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APS - 6º semestre - Córrego Anhumas

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA LIMA C6343I-4 EC6Q12 
CASSIANO CARVALHO DOS SANTOS C605GH-1 EC6P12 
DOUGLAS ANDERSON MARTINS DOS REIS C63395-0 EC6Q12 
GABRIEL HENRIQUE ARRAIS CHICO C6589D-3 EC6Q12 
GABRIELA DA COSTA FEGUEREDO C65487-6 EC6Q12 
PAULO KREISEL PLINIO C62450-0 EC6P12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA E HIDROLÓGICA 
Córrego Anhumas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS 
2017 
CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA LIMA C6343I-4 EC6Q12 
CASSIANO CARVALHO DOS SANTOS C605GH-1 EC6P12 
DOUGLAS ANDERSON MARTINS DOS REIS C63395-0 EC6Q12 
GABRIEL HENRIQUE ARRAIS CHICO C6589D-3 EC6Q12 
GABRIELA DA COSTA FEGUEREDO C65487-6 EC6Q12 
PAULO KREISEL PLINIO C62450-0 EC6P12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA E HIDROLÓGICA 
Córrego Anhumas 
 
Trabalho apresentado para avaliação de 
Atividade Prática Supervisionada para o 
curso de Engenharia Civil 
 
Orientador: Profª Dr.a Maria Alice Venturini 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS 
2017 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÃO 
 
FIGURA 1 – Ciclo hidrológico .................................................................................... 09 
FIGURA 2 – Localização da bacia hidrográfica do Ribeirão Anhumas ..................... 16 
FIGURA 3 – Macrozona 4 do município de Campinas/SP ........................................ 17 
FIGURA 4 – Vista aérea dos pontos estudados ........................................................ 21 
FIGURA 5 – Materiais usados para coletar dados .................................................... 22 
FIGURA 6 – Vista aérea do trecho natural ................................................................ 23 
FIGURA 7 – Vista aérea do fluxo de água ................................................................ 23 
FIGURA 8 – Vista aérea do córrego .......................................................................... 23 
FIGURA 9 – Resíduos encontrados ao redor do córrego .......................................... 23 
FIGURA 10 – Resíduos encontrados às margens do trecho natural ......................... 23 
FIGURA 11 – Região de enchentes relatados por BP (50) ....................................... 24 
FIGURA 12 – Contagem do tempo para cálculo de velocidade ................................ 24 
FIGURA 13 – Fixação da primeira estaca para medição de velocidade ................... 24 
FIGURA 14 – Fixação da segunda estaca para medição de velocidade .................. 24 
FIGURA 15 – Entorno do córrego a esquerda .......................................................... 24 
FIGURA 16 – Entorno do córrego a direita ............................................................... 24 
FIGURA 17 – Redondezas do córrego ...................................................................... 25 
FIGURA 18 – Redondezas dó córrego ...................................................................... 25 
FIGURA 19 – Desenho esquemático do trecho natural ............................................ 25 
FIGURA 20 – Vista aérea do trecho artificial ............................................................. 26 
FIGURA 21 – Vista aérea do fluxo de água .............................................................. 26 
FIGURA 22 – Vista aérea do córrego ........................................................................ 26 
FIGURA 23 – Resíduos encontrados ........................................................................ 26 
FIGURA 24 – Vegetações encontradas .................................................................... 26 
FIGURA 25 – Região de enchentes relatados por VE (47) ....................................... 27 
FIGURA 26 – Contagem de tempo para cálculo de velocidade ................................ 27 
FIGURA 27 – Entorno do córrego a esquerda .......................................................... 27 
FIGURA 28 – Entorno do córrego a direita ............................................................... 27 
FIGURA 29 – Utilização da vara para medir o fundo ................................................ 27 
FIGURA 30 – Fixação de estacas para medição de velocidade ............................... 27 
FIGURA 31 – Desenho esquemático do trecho artificial ........................................... 28 
FIGURA 32 – Tipo de escoamento ........................................................................... 36 
 
