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naegleria fowleri

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Taxonomia: Classe Heterolobosea; Ordem: Schizopyrenida; Família: Vahlkampfiidae; Gênero: Naegleria.
Morfologia: O cisto é esférico, possuindo 7-15 micrômetros de diâmetro. É liso com uma parede de camada única e tem somente um núcleo. Os trofozoítos tem 10-35 micrômetros de comprimento com uma aparência granular e um núcleo único com um halo ao seu redor. Possuem pseudópodes para locomoção. Já o estado flagelado dessa ameba tem formato de pêra e possui dois flagelos.
Transmissão: a infecção por Naegleria fowleri ocorre quando água contaminada com a ameba entra no organismo pelo nariz. Isso ocorre quando pessoas nadam em lagos e rios de água 
quente contaminados. Não ocorre infecção pela ingestão de água contaminada.
Ciclo: possui 3 estágios: cisto, trofozoíto e flagelado. O único estado capaz de infectar é o de trofozoíto. Esses se replicam por divisão binária durante a qual a membrana nuclear fica intacta. Os trofozoítos infectam os humanos ou animais penetrando o tecido nasal e então indo para o cérebro pelos nervos olfatórios.
Prevalência: A meningoencefalite amebiana primária é uma doença extremamente rara, tendo aproximadamente 300 casos documentados no mundo até o ano de 2008.
Patogenia: A ameba Naegleria fowleri é o agente causador da meningoencefalite amebiana primária. Essa doença é rara e quase sempre fatal. A infecção se inicia com a presença de água contaminada em contato com a cavidade nasal do hospedeiro. A ameba se adere à mucosa, migra pelo nervo olfatório e chega ao cérebro. Neste local, o parasito causa um extenso dano tecidual, além de desencadear um processo inflamatório. N. fowleri também lisa e ingere eritrócitos e células nervosas. A destruição tecidual e necrose hemorrágica são acompanhadas também pelo infiltrado leucocitário característico da inflamação. Os mecanismos de virulência são desconhecidos.
Sintomas: Os sintomas da meningoencefalite amebiana primária são divididos em dois estágios. No primeiro, o paciente apresenta forte dor de cabeça na região frontal, febre, náusea e vômitos. Já no segundo estágio, há torcicolo, convulsões, estado mental alterado e alucinações, podendo fazer também com que o paciente entre em coma.
Prevenção: Ainda não se sabe o motivo, mas enquanto alguns indivíduos são expostos e não se infectam, outros apresentam a doença. O que se pode fazer é evitar o banho em lagos e piscinas naturais de água quente; se isso não ocorrer, deve-se limitar a exposição das narinas à água potencialmente contaminada. Além disso, é necessário repassar mais informações sobre a possibilidade de infecção com N. fowleri, principalmente para crianças e indivíduos que farão uso recreativo desses lagos e piscinas termais.
Tratamento: Dentre mais de 100 casos documentados da infecção na América do Norte, houve apenas 4 sobreviventes. A droga que está reservada pelo CDC para o tratamento da infecção é a miltefosina, originalmente uma droga anti-leishmania. O caso mais recente incluiu tratamento com anfotericina, fluconazol, rifampicina, azitromicina, dexametasona e também a miltefosina. Foram incluídas também drenagem do líquido cerebrospinal, para redução do edema cerebral, hiperventilação moderada e hipotermia induzida.
Diagnóstico e detecção: Como a doença é rara e a detecção inicial apresenta grande dificuldade, o diagnóstico de 75% das infecções só é realizado após a morte do paciente. A detecção do microorganismo pode ser realizada de 3 maneiras: buscando-se o próprio organismo, seu DNA ou antígeno no líquido cerebrospinal ou biópsia. Outros testes podem ser realizados para detecção da presença da ameba, mas são encontrados somente em alguns laboratórios. Eles incluem: visualização direta, no qual pode-se observar ao microscópio a ameba; detecção de antígeno, por imunohistoquímica ou imunofluorescência indireta; por PCR, onde amplifica-se o material genético do parasito; por cultura da ameba, utilizando bactérias como fonte de alimento; e, por fim, por amostras ambientais de águas provenientes de lagos, rios e piscinas termais.

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