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DIREITO ADMINISTRATIVO AULAS DIGITADAS

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DIREITO ADMINISTRATIVO – 1º BIMESTRE
Dalila Duarte, Francimildes Queiróz, Mariana Nogueira e Milena Lima
13.01
LICITAÇÕES
Visa garantir 3 valores: Isonomia, Probidade e Desenvolvimento Sustentável Nacional. Isonomia significa garantir igualdade de condições, a Adm Publica não pode privilegiar, tampouco prejudicar os participantes das licitações que são os interessados em contratar com o poder publico. A probidade significa que o poder publico tem que escolher a melhor alternativa para garantir o interesse publico, probidade é uma licitação lícita, sem fraude, deve ocorrer de modo probo, e desta forma, a proposta selecionada garante o desenvolvimento nacional.
Finalidades da licitação: permitir a melhor contratação possível, possibilitar que qualquer interessado possa participar da seleção.
Conceito: Licitação é o procedimento administrativo por meio do qual o poder publico, mediante critérios preestabelecidos, isonômicos e publicos visa escolhera melhor alternativa para a celebração de um ato jurídico.
Objeto: Esta lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compra, alienação e locações no âmbito dos Poderes da União, Estados, DF e Municípios (art. 1º da lei 8666/93).
Competência para legislar em matéria de licitação: UNIÃO (CF, ART. 22, XXVII – A União possui competência privativa para legislar sobre normas GERAIS, é o que dispõe a CF, porém, a União não possui competência privativa para legislar sobre normas específicas, pois sobre essas normas a competência é concorrente.
Fundamentos Constitucionais da Licitação:Art. 37, XXI: A AdmPca direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, DF e Mun obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e também, ao seguinte: ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras, alienações serão contratados mediante processo de licitação pbca que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas das propostas, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. Art. 173 §1, III e art. 175, CF.
Legislação Infraconstitucional: decreto-lei nº 200/67 (reforma adm federal) dispunha sobre licitação, mas fora revogado pelo DC 2300/86 e este revogado pela lei 8666/93. Obs.: a lei é centrada em licitações de obras pbcas e serviços de engenharia tratando, superficialmente, de obras não pbcas e serviços de não engenharia. A lei em tela estabelece normas GERAIS que se aplicam no âmbito da União, Estados, DF e Mun.
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo - LICITAÇÕES PÚBLICAS
Considerações Gerais:
É procedimento prévio realizado de forma obrigatória pela adm. pub. para suas contratações. 
CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Este dispositivo estabelece hipótese excepcional de celebração de contratos administrativos sem a realização de licitações – denominada contratação direta – entretanto, a regra é que sempre haja prévio procedimento licitatório.
CF, Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Lei nº 8.666/93, Art. 1o  Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único.  Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2o  As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
CF, Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (...).
O estatuto a que se refere o §1º do art. 173 nunca foi criado, assim, segundo jurisprudências, as entidades estatais que explorem atividades econômicas em sentido estrito não se sujeitam a licitação quando o contrato que pretendem celebrar tenha objeto relacionado às atividades-fim da entidade. A própria lei 8.666/93 em seu art. 17, II, “e”, dispensa a licitação no caso específico das alienações de bens que sejam produzidos pelas entidades como sua atividade-fim. Diferentemente das entidades prestadoras de serviços públicos que são obrigadas a licitar. 
Competência para Legislar
A competência para legislar sobre normas gerais aplicáveis a licitações e contratos administrativos é de competência privativa da União, tais normas possuem caráter nacional – art. 22, XXVII, CF.
Por outro lado, os Estados, o DF e os Municípios possuem competência concorrente para legislar sobre questões especificas acerca de licitações e contratos administrativos, independente de autorização de quem quer que seja, desde que não contrariem as normas gerais – art. 22, XXVII, CF.
Conceito
Licitação é procedimento administrativo, de observância obrigatória pelas entidades governamentais, em que, observada a igualdade entre os participantes, deve ser selecionada a melhor proposta dentre as apresentadas pelos interessados em com elas travar determinadas relações de conteúdo patrimonial, uma vez preenchidos os requisitos mínimos necessários ao bom cumprimento das obrigações a que eles se propõem. 
Assim sendo, é uma disputa isonômica na qual será selecionada a proposta mais vantajosa aos interesses da adm. pub., garantindo igualdade de condições entre os participantes no procedimento licitatório.
Por meio da Lei 12.349/10 o legislador ordinário conferiu uma interpretação elástica a essa noção de igualdade, possibilitando que sejam concedidas grandes vantagens competitivas a empresas produtoras de bens manufaturados nacionais ou prestadoras de serviços nacionais, que atendam a normas técnicas brasileiras – a lei chama de “margem de preferência”. A lei 12.349 modificou o art. 3º da lei 8.666, assim, hoje ele assevera que “a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração (probidade) e a promoção do desenvolvimentonacional sustentável”. 
Dia 15/01
PROCEDIMENTO LICITATÓRIO
Na aula passada eu falei pra vocês que licitação ou procedimento licitatório é o procedimento administrativo, portanto, uma sequência de atos administrativos, encadeados segundo os ditamos legais, que visa através da preservação do princípio da isonomia, ou seja, preservar o valor da igualdade, selecionar a proposta mais vantajosa para o estado, selecionar a proposta que se identifica com o valor da probidade. Selecionar a proposta mais vantajosa para o estado, visando a atender o interesse público. Interesse público materializado, por exemplo, na contratação de obras, serviços, aquisição de bens indispensáveis à administração pública ou seus respectivos órgãos, sempre através desse procedimento, chamado procedimento licitatório.
Falei também que o procedimento licitatório preserva três valores. 1) Isonomia, que quer dizer que o procedimento garante que quaisquer interessados possam participar livremente desde que preencham os requisitos exigidos em lei do certame, da contratação para o estado. Essa isonomia é uma garantia de que não haverá favoritismos, nem perseguições pela administração pública ou pelo gestor público. Deve-se preservar também o princípio da Igualdade (2), ou seja, a licitação, esse procedimento visa, efetivamente, selecionar a proposta que é mais vantajosa para a administração. E o que é mais vantajoso para a licitação? Depende do que está estabelecido no instrumento convocatório, que pode ser o edital ou a carta convite, lá nós temos diversos critérios, por exemplo, menor preço; menor preço e melhor técnica; melhor técnica e maior lance ou oferta. Então, mais vantajoso é selecionar a proposta que preserva o interesse público e onde está representado o que é mais vantajoso é no instrumento convocatório, que estabelece os critérios da seleção. E mais, o procedimento licitatório garante o Desenvolvimento Nacional Sustentável (3), o cumprimento da lei e a observância do procedimento administrativo visa, efetivamente, utilizar de modo coerente o dinheiro público e, cumprindo os ditames legais, haverá a certeza de que o dinheiro público será utilizado em benefício do crescimento nacional.
Essa lei é a Lei 8.666/93 é a lei de licitações e contratos administrativos. Ela se aplica a quem? Quem deve cumprir e observar os ditames da lei 8.666? A União? Sim. Os estados membros? Sim, e os municípios devem cumprir com a lei 8.666. E o DF? Também deve cumprir a lei.
O art. 1º da lei 8.666 estabelece que a lei de licitações regulamentará, através de noras gerais, previsão de contratações pelo poder público que abrange a União, os Estados, o DF e os Municípios. Todos os entes federativos seus respectivos órgãos deveram observar a lei de licitações. Lei 8.666/93, Art. 1o- Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Isso não afasta a possibilidade de Estados e Municípios legislarem sobre temas específicos atinentes aos seus interesses, desde que não sejam normas gerais. Porque a competência para legislar sobre normas gerais de licitações e contratos administrativos é da União. Isso não afasta as competências legislativas estaduais ou municipais, desde que não sejam normas gerais, e sim, que sejam normas específicas. 