 
LISTA DE GRÁFICO E TABELA 
 
GRÁFICO 1 – Tipos de solos nas unidades .............................................................. 19 
TABELA 1 – Impactos ambientais antrópicos e naturais ........................................... 14 
TABELA 2 – Estação meteorológica de 1988 – 2012 ............................................... 20 
TABELA 3 – Área molhada dos trechos .................................................................... 29 
TABELA 4 – Perímetro molhado dos trechos ............................................................ 30 
TABELA 5 – Raio hidráulico dos trechos .................................................................. 31 
TABELA 6 – Superfície molhada dos trechos ........................................................... 31 
TABELA 7 – Vazão dos trechos ................................................................................ 33 
TABELA 8 – Vazão unitária dos trechos ................................................................... 33 
TABELA 9 – Altura crítica dos trechos ...................................................................... 34 
TABELA 10 – Energia específica dos trechos ........................................................... 35 
TABELA 11 – Parâmetros hidráulicos dos trechos .................................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ANA Agência Nacional de Águas 
CEPAGRI Centro de Pesquisas Meteorológicas Aplicadas à Agricultura 
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente 
IAC Instituto Agronômico de Campinas 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 
MMA Ministério do Meio Ambiente 
PIB Produto Interno Bruto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 06 
1.1 Objetivo geral .................................................................................................... 06 
1.2 Objetivos específicos........................................................................................ 06 
1.3 Metodologia ....................................................................................................... 07 
1.4 Justificativa ........................................................................................................ 07 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 08 
2.1 Definição e caracterização de processos hidrológicos ................................. 08 
2.1.1 Ciclo hidrológico ............................................................................................ 09 
2.1.2 Precipitação .................................................................................................... 10 
2.2 Características físicas de uma bacia hidrográfica ......................................... 10 
2.2.1 Característica morfométrica .......................................................................... 11 
2.2.2 Hierarquia fluvial ............................................................................................11 
2.2.3 Índice de circularidade ................................................................................... 11 
2.2.4 Índice de forma ............................................................................................... 12 
2.2.5 Densidade de drenagem ................................................................................ 12 
2.2.6 Sinuosidade .................................................................................................... 12 
2.2.7 Declividade ..................................................................................................... 12 
2.3 Impactos ambientais em bacias hidrográficas ............................................... 13 
2.4 Impactos da urbanização na dinâmica hidrológica ........................................ 15 
3 ESTUDO DE CASO ............................................................................................... 16 
3.1 Caracterização da região de estudo ................................................................ 16 
3.2 Aspecto socioeconômico da região ................................................................ 18 
3.3 Aspecto fisiológico e geológico ...................................................................... 19 
3.4 Caracterização do trecho do córrego em estudo ........................................... 21 
3.4.1 Trecho natural ................................................................................................ 22 
3.4.2 Trecho artificial ............................................................................................... 25 
4 PARÂMETROS HIDRÁULICOS DO CÓRREGO ANHUMAS ............................... 29 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 37 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 38 
ANEXO A .................................................................................................................. 42 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Com os crescentes problemas que podem comprometer o uso dos recursos 
naturais decorrente de sua má utilização e ocupação de áreas sem planejamento 
prévio, a água e a bacia hidrográfica tornaram-se alvo de suma importância de 
pesquisas de análise do clico hidrológico. 
Identificar as principais características de um córrego em estudo tais como 
sua potencialidade, dinâmica de ocupação do solo e principalmente as condições do 
ambiente natural, é um dos primeiros passos para se obter análises mais precisas e 
detalhadas. 
 Este trabalho apresenta as principais características hidráulicas para 
especificar um córrego qualquer, tendo como base para o desenvolvimento do 
mesmo, o conteúdo aplicado em sala de aula, pesquisas no acervo da universidade 
sobre temas específicos abordados no projeto e o auxílio dos professores. 
 Abrangendo todo o processo, foram expostas todas as etapas para a 
determinação das características do córrego em análise e dimensionamento correto 
do mesmo de forma clara e sucinta, como a determinação da área molhada, raio 
hidráulico, tipo de escoamento, declividade e o estudo focado em dimensionar um 
canal ideal. 
 
