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AULA 01 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: CONCEITO E OBJETIVOS Tela 03 - Introdução Efeito Esmog é um tipo de poluição atmosférica derivado de emissões de veículos de combustão interna e fumos industriais que reagem na atmosfera com a luz solar para formar poluentes secundários que por sua vez se combinam com as emissões primárias para formar smog fotoquímico. O smog pode também resultar da combustão de grandes quantidades de carvão que produz uma mistura de fumo, dióxido de enxofre e outros compostos. Tela 05 A preocupação com os problemas ambientais ganhou escala e maior repercussão no final da década de 60 e início da década de 70. Tal preocupação parecia ter foco local, e sua solução resumia-se à criação de regulamentações relacionadas ao controle das fontes de poluição. Discussões formais sobre os impactos ambientais causados pelo desenvolvimento e pela industrialização aconteceram com a criação do Clube de Roma, em 1968, na Itália, formado por cientista preocupados com os impactos provocados pelo crescimento econômico e com a disponibilidade de recursos naturais do planeta. Foi fundado por Aurélio Peccei, industrial e acadêmico italiano, e Alexander King, cientista escocês. Tela 06 O começo dos estudos do relacionamento entre o meio ambiente e o crescimento econômico foi marcado pelo relatório Os limites do crescimento, escrito por Jay Forrest e Dennis Meadows, do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT). O trabalho enfatiza que a exploração e degradação dos recursos naturais limitariam o crescimento da economia mundial. Elaborado pelo Clube de Roma, esse relatório vendeu mais de 30 milhões de cópias em 30 idiomas, tornando-se o livro sobre meio ambiente mais vendido da história. Tratava essencialmente de problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da humanidade. Utilizando modelos matemáticos, o estudo chegou à conclusão de que o planeta Terra não suportaria mais o crescimento populacional por causa da pressão sobre os recursos naturais e energéticos e do aumento da poluição, mesmo considerando o avanço das tecnologias. Tela 07 A concepção de desenvolvimento sustentável tem suas raízes fixadas na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, capital da Suécia, em julho de 1972, segundo Brunacci e Philippi Junior (2009). Segundo Funiber (2209), o termo desenvolvimento sustentável, como é, foi estabelecido pela International Union for The Conservation of Nature (IUCN), embora sua popularidade tenha origem no relatório “Nosso futuro comum” ou relatório Bruntland (WCED, 1987), preparado pela Comissão Bruntland das Nações Unidas, no qual se lê: “O desenvolvimento sustentável satisfaz às necessidades atuais sem comprometer a capacidade de futuras gerações satisfazer suas próprias necessidades”. Tela 09 Uma grande parte da literatura disponível tende reduzir o conceito a uma mera sustentabilidade ecológica ou a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, preocupando-se apenas com as condições ecológicas necessárias para manter a vida humana ao longo das gerações futuras, segundo Bifani (1997 apud Funiber, 2009). Esse enfoque, embora útil, é claramente reducionista, por não considerar as dimensões social, econômica e política do termo. AULA 01 – TELETRANSMITIDA Pilares da Sustentabilidade: 1- Governança Corporativa (representa a administração das corporações em meio a acionistas, empregados, conselhos de administração por meio de práticas de transparência e ética, garantindo a continuidade do negócio); 2- Responsabilidade Social (forma como as corporações se relacionam diretamente com empregados e comunidade, transformando a empresa em um cidadão); 3- Responsabilidade Ambiental (prima pela harmonia entre corporação e o meio ambiente). AULA 02 - A PRÁTICA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Tela 03 - Introdução Uma sociedade sustentável do ponto de vista ambiental atende às necessidades atuais de sua população em relação a alimentos, água e ar limpo, abrigo e outros recursos básicos sem comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades. Viver de forma sustentável significa sobreviver da renda natural fornecida pelo solo, pelas plantas, pelo ar e pela água e não exaurir ou degradar as dotações de capital natural da Terra, que fornecem essa renda biológica (Miller Junior, 2007). Tela 04 - Níveis de existência físico, biológico e social Há três níveis ou sistemas distintos de existência que obedecem às suas próprias leis (Dias, 2004). São eles: - Físico (O planeta físico, sua atmosfera, hidrosfera e litosfera, que seguem as leis da física e da química); - Biológico (A biosfera, com todas as espécies de vida, que obedecem às leis da física, química, biologia e ecologia); - Social (A tecnosfera e a sociosfera, o mundo das máquinas e construções criadas pelo homem, governos e economias, artes, religiões e culturas, que seguem leis da física, da química, da biologia, da ecologia e também das leis criadas pelo homem). Tela 05 - A relação da sociedade, impacto ambiental e sobrevivência, às vistas do desenvolvimento sustentável A questão do desenvolvimento sustentável está presente também na Constituição de 1988 em seu art. 