Nós temos, por exemplo, o Pará ou o Amazonas que possuem dimensões muito grandes, onde existem peculiaridades próprias de cada uma dessas localidades, assim como em outros estados do Sul. Essas peculiaridades poderão ser atendidas através de normas específicas, desde eu elas não ofendam a lei geral de licitações. O que são essas normas gerais? São normas, por exemplo, como modalidades licitatórias; tipos de licitação; hipóteses de dispensa e inexigibilidade. Por exemplo, um município do interior do Pará não poderá criar uma nova hipótese de dispensa de licitação ou uma nova hipótese, não prevista na lei 8.666, de inexigibilidade de licitação, ou seja, de contratação direta. Não poderá criar um novo modelo licitatório, além dos que nós conhecemos – concorrência; tomada de preços; convite; leilão; pregão -, ou seja, não poderá criar uma nova modalidade porque a competência para legislar sobre normas gerais é da União.
PRINCÍPIOS DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO
Nós tínhamos uma concepção de que os princípios serviam apenas para integrar a norma; corrigir eventuais lacunas da lei e solucionar conflitos aparentes de normas. Princípio é um mandamento nuclear no sistema que presta coerência e harmonia ao sistema jurídico, serve de parâmetro interpretativo, integrativo e teria uma função normogenética (função de criar normas). Os princípios são normas, tem força normativa, os princípios são normas jurídicas de conteúdo aberto, diferente das regras que são normas jurídicas de conteúdo fechado.
No Direito Administrativo nós temos princípios gerais e temos princípios aplicáveis a alguns institutos. Vamos ver que temos princípios exclusivos do procedimento licitatório, temos princípios específicos das concessões e permissões, temos princípios específicos dos serviços públicos. Temos princípios gerais e princípios específicos.
Quais são os princípios gerais da Administração Pública? LIMPE – Legalidade; Impessoalidade; Moralidade; Publicidade; e Eficiência. Nós temos princípios específicos do procedimento licitatório, vamos ver: Vinculação ao instrumento convocatório; Princípio do julgamento objetivo das propostas; Princípio do sigilo das propostas; princípio da probidade e Princípio da competitividade.
1 - Legalidade; Impessoalidade e Publicidade – no semestre passado vimos que, para a administração, a concepção de legalidade é distinta da concepção do direito privado. No direito público legal é tudo que a lei determina, isso quer dizer que o agente público vai atuar segundo o que a lei determina. Qualquer atuação que fuja ao que a lei determina é uma atuação ilegal. No direito privado não, ainda que não haja uma regulamentação específica sobre aquela conduta que eu vou tomar, eu posso fazer desde não ofenda a lei, se não é ilegal eu posso fazer. O princípio da legalidade anuncia que a atuação da administração pública sempre será substanciada em lei, sempre será fundamentada em lei em sentido amplo. Administrar é aplicar a lei de ofício.
Impessoalidade tem três acepções trabalhadas no semestre passado: a) impessoal seria a atuação da administração pública considerada neutra, onde não há favoritismo nem perseguições, atuação neutra, imparcial da adm. pública, que preserva, portanto, a igualdade dos indivíduos, ou seja, dos administrados; b) outra concepção de impessoalidade, ligada a ideia de finalidade, impessoal seria a atuação da administração pública que visava uma finalidade que atende o interesse público, se a atuação da adm. pública visar uma finalidade que não atenda ao interesse público fere o princípio da impessoalidade; c) a outra acepção era a ideia da teoria do órgão, princípio da impessoalidade demonstraria que a administração, quando atua, atua pelos seus órgãos e agentes e estes não atuam em nome próprio, atuam em nome da administração, portanto, na hipótese de danos aos indivíduos ou a coletividade, quem será responsabilizado não é o agente e sim a pessoa jurídica à qual ele está vinculado, ou seja, o estado, o município ou a União, o que não impede a ação de reparação promovida pelo estado, pelo ente, em regresso contra o servidor caso seja comprovado a culpa ou o dolo dele. Já a responsabilidade do Estado, vamos ver esse semestre, ela é objetiva, não s procura a ideia de culpa ou dolo.
Princípio da Publicidade anuncia o dever de transparência da adm. pública, ou seja, ao atos administrativos não devem ser sigilosos, pelo contrário, eles devem ser transparentes. Hoje nós temos uma lei específica que veio intensificar esse dever de transparência da adm. pública. Nós temos o portal da transparênciado Tribunal de Contas, da CGU (Companhia Geral da União). Então, esse princípio anuncia o dever da transparência, não quer dizer que todos os atos administrativos precisam ser publicados em diários e sim disponibilizados ao acesso.
Nas licitações é a mesma coisa. O procedimento licitatório não deve garantir que todos os interessados que possam participar? Pra que eu saiba que existe uma licitação, ela precisa ser publicizada. O que acontece muito no interior é que o cara não divulga a licitação, só quem fica sabendo é o cunhado, o amigo ou a amiga. Isso fere o princípio da publicidade, muitas licitações são anuladas pela justiça em razão de descumprir o princípio da publicidade. Quando isso ocorre? Quando se suprime a divulgação da abertura do edital ou a divulgação da carta convite. A licitação, assim como os outros atos administrativos deve ser transparente. A nossa lei traz previsão específica de prazos mínimos em que o edital deve ficar disponibilizado. O edital é publicado em diário oficial e também em jornais de grande circulação, isso, em nome do cumprimento do princípio da publicidade. Se o órgão da adm. pública descumpre o prazo mínimo estabelecido na lei aquela licitação está viciada e ela poderá ser anulada administrativamente ou judicialmente.
Lei 8.666/93, Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: (no mínimo porque pode ser publicado mais de uma fez)
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais; (se a obra, se a contratação, tá sendo feita pela União, qual é o Diário? Diário oficial da União. Ou ainda que não seja feita pela União, seja feita pelo Estado, mas se a obra for parcialmente ou totalmente financiada com recursos oriundos da União, deverá ser publicada diante o diário oficial da União)
II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal; 
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição. (ou seja, a administração, além de ter que cumprir esses requisitos mínimos, poderá se utilizar, conforme o vulto da obra, de outros meios de divulgação, além do jornal e do diário oficial, pode utilizar internet, outdoor... qual o objetivo da publicidade? Garantir que o maior número de interessados apareça)
2 – Princípio da Moralidade – enuncia um dever de conduta do administrador público que não fira normas de caráter deontológico, mas que pro nosso ordenamento jurídico, a moralidade acaba por identificar um ato ilegal. O ato imoral, como nós temos leis específicas, por exemplo, a lei de improbidade, acaba se tornando um ato ilegal, mas essa é uma das hipóteses, por exemplo, lembram quando vocês viram lá em IED uma ilustração que dizia que a lei era um balão, no outro balão estava a moral e havia um ponto de interseção entre esses dois balões onde coincidiam a moral e a lei. Ai na aula de IED dizia que em alguns momentos a lei é moral, mas nem sempre a lei precisa ser moral pra ser lei. Nesse caso do principio da moralidade da administração pública é o momento de interseção, ou seja, nós temos uma lei específica que trata sobre moralidade administrativa, trata sobre como utilizar o dinheiro público, malversação e as penas pela má utilização, utilização de bens públicos indevidamente. São essas normas que a administração pública tem que observar. No procedimento licitatório é muito comum atos de imoralidade administrativa, quando você descumpre a lei, você está sendo imoral.
