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CASOS CONCRETOS 2016

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CASOS CONCRETOS PRIMEIRO SEMESTRE 2017
SEMANA 1
CASO CONCRETO
Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
CARLOS, funcionário público de um determinado Ente Federativo, auxiliado por seu irmão SÉRGIO, vendedor autônomo, no dia 14 de janeiro de 2016, apropriou-se, em proveito de ambos, de alguns Notebooks pertencentes à repartição pública em que se achava lotado, os quais eram utilizados, diariamente, para a realização de suas tarefas administrativas. Levado o fato ao conhecimento da autoridade policial, instaurou-se o competente inquérito, restando indiciados CARLOS e SÉRGIO, sendo o primeiro como incurso no art. 312, caput, e o segundo no art. 168, ambos do Código Penal. Pergunta-se: Está correta tal classificação?
RESPOSTA
Está errada. Sergio também devera responder por peculato, visto que ser funcionário público é circunstancia elementar do crime de peculato e essa circunstancia se comunica aos demais agentes que atuarem em concurso no tipo penal. Art. 30 CP
QUESTÕES OBJETIVAS
A respeito do concurso de pessoas, assinale a opção correta. (TRE-PI 2016 ? CESPE) 
a)As circunstâncias objetivas se comunicam, mesmo que o partícipe delas não tenha conhecimento.
b)Em se tratando de peculato, crime próprio de funcionário público, não é possível a co-autoria de um particular, dada a absoluta incomunicabilidade da circunstância elementar do crime.
c)A determinação, o ajuste ou instigação e o auxílio não são puníveis.
d)Tratando-se de crimes contra a vida, se a participação for de menor importância, a pena aplicada poderá ser diminuída de um sexto a um terço.
e)No caso de um dos concorrentes optar por participar de crime menos grave, a ele será aplicada a pena referente a este crime, que deverá ser aumentada mesmo na hipótese de não ter sido previsível o resultado mais grave.
2) Sobre a participação em sentido estrito, é correto afirmar que: (Polícia Civil ? PA /2016)
a)adota-se, no Brasil, a teoria da acessoriedade máxima.
b)o auxílio material é ato de participaçao em sentido estrito, ao passo em que a instigação é conduta de autor.
c)assume a condição de participe aquele que executa o crime, salvo quando adotada a teoria subjetiva.
d)não há participação culposa em crime doloso.
e)na teoria do domínio do fato, participa é a figura central do acontecer típico
PLANO DE AULA 2
Caso Concreto 
“SÃO PAULO - Uma farmácia foi assaltada quatro vezes pelo mesmo ladrão em São Carlos, a 229 km da capital paulista. Nesta quinta-feira, ele foi preso. As câmeras de segurança da farmácia gravaram a ação. O vídeo mostra o assaltante chegando à farmácia e pedindo um xarope à atendente. Em seguida, ele anuncia o assalto com uma faca e pede todo o dinheiro no caixa. Ele fez dois assaltos seguidos à farmácia: na manhã de quarta-feira e nesta quinta-feira. 
O cara virou meu sócio. Todo dia ele vem sangrar meu caixa. Eu não agüento mais - desabafou o dono da farmácia, Paulo César Castilho. Atos Henrique Pinto, de 26 anos, acabou preso.” (Fonte: Jornal O Globo, 08/04/2011). 
Analisando a reportagem acima, podemos dizer que Atos responderá pelos crimes de roubo, em qual modalidade de concurso de crimes? Explique, inclusive se haverá exasperação ou cumulação das penas. 
RESPOSTA: Atos irá responder por crime continuado, art. 71. No caso de crime continuado haverá exasperação podendo a pena ser aumentada de 1/6 até ½.
Questão objetiva 
Assinale a opção correta, no que se refere ao concurso de crimes. 
Não se admite a suspensão condicional do processo se a soma da pena mínima com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. 
Não se aplica a continuidade delitiva quando os delitos atingirem bens jurídicos personalíssimos de pessoas diversas, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
O Supremo Tribunal Federal admite a continuidade delitiva entre os crimes de furto e roubo. 
Configura-se concurso material a ação única lesiva ao patrimônio de diversas pessoas. 
Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, não se aplica o princípio da consunção entre os crimes de falsidade e estelionato, por se tratar de caso de aplicação do concurso formal.
SEMANA 3
Caso concreto.
O Juiz da Décima Vara Criminal da Comarca da Capital do RJ condenou ANACLETO a uma pena privativa de liberdade que foi substituída por uma pena restritiva de direitos de perda do seu automóvel Gol, ano 2010 (CP, art. 43, II), que fazia parte de seu considerável acervo patrimonial. Em fase de Execução da Pena, ANACLETO vem a falecer, ocasião em que o Estado vem a se habilitar em seu inventário judicial. Em defesa, ANATÉRCIA, viúva de ANACLETO, sustentou a inconstitucionalidade da referida atividade estatal trazendo como fundamento constitucional que a pena estaria passando da pessoa do condenado.
Considerando a situação hipotética, indaga-se se assiste razão à defesa de ANATÉRCIA e qual(is) o(s) princípio(s) a ser(em) invocado(s) ?
RESPOSTA. 
Não houve violação a qualquer preceito constitucional uma vez que a perda de bens está dentro do limite do espólio (patrimônio já transitada em julgada). A garantia constitucional de que a pena não passa da pessoa é para vedar a substituição do agente passivo da condenação, ou seja, que o condenado transmita as consequências da condenação a 3° pessoa. No caso em pauta, não há qualquer violação a norma constitucional, uma vez que o objeto “perdido” na condenação é de propriedade exclusiva do condenado. O que não se pode admitir é a incidência dos efeitos da condenação sobre pessoas diferentes do condenado.
Anatércia não possui razão, pois a condenação foi transitada em julgada antes do falecimento de Anacleto.
Questões objetivas.
1)São Princípios da pena criminal, exceto:
Humanização.
Individualização.
Intransmissibilidade.
Evitabilidade.
2) No que se refere à teoria da pena, assinale a assertiva correta:
o Brasil adotou a teoria absoluta.
a prevenção geral é direcionada ao criminoso
a prevenção especial é direcionada à sociedade
o Brasil adotou a teoria eclética
Título SEMANA 4 
CASO CONCRETO
JONATAS, 28 anos, aproveitando-se do caos que se instalou no Estado do Espírito Santo, por conta da manifestação de greve da polícia militar, subtraiu de uma grande estabelecimento empresarial varejista, na cidade de Vitória, uma televisão de 40 polegadas. Sua atividade ilícita foi filmada por câmeras da Prefeitura e passada em Programa Jornalístico de grande audiência nacional. O jovem, envergonhado perante seus familiares, deliberadamente no dia seguinte devolve a res furtiva, sendo processado criminalmente pelo seu ato. O Juiz, no momento da aplicação da penal criminal, entendendo que ao caso concreto nenhuma pena seria necessária ao réu, considerando a vergonha que este passou, deixou de aplicar a pena tendo em vista que o CP, no seu art. 59 preconiza que o juiz estabelecerá conforme seja “necessário” e “suficiente” para reprovação e prevenção do crime. Considerando o caso acima, aponte, fundamentadamente, a legalidade da decisão judicial.
Resposta: 
A decisão está equivocada, o juiz agiria corretamente se considerasse atenuante que recai sobre o agente, pelo cometimento do crime sob a influencia de multidão e tumulto, art. 65, III, E. O principio da inderrogabilidade da pena, reconhece que uma vez constatada a pratica do crime, a pena não pode deixar de ser aplicada por liberalidade do juiz ou de qualquer outra autoridade. Não está previsto no art. 107 CP, o perdão judicial para crimes de furto (Art. 155 CP), neste caso o máximo que pode ser adotado é uma causa de diminuição de pena devido ao arrependimento posterior, devolução da res furtiva, art. 16 do CP, onde terá uma diminuição de 1 a 2/3.
QUESTÕES OBJETIVAS
1)Na reincidência: 
a) O Brasil adotou o sistema da perpetuidade.
b) O tratamento se assemelha a maus antecedentes.c) O Brasil adotou a especial ou específica. 
d) O Brasil adotou a espécie ficta.
2) Um réu reincidente:
a) é possível ter inicialmente seu regime prisional semiaberto, desde que favoráveis as circunstâncias judiciais e sua pena seja igual ou inferior a 4 anos. 
b) não pode ter progressão de regime c) não poderá ter sua pena privativa de liberdade substituída. 
d) possui, necessariamente, maus antecedentes
Título SEMANA 5 
CASO Concreto
ANACLETO SOARES subtraiu para si coisa alheia móvel mediante violência contra a pessoa. Por se tratar de réu primário, com bons antecedentes, maior de dezoito e menor de 21 anos, o juiz, atento aos ditames do art. 59, do Código Penal, fixou a pena-base no mínimo legal (quatro anos de reclusão), desconsiderando, no cálculo da pena intermediária, a atenuante da menoridade prevista no art. 65, do Código Penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada se o magistrado agiu corretamente de acordo com a jurisprudência majoritária.
Resposta. 