1.1 Objetivo geral 
 
 Este trabalho tem como objetivo geral analisar e estudar os parâmetros 
hidrológicos do trecho natural e artificial do Córrego Anhumas, localizado na cidade 
de Campinas. 
 
1.2 Objetivos específicos 
 
 Para o alcance do objetivo geral são traçados objetivos específicos: 
 
 Coletar e calcular os parâmetros hidrológicos. 
 Realizar pesquisa de campo. 
 Estudar os tipos de escoamentos. 
 Analisar os resultados obtidos. 
7 
 
1.3 Metodologia 
 
 A pesquisa a ser realizada quanto à natureza será básica quantitativa, quanto 
aos objetivos será descritiva e aos procedimentos será operacional e de campo com 
registros fotográficos, medições e análise de mapas. 
 Os conhecimentos adquiridos foram através de notas de aula da professora 
Dr.a Maria Alice Venturini na disciplina Hidráulica e Hidrologia Aplicada no curso de 
Engenharia Civil, bem como da pesquisa em livros adquiridos por empréstimos na 
biblioteca da Universidade Paulista do Campus Swift na cidade de Campinas/SP e 
em sites confiáveis, no qual todo o conteúdo relevante será escrito dentro das 
normas da ABNT. 
 Selecionou-se o local de estudo, córrego Anhumas, para a aplicação de 
conhecimento técnicos necessários para coletar parâmetros hidrológicos, tanto do 
trecho natural quanto do trecho artificial. Utilizou-se de softwares como, AutoCAD, 
Excel e Google Earth, para uma melhor precisão do córrego em análise. Para a 
coleta de dados serão usados vara de pescar, bolas de isopor e de chumbo, trena, 
cronômetro e celular para registros fotográficos. 
 
1.4 Justificativa 
 
 A finalidade deste trabalho tem como prioridade adquirir conhecimento na 
formação universitária dos estudantes na área de Engenharia Civil, como também 
servir de ajuda acadêmica para consultas em pesquisas referente à drenagem de 
um córrego qualquer. 
 Fatores como a escolha do local em estudo, análise dos parâmetros 
hidráulicos e do tipo de escoamento, são importantes para o desenvolvimento 
correto de um canal para que não ocorram enchentes ou atividades que prejudiquem 
a região ao entorno do mesmo. 
 Desta forma, se fazem de fundamental importância o estudo e a aplicação 
prática dos conhecimentos referentes à hidráulica e hidrologia, uma vez que, todo o 
conteúdo abordado está baseado em assuntos referentes a estes temas, bem como 
evitar impactos ambientais tanto naturais quanto antrópicos. 
 
 
8 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 A drenagem urbana é um tema que está diretamente relacionado às grandes 
transformações geográficas dos municípios no decorrer dos anos, inclusive no 
Brasil. Essas mudanças, por sua vez, podem provocar certos impactos negativos ao 
meio ambiente, e, consequentemente, prejudicam a vida da população em formas 
de enchentes, alagamentos, diminuição da qualidade da água associada aos 
despejos de resíduos sólidos no escoamento pluvial. 
 As principais causas dos impactos citados são em função dos sistemas de 
drenagem mal projetados e mal executados, pois as maiorias destes, 
especificamente no Brasil, buscam somente a velocidade para escoar a água 
precipitada o mais rápido possível. 
 
2.1 Definição e caracterização de processos hidrológicos 
 
 Pinto et al (2011) define hidrologia como a ciência que estuda a água, suas 
propriedades, fenômenos bem como a sua distribuição por toda a superfície da 
Terra. Para Webster (1961), hidrologia é o estudo da água na superfície terrestre, no 
solo ou em rochas, e na atmosfera, quando se trata de evaporação e precipitação. 
Wisler e Brater (1964) definem que hidrologia é “a ciência das várias partes do ciclo 
hidrológico”, que trata do controle sobre a perda e recarga de recursos hídricos e do 
transporte de água, seja pelo ar, pela terra, pela superfície ou abaixo dela. 
 