3 – Princípio da Isonomia – representa aquele valor que nós vimos que o procedimento licitatório visa preservar. O procedimento licitatório deve garantir igualdade d condições para que qualquer pessoa jurídica ou física, dependendo da modalidade licitatória, possa, caso tenha interesse, participar do procedimento. Se o edital ou uma carta convite tá disponibilizada por algum órgão da administração pública, qualquer interessado que tenha existência legal, que esteja em dia com seus tributos, que tenha aptidão técnica pra executar o serviço ou a obra, que respeite a legislação trabalhista e previdenciária, poderá competir. Qualquer empresa que estiver nestas condições poderá livremente, se interessar, participar do certame. Para o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, isonomia é o seguinte: é errado se imaginar que a administração pública não pode fazer discriminações, não é qualquer tipo de discriminação que vai gerar ofensa ao princípio da isonomia, pode ser que haja uma discriminação que preserve o princípio da isonomia, porque justo seria tratar os iguais igualmente e os desiguais na medida de suas desigualdades. Existe um critério de desempate em licitações para favorecer microempresas. Quando uma empresa de médio porte ou de grande porte está participando com uma microempresa e um lance for de 5% a 10% inferior à proposta vencedora, a contratação vai ser da microempresa. Tá tratando a microempresa desigualmente? Tá favorecendo ela? Sim, porque o estado tem interesse em incentivar a contratação de microempresas. Isso não fere o princípio da isonomia porque o estado visa incentivar o crescimento de microempresas, isso preserva o interesse público. 
Quando a discriminação da norma é compatível com o princípio da isonomia? Quando é que eu posso entender que uma discriminação é feita, mas que ela preserva o princípio da isonomia? Reposta: você deve confrontar o fato discriminado pela norma com a razão jurídica pelo qual a discriminação é feita. Se verificar que a discriminação tem uma razão jurídica legal, coerente, essa discriminação não fere o princípio da isonomia. Ex¹: concurso público pode haver discriminação sem que haja ofensa ao princípio da isonomia? Sim, em presídios femininos, por exemplo, a diretora, as agentes, todos os agentes do presídio feminino tem que ser mulheres. Então, faz-se uma discriminação de sexo para a realização de concurso público para presídio feminino. Ex²: uma licitação é aberta exigindo de seus participantes um determinado equipamento “X”. qual é o fato discriminado pela norma? O determinado equipamento, o edital está pedindo um equipamento específico. Qual é a razão jurídica dessa discriminação? Se o equipamento for indispensável para o exercício do contrato de atendimento do interesse público, é possível exigir aquele equipamento, preservaria o princípio. O que não pode é exigir marca, por exemplo, “seleção de notebooks HP”, porque existem várias outras fabricantes que poderiam fornecer o equipamento.
4– Princípio da Probidade – probidade é, efetivamente, selecionar a proposta mais vantajosa. Cumpri o principio da probidade a licitação que, efetivamente, seleciona a proposta mais vantajosa, ou seja, aquela que, efetivamente, cumpri com o tipo de licitação prevista no edital. Ser probo nas licitações é efetivamente escolher a melhor alternativa, ou seja, aquela melhor alternativa que cumpra os interesses públicos, aí vai depender do edital, qual vai ser o critério de seleção e qual a forma de julgamento.
Esses são os princípios gerais, com exceção da probidade que é princípio específico.
5 – Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório – primeiro princípio específico do procedimento licitatório. O instrumento convocatório é a norma interna de um procedimento. É a norma daquela licitação específica. Instrumentoconvocatório é a norma interna de uma licitação em específico, por exemplo, licitação da secretaria de educação para contratar carteiras. Que pode ser o edital ou a carta convite. Os instrumentos convocatórios podem ser dois: edital e carta convite. Como o edital ou a carta convite representam a norma interna da licitação, tanto a administração pública, quanto os licitantes devem observar, rigorosamente, os termos previstos no edital ou na carta convite. Aquelas normas que estão inseridas no edital ou na carta convite devem ser observadas rigorosamente tanto pela administração, quanto pelos licitantes. Por isso que é vinculação o nome do princípio, vinculação ao instrumento convocatório, ou seja, a administração e os licitantes estão vinculados ao que está previsto no edital ou na carta convite.
Art. 41 da Lei 8.666/93 - A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. (ou seja, não há espaço para você descumprir o que está previsto na licitação, no edital ou na carta convite. Uma das hipóteses de desclassificação é se você exige uma vantagem não exigida no edital, a administração desconsidera. Se você oferece uma proposta acima do limite previsto no edital, você está desclassificado. Se você oferece uma proposta muito abaixo do limite estabelecido no edital, provavelmente você estará desclassificado). Então, o licitante está preso ao instrumento convocatório e a administração também. No curso do procedimento a administração não pode querer mudar, inovar, salvo algumas exceções bem específicas. Instrumento convocatório é aquele que convoca, que os interessados a participarem do procedimento, é esse instrumento que deve ser publicizado, esse instrumento que vai pro diário oficial.
20/01
Princípios
Hoje os princípios tem força normativa do direito administrativo e nos demais âmbitos, existem princípios gerais da administração que é a legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência, e nós temos direitos específicos de alguns ramos do direito administrativo.
Nós estamos vendo os princípios ligados ao processo licitatório, eu falei aqui que o procedimento é administrativo, regulado por lei, a 8.666 que traz normas que visem a contratação com os particulares pela adm pública. Essa contratação pode ser de obras, serviços, aquisição de bens... tudo que adm de fato necessite contratar com particulares, esse processo licitatório é a regra no nosso OJ, isso quer dizem o seguinte: em razão do princípio da legalidade, assim como em razão do regime jurídico do dto administrativo, a adm pública não tem a faculdade de fazer licitação, ela tem a obrigação legal de licitar sempre que necessitar contratar com os particulares, salvo algumas hipóteses previstas em lei, ou seja, é a própria lei que excepciona, que permite a contratação direta, sem licitação. 
A regra é a contratação por licitação, isso é regido pela lei 8.666 e possui princípios específicos. O primeiro princípio é:
O PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO
Só lembrando- Foi visto que esse procedimento administrativo preserva 3 valores: O primeiro é a probidade, que é a seleção da proposta mais vantajosa para o Estado. O segundo é a isonomia, que permite que quaisquer interessado possa garantir por livre competição o poder de se candidatar para a competição de licitação. O terceiro é garantir o desenvolvimento nacional sustentável. 
O instrumento convocatório é o que chama, o que convoca eventuais interessados a participar de uma licitação, então o órgão estatal abre o procedimento e torna público o mesmo para aquisição de merenda escolar, então, trata –se de gêneros alimentícios, destinados a escolas do interior, qual o instrumento que convoca eventuais interessados para participar dessa licitação? O chamado instrumento convocatório, existem dois tipos: O Edital e a Carta Convite. Esse princípio ele enuncia o seguinte: tanto a adm pública, quanto os licitantes estão presos ao instrumento convocatório, que traz as normas do procedimento, de todos os instrumentos de seleção, é no instrumento convocatório que está o objeto, o valo do objeto, prazo para fornecimento e pagamento, a sanção se não for cumprido... é o instrumento convocatório que traz todas as normas da licitação que está em aberto, é a norma interna do procedimento, nós temos duas normas que regem a licitação, que é a lei 8.666 e o instrumento convocatório, essas normas são harmônicas, o instrumento convocatório reproduz aos comandos da lei de licitações, mas traz mais especificidades: como será feito o pagamento, as garantias, as punições e etc. O instrumento é a norma interna de uma licitação em especifico. Esse princípio enuncia isso: que tanto a adm publica quanto os licitantes estão adstritos a cumprir com o instrumento convocatório, é o artigo 41 da lei 8.999.
Art. 41.  A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
O instrumento convocatório pode ser o edital, mas também pode ser a carta convite. 
PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO DAS PROPOSTAS
Esse princípio enuncia que o julgamento das propostas comerciais oferecida pelos licitantes e o julgamento de tudo será feito objetivamente, ou seja, segundo critério isonômicos pré-estabelecidos, não haverá favoritismos e perseguições. Terá que haver competição em igualdade de condições. Um exemplo: tem uma jurisprudência que suspendeu uma licitação, pelo fato de a vencedora ser a amante do prefeito, então ela feriu as regras do processo licitatório, isso além de ferir o princípio da igualdade, da moralidade e da impessoalidade, fere o princípio específico do julgamento das propostas. Esse princípio enuncia que as propostas não podem ser julgadas, segundo processos discricionários, eu não posso tentar favorecer um colega, um indivíduo que bancou a minha campanha política. O julgamento tem que ser sob critérios objetivos e não subjetivos. 
