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Sistematização do Cuidar I 1 Sinais Vitais 2 Sinais Vitais As medições mais frequentes obtidas pelos profissionais de saúde são temperatura, pulso, respiração e pressão arterial. São indicadores do estado de saúde, que revelam a eficácia das funções corporais circulatória, respiratória, neural e endócrina, e devido a sua importância são chamados de sinais vitais. Fazem parte da base de dados que o enfermeiro coleta durante a avaliação. Quando os sinais vitais são obtidos, o enfermeiro deve entender e interpretar seus valores, comunicar os achados e iniciar as intervenções conforme necessário. Sinais Vitais, compreendem a mensuração da temperatura, pulso, pressão arterial, frequência respiratória e de acordo com a necessidade saturação de oxigênio 3 Orientações quanto a verificação dos Sinais Vitais • O Enfermeiro é responsável pela avaliação dos sinais vitais • O equipamento deve ser funcional • Deve-se conhecer a faixa de normalidade do SV do cliente • Conhecer a história clínica • Controlar ou minimizar fatores ambientais que possam alterar SV • Usar método organizado • Abordar o Cliente de forma a não alterar SV • Utilizar aferição dos SV pra determinar indicação na administração de medicamentos • Analisar o resultado dos SV • Desenvolver plano de ensino para orientar o Cliente sobre a avaliação dos SV 4 T P R e PA Indicam as funções de alguns dos mecanismos homeostático do corpo 5 PULSO RESPIRAÇÃO TEMPERATURA PAS (MMHG) PAD (MMHG) Neonato (>96h) 70-190 30-60 35 – 37,5 60-90 20-60 Lactente >1mês 80-160 30-60 37,4 – 37,6 74-100 50-70 Criança 1 a 3 80-130 24-40 37,2 – 37,6 80-112 50-80 Pré-escolar 80-120 22-34 37 – 37,2 82-110 50-78 Escolar 75-110 18-30 36,6 – 37 84-120 54-80 Adolescente 60-90 12-20 36,1 – 37,2 94-140 62-88 Adulto 60-100 12-20 36,1 – 37,2 90-140 60-90 Idoso > 70a 60-100 12-20 35 – 37,2 90-140 60-90 Temperatura 6 Temperatura Corporal É a diferença entre a quantidade de calor produzido pelos processos corporais e a quantidade de calor perdido para o ambiente. A temperatura do interior do corpo permanece constante, dentro de uma variação de aproximadamente 0,6C, mesmo quando exposto ao extremo frio ou calor. Isso ocorre, pois o ser humano é Homeotérmico (produz e dissipa calor mantendo a temperatura estável) Os seres humanos são criaturas de sangue quente, o que significa que eles podem manter a temperatura interna do corpo independentemente do ambiente externo. Os tecidos e as células do corpo ficam mais aptos a funcionar dentro de uma faixa de temperatura relativamente estreita. A temperatura cutânea ou da superfície corporal pode variar muito com as condições ambientais e com atividade física. Apesar dessas variações flutuações, a temperatura interna do corpo (temperatura central) permanece relativamente constante, a menos que o cliente desenvolva uma doença febril. 7 Regulação da Temperatura Corporal A regulação da temperatura requer a coordenação dos principais sistemas orgânicos. Para que a temperatura central permaneça normal, a produção de calor deve igualar-se à perda de calor. O hipotálamo, localizado na hipófise no encéfalo, é o termostato existente no corpo. Ele pode perceber pequenas alterações na temperatura corporal e estimular as respostas necessárias no sistema nervoso, sistema circulatório, pele e glândulas sudoríparas, de modo a manter a homeostasia. 8 Regulação da Temperatura Corporal Faixas de Temperatura Normal do Adulto em Diferentes Sítios Corporais 9 ORAL AXILAR RETAL TIMPÂNICA 36,5 – 37,5 C 35,8 – 37,0 C 37,0 – 38,1 C 36,8 – 37,9 C Produção de Calor Hipotálamo Posterior O corpo produz continuamente calor como um subproduto das reações químicas que tem lugar nas células corporais. Esse processo coletivo é conhecido como metabolismo. A taxa metabólica basal (TMB) é a quantidade de energia que o corpo utiliza durante o repouso absoluto em um estado de vigília. O exercício físico, a produção aumentada de hormônios tireóideos e a estimulação do sistema nervoso simpático podem aumentar a produção de calor 10 Perda de Calor Hipotálamo Anterior O calor é perdido por meio de quatro processos: radiação, condução, convecção e evaporação. • A exposição a um ambiente frio aumenta a perda de calor • Condução é a transferência de calor de um objeto para outro. O corpo realmente perde uma quantidade considerável de calor para o meio através da condução. • A convecção é a perda de calor através da corrente de ar, como a partir de uma brisa ou ventilador • A evaporação provoca a perda de calor à medida que a água é transformada em um gás (exemplo sudorese durante exercício extenuante. 