A jurisprudência majoritária entende que a pena não pode ficar abaixo do mínimo legal estipulado no tipo penal. É importante frisar que o Superior Tribunal de Justiça, pacificando tal entendimento, editou a súmula 231
Questão objetiva.
Levando em conta as regras pertinentes à aplicação e execução das penas, é INCORRETO afirmar que:
no concurso formal perfeito de crimes é observado o sistema de exasperação da pena; 
o condenado que for punido por falta grave perderá todo o tempo até então remido, começando nova contagem do período de remição a partir da data da infração disciplinar; 
as causas de aumento de pena podem elevar a pena além do máximo abstratamente cominado ao crime;
a superveniência de condenação definitiva por outro crime durante o cumprimento de pena restritiva de direitos pode ser causa de sua conversão;
e) a pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução.
Clebinho Magal foi preso pela policia federal quando trazia do Paraguai uma mochila com 3 tabletes de maconha pesando 8Kg no total foi a primeira vez que traficava. Trata-se de reu primário tem bons antecedentes e mostrou-se arrependido pelo que fez não é dedicado a atividade ás atividades criminosas nem integra organizações criminosas explicou ao juiz que iria ganhar 1.000 reais para comprar comida para sua casa. Trata-se de um traficante ocasional e merece o tratamento previsto no art 33 paragrafo quarto da lei de drogas em sua redução máxima. 
Ao final da sentença condenatória, defina se ele merece ou não os benefícios das penas restritivas de direitos e tem 20 anos e goza de boa conduta social.
Lei nº 11.343 de 23 de Agosto de 2006
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012)
SEMANA 6
CASO CONCRETO
Carlos foi condenado pelas práticas de lesão corporal grave (art. 129, §2º, I, do CP), à pena de 02 anos de reclusão, e furto simples (art. 155, do CP), às penas de 01 ano de reclusão e 10 D.M., em concurso material. Há possibilidade de fazer incidir pena alternativa em qualquer das condenações? Qual o regime prisional a ser fixado, considerando que Carlos é primário, de bons antecedentes e menor de 21 anos? Fundamente 
RESPOSTA
Não poderá ocorrer a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, no crime de lesão corporal, pois, o Art. 44 CP. veda a substituição quando ocorre violência ou grave ameaça contra pessoa. Contudo, no caso em questão de crime de furto simples, Carlos preenche os requisitos objetivos e subjetivos do Art. 44 CP, parágrafo 2º. O regime de cumprimento de pena será o aberto, que demonstra ser suficiente para reprimir a conduta criminosa de Carlos e atende aos preceitos da teoria da pena.
Questões Objetivas.
1. A pena de reclusão:
é semelhante à pena de prisão simples
b) deve ser cumprida sempre em regime fechado.
c) pode ser cumprida, inicialmente, em regime aberto. 
foi considerada inconstitucional pelo STF.
2) A pena de multa:
a) é uma espécie de restritiva de direito.
b) é calculada em dias multa e é direcionada ao Estado
c) não pode ser parcelada 
d) pode ser convertida em privativa de liberdade.
SEMANA SÉTIMA
CASO CONCRETO
Jonas foi condenado às penas do art. 302 da Lei 9503/97 (CTB), em concurso formal próprio, por ter atropelado, na direção de veículo automotor, cinco pessoas que estavam paradas num ponto de ônibus. Considerando que Jonas já possuía em suas anotações criminais condenação transitada em julgado por crime de Latrocínio na forma tentada, cuja pena fora totalmente cumprida há dois anos, o juiz que o condenou pelos novos crimes cometidos, não substituiu sua pena privativa de liberdade definitiva por restritiva de direitos sob a fundamentação de se tratar de réu reincidente. Considerando o caso hipotético, analise a decisão do magistrado quanto ao seu fundamento. 
RESPOSTA:
Nesta questão, o fundamento usado pelo juiz, para negar a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito, está equivocado, uma vez que de acordo com o Art. 44 II, o que impede a pena alternativa é a reincidência em crime doloso e Jonas é reincidente, mas sua segunda condenação é por crime culposo.
Questões Objetivas.
1) Assinale a assertiva INCORRETA sobre as espécies de pena:
a) o regime aberto baseia-se na auto-disciplina e senso de responsabilidade do condenado 
b) é admissível trabalho externo àquele que está cumprindo pena em regime semi-aberto 
c) condenado reincidente não poderá nunca cumprir a pena, desde o início, em regime semi-aberto.
d) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado. 
2) São penas restritivas de direito, exceto: 
multa 
prestação pecuniária 
perda de bens e valores 
prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas
 
DIREITO PENAL II - CC08
Aplicação Prática Teórica
1) Sobre o concurso material de crimes, assinale a assertiva correta: (Exame de Ordem – 1ª Fase. OAB/RS.2007)
a) Trata-se da hipótese em que o agente, por meio de um único golpe, atinge a integridade física de várias pessoas, querendo os resultados diversos.
b) Trata-se da hipótese em que o agente coloca uma bomba em um avião para matar apenas um passageiro e, quando a aeronave está ar, detona-a, matando todos os que estavam a bordo.
c) Trata-se da hipótese em que o agente dispara dois tiros, que atingem pessoas diferentes, querendo ambos os resultados.
d) Trata-se da hipótese em que o agente pratica diversas ações (e, por conseguinte, vários tipos) nas mesmas condições de tempo, lugar, modo de execução e outras semelhantes, perfazendo, pelo seu conjunto, um único crime.
2) Francisco teveseu carro furtado. Soube, por testemunhas, que o autor da subtração foi Fernando. No dia seguinte, localizou-o numa via pública do bairro, dirigindo o veículo subtraído, e o abordou. Fernando desferiu-lhe vários golpes com uma barra de ferro, causando-lhe ferimentos graves, deixando, a seguir, o local com o automóvel que subtraíra. Diante disso, Fernando cometeu crime de:(Promotor de Justiça/ PE)
a)    furto e crime de lesões corporais graves, em concurso material
b)    roubo impróprio.
c)    roubo qualificado pelo resultado, em virtude de ter resultado lesões corporais graves.
d)    furto tentado e crime de lesões corporais graves, em continuação.
e)    roubo simples e crime de lesões corporais graves, em concurso material.
3) Segundo o Código Penal (CP) brasileiro, quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, em vez de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, ele deve responder como se tivesse praticado o crime contra aquela. No caso de ser, também, atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do: (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase)
a) concurso material.
b) concurso formal.
c) crime continuado.
d) crime habitual.
4) João ingressou em um Shopping Center, tarde da noite, burlando a vigilância do local. Invadiu cinco lojas de proprietários diversos, valendo-se, para tanto, de chaves falsas. De cada uma das lojas, subtraiu inúmeras peças de roupas. Após a ação, deixou o local e foi preso passada meia hora, abordado por policiais militares que estranharam o volume de pacotes que carregava. João foi denunciado e condenado por cinco furtos qualificados. Na fixação da pena, o Juiz deve considerar as condutas como praticadas:
a) em concurso formal.
b) como crime continuado.
c) como crime único.
d) em concurso material.
5)Assinale a opção correta com base nos princípios de direito penal na CF: (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase).
a) O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência da pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege.
b) Segundo a CF, é proibida a retroação de leis penais, ainda que estas sejam mais favoráveis ao acusado.
c) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas até os sucessores e contra eles executadas, mesmo que ultrapassem o limite do valor do patrimônio transferido.
d) O princípio da humanidade veda as penas de morte, salvo em caso de guerra declarada, bem como as de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e as cruéis.
6) Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, intimado a pagar a pena de multa que lhe fora fixada, mas não o fazendo, o condenado poderá:(Exame de Ordem Cespe/UnB. Março 2008):
a) Ter a pena de multa convertida em pena privativa de liberdade.
b) Ter sua dívida inscrita na fazenda pública, com a conseqüente execução fiscal.
c) Ter sua pena de multa convertida em pena restritiva de direitos.
d) Ter o valor da pena de multa aumentado
7) Sobre a prestação de serviços à comunidade ou a entidades
públicas, assinale a alternativa INCORRETA: (132° Exame OAB/SP– 1ª Fase).
a) Consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
b) Deve ser aplicada nas condenações acima de 01 (um) mês e até 02 (dois) anos de privação de liberdade.
c) Dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais.
d) Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo, nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada.
8) Sobre a aplicação da pena (CP, art. 59 a 76), assinale a alternativa INCORRETA: (Juiz de Direito/PR)
a) no concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na Parte Especial do Código Penal, o juiz deve levar em consideração todos os aumentos e/ou diminuições, não podendo limitar-se à causa que mais aumente ou diminua a pena.
b) segundo o entendimento majoritário, inclusive sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.
c)verifica-se a circunstância agravante da reincidência quando o agente comete novo crime, mesmo que a condenação anterior já transitada em julgado seja no estrangeiro.
d)o rol das circunstâncias atenuantes não é taxativo, eis que o Código Penal expressamente admite outras hipóteses, mesmo que não previstas em lei.