Art. 45.  O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
Tipos de licitação são os critérios, e quais são esses critérios? O critério melhor preço, critério que se conjuga em melhor preço e melhor técnica, o critério melhor técnica (apenas) ou o maior lance (oferta), são esses os critérios previstos pra estar no edital ou na carta convite. 
A comissão de licitação ou responsável pelo convite, não poderá escolher critérios subjetivos, só objetivos pra apreciar as propostas oferecidas. Essa fase de propostas oferecidas é chamada de fase da classificação.
PRINCIPIO DO PROCEDIMENTO FORMAL
O procedimento responsável pela licitação, por ser um procedimento administrativo, é um procedimento formal, como assim? Há uma sequência lógica pré-estabelecida para a execução dos atos. A regra é a seguinte: publicação do instrumento convocatório, publicização, depois a apresentação das propostas dos interessados, essa apresentação é feita em envelopes lacrados, habilitação que é uma fase que se verifica a idoneidade de uma empresa que pode ser contratada pelo Estado, depois a classificação que é a fase de julgamento das propostas e por fim, a fase da adjucação compulsória e a homologação. Essa é a sequência do procedimento administrativo, essa sequência é um procedimento formal, então esse princípio diz que essa sequência precisa ser respeitada, precisa ser pré-estabelecida por lei. Existem alguns processos licitatórios que essas etapas são invertidas, mas com a autorização legal. Os atos do procedimentos licitatórios devem ser formalmente obedecidos, os atos devem ser objetivos, é direito público objetivo dos licitantes a fiel observância ao procedimento licitatório, segundo as normas pré-estabelecidas. 
A realização do certames segundo as regras legais,não interessa aos licitantes apenas, interessa a administração, interessa aos licitantes e aos cidadãos, pois este terá certeza que houve o cumprimento legal para aquela licitação, seguindo uma sequência lógica, encadeadas de atos previamente estabelecidos.
PRINCIPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA
Primeiro é importante destacar que essa nomenclatura causa confusão, pois a adjudicação nem sempre é compulsória, e porque o nome desse princípio? A adjudicação é o ato administrativo do procedimento onde a adm declara o vencedor e faz a entrega simbólica da licitação, para o vencedor. Ele declara o vencedor e chama-o para estabelecer o contrato administrativo, ou seja, adjudica-se, entrega-se o contrato da licitação para quem venceu para que se inicie a execução. Então esse princípio tem a terminologia equivocada pelo seguinte: Imaginem vocês, que está sendo feito uma licitação com uma empresa de jardinagem, que visa embelezar a cidade, dentre outras coisas. Ai ocorre que as chuvas foram muito intensas, que a drenagem das vias estavam prejudicadas, isso quer dizer que o interesse público mudou, o interesse agora é pra corrigir a drenagem da cidade, se supõe que já havia uma licitação em curso, a da jardinagem, naquele procedimento da jardinagem, houve a adjudicação? A entrega ao vencedor? Não, pois não acabou, o procedimento foi suspenso devido a mudança de interesse público. Por isso esse nome é errado, pois a adjudicação nem sempre é compulsória. Vocês tem que entender esse princípio assim: se houver adjudicação, que é esse ato administrativo de entrega do objeto da licitação, se houver a adjudicação, compulsoriamente será pra quem venceu, com a pessoa que venceu a licitação, efetivamente você vai ter que contratar com quem venceu, mas as vezes você ganha a licitação, e demora pra essa ser executada, mas ela vai ter que ser executada compulsoriamente com quem venceu, tem que esperar 90 dias, até este tempo você vai ter que segurar sua proposta. A impropriedade da nomenclatura quer dizer que nem sempre na licitação, irá ter a adjudicação, na medida em que o contrato pode não ser celebrado, pois não se tem aqui um direito adquirido, só tem um expectativa de direito de ser contratado, a partir que se assina, ocorre a adjudicação. Compreendam esse princípio com a obrigatoriedade de contratar com quem venceu.
PRINCIPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS
As propostas produzidas para satisfazer uma licitação, são sigilosas, e é vedada a devassa de propostas antes do momento oportuno, previsto na licitação, devassar é violar os conteúdos das propostas. Porque é proibido essa devassa de propostas? Porque se não vou saber quanto o outro está ofertando, e o objetivo não é uma competição real? A contratação é de uma obra de 5 milhões de reais, oferecidos pelo Estado, o critério escolhido é o menor preço, vem uma empresa e faz os cálculos dela e prevê o valor de 4.500.000, outra prevê 4.800.000... quem vence? A que fizer o menor preço, se eu souber o preço da outra empresa, vou diminuir a minha proposta e se eu não soubesse, poderia até fazer mais barato para o Estado. Esse sigilo viabiliza uma real competição, em regra a licitação possui dois envelopes: um envelope contendo os documentos da empresa e o outro envelope contendo as propostas comerciais, primeiro se abre o envelope com os documentos da empresa pra ver sua idoneidade e depois, aquelas que passarem nessa fase, vão ter suas propostas abertas em momento oportuno pela comissão de licitação, aqueles que não passarem vão ter seus envelopes com as propostas lacradas devolvidos. 
E o pregão que é feito pela internet? O eletrônico. Existe um site de compras pelo Estado, lá tem as licitações que estão em aberto e empresas do Brasil todo podem participar, aí lá são 3 mãozinhas: mãozinha verde é que você está ganhando, mãozinha amarela é que tem outra proposta igual a sua e mãozinha vermelha é que você está perdendo. O pregoeiro é que está vendo as proposta, ele que coloca a mãozinha, ele é o único que sabe, os concorrentes só conseguem ver a mãozinha.
Esse princípio estabelece que as propostas de uma licitação, devem ser estabelecidas de um modo sigiloso, devassado o conteúdo de uma proposta apresentada, é crime previsto na lei de licitações, artigo 94 e ainda é prática de atos de improbidade administrativa na lei 8.429 de 1992, artigo 10, VIII. 
O princípio está diretamente ligado ao da probidade, que enuncia a efetiva seleção da proposta mais vantajosa por meio da competição real. 
Art. 94.  Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou proporcionar aterceiro o ensejo de devassá-lo:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
PRINCÍPIO DA COMPETIÇÃO OU DA COMPETITIVIDADE 
Esse princípio enuncia que vede ser primado dentro do processo licitatório, uma competição efetiva entre os licitantes, ao colocar clausulas no edital que diminuam essa competitividade ou excluem, está se ferindo esse princípio, por exemplo: digamos que seja uma licitação para comprar carteira escolar, o que uma carteira escolar precisa? Do local pra escrever, acento e encosto. Digamos que na licitação seja colocado que as carteiras devem ser impermeabilizáveis, essa carteira escolar vai ficar na sala, e não chove na sala em regra, pra que essa exigência de carteira impermeável? Lá nessa cidade só tem um fabricante que faz esse trabalho, essa exigência fere o princípio da competitividade, pois reduz ou exclui totalmente a competição, se só tem um cara não é hipótese nem de licitação, é de contratação direta, quando só há um fornecedor, um representante, a lei autoriza que seja contratado diretamente. Esse principio trata da impossibilidade de serem colocadas clausulas e regras com o intuito de eliminar ou reduzir o âmbito de competição de um procedimento licitatório, quanto maior a competição, melhor para a adm pública e melhor para a competitividade. 
PRINCÍPIO DA AMPLA FISCALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
Esse princípio enuncia que deverá ter em qualquer procedimento licitatório a ampla fiscalização, essa fiscalização ampla deve ser tanto por parte dos órgãos fiscalizadores da adm pública, quanto pelos licitantes interessados, como pelos cidadãos, nós temos o dever e o poder de fiscalizar. Esse princípio enuncia que é essencial a garantia que não apenas os participantes da licitação, mas também os cidadãos fiscalizem a adm publica. A manutenção ao procedimento formal, constitui interesse de todos e admite toda forma de fiscalização, assim qualquer pessoa que demonstre ter interesse poderá examinar os autos do processo administrativo e eventualmente impugna-los 
OS PRESSUPOSTOS DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO
O Professor Celso Bandeira de Mello, desenvolve no seu livro de direito administrativo um tópico que fala dos pressupostos do procedimento licitatório, os que devem estar presentes para que ocorra o processo licitatório. Os pressupostos são 3: primeiro o pressuposto o lógico, posteriormente o pressuposto jurídico e por fim pressuposto fático. 