11 Fatores que afetam a Temperatura Corporal • Idade • Ambiente • Hora do dia • Exercício • Estresse • Hormônios 12 Fatores que afetam a Medição da Temperatura Corporal • Depois de fumar • Oxigênio administrado por meio de máscara ou cânula • Ingerir líquidos quentes e frios • Paciente emagrecido • Ritmo circadiano • Ovulação 13 Avaliando a Temperatura Corporal • A Enfermeira deve usar seu julgamento quando selecionar a via pela qual medir a temperatura – Oral – Retal – Ouvido – Axilar 14 Material • Termômetro de Mercúrio de vidro – Bulbo de mercúrio – Selado na outra extremidade – Escala graduada de Celsius • Termômetro Oral – Extremidade delicada – Permite a exposição máxima a mucosa oral – Extremidade azul • Termômetro Retal – Obtuso para diminuir o risco de trauma – Extremidade vermelha 15 Material • Termômetros eletrônicos • Termômetros de Membrana Timpânica • Termômetros de Papel Descartáveis • Fitas sensíveis a Temperatura • Cateteres Central • Termômetro esofagiano 16 Escala A temperatura pode ser medidas nas escalas Celsius ou Fahrenheit • Para transformar Celsius em Fahrenheit – F= (9/5 x C) + 32 • Para transformar Fahrenheit em Celsius – C = (F -32) x 5/9 17 Febre • Hipertermia – acima da faixa da normalidade • Hipotermia – Pode ser intencional ou não – Suave – 34 a 36 °C – Moderada – 30 a 34 °C – Grave < 30 °C • Normotermia – apirexia /afebril – temperatura dentro da faixa da normalidade • FOD – Febre de Origem Desconhecida 18 Febre/Intensidade • Febre leve ou febrícula – até 37.5C • Febre moderada – 37,5 a 38,5C • Febre alta ou elevada – acima de 38,5C • Efeitos da Febre – a cada grau de elevação aumenta 7% o metabolismo corporal, gastos das reservas de energia, hipóxia celular e desidratação • Cuidados Básicos – resfriar o corpo e restaurar o equilíbrio hidroeletrolítico. • Padrões de Febre – Sustentada – constante e contínua acima de 38 °C – Intermitente – intercalada com níveis usuais de temperatura – Remitente – age e cai sem retornar aos níveis normais de temperatura – Recaída – períodos febris com valores aceitáveis de temperatura 19 Pulso 20 Pulso A contração dos ventrículos do coração ejeta o sangue para dentro das artérias. A força do sangue que entra na aorta a partir do ventrículo esquerdo provoca o estiramento ou distensão da parede aórtica elástica. Como a aorta primeiro se expande, contraindo-se em seguida. É criada uma onda de pulso que viaja ao longo dos vasos sanguíneos. A onda de pulso ou pulsação pode ser percebida como uma elevação ou ascensão em que as artérias se localizam próximas à superfície da pele. 21 Características Incluem a frequência ou velocidade, o ritmo e a qualidade. Frequência ou velocidade – refere-se ao número de pulsações por minuto Ritmo – refere-se a regularidade com a qual acontece o pulso Qualidade – refere-se a forçada pulsação palpada; vários fatores determinam a qualidade do pulso arterial, incluindo a força com a qual o sangue ejetado a partir dos ventrículos, a quantidade de sangue ejetado a cada batimento cardíaco (volume sistólico) e a permeabilidade e complacência ou elasticidade das artérias 22 Fatores que afetam a Frequência Cardíaca •Idade •Sistema Nervoso Central •Medicamentos 23 Avaliando o Pulso O pulso é uma parte importante das medições dos sinais vitais. A frequência de pulso e o ritmo basais são estabelecidos durante o histórico de enfermagem inicial e são empregados para comparação com as medições futuras 24 Sítios O pulso pode ser avaliado em qualquer localização em que uma artéria se localize próxima a superfície cutânea e possa ser comprimida contra uma estrutura subjacente firme, como o músculo ou osso. • Temporal • Carotídeo • Apical • Braquial • Femoral • Poplíteo • Pedioso • Tibial posterior 25 Equipamentos • Estetoscópio • Doppler 26 Métodos • Palpação • Ausculta Características do Pulso O pulso é avaliado para frequência cardíaca, ritmo e qualidade. A frequência e o ritmo do pulso são rotineiramente examinados; a qualidade do pulso é avaliada com menor frequência ou em circunstâncias excepcionais, quando anormalidade podem ser previstas... 