9) Com relação à aplicação da Pena é CORRETO afirmar que: (Juiz de Direito/ MG)
a)    se o réu é primário e de bons antecedentes, a pena deve ser fixada no mínimo legal.
b)    as circunstâncias atenuantes e agravantes devem ser levadas em consideração na fixação da pena-base.
c)    a circunstância atenuante pode reduzir a pena aquém do mínimo legal, assim como a agravante pode aumentá-la além do máximo cominado.
d)    é possível considerar as circunstâncias que qualificam o homicídio com as que o tornam privilegiado, desde que sejam aquelas de natureza objetiva.
10) (JUIZ DE DIREITO. MG/2005) É correto afirmar que é possível a substituição da pena privativa de liberdade quando:
a)    A pena privativa de liberdade não for superior a 4 (quatro) anos. Mesmo se o crime tiver sido cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo.
b)    O condenado for reincidente, desde que, em face da condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
c)    A condenação for igual ou inferior a 1 (um) ano substituindo-se a pena privativa de liberdade por prestação pecuniária ou por uma restritiva de direitos.
d)    A condenação for superior a 1 (um) ano, substituindo-se a pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos e prestação pecuniária ou por duas restritivas de direitos.
11) Assinale a alternativa correta: (UFPR - 2013 - TJ-PR - Juiz)
a)    É admissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial ao regime aberto.
b)    É vedada a utilização de inquéritos policiais para agravar a pena base, sendo permitida, entretanto, a utilização das ações penais em curso.
c)    É admissível a chamada progressão por salto de regime prisional.
d)    Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007, sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.
12) Fulgêncio, com animus necandi, coloca na xícara de chá servida a Arnaldo certa dose de veneno. Batista, igualmente interessado na morte de Arnaldo, desconhecendo a ação de Fulgêncio, também coloca uma dose de veneno na mesma xícara. Arnaldo vem a falecer pelo efeito combinado das duas doses de veneno ingeridas, pois cada uma delas, isoladamente, seria insuficiente para produzir a morte, segundo a conclusão da perícia. Fulgêncio e Batista agiram individualmente, cada um desconhecendo o plano do outro.
Pergunta-se:( Juiz de  Direito – MG).
a)    Fulgêncio e Batista respondem por tentativa de homicídio doloso qualificado.
b)    Fulgêncio e Batista respondem, cada um, por homicídio culposo.
c)    Fulgêncio e Batista respondem por lesão corporal seguida de morte.
d)    Fulgêncio e Batista respondem, como co-autores, por homicídio doloso, qualificado, consumado.
13) Cleomar e Ricardo acordaram previamente a prática de um roubo contra um taxista, tendo simulado o interesse em fazer uma corrida, e já no veículo o primeiro anunciou o assalto empunhando um estilete, quando a vítima entregou a carteira com dinheiro e documentos pessoais a Ricardo. Este saiu correndo e Cleomar permaneceu no veículo por mais alguns instantes, momento em que com estocadas feriu gravemente a vítima a qual veio a falecer. Os dois foram denunciadospelo crime de latrocínio. De acordo com a legislação penal vigente, é correto afirmar que: (Defensor Público – RN).
a)    Ricardo será punido pelo crime de latrocínio, pois a morte do taxista era resultado previsível da ação;
b)    comprovado que Ricardo quis participar do roubo na sua forma simples, o juiz poderá reduzir a pena do latrocínio até a metade;
c)    Ricardo, comprovado que desejou participar apenas do crime de roubo, mas sendo previsível o resultado, será condenado na pena do roubo na forma simples, a qual poderá ser aumentada até a metade.
d)    Ricardo deverá ser punido pelo crime de latrocínio, tendo em vista que, considerando a relação natural entre o acordo para o roubo e a morte da vítima, independe se houve ou não prévio acordo sobre este último resultado.
14) Assinale a opção correta acerca da ação penal.(136° Exame OAB/SP – Cespe/UnB)
a) Se, em qualquer fase do processo, o juiz reconhecer extinta a punibilidade, deverá aguardar o requerimento do MP, do querelante ou do réu, apontando a causa de extinção da punibilidade, para poder declará-la.
b) A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, não se estende aos demais agentes.
c) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o MP velará pela sua indivisibilidade.
d) O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, inclusive ao querelado que o recusar.
15) No crime de corrupção ativa, a circunstância de ser um dos agentes funcionário público Juiz de Direito – AL – 2007)
a)    não é elementar, não se comunicando, portanto, ao concorrente particular.
b)    é elementar, mas não se comunica ao concorrente particular.
c)    é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ainda que este desconheça a condição daquele.
d)    é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a condição daquele.
e)    não é elementar, comunicando-se, em qualquer situação, ao concorrente particular. 
SEMANA 9
CASO CONCRETO.
João Inácio, 27 anos, mora com seu tio, Franklin Galvão, 63 anos, há exatos três anos. A Residência em que se dá a referida coabitação é situada numa área nobre da cidade do Rio de Janeiro. Em viagem de férias, pelo sul da Bahia, neste último verão, junto com seu referido sobrinho, Franklin Galvão sentiu falta de seu relógio de ouro. Chegando ao Rio de Janeiro, João Inácio, mostrando-se arrependido, confessou a um amigo seu que foi ele quem subtraiu o relógio de seu tio objetivando o vender para comprar drogas, fato este que realmente aconteceu no âmbito de seu passeio pelo sul da Bahia. O amigo de João Inácio, advogado criminalista, sugeriu-lhe contar todo o ocorrido ao seu tio, mostrando seu real arrependimento, até porque se trata de fato penal que desafia ação penal pública condicionada à representação.
Considerando o caso acima, indaga-se se assiste razão ao advogado amigo de João Inácio. Responda fundamentadamente.
RESPOSTA:
Assiste razão ao advogado. A previsão legal da necessidade de representação decorre do fato de os crimes de ação penal pública condicionada afetarem mais o interesse privado do que o interesse público, que então fica em segundo plano.
O art. 182, III, do CP autoriza que o crime de furto seja processado mediante ação penal pública condicionada à representação, se é cometido em prejuízo de tio ou sobrinho com quem o agente coabita. Não importa onde ocorreu o crime.
Questões objetivas.
1) Os crimes de Dano (CP, art.163 caput), de Ameaça (CP, art.147) e de Lesão Corporal Leve (CP, art. 129 caput) são, respectivamente, de:
a) ação penal pública incondicionada, ação penal de iniciativa privada e ação penal pública condicionada à representação.
b) ação penal de iniciativa privada, ação penal pública incondicionada e ação penal pública condicionada à representação.
c) ação penal pública condicionada à representação, ação penal de iniciativa privada e ação penal pública incondicionada.
d) ação penal de iniciativa privada, ação penal pública condicionada à representação e ação penal pública condicionada à representação.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem. 
Durante o festival de balonismo, na cidade de Torres, Afonso Dias, 52 anos, deslocou-se até a Boate Cristal para festejar a sua classificação no evento. No recinto, conheceu o transformista Maitê, 21 anos, convidando-o para acompanha-lo na comemoração. Enquanto conversavam, Afonso disfarçadamente colocou uma substância na bebida de Maitê, que o levou a perder os sentidos. Na sequência, conduziu o transformista desmaiado, sem poder oferecer resistência, até seu carro, onde praticou com ele sexo anal. No dia seguinte, Maitê registrou o fato delituoso contra Afonso na Delegacia de Polícia e adotou as medidas necessárias para responsabilizá-lo. 
No presente caso, o crime praticado pelo agente é o de _______e a ação penal correspondente é ________. 
a) estupro de vulnerável – pública incondicionada
b) estupro – pública incondicionada
c) violação sexual mediante fraude – pública condicionada à representação
d) estupro – pública condicionada à representação
e) violação sexual mediante fraude – de iniciativa privada
SEMANA 10
CASO CONCRETO
Condenado pela prática do crime de furto por 2 anos e 7 meses, JOÃO, que já possui uma condenação pelo crime de lesão corporal culposa, com extinção da pena pelo seu cumprimento há dez anos, vinha cumprindo sua nova pena em regime semi aberto, quando regrediu de regime pelo cometimento de falta grave. Passado o cumprimento de mais de um terço de sua pena, JOÃO requereu seu livramento condicional ordinário, nos termos do CP, art. 83, I que lhe foi negado sob os seguintes fundamentos: 1) possui maus antecedentes e 2) cometimento de falta grave.
Analise, fundamentadamente, as teses defensivas de JOÃO em sede da Vara de
Execuções Penais, objetivando a concessão da referida medida penal.
RESPOSTA:
De acordo com entendimento do STJ, ao condenado primário, portador de maus antecedentes, aplica-se o disposto no artigo 83, inciso I, do Código Penal, e a falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional (sumula 441).
Sendo assim, assiste a Joao o direito de obter o livramento condicional.
Questões Objetivas.
1) no dia 26 de janeiro de 2011, João Porto, 21 anos, ofendeu a integridade corporal de seu vizinho, Jorge Antônio, ao deferir-lhe um soco no olho esquerdo, causando-lhe a perda da visão. O Ministério Público ofereceu denúncia contra o acusado pelo crime de lesão corporal de natureza grave, art. 129, §1º, inciso III (debilidade permanente de sentido), do CP. 