- PRESSUPOSTO LÓGICO: é uma análise abstrata da possibilidade de ocorrência de uma licitação, como se faz essa análise? O administrador verifica se existem supostos interessados capazes de competir, e que o objeto possa ser fornecido por todos ou por quase todos os interessados, porque é o seguinte: se o administrador verificar que não existe pressuposto lógico, ele não faz a licitação, ele contrata direto. É uma análise abstrata sobre o princípio da competição, seja porque o objeto pode ser fornecido por todos, ou por quase todos. 
- PRESSUPOSTO JURÍDICO: é a análise da efetiva necessidade de atender ao interesse público com o determinado procedimento licitatório. A licitação é um procedimento administrativo, que visa a contratação de particulares pela adm pública para atender o interesse público. Só que as vezes por interesses políticos se sobressaem, por isso que o pressuposto jurídico tem que ser respeitado, pois muitas vezes não se precisa do que é licitado, só pra atender o interesse do governante é feita, temque se observar a real necessidade. 
- PRESSUPOSTO FÁTICO: aqui a adm.efetivamente verifica a possibilidade de participação dos interessados, ela vem no mercado e verifica quais empresas existem para satisfazer a licitação. Ela analisa o mundo fenomênico, a realidade de fato, se realmente aparecem interessados a participar, se não aparecer não interessados, então não se preenche o pressuposto de confrontação de propostas, assim não terá licitação. A diferença do pressuposto fático para o lógico é que no fático a verificação é concreta, verdadeira, no lógico é uma análise abstrata. 
Dia 27.01
Falamos na aula passada sobre os pressupostos do procedimento licitatório. Falamos que existem três pressupostos: pressuposto lógico; pressuposto jurídico; pressuposto fático.
O pressuposto lógico é a possibilidade abstrata da ocorrência da licitação. O pressuposto jurídico é que a licitação se presta pra, efetivamente, contratar um serviço ou aquisição de um bem ou uma obra que atenda, realmente, ao interesse público; o pressuposto jurídico está presente quando, efetivamente, aquela licitação tem a finalidade de atender o interesse público, porque existem algumas licitações que são feitas pra agradar algumas pessoas. O pressuposto fático é a análise em concreto da possibilidade da competição, de aparecer mais de um interessado capaz de fornecer o objeto da licitação pra administração, ou seja, se existirem no mercado, efetivamente, diversos fabricantes, se realmente existir a competição no mercado pra oferecimento daquele bem, então estaria presente o pressuposto fático.
O professor Celso Antônio Bandeira de Mello fala que se esses pressupostos não estiverem presentes, a licitação não precisará ocorrer, o estado poderá contratar diretamente, contratar sem licitação. Existem duas hipóteses de contratação sem licitação, duas exceções à regra que é a contratação por licitação, são as hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação.
As dispensas estão previstas no art.17 e 24 da lei de licitações, enquanto a inexigibilidade está prevista no art. 25 da lei 8.666/93.
Na dispensa de licitação, a licitação seria possível de ocorrer, estariam preenchidos o pressuposto lógico, o jurídico e o fático, mas a lei faculta, permite a contratação direta. É uma autorização legal para contratar sem licitação. A competição é possível, só que a lei dá um espaço de decisão, possibilita o juízo de discricionariedade do gestor pra decidir se ele faz a licitação ou se ele contrata diretamente, sem licitação. É um permissivo legal.
Na inexigibilidade é diferente. Na inexigibilidade a licitação é impossível, não estão presentes os pressupostos do procedimento licitatório. A licitação é impossível por quê? A lei traz um rol de possibilidades, mas em regra, vou dar um exemplo, quando no mercado só existe um representando, um fabricante capaz de oferecer o objeto da licitação, isso é uma das hipóteses. Se existe só uma pessoa, ela não vai competir com ela mesma, então é impossível ter uma competição porque só existe uma pessoa no mercado capaz de fornecer o objeto, mas existem outras hipóteses que vamos estudar depois. O que diferencia então a dispensa de licitação da inexigibilidade? Ambas são hipóteses de contratação direta pela administração pública, na dispensa a competição é possível, todavia, a lei faculta contratar diretamente; na inexigibilidade, por sua vez, a competição é impossível, pois estão ausentes os pressupostos do procedimento licitatório.
Vamos começar a ver essas hipóteses. Primeira coisa que vamos ver é o art. 17, que são as hipóteses de dispensa de licitação. Nessas hipóteses do art.17, nós vamos ver casos de alienação de bens públicos. Os bens públicos, se forem ser alienados, precisam se submeter ao procedimento licitatório. O art. 17 traz hipóteses de alienação de bens públicos e traz hipóteses de dispensa de licitação.
	O artigo 17, incisos I e II, da Lei n. 8.666/93 cuida das hipóteses de dispensa de licitação em casos de alienação de bens públicos. 
dação em pagamento - se o Poder Público tem dívida e quer dar um bem em pagamento, não haverá necessidade de licitação;
doação de bens - desde que seja feita exclusivamente para entes da Administração Pública;
permuta (troca) - o bem da permuta deve possuir características que o torne único para a hipótese que a Administração necessita. A avaliação deve ser prévia e o preço compatível com o valor demercado;
investidura;
venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública, de qualquer esfera do governo;
alienação, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis construídos e destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais de interesse social, por órgãos ou entidades da Administração Pública, especificamente, criados para esse fim.
Art. 17.  A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: (pra alienar bens, será precedido de interesse público devidamente justificado, avaliação prévia e obedecerá às seguintes normas...)
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: (pra alienar bens imóveis é necessário interesse público, avaliação prévia, licitação na modalidade concorrência e autorização legislativa, isso para alienação de bens imóveis, mas a lei fala assim, dispensada nas seguintes hipóteses, então, vamos ver em que hipóteses a licitação é dispensada, mas olha só, se for dispensada é preciso interesse público, é preciso ter autorização legislativa e avaliação prévia, só não vai ter a licitação).
dação em pagamento; (é uma exceção à forma como o estado paga suas dívidas. Em regra o estado paga suas dividas pela ordem dos precatórios, mas existem algumas exceções que permitem, em matéria tributária, por exemplo, a dação em pagamento. Na hipótese de dação em pagamento, como é o estado que está dando um bem imóvel para quitar uma dívida, não é necessário fazer licitação)
doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; (o estado pode doar um bem imóvel para outro órgão da administração pública de qualquer esfera de governo, a união pode doar pro estado, o estado pode doar pro município. Se houver essas doações, que são atos de colaboração entre entidades públicas, não será necessário realizar a licitação. Nessas doações é possível serem realizadas sem licitação)
permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei; (permuta é troca, acontece assim: dois bens de preços equivalentes serão trocados com o objetivo de atender ao interesse público. Por ex: o município de SLZ tem um prédio que fica uma localização estratégica para o estado do MA construir um hospital de emergência próximo a rodovias, que atenderá varias cidades do interior e várias estradas, só que esse prédio é de um município e quem quer construir é o estado. O estado pode permutar um bem imóvel com esse município, desde que esse imóvel tenha um valor compatível, que isso vise atender o interesse público, sem licitação, é possível fazer a troca de bens, isso é uma forma de alienação, o bem sai da esfera patrimonial de um ente público para outro)
investidura; (Em grandes obras pública, como por ex. construção de hidroelétricas, onde é necessário formar um lago muito grande e há uma desapropriação de áreas muito grandes e normalmente com pessoas que moram nessas regiões, então, constrói-se a obra e ao final quando começa a operação, sobram partes desse terreno que foi desapropriado, pequenas partes, terrenos de até R$40.000,00; pequenos terrenos que não foramutilizados pela obra, que sobraram, são terrenos contíguos, lindeiros às grandes obras públicas. Esses terrenos remanescentes, pequenos pedaços de terreno podem ser alienados sem licitação, são terrenos que não superam o valor de 40 salários mínimos e eles são alienados sem licitação, são dados, subsidiados em prol de moradias populares, enfim. Portanto, investidura são remanescentes de terrenos desapropriados para realização de obras públicas, que são alienados sem licitação, alienados no âmbito de programas habitacionais).
venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; (um órgão pode vender um bem imóvel a outro, assim como pode doar e permutar, isso é um ato de colaboração entre órgãos públicos. Essa venda é uma alienação como outra qualquer, será com autorização legislativa, avaliação, haverá uma contraprestação pecuniária (pagamento), só não haverá licitação porque é um ato de colaboração e uma exceção prevista na lei).