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. ” Portanto o processo de construção do desenvolvimento sustentável deve priorizar estudo e compreensão das questões sociais, econômicas, ambientais, tecnológicas e políticas, presentes na sociedade humana e no meio ambiente no qual se insere. Diversos trabalhos vêm sendo elaborados no campo do assunto, na busca de princípios metodologias e ferramentas de avaliação. Eles têm como objetivo colaborar para a reversão dos processos de degradação ambiental, consumo elevado de recursos naturais e desigualdade socioeconômica, alcançando assim melhoria da qualidade de vida os seres do planeta de forma sustentável. É preciso, portanto, contribuir na construção de políticas e processos de planejamento e gestão que direcionem o desenvolvimento em patamares sustentáveis. Aqui, percebe-se que entre os principais problemas no processo de gestão ambiental, se verifica que, em geral, não há um pleno reconhecimento da importância das políticas ambientais, como também ocorre um despreparo de órgãos públicos de gestão e sociedade, frente à complexidade dos assuntos ambientais. Tela 06 - Indicadores de desenvolvimento sustentável Segundo Funiber (2010), uma forma de medir o desenvolvimento é através de indicadores, os quais normalmente estão relacionados apenas com questões econômicas. Contudo, quando se busca um caminho para o desenvolvimento sustentável, os indicadores devem ter de considerar as dimensões: - Econômica (crescimento, equidade, eficiência); - Social (participação, equidade, organização, identidade cultural, desenvolvimento institucional, educação); - Ambiental (proteção, restauração, conservação, autorregulação, biodiversidade, emissões globais). É necessário, entretanto, que se busque formas de comunicação desses indicadores, de modo que possam ser compreendidos por todos os atores da comunidade, onde, então, a educação ambiental assume papel vital nesse processo. Para tornar isso possível, será preciso rever formas de comunicação dos indicadores ou mesmo fazer uma reavaliação daqueles atualmente em uso (Philippi Junior, Malheiros e Aguiar,2005). AULA 03 - DA QUESTÃO AMBIENTAL PARA O CAMPO DO CONSUMO Tela 03 O crescimento populacional vem causando sérios impactos degradadores sobre o meio ambiente neste século. O desenvolvimento da indústria, comércio bem como os diversos ramos do meio rural e urbano são considerados determinantes para as mudanças ambientais (Crescimento populacional e desenvolvimento sustentável). Segundo o mesmo site, o crescimento populacional ou demográfico vem sendo analisado por cientistas como razão do uso intensivo dos recursos naturais. Os estudos demonstram que os países com um rápido crescimento demográfico vêm enfrentando dificuldades para gerar um desenvolvimento econômico sustentável. Tela 11 Falando em população, não podemos deixar de entrar no contexto político. A palavra política, derivada do grego polis (cidade), tem sido empregada ao longo do tempo para designar o conjunto de atividades exercidas sobre a vida coletiva, assim como as reflexões sobre essas atividades e a instituição encarregada de sua implementação, o Estado. Atos políticos podem ser definidos como aqueles que dizem respeito à regulação de determinadas ações, que proíbem ou permitem à totalidade dos membros de um grupo, ou parte deles, uma determinada forma de ser. A palavra política, assim, designa não somente atos relacionados à conquista e à manutenção do poder, mas também uma série de atividades inerentes à vida coletiva (Zioni, 2008). Segundo a mesma autora, por poder entende-se a capacidade de, em uma relação social, um indivíduo ou grupo impor sua vontade a outros e, assim, determinar a forma de comportamento dos que se submetem a esse indivíduo ou grupo. Ao longo da história várias formas de conquista e manutenção do poder foram desenvolvidas no interior de diferentes sociedades visto que essa relação assimétrica vincula-se necessariamente a uma desigualdade social preexistente. O poder econômico repousa na capacidade