A peça vestibular foi recebida no dia 14 de fevereiro de 2011. A ação penal foi julgada procedente, condenando João Porto à pena de um ano de reclusão, dada a sua condição de primário, de bons antecedentes e com circunstâncias judiciais favoráveis. 
A sentença condenatória foi publicada no dia 29 de março de 2014, que se tornou definitiva para as partes em abril do mesmo ano. Assim, na hipótese apresentada, e com base na pena aplicada, confere-se ao condenado o direito à:
a) suspensão condicional do processo.
b) suspensão condicional da pena. 
c) substituição da pena privativa de liberdade por uma restritiva de direitos.
c) substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos.
e) extinção da punibilidade pela prescrição.
2) Caio, reincidente em crime de estupro, também é reincidente em crime de roubo.
Diante disso, para obter o livramento condicional, de acordo com o disposto no art. 83, do Código Penal, deverá cumprir:
a) mais de três quintos da pena do crime hediondo e mais de um terço da pena do crime de roubo.
b) mais da metade da pena do crime hediondo e mais de dois terços da pena do crime de roubo.
c) integralmente a pena do crimehediondo e mais de dois terços da pena do crime de roubo.
d) integralmente a pena do crime hediondo e mais da metade da pena do crime de roubo.
SEMANA 11
CASO CONCRETO 
João foi denunciado como incurso no art. 157, § 2º, I, do CP. Instaurado o incidente de insanidade mental, o laudo constata que o réu é portador de doença mental de natureza psicótica, e ao tempo da ação era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Esclarecem os peritos que o réu necessita de medicação antipsicótica, devendo manter-se sob acompanhamento e tratamento psiquiátrico ambulatorial, não havendo necessidade de internação em hospital de custódia e tratamento. A prova produzida demonstra a autoria. 
Em alegações finais, o Ministério Público requer a absolvição, face a inimputabilidade, com a imposição da medida de segurança de internação, pois o crime praticado é punido com reclusão, a periculosidade é presumida, e o art. 97, do CP, constitui norma cogente. 
De acordo com os estudos em sala de aula, o que pode ser alegado em defesa de João? 
RESPOSTA:
Em regra, o artigo 97 determina que, se o doente mental praticou um fato típico, apenado com reclusão, deve sofrer medida de internação hospitalar e se praticou um fato apenado com detenção, deve sofrer medida de tratamento ambulatorial, no entanto de acordo com a tendência jurisprudencial, a depender do caso concreto, é possível o juiz aplicar a medida de segurança ao réu que seja recomendada pelo laudo psiquiátrico, mesmo que não obedeça a regra geral prevista no artigo 97. 
Questões Objetivas
1) quanto às medidas de segurança, é correto afirmar que:
a) são sujeitas à prescrição, mas não a outras causas de extinção da punibilidade.
b) podem ser aplicadas independentemente da prática pelo agente de ilícito punível.
c) podem substituir pena imposta ao agente considerado imputável no momento da condenação, se sobrevier doença mental no curso da execução 
d) a desinternação será sempre incondicional.
e) o juiz, enquanto não superado o prazo mínimo de duração da medida, não poderá ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade.
2) no instituto da medida de segurança:
a) é vedada a sua conversão no curso do cumprimento de uma pena privativa de liberdade.
b) a periculosidade é sempre presumida.
c) é inviável a internação do paciente no tratamento ambulatorial.
d) é necessária a prática de fato típico e antijurídico para sua imposição. 
SEMANA 12
CASO CONCRETO
JOÃO MARIA, pai de ANATÉRCIA, SEMPRÔNEA e CAIO, todos menores impúberes, foi condenado por estupro de vulnerável, afigurando-se como vítima, sua filha ANATÉRCIA. Na sentença condenatória o Juiz o julgou incapaz de exercer o poder familiar. Passado o período legal após o cumprimento da respectiva pena, JOÃO MARIA conseguiu sua reabilitação e dois meses depois está sendo acusado pelo crime de furto simples.
Diante da situação narrada, pergunta-se: JOÃO MARIA voltará a exercer o poder familiar sobre seu(s) filho(s) em decorrência da reabilitação a ele concedida?
RESPOSTA:
Não. Embora João Maria tenha cumprido todos os requisitos, se for condenado por decisão definitiva pelo crime de furto, será reincidente, e, a menos que a pena a cumprir seja a de multa, terá sua reabilitação revogada, e como consequencia, a incapacidade para o exercício do poder familiar. É o que consta no artigo 95 do CP. 
Questões Objetivas
1) À luz do que dispõe o CP acerca da reabilitação, assinale a opção correta.
a) Caso o condenado seja reabilitado, terá assegurado o sigilo dos registros sobre o seu processo e a condenação.
b) Após o decurso de dois anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou 
terminar sua execução, o condenado poderá requerer a reabilitação, não se computando o 
período de prova da suspensão e o do livramento condicional.
c) Caso o reabilitado seja condenado, como reincidente, por decisão definitiva, à pena de 
multa, o Ministério Público pode requerer a revogação da reabilitação.
d) A reabilitação não pode ser revogada de ofício.
2) Assinale a opção correta no que se refere a reabilitação.
a) Considere que Marcelo tenha sido condenado por crime de furto qualificado e que tenha sido reabilitado após regular cumprimento da pena e decurso do prazo legal. Considere, ainda, que, após a reabilitação, ele tenha cometido novo crime, nessa vez, de estupro. Nessa situação, o juiz, ao proferir sentença condenatória contra Marcelo pela prática do crime de estupro, não poderá considerá-lo reincidente por causa do furto qualificado anteriormente praticado.
b) Para fins de reabilitação, é desnecessária, em caso de crime contra o patrimônio, a análise de ressarcimento do dano causado pelo crime.
c) A prescrição da pretensão punitiva do Estado não impede o pedido de reabilitação.
d) Sendo o reabilitado condenado exclusivamente a pena de multa, a reabilitação 
não será revogada.
SEMANA 13
CASO CONCRETO
PEDRO e CALVINO têm em comum o benefício da extinção da punibilidade em relação as suas pretéritas condenações transitadas em julgado. O primeiro foi beneficiado pela Anistia, enquanto o segundo pelo Indulto. Consultando os processos do Tribunal de Justiça, depreende-se que essas duas pessoas possuem novas condenações, assim observadas: PEDRO foi condenado por Tráfico de Drogas (Lei 11343/2006), enquanto que CALVINO foi condenado por Latrocínio consumado.
Diante do caso acima narrado, indaga-se: PEDRO e CALVINO são considerados reincidentes? Resposta justificada.
NÃO ACHEI
Questões Objetivas
1) Assinale a alternativa correta relativamente às causas de extinção da punibilidade.
a) Dentre as causas interruptivas da prescrição da pretensão punitiva, podem ser citadas a
decisão de pronúncia e a reincidência.
b) Em crimes cujas ações sejam de iniciativa privada ou pública, de competência do
Juizado Especial Criminal, a composição civil extingue a punibilidade do autor do fato.
c) A prescrição da pena de multa ocorrerá em dois anos, quando a multa for a única
cominada ou alternativamente aplicada.
d) Prescrição e Anistia são exemplos de causas de extinção da punibilidade que tanto podem recair sobre a pretensão punitiva quanto sobre a pretensão executória.
2) De acordo com o Código Penal, dentre outras, extingue-se a punibilidade nas seguintes
situações, exceto:
a) anistia, graça ou indulto.
b) renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada.
c) doença incapacitante irreversível do agente.
d) prescrição, decadência ou perempção.
e) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso e pela morte do
agente.
SEMANA 15 
CASO CONCRETO
Descrição Caso concreto. Reza o CP, art. 114, I que quando a pena de Multa foi a única cominada ou aplicada, o prazo prescricional é de dois anos. No entanto, conforme disposto no inciso II do indigitado artigo, caso a pena de Multa for alternativa ou cumulativa cominada ou cumulativamente aplicada com pena privativa de liberdade, a prescrição da multa ocorrerá no mesmo prazo estabelecido por aquela pena mais grave. ADALBERTO foi condenado a uma pena de um ano pelo crime de furto, que foi substituída por uma restritiva de direitos, pena esta que foi cumulada com uma pena de multa. 
Passados dois anos da publicação da sentença condenatória recorrível, o Tribunal ainda não decidiu sobre o único recurso que foi interposto pela defesa, que após este lapso temporal sustenta a ocorrência da prescrição, uma vez que a pena de Multa não foi cumulada com uma pena privativa de liberdade, mas com uma pena restritiva de direitos, razão pela qual, o referido prazo prescricional opera-se em dois anos e não em quatro. Pergunta-se: assiste razão à tese defensiva? 
RESPOSTA:
Não assiste razão a defesa a prescrição das penas restritivas de direito, ocorre no mesmo prazo das penas privativade liberdade , conforme o artigo 109 paragrafo único do cp , neste caso considerando que a multa foi cumulativamente cominada com uma restritiva, não é possível o artigo 114 s1 do cp , uma vez que são penas de natureza distintas.