27 Frequência No adulto a Frequência normal é de 60 a 100 batimentos por minuto. A frequência de pulso em adultos acima de 100 batimentos por minuto são chamadas de taquicardia. Uma frequência de pulso anormalmente lenta é chamada de bradicardia (< 60). A bradicardia pode ser frequência cardíaca de repouso normal em um atleta treinado. 28 Ritmo Normalmente, as contrações cardíacas ocorrem em intervalos de tempo uniformemente espaçados, resultando em um ritmo regular. Os lactentes e as crianças geralmente apresentam frequência de pulso aumentadas durante a inspiração e frequência diminuídas durante a expiração; esse estado é chamado de disritmia sinusal. Cardiopatia, medicamentos ou desequilíbrios eletrolíticos podem alterar o batimento rítmico normal do coração, provocando um pulso irregular. Quando você percebe um ritmo de pulso anormal, considere a utilização do método auscultatório para obter uma frequência de pulso apical. 29 Qualidade/Amplitude A qualidade do pulso geralmente refere-se à força da pulsação e pode ser quantificada em uma escala numérica. A qualidade do pulso e descrita como cheia ou forte e pode ser facilmente palpada. Pulso fraco – facilmente obliterado (filiformes) Pulso em rechaço – é mais forte que o normal e difícil obliteração A qualidade do pulso reflete o volume sistólico Palpe bilateralmente os pulsos periféricos para comparar a qualidade Exemplo: a oclusão parcial de uma artéria femoral direita resultaria em pulsos femoral, poplíteo, pedioso e tibial mais fraco à direita que à esquerda. 30 Escala para Classificar a Qualidade do Pulso –O – sem pulso detectado –1+ pulso fraco, filiforme; facilmente obliterado com a pressão; o pulso pode ir e vir –2+ pulso difícil de palpar; pode ser obliterado com a pressão –3+ Pulso normal –4+ pulso hiperativo, em rechaço; facilmente palpado e não pode ser obliterado 31 Déficit de Pulso Em algumas situações, o volume sistólico pode variar de um batimento para outro durante a contração cardíaca, resultando em uma onda de pulso tão fraca que não pode ser percebida pela palpação em um sítio periférico. Contração ineficiente do coração para transmitir a onda do pulso para o pulso periférico. A diferença entre o pulso apical e radial é o déficit de pulso. Ex. apical 92 bpm e radial 78 bpm = DP de 14 bpm 32 Respiração 33 Respiração É um termo empregado para resumir dois processos diferente, porém correlatos: Respiração Interna – processo de captar o oxigênio e eliminar o dióxido de carbono Respiração Externa – utilização do oxigênio, à produção de dióxido de carbono e a troca desses gases entre as células e o sangue O processo de inspiração é ativo. Os músculos inspiratórios se contraem, resultando em um volume intratorácico aumentando à medida que os pulmões são puxados para um espaço mais expandido. A pressão nas vias aéreas fica negativa e o ar flui para dentro 34 Respiração No final da inspiração, ocorre o recolhimento pulmonar natural, a pressão na via aérea fica discretamente positiva e o ar flui para fora enquanto os músculos se relaxam. Basicamente um processo passivo A respiração normal é automática e involuntária. Em repouso, a frequência respiratória normal no adulto é de 12 a 20 irpm. O volume corrente normal é de 500ml ou 6 a 8 l/min. 35 Respiração O estímulo normal para respirar é a hipercarbia. Um nível aumentado de dióxido de carbono. Os quimiorreceptores por todo o corpo percebem as alterações nos níveis de dióxido de carbono e estimulam o centro respiratório, o que aumenta ou diminui proporcionalmente a frequência e profundidade respiratórias. 