que a posse dos bens considerados vitais em determinadas situações, confere a quem os possui, no sentido de determinar o comportamento alheio. O poder ideológico, por sua vez, consiste na propriedade que determinados grupos possuem para criar e difundir valores – que lhes são próprios – para o conjunto da sociedade. O poder político, enfim, consiste na posse dos instrumentos mediante os quais se podem coagir outros indivíduos (Zioni, 2008). Tela 13 O aumento da população e o consequente crescimento do consumo podem causar fenômenos prejudiciais à vida na Terra? Resposta: Elevar os estresses ambientais, com doenças infecciosas, danos na biodiversidade, desmatamento de florestas tropicais, redução da pesca, escassez de água, poluição dos mares e mudanças climáticas. AULA 04 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL Tela 04 Educação, do vocábulo latino educere, significa conduzir, liderar, puxar para fora. Baseia-se na ideia de que todos os seres humanos nascem com o mesmo potencial, que deve ser desenvolvido no decorrer da vida. O papel do educador é, portanto, criar condições para que isso ocorra, criar condições para que levem o desenvolvimento desse potencial, que estimulem as pessoas a crescerem cada vez mais (Pelicioni, 2009). No Relatório para a UNESCO de 1996, da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, a educação aparece como indispensável à humanidade na construção dos ideais de paz, da liberdade e da justiça social como também para o desenvolvimento contínuo, tanto das pessoas como das sociedades, do século XXI em diante (Pelicioni, 2009). Tela 05 Educação Ambiental é um instrumento que pode proporcionar mudanças na relação do homem com o ambiente e surge como resposta à preocupação da sociedade com o futuro da vida. A educação ambiental também pode ser chamada de EA, sua abreviação, e tem como proposta principal a superação da dicotomia entre natureza e sociedade, através da formação de uma atitude ecológica nas pessoas. Um dos seus fundamentos é a visão socioambiental, que afirma que o meio ambiente é um espaço de relações, é um campo de interações culturais, sociais e naturais (a dimensão física e biológica dos processos vitais). Ressalte-se que, de acordo com essa visão, nem sempre as interações humanas com a natureza são daninhas, porque existe um copertencimento, uma coevolução entre o homem e seu meio. Coevolução é a ideia de que a evolução é fruto das interações entre a natureza e as diferentes espécies, e a humanidade também faz parte desse processo, segundo o mesmo site. Tela 06 - Histórico da Educação Ambiental Vários autores apontam a Keele Conference on Education and Countryside, realizada em 1965, na Universidade de Keele (Inglaterra), como um marco a partir do qual o termo Environmental Education (educação ambiental), que circulava em meios específicos, alcançou ampla divulgação (Martin e Wheeler, 1975 apud Pelicioni, 2009). Pouco tempo depois, na Grã-Bretanha, implantou-se o Conselho para Educação Ambiental, voltado para a coordenação de organizações envolvidas com os temas educação e meio ambiente. No Brasil, durante a década de 1960, ocorreu uma nova onda de produção legislativa – o novo Código Florestal, a nova Lei de Proteção aos Animais e a criação de vários parques nacionais e estaduais. Entretanto, continuavam não sendo discutidos problemas fundamentais como o estilo de desenvolvimento que o país deveria adotar, a poluição, o zoneamento das atividades urbano- industriais, entre outros. Como observa Drummond (1997): ... a disseminação da consciência ambientalista no Brasil foi muito prejudicada pelos altos e baixos da democratização do país. A ditadura de 1964 desmobilizou a cidadania, resultando numa atuação estatal tímida e particularmente voltada para a preservação do chamado ambientalismo geográfico, naturalista, ou seja, ainda voltado para a criação de áreas naturais protegidas. No final da década de 1960, percebemos que a problemática ambiental suscita debates no mundo: A UNESCO (em colaboração com outras entidades) organiza a Conferência Intergovernamental de Especialistas sobre as Bases Científicas para Uso e Conservação Racionais dos Recursos da Biosfera, ou simplesmente, a Conferência da Biosfera. Esse evento, em Paris, deu continuidade ao tema da cooperação internacional em pesquisas científicas, que havia sido inicialmente abordado, em 1949, na Conferência Científica das Nações Unidas sobre a Conservação e Utilização de Recursos (Pelicioni, 2009). Tela 07 Após Estocolmo e seguindo sua recomendação de número 96, que atribuiu grande importância estratégica à EA, dentro dos esforços de busca da