Questão objetiva 
A prescrição: 
a) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo. 
b) exclui o dia de início na contagem do prazo. 
c) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes. 
d) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória 
e) não é interrompida pela sentença absolutória recorrível 
SEMANA 16
CASO CONCRETO 16 
Questão 1
As medidas de segurança diferem das penas nos seguintes pontos: 
a)as penas são proporcionais à periculosidade do agente; 
b) as medidas de segurança e as penas são aplicáveis tanto aos inimputáveis como aos semi-imputáveis; 
c) as penas têm natureza retributiva-preventiva e as medidas de segurança são preventivas; 
d) as medidas de segurança ligam-se ao sujeito ativo pelo juízo de culpabilidade; 
Questão 2 
Com relação à aplicação das medidas de segurança aos inimputáveis, o nosso Código Penal adotou o sistema: 
a)vicariante, aplicando-se somente medida de segurança; 
b) duplo binário, aplicando-se pena e a medida de segurança ao mesmo tempo; 
c) duplo binário, aplicando-se primeiro a medida de segurança e, em seguida, a pena; 
d) vicariante, aplicando-se a pena ou medida de segurança; 
e) duplo binário, primeiro a pena e depois medida de segurança. 
Questão 3
A suspensão condicional da pena é providência que evita a prisão de condenados a penas de duração curta, sendo certo que sua concessão depende do atendimento de certos requisitos. Neste tema, o que se entende por sursis humanitário? 
a)É aquele concedido na execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 anos, podendo ser suspensa por 2 a 4 anos, independentemente da situação pessoal do condenado. 
b) Entende-se por sursis humanitário aquele que beneficia pessoa com mais de 70 anos de idade, sendo aplicado a penas superiores a 2 anos, não ultrapassando 4 anos, no qual o período de prova é fixado entre 4 e 6 anos. 
c) É aquele disciplinado no Código Penal, aplicável mesmo que a pena definida seja superior a 2 anos, não superando 4 anos, se razões de saúde do condenado justificarem o benefício.
d) É aquele em que o agente é beneficiado com a suspensão condicional da pena em razão de questões humanitárias, tais quais, luto familiar, doenças graves de membros da família etc.
Questão 4
O indivíduo de personalidade e conduta social consideradas boas, condenado a pena privativa da liberdade não superior a dois anos e ao qual não seja indicada a mera substituição por qualquer das penas previstas no art. 44, do Código Penal faz jus a: 
a)Livramento condicional; 
b)Suspensão condicional do processo; 
c) Suspensão condicional da execução da pena. 
Questão 5
José, beneficiado com livramento condicional, comete novo crime doloso, pelo qual resultou condenado, em razão do que:
a) deve ter decretada a extinção da punibilidade da primeira condenação; 
b) deve cumprir o restante da pena, deduzido o período em que ficou em liberdade; 
c) deve cumprir a integralidade da primeira pena; 
d) pode obter novo livramento condicional quanto à primeira pena. 
Questão 6 
Assinale a alternativa correta de acordo com o Código Penal brasileiro (FEPESE - 2013 - DPE-SC): 
a)O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade inferior dois anos. 
b) Não será concedido livramento condicional para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa. 
c) Caso o liberado venha a ser condenado durante a vigência do benefício, revoga-se o livramento condicional. 
d) O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento. 
e) Revogado o livramento, a qualquer momento poderá o juiz da execução conceder novamente o benefício. 
Questão 7 
De acordo com entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça (FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça): 
a)incabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva. 
b) o período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo mínimo da pena cominada. 
c) inadmissível a determinação de exame criminológico pelas peculiaridades do caso. 
d) a falta grave interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional. 
e) vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena base. 
Questão 8
Assinale a alternativa correta relativamente ao tratamento dado pela legislação penal brasileira à Medida de Segurança (VUNESP - 2013 - TJ-RJ – Juiz). 
a)Enquanto a detentiva é obrigatória para fatos punidos com reclusão, a restritiva pode ser aplicada em caso de fatos punidos com detenção. 
b) Pode ser aplicada tanto a inimputáveis quanto aos semi-imputáveis, sempre por meio de sentenças absolutórias impróprias. 
c) Tem como pressuposto a periculosidade, de forma que pode ser aplicada ao inimputável ou semi-imputável que tenha praticado fato típico, mesmo que não antijurídico. 
d) A desinternação será sempre condicional, devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de dois anos, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. 
Questão 9
Sobre imputabilidade penal, analise as assertivas abaixo. (CETRO - 2012 - TJ-RJ - Titular de Serviços de Notas e de Registros). 
I-As medidas de segurança de internação ou tratamento ambulatorial serão sempre por tempo determinado. 
II. Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.
III. Ainda quando extinta a punibilidade, impõe-se medida de segurança, se necessária. É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I e II, apenas.
 
Questão 10
Quanto às medidas de segurança, é correto afirmar que (FCC - 2012 - TJ-GO – Juiz): 
a)são sujeitas à prescrição, mas não a outras causas de extinção da punibilidade. 
b) podem ser aplicadas independentemente da prática pelo agente de ilícito punível. 
c) podem substituir pena imposta ao agente considerado imputável no momento da condenação, se sobrevier doença mental no curso da execução. 
d) a desinternação será sempre incondicional. 
e) o juiz, enquanto não superado o prazo mínimo de duração da medida, não poderá ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade. 
Questão 11
Constituem causas de extinção da punibilidade relacionadas exclusivamente aos crimes de ação penal privada (FCC - 2013 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do Trabalho): 
a) o perdão do ofendido e o perdão judicial. 
b) a decadência e o perdão do ofendido. 
c) a renúncia e a perempção. 
d) a perempção e o perdão judicial. 
e) a renúncia e a decadência. 
Questão 12
No tocante às causas de extinção da punibilidade, pode-se dizer que a anistia (FUNCAB - 2013 - PC-ES): 
a) é individual, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer antes da sentença final. 
b) é geral ou parcial, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer depois da sentença final. 
c) opera efeitos ex tunc, pode ser condicionada ou incondicionada, geral ou parcial. 
d) pode ser aplicada aos crimes de tortura. 
e) atualmente pode ser aplicada aos crimes hediondos.
CASOS CONCRETOS DE 2016
PENAL II - Caso Concreto 15 - Gabarito
Questão 1)
Celso e Paulo Renato foram denunciados e absolvidos pela imputação de prática de
delitos ambientais previstos nos arts. 39, 44 e 64 da Lei n. 9.605/98 praticados, no dia
30/09/2010, consoante o disposto noart. 386, III, do Código de Processo Penal.
Inconformado com a decisão o Ministério Público estadual interpôs apelação criminal,
tendo a câmara criminal (Tribunal Regional Federal da --- Região), em julgamento
unânime, dado provimento ao pedido para condenar ambos os pacientes como incursos
nos art. 39, 44 e 64 da Lei n. 9.605/98 e, de ofício, declarar extinta a punibilidade em
relação às condutas descritas nos arts. 44 e 64 do mesmo diploma normativo, ficando a
sanção definitiva estabelecida em 1 (um) ano de detenção, substituída por prestação de
serviços à comunidade e multa.
Celso e Paulo Renato irresignados a com decisão proferida pelo Tribunal Regional
Federal da --- Região impetraram Habeas Corpus perante o Superior Tribunal e
pugnaram, no mérito, pela concessão da ordem, para o fim de que seja decretada a
extinção das punibilidades de ambos os pacientes, em relação a todos em face ocorrência
da prescrição penal.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre prescrição penal, responda de
forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
a) A partir da premissa de que a decisão do Tribunal a quo tenha transitado em julgado
para a acusação e que entre os marcos interruptivos não transcorreu o lapso de 4 (quatro)
anos, qual a espécie de prescrição de aplicável ao caso?
Por intermédio do reconhecimento da PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTORIA.
b) Qual o termo inicial da contagem do prazo da referida prescrição?
O termo inicial da prescrição da pretensão executória é a data do trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação, ainda que pendente de apreciação recurso interposto pela defesa que, em face do princípio da presunção de inocência, impeça a execução da pena. Isso porque o art. 112, I, do CP (redação dada pela Lei 7.209/1984).
c) Diferencie prescrição da pretensão punitiva de prescrição da pretensão executória.
Prescrição da Pretensão Punitiva : acontecido o fato surge para o estado à pretensão punitiva, ou seja, a persecução penal, que a faz por meio do poder  judiciário, que aplicara a direito penal objetivo, por meio da ação penal. Verifica-se desta maneira que o Estado é o titular da pretensão punitiva. Transitando em julgado a sentença condenatória a direito de punir transforma-se em direito de executar a sanção imposta pela sentença, seja ela pena ou medida de segurança. Na prescrição da pretensão punitiva, o Estado perde do direito de punir e ocorre antes da sentença de 1º instancia transitar em julgado, fazendo com que aconteça a extinção da punibilidade. Ela é regulada pela in abstrato, ou seja, aquela que o Código Penal (parte especial) comina, variando de acordo com o MAXIMO da pena imposta in abstrato, que deverá ser colocada em dos incisos do artigo 109 do Código Penal, para se verificar o prazo prescricional de cada fato típico e antijurídico.