Mariana faz uma pergunta (não dá pra ouvir). Resposta: existem alguns autores que fazem essa diferença, dizendo que a licitação dispensada seriam as hipóteses do art.17, I e II e a licitação dispensável seria a hipótese do art. 24, mas se você denominar licitação dispensada ou dispensável, nas duas hipóteses a administração PODERÁ, mas tem autor que faz questão de diferenciar dizendo que a licitação dispensada seriam os casos em que o estado não vai fazer licitação nunca. Mariana lê um trecho de um livro que ela leu e não entendeu. Comentário do prof: ele falou que tinha duas hipóteses – a hipótese de permuta (que é troca entre órgãos da administração pública) e a hipótese de investidura (hipótese de doação) foram suspensas por uma ADIn, ou seja, a eficácia, então não se aplicaria isso, aí por isso que eles dizem que, se foi suspensa a eficácia então não existe mais hipótese de licitação dispensada e também se suprimiria aquilo ali (?) “para outro órgão da administração pública”, ele tá dizendo que isso poderia ocorrer pra qualquer pessoa, inclusive para os particulares. Por isso eles sustentam que a licitação não existe mais dispensada, só dispensável. O prof não gosta dessa diferenciação. 
alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (nessas hipóteses seria dispensada a licitação).
Vamos ao inciso II do art. 17, esse inciso fala de bens móveis, as hipóteses são semelhantes.
	O inciso II trata das hipóteses de dispensa de licitações destinadas à alienação de bens móveis:
“a)doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;
permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;
venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
Art 17, II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos: (diferente do exigido para bens imóveis, para alienação de bens móveis não precisa autorização legislativa)
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública; (essa estria suspensa pela ADIn)
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica; (venda de ações de empresas estatais, não precisa de licitação pra isso, será negociado na bolsa de valores)
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; (mesmo raciocínio da venda de ações)
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades; (por exemplo, a Petrobras na hora de vender petróleo, não precisa de licitação) 
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe. (ato de colaboração entre órgãos).
Vamos agora para licitação dispensável, vocês podem encontrar essa nomenclatura nos livros, embora eu não concorde, pra mim tanto a hipóteses do art. 17, quando do art. 24 são de dispensa de licitação, mas tem autor que fala que o art. 24 é hipótese de licitação dispensável. A justificativa é que na dispensa, como envolve muitos atos de colaboração entre órgãos públicos e não particulares, então não se teria como fazer licitação, por isso seria dispensada, em tese seria possível fazer a competição, mas a lei estaria dispensando, mas tem hipóteses lá (art. 17 – dispensada) que podem ser pros particulares, por exemplo, dação em pagamento é o estado em uma relação com um particular e não com outros órgãos da administração pública. Já a licitação dispensável seriam hipóteses em que a administração, mais uma vez, pode fazer a licitação e não o faz porque faz um juízo de valor, de discricionariedade, que é oportunidade e conveniência. Mas pra mim ambas as hipóteses são de dispensa de licitação. A do art. 17 seria dispensada pela lei, não se faria licitação e a do art. 24 é dispensável porque pode se fazer ou não. Essa diferenciação fere a ideia dos pressupostos. Mas tanto uma quanto a outra seriam hipóteses de contratação direta, por isso alguns doutrinadores não concordam com essa diferenciação.
	Licitação dispensável
Nesse caso, a Administração pode dispensar a competição. A contratação direta existirá porque a competição, embora possível, não ocorrerá, por opção da Administração. 
O artigo 24 da Lei n. 8.666/93 trata de todos os outros casos de dispensa que não se refiram à alienação de bens públicos
Inciso I: dispensa a licitação para obras e serviços de engenharia de valor até 10 % do limite previsto para a execução dessas atividades na modalidade de convite (artigo 23, inciso I, alínea “a”).
Inciso II: dispensa a licitação para outros serviços e compras de valor até 10 % do limite previsto para a sua aquisição na modalidade de convite e para alienações nos casos estabelecidos na lei (artigo 23, inciso II). 
Inciso III: dispensa de licitação em casos de guerra e de grave perturbação da ordem. Apenas podem ser dispensados da licitação os contratos que tenham relação com esses eventos.
Inciso IV: dispensa de licitação em casos de emergência ou calamidade pública. A lei dispõe que, nos casos em que o Estado estiver emergencialmente necessitando contratar, poderá firmar um contrato sem licitação. Situação emergencial é aquela em que o decurso de tempo poderá ocasionar prejuízo ou dano (por esse motivo, a licitação poderá ser dispensada). Os contratos firmados por emergência não podem ter prazo de vigência por mais de 180 dias.
Inciso V: dispensa de licitação no caso de desinteresse pela licitação anterior. O desinteresse se demonstra na licitação deserta (aquela em que não aparecem interessados) e na licitação fracassada (caracterizada quando todos os licitantes são desqualificados ou nenhuma proposta é classificada).
Art. 24.  É dispensável a licitação:  I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;(art. 23, I - para obras e serviços de engenharia: a) convite - até R$ 150.000,00 - cento e cinqüenta mil reais; até esse limite de 150 mil reais a modalidade licitatória seria convite, então, o art. 24 fala que para obras e serviços até 10% do valor do convite, ou seja, para obras e serviços até 15 mil reais pode fazer sem licitação)
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (art. 23, II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: a) convite - até R$ 80.000,00 - oitenta mil reais; 10% desse valor é 8 mil reais. Até 8 mil reais você pode contratar sem licitação)
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; (não tem limite de valor e os contratos tem que ter uma relação lógica com a causa, com os eventos de guerra ou perturbação, não é qualquer contrato)
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas; (01:00:35)
	DISPENSA DE LICITAÇÃO
A dispensa da licitação, tendo em vista o artigo e seus incisos acima descritos, poderá ser caracterizada segundo 4 (quatro) critérios:
em razão do valor (Lei n. 8.666/93, artigo 24, parágrafo único);
em razão da pessoa a ser contratada (como, por exemplo, associações de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade);
em razão da situação (guerra, grave perturbação da ordem, emergência ou calamidade);
em razão do objeto (gêneros perecíveis, materiais usados pelas Forças Armadas).
29/01
Na aula passada analisamos as hipóteses de dispensa e inexigibilidade que são espécies de contratação direta, são exceções à regra do dever de licitar. A regra: a Adm. Pbca através de seus órgãos, quando pretender estabelecer relações patrimoniais com os particulares, deve cumprir o dever de submeter ao proedimento licitatório. Procedimento licitatório é o procedimento administrativo que visa selecionar a proprosta mais vantajosa, garantir a isonomia e o desenvolvimento nacional sustentável. Porém, há duas exceções:
Exceções ao dever de licitar: Dispensa e inexigibilidade. Alguns autores chamam “licitação dispensada” – art. 17 e licitação dispensável – art. 24. E o art. 25 contém as hipóteses de inexigibilidade de licitação. Nós analisamos a situação da licitação dispensada, art. 17, alienação de bens moveis e imoveis e vimos também as hipóteses do art. 24, e eu fiz um resumo pra vcês na aula passada que aquelas hipóteses do art. 24, que são diversas hipóteses poderiam ser concentradas didaticamente em 4 critérios: em razão do valor (10% sobre valor da modalidade convite, etc. art. 24, P.U.); em razão da pessoa a ser contratada (como, por exemplo, associações de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade);em razão da situação (guerra, grave perturbação da ordem, emergência ou calamidade – deve-se ter uma harmonia/relação entre o que está sendo adquirido e o estado de calamidade, por exemplo);em razão do objeto (gêneros perecíveis,ppois o tempo gera sua degradação, então não é possivel esperar a licitação, ex: escola pública – merenda escolar; materiais usados pelas Forças Armadas).