36 Fatores que Afetam as Respirações – Idade – Medicamentos – Estresse – Exercício – Altitude – Sexo – Posição Corporal – Febre 37 Avaliando a Respiração As respirações devem ser avaliadas em cada exame dos sinais vitais. Deve ser estabelecida um valor basal normal para cada cliente, de modo que as comparações possam ser feitas. A avaliação deve incluir: ▪ Frequência ▪ Ritmo e Profundidade ▪ Qualidade 38 Avaliando a Respiração – Frequência • A FR se altera com a idade • Lactente – 30 a 60 irpm • Adulto – 12 a 20 irpm – Taquipnéia – FR rápida > 20 irpm – Bradipnéia – FR lenta < 12 irpm – Apnéia – ausência de respiração – Apnéia contínua – sinônimo de parada respiratória e não é compatível com a vida 39 Avaliando a Respiração – Ritmo e Profundidade • Devem ser regulares em ritmo e profundidade. A regularidade refere-se ao padrão da inspiração e expiração • A expiração é normalmente duas vezes mais longa que a inspiração • Avaliar a profundidade observando o movimento da parede torácica 40 Padrões Respiratórios Anormais 41 Alteração Descrição Bradpneia A freqüência respiratória é regular, mas anormalmente lenta ( 12 rpm) Taquipnéia A freqüência respiratória é regular, mas anormalmente rápida ( 20 rpm) Hiperpneia Respiração com esforço, maior profundidade e ritmo (superiores a 20 rpm). Ocorrem normalmente durante os exercícios. Apnéia A respiração cessa por vários segundos. Hiperventilação Ritmo e profundidade aumentam. Hipoventilação O ritmo está baixo e a profundidade pode estr deprimida. Respiração de Cheyne Stokes O ritmo e a profundidade são irregulares, caracterizados por períodos alternados de apnéia e hiperventilação. O ciclo respiratório começa com respirações lentas e superficiais que aumentam para ritmo e profundidade anormais. O padrão se reverte, a respiração fica lenta e superficial, chegando a apnéia antes que a respiração comece. Respiração de Kussmaul As respirações são anormalmente profundas, regulares e com ritmo maiores. Respiração de Biot As respirações são anormalmente superficiais por duas ou três respirações, seguidas de um período irregular de apnéia. Qualidade As respirações são comumente automáticas, silenciosas e sem esforço. – Dispnéia – descreve as respirações que exigem esforço excessivo A respiração também podem ser ruidosa: – Estridor – é um som respiratório áspero que pode soar como um grito. Pode indicar uma obstrução da via aérea superior. – Síbilo – é um som musical alto. Geralmente, é ouvido na expiração, podendo ser ouvido na inspiração. Associado a obstrução parcial dos brônquiosou bronquíolos, como a asma. – Suspiros – são respirações de inspiração profunda e expiração prolongada 42 Métodos – Os clientes não devem estar cientes que a enfermeira está realizando um exame respiratório, porque, caso estejam cientes do procedimento, eles podem alterar seus padrões ou frequências respiratórias – Avaliar a FR após aferição do pulso – Com lactente ou criança – avalie a respiração antes da temperatura 43 Procedimentos 1- Lave as mãos e reúna o material 2- Explique o procedimento ao cliente 3- Posicionar o cliente sentado ou deitado 4- Observar o padrão respiratório do cliente sentado ou deitado (freqüência, a profundidade e as características) 5- Contar os movimentos respiratórios por um minuto. Se possível simulando a verificação de pulso para não facilitar modificação individual 6- Lavar as mãos. 7- Realizar o registro em impresso próprio 44 Pressão Arterial 45 Pressão Arterial –A PA é a força que o sangue exerce contra as paredes dos vasos sanguíneos –A pressão nas artérias sistêmicas é medida mais amiúde no ambiente clínico –A PA é declarada em milímetros de mercúrio (mmHg) 46 Fatores Fisiológicos que Determinam a PA A pressão é máxima quando os ventrículos do coração se contraem e ejetam o sangue para dentro da aorta e das artérias pulmonares A PA medida durante a contração ventricular (sístole cardíaco) é a pressão arterial sistólica) Durante o