A Hidrologia é uma ciência recente. Apesar de certas noções básicas 
terem sido conhecidas e aplicadas pelo Homem há muito tempo, 
como o atestam os registros egípcios sobre as enchentes do Nilo 
datados do ano 3.000 a.C. e as evidências de medidas de 
precipitação pluvial na Índia feitas em 350 a.C.; a concepção geral do 
ciclo hidrológico só começou a tomar forma na Renascença com Da 
Vinci e outros (PINTO et al, 2011, pág. 1). 
 
 Entende-se que a hidrologia é fundamental em qualquer sociedade, pois está 
presente em estudos de planejamento de obras civis, economia, controle de 
recursos hídricos, preservação do meio ambiente entre outros. Afinal, qualquer 
interação,manipulação ou uso da água hoje em dia, é baseado em algum estudo 
prévio (GARCEZ; ALVAREZ, 1988). 
 
9 
 
2.1.1 Ciclo hidrológico 
 
 Ciclo hidrológico é o processo natural de evaporação, condensação, 
precipitação, detenção e escoamento superficial, infiltração, percolação da água no 
solo e nos aquíferos, escoamentos fluviais e as relações entre essas partes 
(RIGHETTO, 1998 apud AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS, 2012). 
 O ciclo se inicia com a energia solar evaporando as águas dos oceanos, rios 
e lagos da superfície terrestre. O vapor decorrente é transportado pelo movimento 
das massas de ar, que é condensado, formando nuvens que podem gerar 
precipitação. A maior parte desta precipitação fica retida temporariamente no solo 
próximo de onde caiu, que, sua por sua vez volta à atmosfera em forma de 
evaporação e transpiração das plantas. Outra parte da água que sobra, entra no 
subsolo, escoa sobre os corpos d’agua e recarrega os aquíferos subterrâneos (ANA, 
2012). A Figura 1 demonstra como ocorrem essas relações. 
FIGURA 1 – Ciclo hidrológico 
 
Fonte: USGS – United States Geological Survey, 2017 
 De acordo com ANA (2012) o ciclo hidrológico pode parecer contínuo, porém 
na realidade é bastante diferente, pois o movimento que a água faz em cada 
processo do ciclo ocorre de forma bastante aleatória, variando conforme espaço e 
tempo. Em algumas circunstâncias a natureza pode trabalhar com excessos, 
10 
 
provocando chuvas torrenciais que ultrapassam o limite de suporte dos cursos 
d’água, provocando inundações, ora parece que todo o ciclo parou completamente, 
ora varia entre enchentes e em secas. 
 
2.1.2 Precipitação 
 
 Caracteriza-se precipitação, toda a água que cai sobre a superfície terrestre, 
seja em forma de chuva, neve, orvalho, granizo, neblina ou geada. De acordo com 
Pinto et al (2011) toda água que escoa nos rios, mares ou que estão armazenadas 
na superfície terrestre, podem ser consideradas resíduos de precipitações. Os 
principais tipos de precipitação são (PINTO et al, 2011): 
 
 Ciclônicas: causadas pela movimentação de massas de ar de regiões de alta 
pressão para regiões de baixa pressão, a diferença de pressão entre regiões 
é causada pelo aquecimento desigual da superfície terrestre. Costumam ter 
longa duração e se estendem por grandes áreas, com intensidades baixas ou 
médias. A precipitação ciclônica pode ser frontal (que é a ascensão do ar 
quente sobre o ar frio) ou não frontal (quando o ar converge horizontalmente 
em áreas de baixa pressão). 
 Convectivas: quando a superfície é aquecida de forma desigual são formadas 
camadas de ar com densidades diferentes, essas camadas dispõem-se de 
acordo com sua temperatura com um equilíbrio instável, e quando fatores 
como vento ou superaquecimento rompem esse equilíbrio, o ar menos denso 
atinge uma ascensão brusca de grandes altitudes. As precipitações 
convectivas são rápidas e intensas, atingindo uma pequena área. 
 Orográficas ou de relevo: ocorre quando uma corrente de ar úmido se choca 
com barreiras naturais como montanhas. 
 
