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RESENHA N°2 TEORIA PURA DO DIREITO

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RESENHA 2
Teoria Pura do Direito, Hans Kelsen.
 Kelsen começa a desenvolver uma teoria jurídica pura, ou seja, livre de toda a ideologia política e consciente da sua individualidade para aproximar tanto quanto possível seus resultados do ideal de toda ciência: objetividade e exatidão. 
 Para isso se faz necessário mudar o foco do como ‘deve ser’ o Direito para como ele é.
 São as normas jurídicas o objeto de estudo e não a conduta humana. Desse modo, a ciência jurídica torna-se diferenciada das outras ciências como a psicologia, a sociologia e a ciência política.
 Qual a diferencia entre a Moral e o Direito? 
 A principal diferença está na intensidade de como eles prescrevem ou proíbem uma determinada conduta, o Direito se concebe como uma ordem de coação, a Moral apenas consiste na aprovação da conduta conforme as normas e a desaprovação quando isso não ocorre, isto é, não há um constrangimento físico, apenas moral.
 O Direito é essencialmente moral, pois é a partir de certa Moral que as normas são criadas. Mas o Direito pode não ser moral, no que se refere a justiça, já que não tem a necessidade de ser. Tudo depende da relatividade da moral, uma moral vigente em dada sociedade pode ser imoral em outra. Por isso a Justiça também é ela relativa. Com efeito, a ciência jurídica não tem que legitimar o Direito, mas apenas o deve conhecer e descrever.
 O fundamento de validade de uma norma apenas pode ser a validade de outra norma designada como superior. Normalmente esse papel cabe à Constituição, permanece fora de questão qual seja seu conteúdo, se este é justo ou injusto, pois uma norma jurídica não vale porque tem um determinado conteúdo, mas porque é criada por uma forma determinada. 
 Por isso, todo e qualquer conteúdo pode ser Direito. Não há qualquer conduta humana que esteja excluída de ser conteúdo de uma norma jurídica.
 A lei para ser válida não precisa ser eficaz no sentido de eficiente, mas eficaz em sua criação por uma forma legitima pelo governo efetivamente governante.
 Mas de fato, uma norma jurídica pode perder a sua validade pelo fato de permanecer por longo tempo inaplicada ou inobservada. Mesmo uma ordem a mais analítica possível tem de deixar àquele que a cumpre ou executa uma pluralidade de determinações a fazer que o órgão emissor do comando não previu e, em grande parte, nem sequer podia prever.
 A interpretação de uma lei não deve necessariamente conduzir a uma única solução como sendo a única correta, pois possivelmente há várias soluções que têm igual valor. Mas apenas uma será efetivamente aplicada pelo órgão responsável. 
 Diferentemente da interpretação feita pelos órgãos jurídicos que criam Direito, a interpretação científica é pura determinação conhecida do sentido das normas jurídicas e portanto incapaz de preencher as lacunas do Direito.
 A interpretação jurídico-científica não pode fazer outra coisa senão estabelecer as possíveis significações de uma norma jurídica.

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