relaxamento ventricular (diástole cardíaca) a PA decorre do recolhimento elástico dos vasos, e a pressão medida é a pressão diastólica Diferença entre as PAS e PAD medidas é a pressão de pulso. Exemplo: PAS 120mmHg – PAD 80mmHg resulta em 40mmHG (pressão de pulso) 47 Fluxo Sanguíneo O Fluxo sanguíneo é essencialmente igual ao débito cardíaco. O Débito cardíaco é o produto do volume sistólico e a frequência cardíaco. Um volume sistólico de 70ml e uma frequência cardíaca de 72 bpm resultam em DC de 5.040ml/min ou de aproximadamente 5l/min 48 Resistência O atrito entre o sangue e as paredes vasculares varia com as dimensões da luz vascular. A contração e o relaxamento do músculo liso nas paredes vasculares controlam o diâmetro do vaso sanguíneo. O sistema nervoso autônomo regula esse tônus vascular. Os vasos contraídos oferecem maior resistência, aumentando assim a PA; os vasos dilatados proporcionam menos resistência, diminuindo dessa maneira a PA 49 Fatores que afetam a Pressão Arterial • Idade • Estresse • Raça • Variação diurna • Medicações • Volume circulante • Exercícios físicos • Desconforto físico • Peso (obesidade) • Estresse • Hábitos de vida • Frio e calor • De origem Patológica (infecções agudas, hemorragias e anemias). 50 Sítios - Pressão Arterial • Membro Superior • Membro Inferior 51 Equipamentos • Esfigmomanômetro • Estetoscópio • Doppler • Dispositivos Eletrônicos Valores Normais - PRESSÃO SISTÓLICA- 90 a 139 mmHg - PRESSÃO DIASTÓLICA – 60 a 89 mmHg • Hipertensão - Relacionada ao espessamento e a perda de elasticidade das artérias. Pressão diastólica acima de 90 mmHg e sistólica acima de 140 mmHg. • Hipotensão = Considerada presente quando a PA sistólica cai a 90 mmHg 52 Classificação diagnóstica da hipertensão arterial (> 18 anos de idade) 53 Sistólica Diastólica Seguimento < 130 < 85 Reavaliar em 1 ano 130-139 85-89 Reavaliar em 6 meses 140-159 90-99 Confirmar em 2 meses 160-179 100-109 Confirmar em 1 mês > 180 > 110 Intervenção imediata ou reavaliar em 1 semana Recomendações para seguimento (prazos máximos).* Pressão arterial inicial (mmHg)** * Modificar o esquema de seguimento de acordo com a condição clínica do paciente. ** Se as pressões sistólica ou diastólica forem de categorias diferentes, o seguimento recomendado é definido como de menor tempo Procedimento 1. Explicar o procedimento ao paciente. 2. Certificar-se de que o paciente: • não está com a bexiga cheia; • não praticou exercícios físicos; • não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida. 3. Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. 4. Localizar a artéria braquial por palpação. 5. Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento, envolver pelo menos 80% do braço. Assim, a largura do manguito a ser utilizado estará na dependência da circunferência do braço do paciente. 54 Procedimento 6. Manter o braço do paciente na altura do coração. 7. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide. 8. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar novamente. 9. Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para frente. 10. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. 11. Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento de medição. 55 12. Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até o nível estimado da pressão arterial. 13. Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2 mmHg a 4 mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente. 14. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com o aumento da velocidade de deflação. 15. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20 mmHg a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff). 16. Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, complementando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a mensuração. Deverá ser registrado sempre o valor da pressão obtido na escala do manômetro, que varia de 2 mmHg em 2 mmHg, evitando-se arredondamentos e valores de pressão terminados em “5”. 17. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. 