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1 Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia - ICET Materiais de Construção Mecânica Aplicada - MCMA Aula 06 – Tratamentos superficiais e termoquímicos Setembro de 2017 Professor: Ms. Winston F. de L. Gonçalves Referências: Callister, W. “Engenharia e Ciências dos Materiais: Uma introdução” LTC Editora, 5ª Edição, 2002. 1 Têmpera Superficial Tratamentos termoquímicos da superfície: cementação, nitretação, carbonitretação, cianetação, etc. Conformação mecânica à frio: encruamento Tratamentos químicos de superfície: cromagem eletrolítica, siliconização Tratamentos Superficiais- métodos Têmpera Superficial Vantagens: * Permite obter a combinação de altas resistências ao desgaste e dureza na superfície, com ductilidade e tenacidade no núcleo da peça; * Não exige fornos de aquecimento; * É rápida e pode ser aplicada na oficina; * Não produz grandes oxidações e descarbonetações no aço; * Aplica-se a peças de grandes dimensões (engrenagens de 2 – 3 m); * Permite o endurecimento em áreas localizadas; * Pode ser usada quando a geometria da peça ocasionar grandes deformações. * A superfície adquire propriedades e características da estrutura martensítica. * A superfície endurecida pode ter até 10 mm. * Processos usuais de têmpera: por chama e por indução. Têmpera Superficial por chama A profundidade da camada temperada é controlada pela: ♦ intensidade da chama aplicada ♦ distância da chama aplicada ♦ tempo de duração da chama aplicada A superfície é aquecida, acima da temperatura crítica (850-950ºC), por meio de chama oxiacetilênica. O resfriamento é feito por meio de um jato de água. Posteriormente, faz-se um revenido para alívio de tensões. Têmpera superficial por indução A profundidade da camada temperada é controlada por: ♦ forma da bobina; ♦ distância entre a bobina e a peça; ♦ frequência do campo magnético; ♦ tempo de aquecimento. A profundidade da camada temperada é dada por: p = profundidade da camada (cm) ρ = resistividade do material (ohm.cm) – Fe = 1,229 x 10-7 à 9,71 x 10-8 ohm.m μ = permeabilidade magnética (Gauss/Oersted) f = frequência (Hertz) – geralmente usa-se 450 kHz P = 5030 . (ρ/ μ.f)1/2 Variação da indução B com a força magnetizante H Têmpera superficial por indução O calor é gerado na peça, por indução eletromagnética, utilizando-se bobinas de indução, nas quais flui uma corrente elétrica de alta frequência. A quantidade de calor (Q) gerada é dada pela lei de Joule: i = corrente elétrica em ampéres R = resistência do condutor em ohms t = Tempo que circula a corrente em segundos Q = 0,239. i2 .R. t Tempera por indução Têmpera superficial por indução Vantagens: * Pode-se determinar, com precisão, a profundidade da camada temperada; * O aquecimento é rápido * As bobinas podem ser facilmente confeccionadas e adaptadas à forma da peça; * Não produz o superaquecimento da peça permitindo a obtenção de uma estrutura maternsítica acicular fina; * Geralmente, possibilita um maior aumento da dureza e da resistência ao desgaste e à fadiga; * Não tem problema de descarbonetação. Tratamentos termoquímicos 1. Cementa Cementação (C) 2. Nitreta Nitretação (N) 3. Cianeta Cianetação (CN) (CNX) 4. Carbonitretação (C + N)(C >N) 5. Nitrocarbonetação (C + N) (N >C) 6. Boretação (B) 7. Tratamentos Termorreativos (CX + NX + CyNzX) (V, Nb, Ta, Cr , W e Mo) Difusão É o fenômeno de transporte de material através do movimento dos átomos. Muitas reações e processos que são importantes no tratamento de materiais dependem da transferência de massa, seja no interior de um sólido específico (geralmente em um nível microscópico) ou a partir de um líquido, gás ou outra fase sólida Mecanismos da Difusão É a migração em etapas dos átomos de um sítio para outro sítio do reticulado cristalino Duas condições devem ser atendidas: 1-Deve existir um sítio adjacente vazio. 2-O átomo deve possuir energia suficiente para quebrar as ligações que o une à seus átomos vizinhos, e causar alguma distorção na rede cristalina durante o deslocamento. Energia é de natureza vibracional Efeito da Temperatura A uma temperatura específica uma pequena fração do número total de átomos é capaz de realizar movimentos por difusão em virtude de suas energias vibracionais. Essa fração de átomos aumenta com o aumento da temperatura, pois aumentam suas energias vibracionais. Além disso o número de vazios aumenta com a temperatura segundo a relação Difusão no estado estacionário A difusão é um processo que depende do tempo. A quantidade de um elemento que é transportado no interior de outro elemento é uma função do tempo. Essa taxa é expressa em: FLUXO DE DIFUSÃO (J): Onde M é a massa ou o número de átomos, que está se difundindo através e perpendicularmente uma área reta A em um tempo t . Em formato diferencial: Cementação Cementação 2 CO + 3 Fe→ Fe3C + CO2 CH4 + 3 Fe → Fe3C + 2 H2 Aços Carbono 1016 / 1018 / 1019 / 1022 (peças pequenas / temperadas em água) Aços baixa os baixa-liga 4023 / 5110 / 4118 / 8620 / 4620 (temperados em óleo / baixa distorção) Aços média-liga aplicações onde é exigido menor distorção 4320 / 4817 / 9310 Cementação Sólida Carvão + O2 → CO2 Carvão + CO2 → CO BaCO3 + Carvão → BaO + CO + Energia Cementação Líquida 2 NaCN → Na2CN2 + (C) 2 CO + 3Fe → Fe3C + CO2 NaCN + CO2 → NaCNO + CO Nitretação Aços de baixa liga contendo alumínio Aços de médio carbono, ao cromo, das séries 41xx, 43xx, 51xx, 61xx, 86xx, 87xx e 98xx Aços ferramenta com 5% cromo Aços inoxidáveis nitrônicos, Ferríticos, Martensíticos Diagrama de fases Fe - N Tipos de Nitretação Gás Plasma (iônica)
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