melhoria de qualidade ambiental, foram realizados diversos encontros nacionais, regionais e internacionais, dentro os quais, destacaremos o de Tbilisi, o de Moscou e o do Rio de Janeiro (Brasil). Tela 08 Tbilisi, 1977: A primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (Conferência de Tbilisi) foi realizada em Tbilisi na capital da Geórgia, CEI (ex- URSS), de 14 a 26 de outubro de 1977, organizada pela UNESCOA, em cooperação com o Pnuma, e constituiu-se num marco histórico para a evolução da EA. Até o presente, a Conferência de Tbilisi é a referência internacional para o desenvolvimento de atividades de educação ambiental. Esta Conferência produziu um documento, publicado em 1980, chamado “Livro Azul”, que até hoje é uma importante fonte de consulta para ações em EA. De uma forma sintética, o documento explica que: 1- Mediante a utilização dos avanços da ciência e da tecnologia, a educação deve desempenhar uma função capital com vistas a criar aconsciência e a melhor compreensão dos problemas que afetam o meio ambiente. Essa educação há de fomentar a elaboração de comportamentos positivos de conduta com respeito ao meio ambiente e à utilização de seus recursos pelas nações. 2- O EA deve dirigir-se a pessoas de todas as idades, a todos os níveis, na educação formal e não formal. Os meios de comunicação social têm a grande responsabilidade de por seus enormes recursos a serviço dessa missão educativa. 3- A EA, devidamente entendida, deveria constituir uma educação permanente, geral, que reaja às mudanças que se produzem em um mundo em rápida evolução. Essa educação deveria preparar o indivíduo, mediante a compreensão dos principais problemas do mundo contemporâneo, proporcionando-lhe conhecimentos técnicos e qualidades necessárias para desempenhar uma função produtiva, com vistas a melhorar a vida e proteger o meio ambiente, prestando a devida atenção aos valores éticos. 4- Ao adotar um enfoque global, sustentado em uma ampla base interdisciplinar, a EA cria uma perspectiva dentro da qual se reconhece a existência de uma profunda interdependência entre o meio natural e o meio artificial, demonstrando a continuidade dos vínculos dos atos do presente com as consequências do futuro, bem como a interdependência entre as comunidades nacionais e a solidariedade necessária entre os povos. Tela 09 Moscou, 1987: Dez anos depois da Conferência de Tbilisi, trezentos especialistas de cem países e observadores da IUCN, reuniram-se em Moscou, CEI (17 a 21 de agosto de 1987) para o Congresso Internacional em Educação e Formação Ambientais, promovido pela Unesco/ Unep/IEEP, conhecido como o Congresso de Moscou. O Congresso objetivou a discussão das dificuldades encontradas e dos progressos alcançados pelas nações, no campo da EA, e a determinação de necessidades e prioridades em relação ao seu desenvolvimento, desde Tbilisi. Fez uma análise da situação ambiental global e não encontrou sinais de que a crise ambiental houvesse diminuído. Ao contrário, o abismo entre as nações aumentou e as mazelas dos modelos de desenvolvimento econômico adotados se espalharam pelo mundo, piorando as perspectivas para o futuro. Concordou-se que a EA deveria, simultaneamente, preocupar-se com a promoção da conscientização, transmissão de informações, desenvolvimento de hábitos e habilidades, promoção de valores, estabelecimento de critérios e padrões, e orientações para resolução de problemas e tomada de decisões. Portanto, deveria objetivar modificações comportamentais nos campos cognitivos e afetivos. Tela 10 Rio-92: A Conferência do Rio, ou Rio-92, como ficou conhecida a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Unced ou Earth Summit), veio contrariar os que gostam de tornar as coisas mais complicadas. Através do capítulo 4, Seção IV da Agenda 21, a Rio-92 corroborou as recomendações de Tbilisi para a EA. Ficou patente a necessidade do enfoque interdisciplinar e da prioridade das seguintes áreas de programas: - Reorientar a educação para o desenvolvimento sustentável. - Aumentar os esforços para proporcionar informações sobre o meio ambiente, que possam promover a conscientização popular. - Promover o treinamento. Mas a Agenda 21, um programa de ação de 800 páginas, não restringe a EA à Seção IV. A EA está presente em quase todos os 39 capítulos do documento, prevendo ações até o século XXI. A Rio-92 também endossou as recomendações da Conferência sobre Educação para Todos, realizada na Tailândia (1990), que incluiu o tratamento da questão do analfabetismo ambiental. Esse tipo de analfabetismo foi classificado como o mais cruel, pernicioso e letal para a perda contínua e progressiva