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Piaget e Vygotsky

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Piaget e Vygotsky: é possível afirmar que tanto Piaget quanto Vygotsky concebem a criança como um ser ativo, atento, que constantemente cria hipóteses sobre seu ambiente. 
Piaget privilegia a maturação biológica; Vygotsky, o ambiente social. Piaget, por aceitar que os fatores internos preponderam sobre os externos, postula que o desenvolvimento segue umas sequências fixa e universal de estágios. Vygotsky, ao salientar o ambiente social em que a criança nasceu, reconhece que, em se variando esse ambiente, o desenvolvimento também variará. Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra. A visão particular e peculiar ( egocêntrica ) que as crianças matem sobre o mundo vai, progressivamente, aproximando-se da concepção dos adultos: torna-se socializada, objetiva. Vygotsky discorda de que a construção do conhecimento proceda do individual para o social. Em seu entender a criança já nasce num mundo social e, desde o nascimento, vai formando uma visão desse mundo através da interação com adultos ou crianças mais experientes. Segundo Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, que apenas é uma das suas formas de expressão. Já para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos inter-dependentes, desde o início da vida. Vygotsky: vê o homem como sujeito social que ganha suas características na mediação com o mundo através de instrumentos e signos. Níveis de desenvolvimento: desenvolvimento real, desenvolvimento potencial e zona de desenvolvimento proximal. Jean Piaget: a criança contribui para construção de seu próprio pensamento. Experiências anteriores servem de base para novas construções. A forma de raciocinar e de aprender passa por estágios.
PIAGET viu que crianças de 0 a 12 anos passam por duas grandes orientações 
da moralidade: a autonomia e a heteronomia. As crianças menores estão no estágio de heteronomia, isto é, as regras são leis externas, sagradas, imutáveis, por que são impostas pelos adultos. As crianças maiores passam aos poucos para um estágio de autonomia, em que as regras são vistas como resultado de uma decisão livre e digna de respeito, aceitas pelo grupo.
Para Piaget, toda moral é formada por um sistema de regras e a moralidade consiste no respeito que o indivíduo nutre por estas regras. Partindo desse princípio, Piaget propôs estudar esse problema em dois níveis: a consciência (intelecção) que se tem das regras, e a sua colocação em prática. Piaget queria encontrar o grau de correspondência existente entre consciência (conhecimento) e a prática das regras. Piaget, escolheu para esse estudo um jogo bem conhecido das crianças, o jogo de bolinhas de gude. Jogo com muitas e, relativamente complicadas regras. Piaget, observava meninos em diversas idades jogando bolinhas e perguntava a eles: quais eram as regras do jogo? de onde vinham? podiam-se ser modificadas? Três questões fundamentais para a moralidade: conhecimento da lei - origem ou fundamento da lei - mutabilidade ou não da lei. Com relação as regras do jogo Piaget encontrou níveis diferentes tanto  de consciência das regras como sobre sua prática.
1º estágio - crianças até 2 anos - nesse estágio as crianças simplesmente jogam, não há nenhuma regra ou lei, é puramente uma atividade motora, não ha nenhuma consciência de regras.
2º estágio - crianças de 2 a 6 anos - nesse estágio a criança observa os maiores jogarem e começa a imitar o ritual que observa. A criança percebe que existem regras que regulam a atividade e considera as regras sagradas e invioláveis. Ainda que nesse estágio a criança saiba as regras do jogo, ela não joga "com os outros", ela joga como que sozinha, é uma atividade egocêntrica, ainda que esteja jogando com outros companheiros. É uma atividade que produz prazer psicomotor.
3º estágio - entre os 7 e 10 anos - nesse estágio a criança passa do prazer psicomotor dos estágios anteriores ao prazer da competição segundo uma série de regras e um consenso comum. Esse estágio está ainda  dominado pela heteronomia, as regras são sagradas mas já são reconhecidas como necessárias para bem dirigir o jogo. Há um forte desejo de entender as regras e de jogar respeitando o combinado.
As crianças vigiam-se mutuamente para se certificar de que todos jogam respeitando as regras.
4º estágio - entre 11 e 12 anos - é a passagem para a autonomia. O adolescente desenvolve a capacidade de raciocínio abstrato e as regras já são bem assimiladas. Há um grande interesse em estudar as regras em si mesmas, discutem muitas vezes sobre quais as regras que vão ser estabelecidas para o jogo.
Para Piaget o desenvolvimento da moralidade se dá principalmente através da atividade de cooperação,  do contato com iguais, da relação com companheiros e  do desenvolvimento da inteligência. 
A assimilação é tomada como a capacidade de o sujeito incorporar um novo objeto ou ideia a um esquema, ou seja, às estruturas já construídas ou já consolidadas pela criança. Já a acomodação seria a tendência do organismo de ajustar-se a um novo objeto e assim, alterar os esquemas de ação adquiridos, a fim de se adequar ao novo objeto recém-assimilado. Após algum tempo, a criança passará a dominar o novo objeto assimilado e acomodado, chegando a um ponto de equilíbrio. Assim, “a criança que atinge esse patamar não é a mesma, pois o seu conhecimento sobre o mundo agora é outro, maior e mais desenvolvido”. 
O id contém a nossa energia psíquica básica, ou a libido, e se expressa por meio da redução de tensão. Assim, agimos na tentativa de reduzir essa tensão a um nível mais tolerável. Para satisfazer às necessidades e manter um nìvel confortável de tensão, é necessário interagir com o mundo real. Por exemplo: as pessoas famintas devem ir em busca de comida, caso queiram descarregar a tensão induzida pela fome. Portanto, é necessário estabelecer alguma espécie de ligação adequada entre as demandas do id e a realidade.
 O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do mundo externo. O ego representa a razão ou a racionalidade, ao contrário da paixão insistente e irracional do id. Freud chamava o ego de ich, traduzido para o inglês como "I" (Eu" em português). Ele não gostava da palavra ego e raramente a usava. Enquanto o id anseia cegamente e ignora a realidade, o ego tem consciência da realidade, manipula-a e, dessa forma, regula o id. O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão.
 O ego não existe sem o id; ao contrário, o ego extrai sua força do id. O ego existe para ajudar o id e está constantemente lutando para satisfazer os instintos do id. Freud comparava a interação entre o ego e o id com o cavaleiro montando um cavalo fornece energia para mover o cavaleiro pela trilha, mas a força do animal deve ser conduzida ou refreada com as rédeas, senão acaba derrotando o ego racional.

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