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Trabalho Medicina Legal

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Estupro
A Medicina Legal considera estupro, desde o tempo do Direito Romano, a entidade que tem como requisito "sine qua non" a conjunção carnal e está intimamente ligado à expressão em latim "introdutio penis in(tra) vas", ou seja, introdução do pênis na vagina, que pode ser total ou parcial, com ou sem ejaculação. Portanto, deixa vestígios materiais, como marcas da violência exercida, a presença de esperma, ruptura himenal, gravidez, doenças sexualmente transmissíveis etc. O exame de corpo de delito é necessário.
Os outros constrangimentos diversos da conjunção carnal serão como anteriormente tipificados no atentado violento ao pudor. Os exemplos típicos são a cópula anal ou em outras sedes, a introdução de dedos, objetos ou pênis de silicone na vagina, felação, cunilíngua etc, sendo realizado por e contra pessoa de qualquer gênero, comportando ação tanto ativa quanto passiva. Exemplos: ativa - a ofendida sofre o constrangimento de masturbar o autor; passiva - o ofendido é obrigado a deixar-se ser masturbado pela delinquente. Portanto, na nossa opinião, pode ser alegada aqui a figura jurídica do "abolitio criminis", pela absorção deste tipo penal pelo estupro. Por isso, não há mais condições legais para o concurso dois tipos anteriormente capitulados nos artigos 213 e 214, ora falecidos.
Os outros requisitos são a violência ou a grave ameaça, respectivamente, "vis corporalis" ou "vis compulsiva". A violência pode ser física (real) ou presumida. A violência física é o emprego de meios materiais para vencer a resistência da vítima, como a força física e/ou a superioridade numérica. Como ressaltado, é nesta hipótese que se encontrarão, com freqüência, escoriações, equimoses, estigmas ungueais (marcas das unhas), sugilações (chupões), lesões de defesa etc, devidamente referidas no exame pericial. A violência presumida consiste na anulação da capacidade da vítima resistir. Há exemplos como hipnotismo ou sessões onde falsos espiritualistas aproveitam-se da situação de transe e mantém cópula com alguma adepta.
Aborto – já foi 
Infanticidio
Pelo código em vigor infanticídio é o ato de matar o filho pela mãe, durante o parto ou logo após este por influência do estado puerperal.Se a própria mãe matar o filho durante ou logo após o parto, mas fora da influência do estado puerperal, não haverá infanticídio, mas homicídio, do mesmo modo que haverá homicídio se a morte for praticada por qualquer outra pessoa.
O crime previsto no artigo 134 §2o do Código Penal (Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar a desonra própria, se resulta morte), do ponto de vista médico-legal é a verdadeira modalidade de infanticídio. 
Recém-nascido, nos termos do artigo 134, deve ser considerada a criança até a queda do cordão umbilical, o que é um critério cronologicamente variável, mas pericialmente valiosíssimo e prático.
ELEMENTOS DO CRIME
São elementos do infanticídio:
a) Feto nascente ou recém-nascido;
b) Existência de vida extra-uterina;
c) Que a morte seja causada pela mãe sob influência do estado puerperal.
PERSONALIDADE PSICOPATICAS CRIMINOLOGIA E LOMBROSO
Etimologicamente a criminologia é deriva do latim crimen (delito) e do grego logo (tratado), no entanto este termo somente foi utilizado pelo antropólogo francês Topinard (1830-1911) e consequentemente adotaram este termo os italianos: Lombroso, popular que fala da Antropologia Criminal; Ferri, este evoluciona e dirige a Sociologia Criminal. Estes são os considerados fundadores da criminologia científica.
Para alguns a criminologia é tida como ciência, para outros como disciplina, assim será visto a opinião destas definições de alguns destes autores:
Para Garrido (2001) et al apud Calhau (S.n) é uma ciência que define como sendo“(1) um conjunto de métodos e instrumentos, (2) para conseguir conhecimentos confiáveis e passíveis de verificação e (3) sobre uma tema considerado importante para a sociedade. Assim a criminologia usa estes três requisitos sendo identificada como uma ciência jurídica utilizando métodos e instrumentos de outras ciências.
Para Elbert (2003) apud Calhau (S.n.) cita que a criminologia é apenas uma ciência científica.
diante disso é percebido que a criminologia está mais para uma ciência plural, pois recebe influência de outras ciências como: sociologia, psicologia, direito, biologia, medicina legal, criminalística, política.
A criminologia utiliza o método empírico, pois aqui ela busca analisar por meio de observações conhecendo o processo utilizando-se da indução e consequentemente estabelecendo suas regras. A criminologia é uma ciência empírica do ser, enquanto o Direito é também uma ciência normativa do dever ser. A primeira utiliza de um método indutivo (particular para o geral) o segundo, neste caso, o direito, utiliza o método indutivo (do geral para o particular).
A Escola Positiva 
O positivismo surgiu no final do século XIX, e início do século XX, principalmente na Europa quando pretendeu transplantar até mesmo para a Filosofia o rigor do método científico. E com sua evolução surte efeitos no âmbito do Direito e consequências nas ciências criminais.
Assim esta escola teve 3 grandes influenciadores, que foram: Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Garafalo. Esta escola era responsável pela visão biológica do crime.
A escola positivista buscava entender como o homem se torna um criminoso e quais são os fatores que o circundam (interna e externamente) que o levam a ser um criminoso.
Os influenciadores desta escola divergiam em suas opiniões, como: Lombroso preocupava com as características mentais ou físicas de algum antepassado, além da aparência do criminoso como fatores que determinavam à prática do crime. Para Ferri, o outro influenciador desta escola dizia que o indivíduo torna-se criminoso pelas condições sociais que o circundam.
Violência Domestica
A Lei n. 11.340, conhecida popularmente como Lei Maria da Penha, entrou em vigor em 2006, dando ao país salto significativo no combate à violência contra a mulher. Uma das formas de coibir a violência e proteger a vítima asseguradas pela norma é a garantia de medidas protetivas. Elas são aplicadas após a denúncia de agressão feita pela vítima à Delegacia de Polícia, cabendo ao juiz determinar a execução desse mecanismo em até 48 horas após o recebimento do pedido da vítima ou do Ministério Público.
As medidas protetivas podem ser o afastamento do agressor do lar ou local de convivência com a vítima, a fixação de limite mínimo de distância de que o agressor fica proibido de ultrapassar em relação à vítima e a suspensão da posse ou restrição do porte de armas, se for o caso. O agressor também pode ser proibido de entrar em contato com a vítima, seus familiares e testemunhas por qualquer meio ou, ainda, deverá obedecer à restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço militar. Outra medida que pode ser aplicada pelo juiz em proteção à mulher vítima de violência é a obrigação de o agressor pagar pensão alimentícia provisional ou alimentos provisórios.
Os bens da vítima também podem ser protegidos por meio das medidas protetivas. Essa proteção se dá por meio de ações como bloqueio de contas, indisposição de bens, restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor e prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica. De acordo com a lei, o juiz pode determinar uma ou mais medidas em cada caso, podendo ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos pela Lei Maria da Penha forem violados.
A lei também permite que, a depender da gravidade, o juiz possa aplicar outras medidas protetivas consideradas de urgência. Entre elas, está o encaminhamento da vítima e seus dependentes para programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento, determinar a recondução da vítima e de seus dependentes ao domicílio, após o afastamento do agressor e determinaro afastamento da vítima do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e recebimento de pensão. Sempre que considerar necessário, o juiz pode requisitar, a qualquer momento, o auxílio da força policial para garantir a execução das medidas protetivas.

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