2.2 Características físicas de uma bacia hidrográfica 
 
 Tucci (2014) define bacia hidrográfica como uma área de captação natural de 
água decorrente de precipitações, no qual sua formação geográfica contribui para 
que aconteça o escoamento direcionado a um único ponto, ela é formada por um 
11 
 
grupo de declives e de uma rede de drenagem resultante do curso feito pela água 
até o leito de um rio. 
 As características topográficas, geológicas, geomorfológicas, pedológicas e 
térmicas influenciam diretamente no desempenho hidrológico de uma bacia, que 
também é influenciado pelo tipo de cobertura que ela possui (GARCEZ; ALVAREZ, 
1988). Deve-se ressaltar que com o passar dos anos diversos autores buscaram 
definir a natureza de uma bacia hidrográfica baseados nas áreas mais concentradas 
de determinadas redes de drenagem e chegaram a conclusões semelhantes 
(TEODORO et al, 2007). 
 
2.2.1 Característica morfométrica 
 
 Segundo Antonelli e Thomaz (2007) a caracterização morfométrica consiste 
na realização de medições do corpo e formato da bacia, e, através destes dados, 
são possíveis análises de áreas específicas. Esses parâmetros revelam aspectos 
individuais de locais, diferenciando áreas homogêneas. Através dessa diferenciação 
é possível a visualização de áreas mais vulneráveis e com maiores alterações 
ambientais. 
 
2.2.2 Hierarquia fluvial 
 
Christofoletti (1980) afirma que a hierarquia fluvial consiste na classificação 
dos canais existentes em uma rede de drenagem, a fim de se estabelecer um curso 
para o escoamento da água, abordando o tema por meio do método criado por 
Strahler em 1952, que afirma que canais de primeira ordem surgem na nascente e 
percorrem seu caminho até as confluências (encontro de dois canais), desse 
encontro surgem os canais de segunda ordem que quando se encontram formam os 
de terceira ordem e assim vão ocorrendo confluências gradualmente. 
 
2.2.3 Índice de circularidade 
 
Segundo Christofoletti (1980) o coeficiente de circularidade pode ser definido 
como a relação entre a área da bacia e um círculo de área igual. Quanto mais 
próximo de um for este resultado, mais circular será o formato da bacia, favorecendo 
12 
 
assim a ocorrência de enchentes, uma vez que toda a sua forma contribuiria para o 
escoamento de água quando for atingido seu tempo limite de concentração. 
 
2.2.4 Índice de forma 
 
 Lima (1996), conclui que este índice relaciona a área de uma determinada 
bacia com o seu comprimento, obtendo assim um coeficiente que definirá qual a 
chance de ocorrer uma enchente em sua área total. Quanto menor o número 
resultante, menor será a possibilidade de uma enchente ocorrer simultaneamente 
em toda a sua extensão (VILLELA; MATTOS, 1975). 
 
2.2.5 Densidade de drenagem 
 
 Horton (1945) aborda este parâmetro como sendo a relação entre o 
comprimento total dos canais de escoamento em quilômetros com a área da bacia 
hidrográfica. A densidade de drenagem de uma bacia está diretamente ligada com 
as características geológicas da mesma, por exemplo, solos com predominância de 
superfícies rochosas possuem maior capacidade de escoamento, dificultando a 
infiltração da água. 
 
2.2.6 Sinuosidade 
 
 De acordo com Villela e Mattos (1975) e Christofoletti (1980) pode-se definir 
como índice de sinuosidade a relação entre a distância do canal principal e o 
comprimento do rio principal. A sinuosidade encontrada durante o percurso 
determina a velocidade de escoamento da água em uma determinada bacia 
hidrográfica. Obtendo-se resultados mais próximos a um, pode-se concluir que o 
curso de água é de baixa sinuosidade, ou seja, a água escoa de maneira mais 
rápida. 
 
2.2.7 Declividade 
 
 O índice de declividade pode ser encontrado através da diferença de cotas 
entre dois pontos (maior altitude e menor altitude da bacia), dividida pelo 
13 
 
comprimento total entre estes dois pontos. Quanto maior for a declividade obtida, 
maior também será a velocidade de escoamento por decorrência da ação da 
gravidade e maior serão as variações das vazões instantâneas (PORTO, 2006). 
 