Prescrição da Pretensão Executória : a prescrição da pretensão executória ocorre após o transito em julgado da sentença condenatória. O seu prazo é determinado pela pena imposta na sentença condenatória. O reconhecimento da prescrição da pretensão executória impede que o estado execute a pena ou medida de segurança imposta, subsistindo os efeitos da condenação, como custas, reincidência etc. Sendo que a mesma pode ser executada no juízo cível com o intuito de reparar os danos causados pelo ato lesivo. Os prazos de prescrição de acordo com o artigo 115 do código penal são reduzidos de metade, se na data do fato, ou seja, da execução do crime ou da contravenção, o agente era menor de 21 anos ou maior de 70 anos na data da sentença.
Questão n.2) Sobre o instituto da prescrição, assinale a alternativa correta:
a) É cabível a decretação da extinção da punibilidade do agente quando o
juiz verificar, ainda no curso da instrução processual, que a provável pena a
ser aplicada estará fulminada pelo advento da prescrição da pretensão
punitiva.
b) A prescrição da pretensão executória é regulada pela pena aplicada na
sentença condenatória transitada em julgado, não influindo, a reincidência do
agente, no cômputo de seu prazo.
c) A prescrição da pretensão executória é regulada pela pena aplicada na
sentença condenatória transitada em julgado, não influindo, a reincidência do
agente, no cômputo de seu prazo.
d) A agravação da pena pela reincidência não alcança a prescrição da
pretensão punitiva nem o prazo de prescrição da pena de multa.
PENAL II - Caso Concreto 14 - Gabarito
Questão 1.
(OAB EXAME UNIFICADO. DEZ/2011. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL –DIREITO PENAL. QUESTÃO N.3. MODIFICADA).
Jaime, brasileiro, solteiro, nascido em 10/11/1982, praticou, no dia 30/11/2000, delito de
furto qualificado pelo abuso de confiança (art. 155, parágrafo 4º, II, do CP). Devidamente
denunciado e processado, Jaime foi condenado à pena de 4 (quatro) anos e 2 (dois) meses
de reclusão. A sentença transitou definitivamente em julgado no dia 15/01/2002, e o
término do cumprimento da pena se deu em 20/03/2006. No dia 24/03/2006, Jaime
subtraiu um aparelho de telefone celular que havia sido esquecido por Lara em cima do
balcão de uma lanchonete. Todavia, sua conduta fora filmada pelas câmeras do
estabelecimento, o que motivou o oferecimento de denúncia, por parte do Ministério
Público, pela prática de furto simples (art. 155, caput, do CP). A denúncia foi recebida
em 14/04/2006, e, em 18/10/2006, Jaime foi condenado à pena de 1 (um) ano de reclusão
e 10 (dez) dias-multa. Foi fixado o regime inicial aberto para o cumprimento da pena
privativa de liberdade, com sentença publicada no mesmo dia.
Com base nos dados acima descritos, bem como atento às informações a seguir
expostas, responda fundamentadamente:
a) Suponha que a acusação tenha se conformado com a sentença, tendo o trânsito em
julgado para esta ocorrido em 24/10/2006. A defesa, por sua vez, interpôs apelação no
prazo legal. Todavia, em virtude de sucessivas greves, adiamentos e até mesmo perda dos
autos, até a data de 20/10/2010, o recurso da defesa não tinha sido julgado. Neste caso,
qual a tese defensiva a ser apresentada para fins de exclusão da responsabilidade jurídico penal da conduta de Jaime?
 Ingressar com habeas corpus com fulcro no art. 648, VII, do CPP (extinção de punibilidade – art.107, IV, do CP), ou com mera petição diretamente dirigida ao relator do processo, considerando-se que a prescrição é matéria de ordem pública e pode até ser conhecida de ofício. O argumento a ser utilizado é a ocorrência de prescrição da pretensão punitiva superveniente/intercorrente/subsequente (causa extintiva de punibilidade), pois, já ciente do máximo de pena in concreto possível, qual seja, 1 ano e 10 dias-multa, o Estado teria até o dia 17/10/2010 para julgar definitivamente o recurso da defesa, o que não ocorreu, nos termos dos arts. 109, V; 110, §1º; e 117, I e IV, todos do CP. Vale lembrar que a prescrição da pretensão punitiva superveniente pressupõe o trânsito em julgado para a acusação (tal como ocorreu na espécie) e é contada a partir da publicação da sentença penal condenatória, último marco interruptivo da prescrição relacionado na questão. Vale ressaltar que não basta o candidato mencionar que houve prescrição. Tem que ser específico, dizendo ao menos que se trata de prescrição da pretensão punitiva.
b) A situação seria diferente se ambas as partes tivessem se conformado com o decreto
condenatório, de modo que o trânsito em julgado definitivo teria ocorrido em 24/10/2006,
mas Jaime, temeroso de ficar mais uma vez preso, tivesse se evadido tão logo teve
ciência do conteúdo da sentença, somente tendo sido capturado em 25/10/2010?
 Sim, a situação seria diferente, pois neste caso não haveria prescrição da pretensão executória  nem outra modalidade qualquer. Como Jaime é reincidente, já que o 2º furto foi cometido após o trânsito em julgado definitivo de sentença que lhe condenou pelo 1º furto (art. 63 do CP), a prescrição da pretensão executória tem seu prazo acrescido de 1/3, de acordo com o artigo 110do CP. Assim, o Estado teria até 23/02/2012 para capturar Jaime, nos termos dos arts. 110 caput e 112, I, do CP.
Questão n.2)
(OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO FEV. 2012. TIPO 1 . BRANCO.QUESTÃO 64)
No dia 18/10/2005, Eratóstenes praticou um crime de corrupção ativa em transação
comercial internacional (Art. 337-B do CP), cuja pena é de 1 a 8 anos e multa.
Devidamente investigado, Eratóstenes foi denunciado e, em 20/1/2006, a inicial
acusatória foi recebida. O processo teve regular seguimento e, ao final, o magistrado
sentenciou Eratóstenes, condenando-o à pena de 1 ano de reclusão e ao pagamento de dez
dias-multa. A sentença foi publicada em 7/4/2007. O Ministério Público não interpôs
recurso, tendo, tal sentença, transitado em julgado para a acusação. A defesa de
Eratóstenes, por sua vez, que objetivava sua absolvição, interpôs sucessivos recursos. Até
o dia 15/5/2011, o processo ainda não havia tido seu definitivo julgamento, ou seja, não
houve trânsito em julgado final. Levando-se em conta as datas descritas e sabendo-se
que, de acordo com o art. 109, incisos III e V, do Código Penal, a prescrição, antes de
transitar em julgado a sentença final, verifica-se em 12 (doze) anos se o máximo da pena
é superior a quatro e não excede a oito anos e em 4 (quatro) anos se o máximo da pena é
igual a um ano ou, sendo superior, não exceda a dois, com base na situação apresentada, é
correto afirmar que:
a) não houve prescrição da pretensão punitiva nem prescrição da pretensão
executória, pois desde a publicação da sentença não transcorreu lapso de tempo
superior a doze anos.
b) ocorreu prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois, após a data da
publicação da sentença e a última data apresentada no enunciado, transcorreu lapso
de tempo superior a 4 anos.
c) ocorreu prescrição da pretensão punitiva superveniente, que pressupõe o
trânsito em julgado para a acusação e leva em conta a pena concretamente imposta
na sentença.
d) não houve prescrição da pretensão punitiva, pois, como ainda não ocorreu o
trânsito em julgado final, deve-se levar em conta a teoria da pior hipótese, de
modo que a prescrição, se houvesse, somente ocorreria doze anos após a data do
fato.
Questão n.3)
Com relação prescrição da pretensão punitiva do Estado, assinale a alternativa
INCORRETA:
a) o prazo da prescrição da pretensão punitiva nos crimes contra a dignidade
sexual de crianças e adolescentes terá por termo inicial a data em que a vítima
completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação
penal.
b) o prazo da prescrição da pretensão punitiva nos crimes permanentes terá por
termo inicial o dia em que cessou a permanência.
c) as circunstâncias judiciais, as circunstâncias agravantes e atenuantes
genéricas são consideradas para fins de cálculo da prescrição da pretensão
punitiva.
d) Consoante entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a reincidência não
influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva.
PENAL II - Caso Concreto 13 - Gabarito
Questão n.1)
Maria Victória e Carlos Alberto, jovem casal residente no interior de Minas
Gerais, há alguns anos tentava, sem êxito, ter filhos. Determinada noite, enquanto
retornava de sua clínica veterinária, o casal foi abordado por uma jovem desconhecida,
aparentando não mais que vinte anos e que, aos prantos colocou um bebê recém-nascido
no colo de Maria Victória e saiu correndo. Carlos Alberto ainda tentou alcançá-la, bem
como a procurou por diversos dias sem, contudo, encontrá-la. Passado um mês com o
bebê em casa e temendo pela sua saúde, Maria Victória e Carlos Alberto decidiram por
“adotá-lo” e, para tanto, o registraram como seu filho – Carlos Alberto V. Júnior.
