polegar esquerdo (ou o indicador e dedo médio) sobre a carótida direita e vice-versa, no terço inferior do pescoço, adjacente à margem medial do músculo esternocleiomastoideo bem relaxado, aproximadamente ao nível da cartilagem cricóide. 
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PULSO BRAQUIAL
Palpar a artéria braquial (face interna do cotovelo), sendo que o braço do paciente deve repousar com o cotovelo esticado e as palmas da mão para cima. 
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PULSO POPLITEO
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CARACTERÍSTICAS DO PULSO
FREQÜÊNCIA - A contagem deve ser sempre feita por um período de 1 minuto, sendo que a freqüência varia com a idade e diversas condições físicas.
Está aumentado em situações fisiológicas como exercício, emoção, gravidez, ou em situações patológicas como estados febris, hipertiroidismo, hipovolemia entre muitos outros. A bradisfigmia pode ser normal em atletas. 
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CARACTERÍSTICAS DO PULSO
Na primeira infância varia de 120 a 130 bat/min.; 
Na segunda infância de 80 a 100 
No adulto é considerada normal de 60 a 100 batimentos por minuto, 
Sendo que acima do valor normal, temos a taquisfigmia e abaixo bradisfigmia.
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CARACTERÍSTICAS DO PULSO
RITMO - É dado pela seqüência das pulsações, sendo que quando ocorrem a intervalos iguais, chamamos de ritmo regular, 
sendo que se os intervalos são ora mais longos ora mais curtos, o ritmo é irregular. 
A arritmia traduz alteração do ritmo cardíaco. 
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RESPIRAÇÃO
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RESPIRAÇÃO
A sobrevivência humana depende da chegada de oxigênio até as células do organismo e da remoção de dióxido de carbono das mesmas.
A respiração é o mecanismo que o corpo utiliza para trocar esses gases entre a atmosfera e o sangue e as células.
Este mecanismo envolve ventilação (a movimentação de gases para dentro e para fora dos pulmões), difusão (a movimentação do oxigênio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e as hemácias) e perfusão (a distribuição das hemácias para os capilares sanguíneos e a partir deles).
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Controle fisiológico
O centro respiratório no tronco cerebral regula o controle involuntário da respiração.
O padrão de respiração dos adultos normalmente é suave e ininterrupto, 12 a 20 vezes por minuto.
O organismo regula a ventilação atravoes dos níveis de CO2, O2 e da concentração de íons hidrogênio (pH) no sangue arterial.
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Mecanismos da respiração
Há envolvimento de trabalho muscular na movimentação dos pulmões e da parede torácica.
A inspiração é um processo ativo.
Durante a inspiração, o centro respiratório envia impulsos ao longo do nervo frênico, causando a contração do diafragma.
Órgãos localizados na região abdominal movem-se para baixo e para cima, aumentando o comprimento da cavidade peitoral para a entrada de ar nos pulmões.
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Fatores que influenciam a característica da respiração
Exercício
Dor aguda
Ansiedade
Tabagismo
Posição corporal
Medicações
Lesões neurológico
Função da hemoglobina
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Variações aceitáveis da frequência respiratória
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ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO
Bradipnéia : respiração lenta, abaixo da normalidade.
Taquipnéia : respiração rápida, acima dos valores da normalidade, freqüentemente pouco profunda.
Hiperpneia: a respiração é difícil, com profundidade e frequência aumentadas
Apnéia: ausência da respiração
Hiperventilação: a frequência e a profundidade da respiração aumenta
Hipoventilação: a frequência respiratória é anormalmente lenta e a profundidade da ventilação está deprimida
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Dispnéia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.
Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta.
Respiraçãp de Cheyne-Stokes: a frequência e a profundidade da respiração são irregulares, caracterizadas pela alternação de períodos de apneia e hiperventilação. O ciclo começa com a respiração lenta e superficial que aumenta gradualmente a uma frequência e profundidade anormais. O padrão se reverte, a respiração se torna lenta e superficial, chegando ao clímax com uma apneia
antes do recomeço da respiração.
Respiração de Kussmaul: a respiração é anormalmente profunda, regular e de alta frequência.
Respiração de Biot: a respiração é anormalmente superficial para duas ou três respirações seguidas de um período irregular de apneia.
