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Neurocisticercose como causa de convulsões

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NEUROCISTICERCOSE HUMANA COMO CAUSA DE CRISES CONVULSIVAS
A cisticercose humana é frequente nos países onde o consumo de carne de porco é alto, estes possuem elevadas porcentagens de parasitismo pela Taenia solium. A frequência da cisticercose humana nos países europeus encontra-se em ordem decrescente sendo Alemanha, Rússia, Polônia, Suécia, Itália e França. 
Na Inglaterra, Espanha, Bélgica, Holanda, Suíça e Rumania, a incidência é menor. Nos países asiáticos, a cisticercose é distribuída de forma desigual, sendo constante na Índia. 
Como consequência da difusão do parasitismo intestinal, nos países africanos, a incidência é elevada. A América do Norte é a menos atingida, e no Brasil a doença é comum no estado de São Paulo.
A cisticercose geralmente é determinada pela forma larvária da Taenia solium. Pouco conhecido são os casos comprovados como determinados pela forma larvária da Taenia saginata.
 O ciclo se inicia quando a tênia adulta parasita o intestino delgado do hospedeiro definitivo, o homem, eliminando anéis cheios de ovos. Quando estes são ingeridos pelo hospedeiro intermediário, que geralmente é o porco, as últimas membranas destes ovos são dissolvidas pelo suco gástrico, libertando o embrião e, com o auxílio de ganchos, atravessa as paredes do intestino, caindo nos capilares sanguíneos e linfáticos, que o leva para a circulação geral, alcançando o coração e sendo disseminado para qualquer região do organismo. 
Assim que localizado, o embrião perde os seus ”espinhos”, e se transforma numa vesícula hidrópica, contendo o Escólex.
 O homem se infesta pela ingestão da carne de animais contaminados. No estômago, os sucos digestivos destroem os envoltórios, e o Escólex se liberta, fixando-se sem o auxílio de seus ganchos e ventosas sobre a mucosa intestinal, e através da proliferação de suas células, transforma-se no parasito adulto, reiniciando-se, assim, o ciclo evolutivo. 
As formas convulsivas têm como caraterística principal o fato de apresentar-se em indivíduos adultos, até então sadios, podendo ser generalizadas, precedidas ou não de aura, seguindo-se a fase tônica e, logo depois, a fase crônica, sendo que, em grande número de casos, não há perda de consciência. Embora possam conduzir à morte em estado de mal epiléptico, muitas vezes, estas crises convulsivas desaparecem espontaneamente, devido à calcificação ou morte do parasita.
REFERÊNCIA:
www.scielo.br

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