Passados 20 anos do fato, o casal é procurado por Alex Sandro, caminhoneiro,
que se apresenta como suposto pai de Júnior. Sustenta Alex Sandro ter conhecido
Lynildes, mãe biológica de Júnior, em uma cidade próxima durante uma festa na qual se
apaixonaram, mas que, infelizmente, Lynildes desaparecera e nada contara sobre a
gravidez, descoberta por ele há pouco mais de dois meses e que, portanto, lutaria pelo
reconhecimento de Júnior como seu filho e não de Maria Victória e Carlos Alberto.
A partir da premissa de que o casal foi pronunciado pela suposta prática dos
delitos de parto suposto e registro de filho alheio como próprio, previstos no art. 242,
caput, do Código Penal, com base nos estudos realizados sobre a teoria da pena, poderá o
casal sustentar em tese defensiva a ocorrência de alguma causa extintiva de punibilidade?
Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: A tese defensiva deveria se basear no perdão judicial, que tem previsão para sua aplicação no crime de registrar como seu filho de outrem se reconhecida a nobreza do casal quase concedido pelo juiz acarretaria a extinção da punibilidade.
Questão n.2) Com relação às causas extintivas de punibilidade, assinale a opção
INCORRETA:
a) a renúncia configura a falta de interesse do ofendido em exercer o
direito de queixa, portanto, antes da propositura da ação penal,
diferentemente do perdão do ofendido, que ocorre no curso da ação
penal.
b) o perdão judicial configura direito público subjetivo do réu de
caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em
circunstâncias expressamente previstas em lei.
c) a sentença que conceder perdão judicial será considerada para
efeitos de reincidência.
d) caso sejam reconhecidas antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória desaparecerão todos os efeitos do processo ou da
sentença condenatória.
Questão n.3) (UnB/CESPE – TJCE/2012. JUIZ SUBSTITUTO)
Antenor e Braz, ambos com dezenove anos de idade, planejaram, em comum acordo,
furtar bens dos pais de Antenor, quando estes estivessem trabalhando. Na data
combinada, os agentes subtraíram joias e dinheiro, no valor total de R$ 5.000,00, da
residência do casal, local onde reside Antenor. Os pais de Antenor contam, cada um,
cinquenta e cinco anos de idade. Com base nessa situação hipotética e no que dispõe o
CP, assinale a opção correta:
a) Antenor e Braz estariam isentos de pena caso os valores subtraídos não
ultrapassassem o de um salário mínimo.
b) Caso Braz seja primário, o juiz pode diminuir a pena de um a dois terços, ou
aplicar-lhe somente multa.
c) Independentemente da quantia e da utilidade dos bens subtraídos, Antenor
está isento de pena.
d) A ação penal, no caso, será pública condicionada à representação das vítimas
da ação delituosa.
e) Por expressa disposição do CP, não há tipicidade material na ação de Antenor
e Braz.
PENAL II - Caso Concreto 12 - Gabarito
Questão n. 1) Considere que uma mulher, maior e capaz, chegue a casa, logo após ter sido demitida, e, nervosa, agrida, injustificada e intencionalmente, seu filho de dois anos de idade, causando - lhe lesões corporais de natureza leve. Nessa situação hipotética, caso essa mulher seja condenada pela referida agressão após o devido processo legal, a decretação de sua incapacidade para o exercício do poder familiar, nos termos do Código Penal, poderá incidir como efeito da condenação? CESPE - 2013 - Polícia Federal - Delegado de Polícia. MODIFICADA.).
Sim, conforme art. 92,II CP - perda de tutela.
Questão n. 2) No que diz respeito à reabilitação, é correto afirmar que: (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário - Área Judiciária)
a)     se o condenado for reincidente, somente poderá ser requerida decorridos 5 (cinco) anos do dia em que for extinta a pena ou encerrar a sua execução.
b)    é admissível no caso de ter sido decretada a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva.
c)    será revogada caso o reabilitado seja condenado, por sentença definitiva, a pena que não seja restritiva de direitos.
d)    faz com que fiquem suspensos condicionalmente alguns efeitos penais da condenação e, se revogada, ficam eles restabelecidos.
e)     um dos requisitos para a sua concessão é não ter o condenado,nos últimos dois anos, mudado de domicílio sem comunicar o Juízo.
Questão n. 3) Assinale a opção correta no que se refere a reabilitação. (CESPE - 2007
- TJ-TO - Juiz);
a) Considere que Marcelo tenha sido condenado por crime de furto qualificado e que
tenha sido reabilitado após regular cumprimento da pena e decurso do prazo legal.
Considere, ainda, que, após a reabilitação, ele tenha cometido novo crime, nessa vez, de
estupro. Nessa situação, o juiz, ao proferir sentença condenatória contra Marcelo pela
prática do crime de estupro, não poderá considerá-lo reincidente por causa do furto
qualificado anteriormente praticado.
b) Para fins de reabilitação, é desnecessária, em caso de crime contra o patrimônio, a
análise de ressarcimento do dano causado pelo crime.
c) A prescrição da pretensão punitiva do Estado não impede o pedido de reabilitação.
d) Sendo o reabilitado condenado exclusivamente a pena de multa, a
reabilitação não será revogada.
CASO CONCRETO 11 
Questão n.1
 - Celidônio Alves, denunciado como incurso na prática do delito previsto no art. 217-A c.c art. 225, parágrafo único, ambos do Código Penal, foi absolvido impropriamente, tendo sido imposta consectária medida de segurança de internação com fulcro no art. 386, inc. VI, do Código de Processo Penal. Inconformada com a decisão, a defesa interpôs recurso de apelação e, nas suas razões, alegou que a medida de internação aplicada não obedecia à necessária individualização da pena, bem como ressaltou que o réu ficaria afastado de sua família, o que prejudicaria sua recuperação, razão pela qual postulou a aplicação de tratamento ambulatorial ao acusado e fixação de tempo mínimo para a aplicação da medida de segurança. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda, fundamentadamente, se o pedido deverá ser provido.
Não, porque conforme art. 97 do CP em crime punido com Pena de Redução como é o caso de estupro de vulnerável, a medida de Segurança apropriada é de internação.
Questão n.2
 - Marcelo foi condenado à pena privativa de liberdade de 14 anos e 6 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, como incurso nas
sanções do art.121§2º incisos II e III, do Código homicídio qualificado pelo motivo fútil e praticado mediante asfixia. Após o cumprimento de dez meses de pena, o sentenciado foi acometido de doença mental, razão pela qual a pena privativa de liberdade foi convertida em medida de segurança, na modalidade de internação. Ante o exposto, é correto afirmar que a medida de segurança perdurará até a cessação da periculosidade do agente averiguada:
 a) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal. 
b) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, desde que, respeitado o prazo máximo de trinta anos para o cumprimento de sanção penal reclusiva.
c) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal e terá como parâmetros para o prazo de cumprimento os estabelecidos à pena privativa de liberdade, ou seja, o período residual desta.
d) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, independentemente do período residual desta.
Questão n.3
 - (DEFENSOR PÚBLICO SP/2006) É correto afirmar: a) nos termos do Código Penal, para o semi-imputável o juiz primeiro deve fixar o quantum da pena privativa de liberdade diminuída e depois substituí-la por medida de segurança que, nesse caso, só pode ser de tratamento ambulatorial.
b) nos termos do Código Penal, em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.
c) nos termos da Lei de Execução Penal se, no curso ad execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental, o juiz poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança, que deverá ser cumprida no próprio presídio. 
d) o Código Penal adotou o sistema do duplo binário e, portanto, em caso de condenação à pena privativa de liberdade e imposição de medida de segurança o agente deve primeiro cumprir a pena e, após, ser transferido para hospital de custódia e tratamento psiquiátrico para cumprir a medida de segurança.
CASO CONCRETO 10 
Questão n.1
 - Cleyton Neves foi condenado à pena de 3 (três) anos e 4 (quatro) meses de reclusão a ser cumprida em regime inicialmente fechado pelo tráfico de 73 g de maconha, 23 g de cocaína e 7 g de crack, tendo sua conduta prevista no art.33, caput, da lei n.11343/2006, crime equiparado a hediondo.
 Inconformado com a decisão interpôs recurso de apelação com vistas à substituição da privativa de liberdade por restritiva de direitos e a fixação de regime menos gravoso, o que foi negado pelo Tribunal de Justiça Estadual. 
Cleyton Neves, então, interpôs habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça com vistas à substituição da privativa de liberdade por restritiva de direitos e sucessivamente, a concessão da suspensão condicional da execução da pena imposta. 
A Corte superior negou a ordem em relação à substituição de penas, pois entendeu que o paciente não atendia aos requisitos subjetivos estabelecidos pelo art.44, do Código Penal.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada sobre a possibilidade da concessão do sursis pela Corte 
.