da qualidade de vida no planeta. No capítulo 36 da Agenda 21 sugere-se a implantação de Centros Nacionais ou Regionais de Excelência especializados em Meio Ambiente. Tela 12 Lista cronológica das principais reuniões e/ou conferências que discutiram a educação ambiental como um fator de desenvolvimento sustentável. - Keele Conference on Education and Countryside, 1965 - Conferência da Biosfera, 1969 - Primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, 1972 - A primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, 1977 - Congresso Internacional em Educação e Formação Ambientais, 1987 - Rio-92, 1992. AULA 04 – TELETRANSMITIDA ISO 14001 é uma norma de conhecimento mundial que direciona padrões para estabelecimento de um Sistema de Gestão Ambiental. No Brasil, existem no mercado diversas empresas especializadas em consultorias que fornecem treinamentos e atuam na implantação de normas como a ISO. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) - Visa incentivar e promover entidades que primam pelas boas práticas de governança corporativa, gestão ambiental e social. Foi criado pela Bolsa de Valores de São Paulo, pioneira na América atina em mesclar aspectos de investimentos e sustentabilidade em uma carteira de ações. ICE (Índice de Carbono Eficiente) - As empresas devem adotar práticas transparentes em relação às suas emissões de Gases de Efeito Estufa e políticas relacionadas às mudanças climáticas. Índice Dow Jones Sustentability - Criado pela Bolsa de Valores de Nova York a fim de promover empresas capazes de gerar crescimento e riqueza gerenciando riscos associados a aspectos sociais, econômicos e ambientais. Ele realiza avaliação e seleciona corporações de acordo com suas características financeiras e a gestão continuada de ações sustentáveis e sociais. GRI (Global Reporting Iniciative) - Organização não governamental internacional, com sede em Amsterdã, na Holanda, que desenvolve e divulga diretrizes para elaboração de relatório de sustentabilidade utilizadas por empresas do mundo inteiro. Instituto ETHOS - Trata-se de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) sem fins lucrativos. Criado por empreendedores de empresas privadas para o desenvolvimento de ferramentas no auxílio de entidades das práticas de gestão sustentável. Sua principal função é contribuir na gestão de negócios corporativos de maneira ética, social e responsável. AULA 05 - PREOCUPAÇÃO MUNDIAL Tela 04 - Política e o meio ambiente Ao instituir uma política ambiental, é necessário que o governo estabeleça os objetivos, defina as estratégias de ação, crie as instituições e estruture a legislação que a contém e que orienta sua aplicabilidade. Esse universo de implementação da política constitui o sentido da gestão ambiental. Com isso, a gestão ambiental é, portanto, a implementação pelo governo de sua política ambiental, pela administração pública, mediante a definição de estratégias, ações, investimentos e providências institucionais e jurídicas, com a finalidade de garantir a qualidade do meio ambiente, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável (Philippi Junior e Maglio, 2009). Segundo os mesmos autores é preciso salientar que existem outras definições para gestão ambiental, mas o conceito original, segundo a Lei 6.938/81, diz respeito à administração, pelo governo, do uso de recursos ambientais, por meio de ações ou medidas econômicas, investimentos e providências institucionais e jurídicas, com a finalidade de manter ou recuperar a qualidade do meio ambiente, assegurar a produtividade dos recursos e desenvolvimento social. Tela 05 - Suporte dos ecossistemas Outro enfoque relaciona a gestão ambiental ao conceito de capacidade de suporte dos ecossistemas.Tentativa de avaliar valores-limites das perturbações e alterações que, uma vez excedidos, resultam em recuperação bastante demorada do meio ambiente, e a tentativa de manter os ecossistemas dentro de suas zonas de resiliência, de modo a maximizar a recuperação dos recursos do ecossistema natural para o homem, assegurando sua produtividade prolongada e de longo prazo (Interim Mekong Committee, 1982 apud Philippi Junior e Maglio, 2009). Tela 06 - Gestão ambiental Numa visão mais moderna, a gestão ambiental desenvolve-se com base na formulação de uma política ambiental, em que estejam definidos os instrumentos de gestão a serem utilizados (controle ambiental, avaliação de impactos ambientais, planejamento ambiental, objetos de conservação ambiental, planos de gestão etc.). Como elementos dessa política, devem ser também definidos os critérios de uso, de manejo e de controle da qualidade dos recursos ambientais (Philippi Junior e Maglio, 2009). Nos últimos anos, o conceito de gestão vem sendo utilizado para incluir, além da gestão pública do meio ambiente, os programas de ação desenvolvidos por empresas e instituições não-governamentais para administrar suas atividades dentro dos modernos princípios de proteção do meio ambiente. Estes podem complementar a ação pública em aspectos não relacionados com a ação normativa e de controle, que é exclusiva da instância governamental. Dessa forma o conceito de gestão ambiental tem evoluído na direção de uma perspectiva de gestão compartilhada entre os diferentes agentes envolvidos e articulados em seus diferentes papéis, segundo os mesmos autores. Gestão ambiental é, portanto, um processo político-administrativo de responsabilidade do poder constituído, destinado a, com participação social, formular, implementar e avaliar políticas ambientais a partir da cultura, realidade e potencialidade de cada região, em conformidade com os princípios de desenvolvimento sustentável. Tela 09 Qual Conferência a Conferência da Biosfera (Conferência Intergovernamental de Especialistas sobre as Bases Científicas para Uso e Conservação Racionais dos Recursos da Biosfera) investigou e quando ela ocorreu? Resposta: Primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em 1972, na cidade de Estocolmo e devido a isso é chamada de Conferência de Estocolmo. AULA 05 – TELETRANSMITIDA Ecoeficiência - conceito utilizado pelas empresas para refletirem, discutirem e promoverem a integração entre desempenho econômico e ecológico. Suas características são: - As empresas ponderam o impacto negativo dos resíduos liberados; - Gerenciamento dos resíduos para aumentar a ecoeficiência empresarial; - Ganhos econômicos ao reduzir a poluição. O cálculo do Impacto Ambiental é feito através do: - Consumo de matérias e energia (verificar se são insumos renováveis e se a matriz energética da empresa utiliza energia gerada a partir de fontes limpas e renováveis ou provenientes de combustíveis fósseis); - Risco ecológico potencial (analisar os possíveis desastres ecológicos que podem vir a ocorrer e os processos de segurança para evitá-los); - Emissão de resíduos (identificar os resíduos gerados na atmosfera); - Potencial de toxicidade (analisar o grau de toxicidade dos resíduos gerados). Protocolo de Kyoto - Reduzir o aumento da temperatura do planeta, por meio da redução da emissão de gases de efeito estufa. AULA 06 – LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS Tela 05 – Política ambiental Precursores dos movimentos ambientalistas nacionais: José Bonifácio, Joaquim Nabuco e André Rebouças. Tela 06 – Evolução da política ambiental Conforme Barbieri (2010), uma data de referência é o ano de 1934, quando foram promulgados os seguintes documentos relativos à gestão de recursos naturais: Código de Caça, Código Florestal, Código de Minas e Código de Águas. Tela 07 - Política de comando e controle Enquanto as mudanças ocorriam no Brasil, no mundo iniciava-se uma política de comando e controle (Command and Control Policy), que assumiu duas características muito definidas, segundo Lustosa, Cánepa e Young (2003): - A imposição pela autoridade ambiental, de padrões de emissão incidentes sobre a produção final (ou sobre o nível de utilização de um insumo básico) do agente poluidor. - A determinação da melhor tecnologia disponível para abatimento da poluição e cumprimento do padrão de emissão. AULA 06 – TELETRANSMITIDA Lei dos Agrotóxicos (obrigatoriedade do receituário agronômico para venda de agrotóxicos ao consumidor, registro de produtos nos órgãos competentes, o descumprimento desta lei pode acarretar multas e reclusão) Lei da Área de Proteção Ambiental (Criação das “Áreas de Proteção Ambiental ” que podem conter propriedades privadas e o poder público limita as atividades econômicas para fins de proteção ambiental) Lei da Exploração Mineral (Regulamenta as atividades garimpeiras, sendo obrigatória a licença ambiental prévia, que deve ser concedida pelo órgão ambiental competente) Lei de Crimes Ambientais (A pessoa jurídica, autora ou co-autora da infração ambiental, pode ser penalizada, chegando à liquidação da empresa, se ela tiver sido criada ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental) Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei ambiental mais importante e define que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar, independentemente da culpa. Esta lei criou a obrigatoriedade dos estudos e respectivos relatórios de Impacto Ambiental (EIA-RIMA)) EIA (Estudos de Impactos Ambientais) e RIMA (Relatório de Impacto ao Meio Ambiente) são