18. O paciente deve ser informado sobre os valores da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento. 19. Lavar as mãos 20. Realizar o registro em impresso próprio 56 Equipamentos 57 •Manguito oclusivo •bexiga de borracha inflável •pêra de pressão •válvula de de liberação para inflar o manguito Medidas Antropométricas 58 “As medidas antropométricas mais comuns incluem a altura, o peso e as circunferências musculares do antebraço e braço” (Brunner & Suddarth, 2002) Peso Para que haja a manutenção da saúde de um indivíduo, entender seus hábitos alimentares torna-se fundamental. Através de uma avaliação nutricional adequada, existe a possibilidade de detectar informações sobre estados de obesidade, subnutrição, perda de peso, má nutrição, deficiências de nutrientes específicos, anormalidades metabólicas, efeitos medicamentosos sobre a nutrição, e outros. (Brunner & Suddarth, 2002) A aferição do peso é importante para avaliação do estado nutricional do cliente, procedimentos cirúrgicos, administração de medicamentos, renal crônico, e outros. É importante avaliar a circunferência abdominal para cliente que apresenta ascite. 59 Massacorporal - Peso (em Kg) • O objetivo é mensurar a massa corporal dos indivíduos. • Instrumento: balança, com precisão de 100gr, de preferência digital, que deve ser aferida a cada seis meses. Tentar sempre realizar as medidas na mesma balança. • Posição do avaliado: Em pé, pés descalços e com menor quantidade de roupa possível, em frente a escala de medida. • Posição do avaliador: em pé, de frente para o avaliador. • Procedimento: O avaliado deve subir cuidadosamente na plataforma, colocando um pé de cada vez, e se posicionando no centro da mesma. Realiza-se apenas uma medida. 60 Qual é o instrumento utilizado para determinação do peso? A balança!!! Como se calcula o peso ideal? (Regra de Broca) • Homem: Altura de 1,80m, peso ideal de 80Kg •Mulher: Mesma regra, subtraindo 5%. Ex: 1,60m, peso ideal de 57 Kg. E o peso máximo e mínimo normal? Soma-se 10% do peso ideal Subtrai 10% do peso ideal 61 IMC – Índice de Massa Corpórea Indicador mais adequado para observar as alterações do peso, relacionando também a altura do indivíduo. IMC = P/A2 (INAN) Baixo peso: IMC menor do que 20Kg/m2 Normal: IMC de 20 a 24,99 Sobrepeso: IMC de 25 a 29,99 Obesidade: de 30 a 39,99 Obesidade Grave: IMC acima de 40 62 IMC – Índice de Massa Corpórea Nos primeiros anos de vida calcula-se da seguinte maneira: –Ao nascer: peso médio de 3.400g;(Potter, 1999) –Ao nascer: peso médio de 2.500g a 4000g; (Kenner, 2001) – Neonatal (10 mês): Aumento de 113g a 226g –Lactente (de 1 a 12 meses): dobra o peso do nascimento antes de 6 meses e triplica até os 12 meses. – Primeira Infância (dos 12 aos 36 meses): a freqüência do aumento do peso diminui . Até os dois anos a criança pesa 4 vezes mais o peso do seu nascimento. –Pré-escolar (30 ao 60 anos): as crianças ganham cerca de 2,5Kg por ano. – Escolar (dos 6 aos 12 anos): de 2 a 3,5Kg por ano. 63 Variações do peso •É importantíssimo saber, principalmente quando essas variações de peso ocorrem com crianças! •O período que ocorreu essa variação e quanto perdeu ou ganhou também são dados muito valiosos. •Magreza(deficiência de peso): Pode ser constitucional ou patológica. •Obesidade(excesso de peso): Pode ser exógena ou endógena. ▪Anorexia ▪Bulimia OBS: Tanto a desnutrição, quanto a obesidade, podem levar a complicações severas, na saúde física, mental e social do indivíduo. 64 Altura • Na prática diária, a altura total é calculada rotineiramente, tendo-se como referência os seguintes pontos: Planta dos pés e vértice da cabeça. • Instrumentos para se calcular a altura: Haste milimetrada na balança, fita métrica, sistema adaptado a própria mesa. • Nos primeiros anos de vida calcula-se da seguinte maneira: – Ao nascer: estatura média de 50 cm; – 10 ano de vida aumenta cerca de 25 cm; – 20 e 30 ano: aumento de mais ou menos 10cm/ano; – 30 ao 120 ano: de 5 a 7 cm/ano. 65 Avaliação dos Perímetros Recém-Nascido ➢Perímetro cefálico: 32 – 35 cm ➢Perímetro torácico: 30 – 33 cm ( 2 cm < Pc) ➢Perímetro abdominal: 30 – 34 cm 66 Perímetro abdominal para cliente adulto ➢Fator de risco cardiovascular; ➢ Clientes com ascite ➢ A circunferência abdominal, é um método simples e representativo da gordura acumulada no abdome. Representa quando associada a outros fatores como, diabetes, hipertensão, colesterol e triglicerídeos alto e obesidade, alto risco para desenvolver a síndrome metabólica. Esta medida é facilmente realizada: utilizando uma fita métrica não elástica, a circunferência abdominal é medida na altura da cicatriz umbilical (umbigo) ➢Homens – mais de 94 cm ➢Mulheres – mais de 88 cm 67 Prega Cutânea do Tríceps (PCT) A dobra cutânea do tríceps mede os depósitos de gorduras e representa um índice da gordura corporal total. Para medir a dobra cutânea, o braço do cliente fica pendente livremente e uma dobra da pele situada ligeiramente acima do ponto médio é pinçada entre os dedos polegar e indicador. À medida que somente a pele é pinçada, são colocados os compassos de calibre e a medida é lida com aproximação milimétrica. São realizadas três mensurações. A seguir, as medidas são somadas e divididas por 3, para o registro da média. 68 Medida Padrão 90% Dobra cutânea do tríceps Homens 12,5 mm Mulheres 16,5 mm Homens 11,3 mm Mulheres 14,9 14,9 mm Medida inferior a 90% do padrão indica quantidade insuficiente de calorias Medida superior a 90% indica a presença de reservas de energia classificadas como adequadas ou mais do que adequadas Biótipo ou tipo morfológico - Peso / Altura É o conjunto de características morfológicas apresentadas pelo indivíduo.É classificado em: Brevilíneo:Caracterizado pelo pescoço curto e grosso; tórax alargado e volumoso; membros curtos e relação ao tronco; e Angulo de Charpy maior que 900. Mediolíneo:Suas características são: Equilíbrio entre membros e o tronco, desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo (camada subcutânea de tecido adiposo), e angulo de Charpy em torno de 900. Longilíneo:Apresenta pescoço longo e delgado, tórax afilado e achatado, membros alongados com franco predomínio sobre o tronco, angulo de Charpy menor que 900, musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido, e tendência para estatura elevada. 69 70 Brevilíneo Mediolíneo Longilíneo PROCESSO DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM DISTÚRBIOS ALIMENTARES HISTÓRICO • Entrevista ➢ Hábitos alimentares; ➢ Fatores psicológicos; ➢ Sinais clínicos da condição nutricional; ➢ Distúrbios tais como: AISD, câncer, doenças metabólicas, doenças renal, problemas de má absorção, ➢ Ganho ou perda de peso; ➢ Eliminação intestinal; ➢ Uso de medicamentos; 71 POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM ➢ Risco de nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais relacionado com obesidade observada em ambos ou um dos pais. ➢ Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais relacionado com ingestão excessiva em relação às necessidades metabólicas caracterizada peso 20% acima do peso ideal. ➢ Nutrição desequilibrada menos do que as necessidades corporais relacionada com incapacidade para ingerir alimentos por lesão na cavidade oral caracterizado por peso corporal 20% abaixo do peso ideal. ➢ Baixa auto-estima crônica relacionada com obesidade mórbida caracterizada por verbalização autonegativa. ➢ Isolamento social relacionado com alteração na aparência física caracterizado com aumento ponderal de 10 kg em dois meses. 72 PLANO DE CUIDADOS ➢ Orientar quanto aos hábitos alimentares saudáveis, ➢ Orientar quanto a prática de caminhada; ➢ Orientar quanto a necessidade de redução / ganho de peso; ➢ Oferecer apoio emocional para melhorar auto-estima; ➢ Orientar dieta pouco calórica para redução de peso; ➢ Orientar a não auto-medicação para redução de peso; ➢ Observar e registrar aceitação das dietas 3 x ao dia (08/12/17); ➢ Pesar o cliente em jejum às 6hs; ➢ Medir o perímetro abdominal 1x ao dia; ➢ Observar e registrar características e freqüência das eliminações fisiológicas 12/12hs ( 18/06); 73
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