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Resumo Platão e as ideias

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Faculdade de Pedagogia 2017.2 - Noite
Disciplina: Filosofia da Educação I
Professor: Percival Tavares
Aluno: Giovanna Martins de Oliveira
PESSANHA, José Américo Motta. Platão e as Ideias. In: REZENDE, Antônio (org.). Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986, c.2.
Platão viveu em uma época onde a liberdade política deu à Grécia, especialmente Atenas, notáveis possibilidades de desenvolvimento, tanto econômico quanto cultural.
Nesse momento histórico, se passava a democracia ateniense, a qual o poder era executado em Assembleia pelos cidadãos – homens livres e nascidos na cidade – assim ficando excluídos estrangeiros, mulheres e escravos. Por essa razão de exclusão que, a democracia não atuava corretamente, além de o poder ser baseado na eloquência, por meio da argumentação e persuasão dos homens inteligentes.
Sócrates foi a primeira grande influencia de Platão, pois ele incentivava o dialogo, as perguntas e as indagações, de modo a alcançar o saber. Derrubava as opiniões volúveis e falsas, as noções equivocadas e sem estrutura, as ideias aceitas e repetidas, essas quais não tinham lógica.
 Após seu aprendizado com a filosofia, Platão decide não prosseguir com seu envolvimento na política, concentrando-se apenas em passar por um processo iluminador e purificador do modelo socrático. Pois ele considera que, não adianta fazer política inconsistente e inadequada, tem que se haver convicção do proposito da ação. 
Em 387 a.C. Platão cria a Academia platônica com o intuito de pesquisar ciência e filosofia, para ser ter uma preparação política fundamentada na procura da verdade e da justiça. A filosofia de Platão nessa época era uma condensação de pensamentos de todos os filósofos anteriores, tendo influencia matemática, especialmente a geometria. Ele acreditava na filosofia como amor a sabedoria e como procura da verdade.
Os historiadores classificam as obras de Platão como:
Diálogos da juventude ou socráticos – protegem o nome de Sócrates, abordando temas morais, com diálogos agressivos, com o intuito de exterminar opiniões sem consistência.
Diálogos da maturidade – Onde Platão afirma mais e mais sua autonomia de pensamento.
Diálogos da velhice – Essa foi a ultima formação do pensamento platônico. 
Sócrates dialoga de forma dramática para criar um confronto entre consciência e opinião pessoal para acordar uma consciência nova sem nenhuma ilusão, deste modo, atingindo o máximo de conhecimento de si mesmo, mergulhar em suas próprias ideias que se tem cada vez mais fundamento, domínio e clareza.
Platão acredita que o diálogo dever ir além do nível psicológico e consciente, o diálogo deve ter uma colisão entre teses, de forma progressiva até chegar num nível de conhecimento que se caminha para a verdade. Desse jeito, será viável vencer o relativismo sofista, e assim, a consciência pode ser alcançada por meio de assuntos teóricos. 
Esse pensamento de Platão é chamado de “dialética ascendente”, e tem como método básico a matemática (método dos geômetras), que consiste em criar hipóteses até chegar a uma que tenha uma forte sustentação, assim não sendo considerada mais hipótese. “tendo-se um problema, levanta-se uma hipótese para resolvê-lo; se ela parecer satisfatória, passa-se então a verificar se ela se sustenta a si mesma ou se supõe outra hipótese mais geral — e assim sucessivamente.”
Para Platão, era impossível desenvolver um conhecimento seguro e estável apenas estando no nível das sensações. Isso faria com o que estivesse sempre atrelado ao relativismo sofista. Visto que, para ele, o conhecimento sensível não é autentico, pois é dominado pelas impressões sensoriais. Platão dizia que o conhecimento deveria ser autentico e ir além dessas impressões sensoriais.
Como consequência da utilização do “método dos geômetras”, Platão, hipoteticamente afirma que existam “formas” ou “essências” ou “ideias” que seriam exemplos das coisas sensíveis. Porém, não seriamos capazes de adquirir conhecimento com coisas abstratas, já que nossos sentidos só compreendem o concreto, o visível. 
Segundo Platão, era necessário imaginar que exista algo imaterial, algo parecido às “ideias”. É preciso pensar que exista uma alma que já participou das essências antes de se fixar a um corpo, assim ele só precisaria se “relembrar” dos fatos já ocorridos e aplica-los na vida atual. Assim, pode-se dizer que Segundo Platão, o aprendizado é apenas um recordar da vida passada.
O saber das essências não é constituído sem interrupções e repentinamente. É essencial passar por fases, partindo da mais obscura até chegar à máxima clareza. Só se chegará à verdade após todas as etapas percorridas. 
Platão coloca o conhecimento não apenas como algo intelectual, mas sim uma obra de amor. O filosofo trabalha com o auxilio do Eros. Platão compara a trajetória do sensível ao inteligível como uma “escalada conduzida pelo amor”.
O “método de geômetras” faz da filosofia um jogo de hipóteses. Assim, para se chegar numa verdade tem de se passar por todas as hipóteses até chegar ao concreto, o não hipotético. Esse absoluto, Platão chama de Bem, que é fonte de luz, fazendo assim, os objetos serem conhecidos.
O retrato do filosofo para Platão é Sócrates logo, Platão mostra os diferentes lados de Sócrates em seus diálogos, como por exemplo, em Fedro, Teeteto, Fédon e na República.
O pensamento platônico é a marca da cultura ocidental, e isso se deve a grandeza de temas abordados por Platão em suas obras. Utilizando também, sua filosofia que funcionava de modo aberto a todas as possibilidades, confrontando hipóteses.
No final da filosofia grega, se tem a Nova Academia, que tinha o intuito de dar continuação ao pensamento de Platão e defendia o probabilismo, ou seja, sua filosofia nunca alcançava uma certeza absoluta. Para chegar nessa conclusão destacavam o jogo de hipóteses da concepção platônica.
O pensamento de Platão foi de extrema importância para construção da teologia, mística e filosofia cristã. Nos primeiros séculos da Idade Média, a tentativa de concordância entre filosofia e religião tiveram bases no platonismo. Até após a concordância entre igreja e razão se firmaram na filosofia de Aristóteles, o pensamento de Platão continuou servindo de estrutura para a teologia e filosofia medieval.
Platão tem grande influencia sobre pensadores que tem base na matemática vendo-a como exemplo de razão. Até nas ideias políticas a interferência de Platão é grande e perdura, abrindo passagem para as fantasias politicas sobre uma sociedade ideal.
Com a busca da verdade, Platão tem intensão de analisar todas as hipóteses, dar importância as opiniões e caminhar pelos caminhos que se abrem as aventuras do espírito. Assim, só pode se conseguir a verdade depois de todas hipóteses, dúvidas e analises, “como a luz depois de vencidas todas as ilusões da sombra.”

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