elaborados por uma equipe multidisciplinar e se considera o impacto da atividade sobre os diversos meios ambientais: natureza, patrimônio cultural e histórico, o meio ambiente do trabalho e o antrópico (referente ao homem) AULA 07 – SUSTENTABILIDADE Tela 05 Miller Junior (2007), coloca que sustentabilidade é a capacidade dos diversos sistemas da Terra, incluindo as economias e sistemas culturais humanos, de sobreviverem e se adaptarem às condições ambientais em mudança. Segundo o mesmo autor, a primeira etapa é conservar o capital natural da Terra – os recursos e serviços naturais que mantêm a nossa e outras espécies vivas e que dão suporte às nossas economias. AULA 07 – TELETRANSMITIDA Global Compact – Pacto Global (Proposto pela Organização das Nações Unidas com diretrizes voltadas para a promoção do desenvolvimento sustentável e da cidadania, medidas a serem adotadas pelos líderes empresariais de maneira voluntária) AULA 08 – AÇÕES SUSTENTÁVEIS Tela 04 Um indicador é uma informação processada, geralmente de caráter quantitativo, que gera uma noção clara e acessível sobre um fenômeno complexo e sua evolução, de modo a dar uma ideia da situação em que ele se encontra, podendo-se estabelecer, então, qual a diferença existente entre seu estado em relação à ideal situação (Comissão Nacional de Meio Ambiente, 1999). Por exemplo, no âmbito econômico, o PIB é um indicador de evolução da economia de um país, reunindo informação sobre processos produtivos, riqueza, empregos, etc. Tela 05 A seguir, alguns indicadores muito úteis nos planos de ação da gestão do meio ambiente e dos espaços naturais em diversas escalas de gestão territorial, segundo FUNIBER (2009): - Programa de monitoramento de planos de ação específicos, que permitem o acompanhamento de um plano de proteção, de recuperação e de introdução de espécies da flora e fauna, de um plano de educação e de sensibilização ambiental e de outros planos de ação que façamparte dos planos de gestão. Neste caso são escolhidos os parâmetros de diversas índoles que detectem mudanças ocorridas, sistematiza-se o acompanhamento desses parâmetros, identificando-se as causas provocadoras da mudança, modificando-se e complementando-se assim as propostas de gestão. - Programas de acompanhamento biológico, que têm como principal objetivo o monitoramento do estado em que se encontram as populações de fauna e flora de uma determinada área natural, num período de tempo o mais dilatado possível, e sob uma metodologia padronizada. Mediante sua implementação pode-se manter atualizada uma base de dados (Sobre as mudanças na abundância dos seres vivos e as mudanças na estrutura e na composição das populações.) para identificar alterações nos parâmetros estudados, e determinar em que fase do ciclo vital das espécies de organismos vivos estudados ocorrem as mudanças. - Programas de acompanhamento socioeconômico, que visam o monitoramento das características apresentadas pela população humana na área natural, ou em suas proximidades, num dilatado período de tempo e sob uma metodologia padronizada. Contemplam o acompanhamento de parâmetros relacionados com a situação socioeconômica da população, com a mudança de usos do solo e com o aproveitamento de recursos naturais (atividades cinergéticas, piscícolas, de coleta, de lazer e de visita, entre tantas outras). - Programas de controle de impacto que buscam como objetivo destacar mudanças de parâmetros biológicos e ambientais, produzidos geralmente por problemas de origem ou indução humana em escala global (diminuição do ozônio na estratosfera, chuva ácida) e em âmbito local e regional (contaminação de um rio, erosão de uma bacia hidrológica, etc). São também úteis na gestão de espaços naturais, mas apresentam maior importância em nível suprarregional, ajudando na coordenação de políticas e de planos de gestão em âmbito nacional e internacional. Principais objetivos da educação ambiental ou alfabetização ecológica: - Desenvolver o respeito ou reverência a todas as formas de vida; - Entender o máximo possível sobre como a Terra funciona e se sustenta e usar esse conhecimento para guiar nossas vidas, comunidades e sociedades; - Buscar conexões dentro da biosfera e entre ela e nossas ações; - Usar as habilidades de raciocínio crítico para perseguir a sabedoria ambiental em vez de sermos recipientes repletas de informações ambientais; - Compreender e avaliar nossa visão de mundo ambiental e entendê-la como um processo de longa duração; - Aprender e avaliar as consequências benéficas e maléficas para a Terra de nossas escolhas de estilo de vida e profissão, hoje e no futuro; - Fomentar o desejo de fazer