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COMO VERIFICAR A RESPIRAÇÃO
MATERIAL
Relógio com ponteiro de segundos
Papel e caneta para anotações
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COMO VERIFICAR A RESPIRAÇÃO
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao exame
Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos 
Contagem pelo período de 1 minuto
Lavar as mãos no término
Anotar no prontuário 
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Mensuração da saturação de oxigênio arterial
É feito através de um oxímetro de pulso.
O oxímetro de pulso é uma sonda que possui um diodo emissor de luz (LED) e um fotodetector conectado ao oxímetro através de um cabo.
O LED emite ondas de luz que são absorvidos de modo diferente por hemoglobinas oxigenadas e desoxigenadas.
O fotodetector detecta as diferenças de absorção de luz e o oxímetro calcula a saturação de pulso (SpO2). A SpO2 é uma estimativa confiável de SaO2 quando essa se encontra acima de 70%.
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PRESSÃO ARTERIAL
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PRESSÃO ARTERIAL
A pressão ou tensão arterial é um parâmetro de suma importância na investigação diagnóstica, sendo obrigatório em toda consulta de qualquer especialidade; relacionando-se com o coração. 
É medida com a utilização do esfigmomanômetro e do estetoscópio.
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PRESSÃO ARTERIAL
É a medida da força aplicada contra as paredes das artérias, quando o coração bombeia sangue através do corpo.
A pressão é determinada:
 pela força e quantidade de sangue bombeado e 
pelo tamanho e flexibilidade das artérias. 
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PRESSÃO ARTERIAL
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ESFIGMOMANÔMETRO
É o instrumento utilizado para a medida da pressão arterial. Foi idealizado por três cientistas: VonBasch (1880), Riva-Ricci (1896) e Korotkoff (1905). 
O tamanho do aparelho depende da circunferência do braço a ser examinado, sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda à 40% da circunferência do braço, e seu comprimento deve ser de 80%; manguitos muito curtos ou estreitos podem fornecer leituras falsamente elevadas. 
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ESFIGMOMANÔMETRO
O esfigmomanômetro pode ser de coluna de mercúrio para a medida da pressão, ou aneróide. 
Existem aparelhos semi-automáticos que se utilizam do método auscultatório e oscilométrico, com grau de confiabilidade variável, devido sofrerem com freqüência alterações na calibração.
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ESFIGMOMANÔMETRO
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ESTETOSCÓPIO
- Existem vários modelos, porém os principais componentes são: Olivas auriculares: são pequenas peças cônicas que proporcionam uma perfeita adaptação ao meato auditivo, de modo a criar um sistema fechado entre o ouvido e o aparelho.
Armação metálica: põe em comunicação as peças auriculares com o sistema flexível de borracha; é provida de mola que permite um perfeito ajuste do aparelho.
Tubos de borracha: possuem diâmetro de 0,3 a 0,5 cm. e comprimento de 25 a 30 cm.
Receptores: existem dois tipos fundamentais: o de campânula de 2,5 cm. que é mais sensível aos sons de menor freqüência e o diafragma que dispõe de uma membrana semi-rígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm., utilizado para ausculta em geral.
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ESTETOSCÓPIO
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DIAFRAGMA
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VERIFICANDO A P.A.
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VERIFICANDO A P.A.
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Procedimento de Medida da PA
Explicar o procedimento ao paciente, orientar que não fale e deixar que descanse por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Promover relaxamento para atenuar o efeito do avental branco.
2. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia, não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos, não ingeriu bebidas alcoólicas (café, alimentos) ou fumou até 30 minutos e não está com as pernas cruzadas.
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3. Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria branquial. A largura da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento envolver pelo menos 80%. 
4. Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido
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5. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide.
6. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível da pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar novamente.
7. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria branquial na fossa antecubital, evitando compressão excessiva.
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8. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar de 20 a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após identificação do som que determina a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente.
9. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de deflação. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder a deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff), anotar valores da sistólica/diastólica/zero.
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10. Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, completando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a medida. Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos terminados em zero ou cinco.
11. Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, completando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a medida. Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos terminados em zero ou cinco.
12. paciente deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento.
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Dimensões Aceitáveis da Bolsa de Borracha para Braços de Diferentes Tamanhos
Circunferência do braço (cm)
Denominação do manguito
Largura do manguito (cm)
 6
Recém-nascido
3
6
6-15
Criança
5
15
16-21
Infantil
8
21
22-26
Adulto pequeno
10
24
27-34
Adulto
13
30
35-44
Adulto grande
16
38
45-52
Coxa
20
42
Comprimento da bolsa (cm)
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