Não cabe PRD ou SURSIS (pena de 12 anos) conforme Art 77 do CPB.
** São os seguintes os requisitos para a substituição de PPL em PRD 
 (segundo o art. 44 do Código Penal): a) pena privativa de liberdade aplicada não superior a 4 anos (no caso de crime doloso) e o crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa; b) não há limite de pena se o crime é culposo; c) não reincidência em crime doloso, salvo o disposto no § 3º (caso o condenado seja reincidente, poderá haver substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime); d) culpabilidade, antecedentes, conduta social e personalidade do condenado, motivos e circunstâncias indicarem que a substituição é suficiente.
** SURSIS 
 é o mesmo que suspensão condicional da execução da pena é o instituto que permite ao juiz, em vez de ordenar ao condenado o cumprimento de pena de pequena duração, suspendê-la por período, chamado período de prova.
Aplica-se à execução da pena privativa de liberdade, não superior a dois anos, podendo ser suspensa, por dois a quatro anos, desde que: o condenado não seja reincidente em crime doloso; a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; não seja indicada ou cabível a substituição por penas restritivas de direitos. Veja Arts. 77 a 82 do Código Penal e Arts. 156 a 163 da Lei de Execução Penal.
Questão n.2
 - A respeito do benefício da suspensão condicional da execução da pena, assinale a afirmativa incorreta. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO –TIPO 01–BRANCA) 
a) Não exige que o crime praticado tenha sido cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa. 
b) Não pode ser concedido ao reincidente em crime doloso, exceto se a condenação anterior foi a pena de multa. 
c) Somente pode ser concedido se não for indicada ou se for incabível a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos.
d) Sobrevindo, durante o período de prova, condenação irrecorrível por crime doloso, o benefício será revogado, mas tal período será computado para efeitos de detração.
Questão n.3
- Com relação aos institutos da suspensão condicional da execução da pena (sursis) e livramento condicional, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão da suspensão condicional da pena.
 b) É admissível a suspensão condicional da pena,mesmo em se tratando de condenado reincidente em crime culposo.
c) É vedado ao juiz especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão da pena, além daquelas previstas no Código Penal.
d) Uma das diferenças entre a suspensão condicional da pena e o livramento condicional refere-se ao período de prova, que para a primeira dura de dois a quatro ou de quatro a seis anos, enquanto que para o segundo corresponde ao restante da pena a ser cumprida
CASO CONCRETO 9 
Questão n.1
 - (OAB EXAME UNIFICADO. DEZ/2011. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL –DIREITO PENAL. QUESTÃO N.2. MODIFICADA). 
Joaquina, ao chegar à casa de sua filha, Esmeralda, deparou-se com seu genro, Adaílton, mantendo relações sexuais com sua neta, a menor F.M., de 12 anos de idade, fato ocorrido no dia 2 de janeiro de 2011. Transtornada com a situação, Joaquina foi à delegacia de polícia, onde registrou ocorrência do fato criminoso. Ao término do Inquérito Policial instaurado para apurar os fatos narrados, descobriu-se que Adaílton vinha mantendo relações sexuais com a referida menor desde novembro de 2010. Apurou-se, ainda, que Esmeralda, mãe de F.M., sabia de toda a situação e, apesar de ficar enojada, não comunicava o fato à polícia com receio de perder o marido que muito amava.
 A partir da premissa de que Adaílton praticou o delito de estupro de vulnerável majorado pelo fato dele ser padrasto de F.M (art.217-A c.c. art. 226, II, ambos do Código Penal), responda de forma objetiva e fundamentada, com base nos estudados realizados, às questões propostas:
 a) Esmeralda praticou crime? Em caso afirmativo, qual?
Sim, pois Esmeralda era agente garantidora do menor, portanto tinha obrigação de impedir o resultado. Cometeu o crime comissivo por omissão
b) Considerando que o Inquérito Policial já foi finalizado, deve a avó da menor oferecer queixa-crime?
Não, pois se trata de ação pública incondicional, portanto cabe ao ministério público oferecer a denúncia.
Questão n.2
 - Um professor na aula de Processo Penal esclarece a um aluno que o Ministério Público, após ingressar com a ação penal, não poderá desistir dela, conforme expressa previsão do Art. 42 do CPP. O professor estava explicando ao aluno o princípio da: (X EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 01–BRANCA)
a) indivisibilidade.
b) obrigatoriedade.
c) indisponibilidade.
d) intranscedência.
Questão n.3
 - Fernanda, durante uma discussão com seu marido Renato, levou vários socos e chutes. Inconformada com a agressão, dirigiu-se à Delegacia de Polícia mais próxima e narrou todo o ocorrido. Após a realização do exame de corpo de delito, foi constatada a prática de lesão corporal leve por parte de Renato. O Delegado de Polícia registrou a ocorrência e requereu as medidas cautelares constantes no Artigo 23 da Lei nº 11.340/2006. Após alguns dias e com objetivo de reconciliação com o marido, Fernanda foi novamente à Delegacia de Polícia requerendo a cessação das investigações para que não fosse ajuizada a ação penal respectiva.
 Diante do caso narrado, de acordo com o recente entendimento do Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO –TIPO 01–
 BRANCA) 
a) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é condicionada à representação. Desta forma, é possível a sua retratação, pois não houve o oferecimento da denúncia.
b) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é pública incondicionada, sendo impossível interromper as investigações e obstar o prosseguimento da ação penal.
c) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é pública incondicionada, mas é possível a retratação da representação antes do oferecimento da denúncia. 
d) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é pública condicionada à representação, mas como os fatos já foram levados ao conhecimento da autoridade policial será impossível impedir o prosseguimento das investigações e o ajuizamento da ação pena.
CASO CONCRETO 8 
1) Sobre o concurso material de crimes, assinale a assertiva correta: (Exame de Ordem
 –
 1ª Fase. OAB/RS.2007)
a) Trata-se da hipótese em que o agente, por meio de um único golpe, atinge a integridade física de várias pessoas, querendo os resultados diversos. 
b) Trata-se da hipótese em que o agente coloca uma bomba em um avião para matar apenas um passageiro e, quando a aeronave está ar, detona-a, matando todos os que estavam a bordo.
c) Trata-se da hipótese em que o agente dispara dois tiros, que atingem pessoas diferentes, querendo ambos os resultados.
d) Trata-se da hipótese em que o agente pratica diversas ações (e, por conseguinte, vários tipos) nas mesmas condições de tempo, lugar, modo de execução e outras semelhantes, perfazendo, pelo seu conjunto, um único crime.
2) Francisco teve seu carro furtado. Soube, por testemunhas, que o autor da subtração foi Fernando. No dia seguinte, localizou-o numa via pública do bairro, dirigindo o veículo subtraído, e o abordou. Fernando desferiu-lhe vários golpes com uma barra de ferro, causando-lhe ferimentos graves, deixando, a seguir, o local com o automóvel que subtraíra. Diante disso, Fernando cometeu crime de: (Promotor de Justiça/ PE)
a) furto e crime de lesões corporais graves, em concurso material
b) roubo impróprio. c) roubo qualificado pelo resultado, em virtude de ter resultado lesões corporais graves. d) furto tentado e crime de lesões corporais graves, em continuação. e) roubo simples e crime de lesões corporais graves, em concurso material.
3) Segundo o Código Penal (CP) brasileiro, quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, em vez de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, ele deve responder como se tivesse praticado o crime contra aquela. No caso de ser, também, atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do: (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase)
a) concurso material.
b) concurso formal.
c) crime continuado. 
d) crime habitual.
4) João ingressou em um Shopping Center, tarde da noite, burlando a vigilância do local. Invadiu cinco lojas de proprietários diversos, valendo-se, para tanto, de chaves falsas. De cada uma das lojas, subtraiu inúmeras peças de roupas. Após a ação, deixou o local e foi preso passada meia hora, abordado por policiais militares que estranharam o volume de pacotes que carregava. João foi denunciado e condenado por cinco furtos qualificados. Na fixação da pena, o Juiz deve considerar as condutas como praticadas:
a) em concurso formal.
b) como crime continuado.
c) como crime único. 
d) em concurso material.
5) Assinale a opção correta com base nos princípios de direito penal na CF: (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase).
a) O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência da pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege. b) Segundo a CF, é proibida a retroação de leis penais, ainda que estas sejam mais favoráveis ao acusado. c) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas até os sucessores e contra eles executadas, mesmo que ultrapassem o limite do valor do patrimônio transferido.
d) O princípio da humanidade veda as penas de morte, salvo em caso de guerra declarada, bem como as de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e as cruéis.
6) Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, intimado a pagar a pena de multa que lhe fora fixada, mas não o fazendo, o condenado poderá: (Exame de Ordem Cespe/UnB. Março 2008):
a) Ter a pena de multa convertida em pena privativa de liberdade.
b) Ter sua dívida inscrita na fazenda pública, com a consequente execução fiscal.
c) Ter sua pena de multa convertida em pena restritiva de direitos. d) Ter o valor da pena de multa aumentado
7) Sobre a prestação de serviços

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