do mundo um lugar melhor e agir para tanto. AULA 08 – TELETRANSMITIDA Meio ambiente (Conjunto de sistemas interligados e interconectados que formam o mundo que nos cerca, incluindo o ar, a água, a terra, a flora, a fauna e os recursos não renováveis, como os combustíveis fósseis e os minerais). Ecologia (Ciência que estuda as características do ambiente para refletir sobre qual o melhor contexto para os sistemas vivos existirem de forma equilibrada, saudável e sustentável). AULA 09 – CONSUMO CONSCIENTE Tela 04 Os problemas ambientais que afetam o planeta são as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade e a contaminação dos mares, por serem recursos comuns a todos os países. Os problemas ambientais que afetam mais diretamente os países são o desflorestamento, a erosão, a contaminação; no entanto, a interconexão dos elementos afetados, água, solo, atmosfera e espécies animais e vegetais faz com que, apesar dos impactos serem produzidos em uma área local, seus efeitos repercutam em âmbito global (Carabias & Arizpe, 1994 apud FUNIBER, 2009). O consumo consciente é uma maneira de consumir levando em consideração os impactos provocados pelo consumo. Com isso, o consumidor pode, por meio de suas escolhas, buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos dos seus atos de consumo, e desta forma contribuir com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Tela 05 Vários são os exemplos que podem ser citados quanto ao uso não consciente dos recursos naturais esgotáveis que já estão gerando sérios problemas no mundo: água potável, combustíveis fósseis, energia elétrica, minerais como o ouro e mercúrio. Assim, podemos definir o consumo sustentável como o uso dos recursos naturais para satisfazer as necessidades pessoais sem o comprometimento das necessidades das gerações futuras. Isso é o saber usar para nunca faltar. Sabendo que o consumo é um ato essencial e inevitável da vida humana e apresenta características particulares que ultrapassam as necessidades da vida biológica ou material, precisamos raciocinar que a satisfação das necessidades humanas tem três componentes: o utilitário, o de comunicação e o psicológico. AULA 09 – TELETRANSMITIDA Resíduo pode ser entendido como a parte dos insumos que não foi transformada em produtos ou serviços, podem ser divididos em categoria I (restos de tinta, material hospitalar, produtos químicos e radioativos, lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias), categoria II (biodiesel, combustíveis não renováveis e seus derivados) e categoria III (materiais provenientes das áreas administrativas, resíduos da produção de alimentos, áreas externas e jardins, sucatas e embalagens reaproveitáveis). AULA 10 – TECNOLOGIAS LIMPAS Tala 05 Segundo Miller Junior (2008), neste século de tecnologia, muitos analistas nos desafiam a dedicar mais atenção ao desenvolvimento econômico sustentável no que se refere ao meio ambiente. Esse tipo de desenvolvimento faz uso de prêmios econômicos (principalmente subsídios governamentais ou incentivos fiscais) para incentivar formas benéficas e sustentáveis de crescimento econômico e utiliza sanções econômicas (especialmente impostos e regulamentações governamentais) para desencorajar formas nocivas e não- sustentáveis de crescimento econômico ligado ao meio ambiente. Tela 09 Ecoeficiência significa oferecer mais de uma mesma função de um processo, produto ou serviço por menos impacto ambiental. Seus indicadores mais aplicados são aqueles que expressam estratégias de melhoria de processos, tais como reduzir intensidade de material; reduzir intensidade de energia; reduzir a dispersão de substâncias tóxicas; ampliar a reciclabilidade; maximizar o uso de fontes renováveis; aumentar a durabilidade do produto; aumentar a intensidade dos serviços. AULA 10 – TELETRANSMITIDA Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) – elaboração de projetos que visam redução de emissões de Gases de Efeito Estufa. Comércio de Emissões – realizado entre os países membros, de forma que um país que tenha reduzido suas emissões possa vender seus créditos de redução (transformados em unidades de carbono equivalente) para páises que não atingiram suas metas. MDL – cada tonelada de Co² que deixar de ser emitida ou retirada da atmosfera se converte em uma unidade de créditos de carbono. MDL (critérios) - participação voluntária; implicar em redução adicional à que ocorreria sem a sua implementação; contribuir para o desenvolvimento sustentável do país em que seja implementada; demonstrar benefícios reais, mensuráveis a longo prazo relacionados.
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