Vimos as hipóteses de inexigibilidade: é inexigível licitação quando inviável a competição em torno do objeto pretendido pela Administração. Nesse caso, contrata-se diretamente. 
O que diferencia dispensa e inexigibilidade é que, na primeira, a competição é possível, mas a Administração poderá dispensá-la (juízo discricionário), enquanto a inexigibilidade é a possibilidade de contratação sem licitação, por ser a competição inviável. “É impossível competir” – inexigibilidade.
O artigo 25 da Lei n. 8.666/93 enumera algumas das hipóteses de inexigibilidade de licitação:
Inciso I: “para aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes”. => se só houver uma pessoa no mercado capaz de satisfazer a necessidades da adm. Pbca,haverá inexigibilidade de licitação.
Inciso II: trata de contratação direta quando o serviço for de natureza singular e desenvolvido por profissional notoriamente especializado. São necessários, portanto, dois requisitos: serviço de natureza singular (artigo 13, incisos I a VIII) e realizado por profissional notoriamente especializado (no próprio artigo 25, § 1.º, a lei dispõe quem é o profissional notoriamente especializado).=> serviços especializados podem ser contratados SEM licitação.
Observação: é vedada a inexigibilidade para os serviços de publicidade e divulgação.
Inciso III: contratação de profissional do setor artístico, desde que reconhecido pela crítica ou pela população. =>Admpbca quer contratar Zeca Baleiro, Alcione – profisionais consagrados pla crítica e pela população.
O § 2.º do artigo 25 dispõe sobre a responsabilidade solidária do fornecedor ou prestador de serviços e o agente público responsável pelos danos causados à Fazenda Pública, se comprovado superfaturamento, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. => deu exemplos de prefeitos que contratam bandas e fazem caixa 2, nesse caso TODOS serão responsabilizados: o prefeito,a banda, etc.
Outra obs muito importante está no artigo 26 (refere-se tanto à dispensa como à inexigibilidade) => énecessária a motivação, ou seja, tanto uma como a outra devem ser necessariamente justificadas, fundamentadas, dev ser feita exposição clara das razões.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
A licitação pode ser processada de diversas maneiras. As modalidades de licitação estão dispostas no artigo 22 da Lei n. 8.666/93, que prescreve cinco modalidades de licitação: concorrência; tomada de preços; convite; concurso; leilão. Fora essas 5, temos uma modalidade da lei 10520/02, é o pregão (presencial e eletrônico – através de sites de compra do governo) que está em lei específica. E também temos na lei de telecomunicações uma modalidade pouco falada e pouco cobrada em concursos, chama-se “consulta”. Em concurso pra agência reguladora deve ser estudada essa modalidade.
Concorrência
A concorrência é uma modalidade licitatória que está prevista no artigo 22, § 1.º, da Lei n. 8.666/93 e pode ser definida como “§ 1o  modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto”. => que tem condições, idoneidade. É destinada a contratações que envolvem quantidades sgnificativas de dinheiro, grande vulto econômico.
A Lei prevê, no artigo 23, a tabela de valores para cada modalidade de licitação. A concorrência é a modalidade obrigatória para os valores determinados nos incisos deste artigo. 
Vamos ver o que é “grande vulto econômico”: Art. 23.  As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigoanterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação: I - para obras e serviços de engenharia: c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais). 
Temos, ainda, casos em que a lei manda que seja adotada a modalidade concorrência, independentemente de “valores”, a saber: nos casos dealienação; licitações internacionais; licitações de concessões e permissões de serviços públicos. A concorrência é a modalidade de licitação mais complexa que existe. É aquela que traz o maior número de atos adm. tendentes a fazer a escolha do vencedor, é a mais profunda, porque é muito dinheiro publico envolvido. 
Tomada de Preços
Prevista no artigo 22, § 2.º, da Lei n. 8.666/93, pode ser definida como “modalidade de licitação entreinteressados previamente cadastrados no ramo do objeto licitado ou entre pessoas que previamente, no prazo legal,atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento” (até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação). => médio vulto econômico, nem todo mundo pode participar da tomada de preço, são apenas os cadastrados ou os não cadastrados que possam demonstrar em até3 dias antes do recebimento das propostas sua idoneidade. O cadastramento é um banco de dados das empresas, tem um prazo de validade (em regra 1 ano), as empresas levam todos os documentos: ato constitutivo, certidões negativas de crédito tributário, certidões negativas de verbas trabalhistas, informações técnicas pra demonstrar que a empresa está idônea ou não para contratar com o Estado.
É uma modalidade mais simplificada, mais célere que a concorrência e, por esse motivo, não está voltada a contratos de grande valor econômico, e sim aos de vulto médio.
A tomada de preços, portanto, destina-se a dois grupos de pessoas previamente definidos: Cadastrados: para que a empresa tenha seu cadastro, deverá demonstrar sua idoneidade. Uma vez cadastrada, a empresa estará autorizada a participar de todas as tomadas de preço. Não cadastrados: se no prazo legal – três dias antes da apresentação das propostas – demonstrarem atender aos requisitos exigidos para o cadastramento, poderão participar da tomada de preço.
Art. 23.  As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação: 
I - para obras e serviços de engenharia: b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais); =>vulto econômico médio.
Convite
É a modalidade licitatória mais simples eu existe => valores pequenos.
I - para obras e serviços de engenharia: 
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); 
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:
convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);  
03/02
Nós estamos falando de modalidades licitatórias, eu falei pra vocês o seguinte: existem 5 modalidades previstas na lei 8.666 que são a concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão, nós temos uma sexta modalidade que é o pregão, e temos outra modalidade prevista pela lei de telecomunicações chamada consulta, essas são as modalidades.
Concorrência: é uma modalidade licitatória destinada a quaisquer interessados, qualquer pessoa jurídica ou consorcio de pessoas jurídicas que tiverem interesse poderão participar, desde que em uma fase de habilitação prévia demonstrem idoneidade ou seja, que ela está em dia com seus tributos, que cumpre com suas obrigações trabalhistas, que possui técnica para cumprir a licitação e que dê o preço mais vantajoso para que o certame seja cumprido. Essa modalidade é a mais complexa, é a mais duradoura, que possui prazos mais dilatados, porque é através dessa modalidade que são feitas as contratações de maior vulto econômico. A lei 8.666 prevê que para obras e serviços de engenharia que possuem valor acima de um milhão e meio de reais, a modalidade adequada será a concorrência, a serviços ou aquisições, que não sejam serviço de engenharia, com o valor acima de 650 mil reais, a modalidade será concorrência. A concorrência também é adequada nas licitações internacionais nas licitações de concessões e permissões de serviços públicos e nas alienações de serviços públicos
Tomada de preços: é uma modalidade licitatória destinada a licitações de médio vulto econômico, que seria para obras e serviços de engenharia com valo de até 1 milhão e meio de reais e para serviços ou aquisições com valor de até 650 mil reais. Outro ponto distintivo é que a tomada de preços não é para qualquer interessado, é para os cadastrados e não cadastrados que demonstrem em até 3 dias úteis desde o recebimento das propostas estarem aptos para preencher os requisitos do cadastramento. Quem pode participar da tomada de preços? Os cadastrados e os não cadastrados, só que os não cadastrados só poderão participar se conseguirem demonstrar em 3 dias úteis depois da abertura das propostas que estão aptos a realizar atos na adm pública.
Convite: é a modalidade mais simples, pois são destinadas a contratações que possuem um pequeno valor econômico.
Art. 22.  São modalidades de licitação:
§ 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
As empresas interessadas, que forem do ramo pertinente, castradas ou não poderão em um número de 3, participar. 
Quem pode participar? 
Convidados: a Administração escolhe no mínimo três interessados para participar da licitação e envia-lhes uma carta-convite, que é o instrumento convocatório da licitação nesta modalidade.
Cadastrados, no ramo do objeto licitado, mas não convidados: todos os cadastrados no ramo do objeto licitado poderão participar da licitação, desde que, no prazo de até 24h antes da apresentação das propostas, manifestem seu interesse em participar da licitação
É enviado o convite a três pessoas jurídicas, cadastradas ou não, quem envia esse convite é o órgão vinculado a unidade administrativa, que está organizando a licitação, do ramo e que tem o objeto pertinente, o órgão tem que ter uma cautela que é prevista em lei, que é primar pelo princípio da isonomia, a lei exige que a adm pública coloque no instrumento convocatório que a carta convite tem que ser afixada no órgão em lugar visível, a lei exige que simplesmente se afixe na repartição, ainda assim em alguns órgãos primando pelo princípio da publicidade, mandam colocar em jornais. Então, são enviadas 3 cartas convites para os órgão cadastrados ou não e tem que afixar no prédio a carta convite, o objetivo disso é que se outra pessoa quiser participar, deverá demonstrar o interesse. 
Quem pode participar? Cadastrados e não cadastrados e convidados no número de 3, quando se afixa a carta convite no prédio, permite-se que os cadastrados que não foram convidados e possuem qualidades para suprir a licitação, manifestem seu interesse com antecedência de 24 horas do lançamento das propostas podendo assim participar do convite, pq isso é criticado? Se a tomada de preços que envolve muito mais dinheiro publico permite que cadastrado e não cadastrados participem, como é que o convite que é mais simples só podem participar, se não forem convidados, os cadastrados que manifestarem em 24 horas seu interesse? Sendo que na tomada de preços, os cadastrados e não cadastrados podemparticipar? Não tem logica, alguns autores afirmam que isso fere o princípio da isonomia, pois os não cadastrados não podem se manifestar em 24 horas. O entendimento da doutrina mais moderna é que o convite é destinado a empresas, pessoas jurídicas, empresários individuais, respeitando o objeto da licitação, cadastrados ou não e convidados no número de 3, a lei fez a exclusão sem propósito algum que fere o principio da isonomia. Por isso que na tomada de preço os não cadastrados podem se manifestar em até 24 horas, percebam que os prazos são menores porque se trata de uma modalidade que envolve o pequeno vulto econômico.
Art. 23.  As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:
I - para obras e serviços de engenharia: 
convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais);
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:
convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais)
Quando se fala nesses dois valores, tem que lembrar que em gastos de até 10% dos valores referidos, se dispensa licitação. 
É a modalidade mais simplificada de licitação e, por isso, é destinada a contratos de pequeno valor. Além de prazos mais reduzidos, o convite tem uma convocação restrita. Pela lei, somente dois grupos podem participar do convite:
Convidados: a Administração escolhe no mínimo três interessados para participar da licitação e envia-lhes uma carta-convite, que é o instrumento convocatório da licitação nesta modalidade.
Cadastrados, no ramo do objeto licitado, mas não convidados: todos os cadastrados no ramo do objeto licitado poderão participar da licitação, desde que, no prazo de até 24h antes da apresentação das propostas, manifestem seu interesse em participar da licitação. 
De acordo com a liberalidade da lei, esses são os dois grupos que podem participar do convite. Há, entretanto, uma construção interpretativa da doutrina que entende que um terceiro grupo poderia participar da licitação.
Não cadastrados, não convidados, que demonstrem atender previamente aos requisitos exigidos para o cadastramento: se para a tomada de preços, que é uma modalidade mais rigorosa, admite-se a participação dos não cadastrados que demonstrem atender previamente os requisitos exigidos para o cadastramento, não haveria lógica em não se autorizar os não cadastrados, nesta situação, a participarem do convite. 
Concurso
É uma modalidade prevista no artigo 22, § 4.º, da Lei n. 8.666/93, qualquer pessoa pode participar dessa modalidade de licitação, não precisa ser cadastrado,qualquer pessoa pode participar dessa modalidade, ela eh aberta a quaisquer interessados, pode ser definido como modalidade de licitação aberta entre quaisquer interessados. O objetivo eh a escolha de trabalho de cunho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, a seleção vai ser feita conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias, por ex. quando a adm publica quer descobrir os modos de combater alguma doença, se faz assim um concurso para saber quem tem um trabalho que pode ajudar nas políticas publicas, isso pode acontecer tambem no meio artístico, por ex. a admpublica publica um edital para que alguém faça uma composição de uma musica para a cidade, a secretaria de cultura seleciona e faz um concurso para escolher a musica e estipula prêmios. 
LEILÃO
Esta modalidade esta prevista no artigo 22, § 5.º, da Lei n. 8.666/93, pode ser definido como modalidade de licitação entre quaisquer interessados, ou seja, qualquer pessoa pode participar do leilão também, assim como no concurso. Qual o objetivo desta modalidade? a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos pelo poder judiciário legalmente ou penhorados,o objetivo do leilão é a alienação desses bens, outro motivo é para a alienação de bens imóveis prevista no artigo 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
A alienação de bens móveis é quando são colocados os bens móveis inservíveis no leilão, bens móveis inservíveis não são, necessariamente, bens deteriorados, mas sim bens que não têm utilidade para a Administração. Outra oportunidade são leiloes de bens oficialmente apreendidos pela justiça, como foi o caso do traficante Abadia, a adm publica leiloou muitos bens pessoais dele em São Paulo, qualquer interessado pode participar, são feitas duas hastas publicas, uma você tenta alienar o bem pelo preço de mercado e na outra hasta você tenta alienar o bem dando o melhor lance na mesma hasta. A caixa econômica quando você financia o imóvel e por alguma razão tem o desequilíbrio financeiro, a caixa te notifica a pagar, se você não paga, seu bem vai para leilão, esses leilões são muito bons para a aquisição de preço pequeno.
Art. 22.  São modalidades de licitação:
§ 5o  Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação
Art. 19.  Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:
I - avaliação dos bens alienáveis;
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III - adoção do procedimento licitatório.
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.
PREGÃO
Modalidade licitatória inicialmente inserida pela Medida Provisória n. 2.026, de maio de 2000, reeditada na Medida Provisória n. 2.182-16 de 28.6.2001,transformada na Lei n. 10.520, é uma modalidade de licitação voltada à quaisquer interessados, cadastrados ou não, e visa a aquisição de bens e serviços comuns, de qualquer valor econômicos. , o que são serviços comuns? São aqueles considerados com padrões de desempenho e qualidade que possam ser objetivamente definidos e descritos no edital por meio de especificações do mercado. 
Art. 1º  Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.
Parágrafo único.  Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Art. 2º (VETADO)
§ 1º  Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos de regulamentação específica.
Isso é o chamado pregão eletrônico, o leilão eletrônico é feito em sites, como o comprasnet que é o site de compras governamentais. Aí tem lá nesse site as licitações e o dia que vai começar o pregão, você manda propostas, lá tem um chat com o pregoeiro, que organiza a competição entre os envolvidos, quando é pra encerrar o pregoeiro diz que tem tantos minutos pro pregão acabar, nesse tempo ainda se tem chances de mandar um lance. 
TIPOS DE LICITAÇÃO
Quando se fala em tipos de licitação, leiam critérios de seleção. A lei 8.666 traz quatro critérios lá no artigo 45 da lei, esses critérios são o menor preço, melhor técnica, menor preço e melhor técnica (conjugados) e o maior lance ou oferta. 
Art. 45.  O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
§ 1o  Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: 
 I - a de menor preço

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