2.3 Impactos ambientais em bacias hidrográficas 
 
 Com considerável destaque nas discussões acerca da questão ambiental, é 
de fundamental importância conhecer e entender quais as principais atividades 
humanas e naturais de maior impacto sobre as bacias hidrográficas, para a 
conservação da qualidade e quantidade de água, considerando sua função no ciclo 
hidrológico, além de ajudar nas discussões sociais sobre o futurodas bacias 
hidrográficas. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) define impacto 
ambiental como: 
 
Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental 
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do 
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia 
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, 
afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as 
atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições 
estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos 
ambientais (CONAMA, Artigo 1° da Resolução n.º 001/86). 
 
 Dentre os impactos ambientais podem-se citar a ocupação inadequada e 
desabamento de terras, salinização, compactação, impermeabilização, crescimento 
demográfico desordenado, erosão, queimadas, irrigação, perda da flora e fauna, 
desertificação (que é a forma mais grave de degradação ambiental) e perda da 
biodiversidade, esta última que é acelerada pela ação antrópica que em conjunto 
com fenômenos climáticos cada vez mais frequentes, tais como: terremotos, 
inundações, tornados, furacões, erupções vulcânicas e maremotos, deixam efeitos 
negativos no meio ambiente, incluindo as bacias hidrográficas que são direta ou 
indiretamente afetadas por estas ações (NETTO et al, 1998). 
 Como dito anteriormente, os impactos ambientais que afetam as bacias 
hidrográficas podem ser de origem natural ou antrópica, esta última é causada pela 
ação humana, vide a Tabela 1 que identifica os principais impactos conhecidos bem 
como sua natureza. 
 
14 
 
TABELA 1 – Impactos ambientais antrópicos e naturais 
Impactos Ambientais 
Impactos Naturais 
Erupções vulcânicas, terremotos, inundações, tornados, furacões 
e maremotos. 
Impactos Antrópicos 
Diminuição da matéria orgânica, compactação, impermeabilização, 
salinização, desabamento de terras, contaminação, desmatamento 
das matas ciliares, crescimento demográfico, queimadas, 
irrigação, mineração, erosão e desertificação. 
Fonte: Comissão das Comunidades Europeias (2006). Adaptado 
 Um dos impactos antrópicos mencionados na Tabela 1 é a erosão, também 
conhecida como erosão hídrica, que é causada pela água das chuvas e é 
identificada como a principal causa de empobrecimento do solo, sobretudo nas 
bacias hidrográficas. Ocorre nesse processo a desintegração estrutural do solo pelo 
impacto da água da chuva e o material que ficou solto devido a este impacto é 
removido do terreno e levado normalmente para o fundo dos vales. De acordo com 
Ruhe (1975) e Bahía (1992) (apud ARAÚJO et al 2009), a força deste processo de 
erosão, deriva entre outros do clima, resistência do solo, água da natureza da 
comunidade vegetal existente e também das condições associadas ao manejo do 
solo. 
 Netto et al (1998) destaca o desmatamento como outro fator de grande 
degradação, que em função das atividades agrícolas e minerais aplicadas com 
técnicas inadequadas e com o emprego de agroquímicos, geram impactos tanto em 
magnitudes físicas e biológicas quanto sociais. Além de ser um dos grandes 
responsáveis pelo desencadeamento de processos erosivos, a retirada da cobertura 
vegetal influencia diretamente na qualidade ambiental da área em questão, pois com 
a diminuição da área de mata, a tendência é a elevação da temperatura local, 
gerando certo desconforto térmico à população residente, caso haja. 
 Neste cenário, é de suma importância ressaltar as práticas de manejo, 
conservação das águas, conservação e reposição das matas ciliares e retiradas do 
solo superficial, visto que deste modo as condições dessas bacias podem ser 
modificadas do seu estado natural, uma vez que o transporte de sedimentos para o 
leito da bacia e demais cursos de água podem resultar numa variação da qualidade 
da água e até mesmo assoreamento, diminuindo assim a vida útil das bacias 
hidrográficas (JÚNIOR, 2012). 
15 
 
2.4 Impactos da urbanização na dinâmica hidrológica 
 
Para Tucci e Bertoni (2003), o ciclo hidrológico pode ser considerado um 
sistema em equilíbrio em condições naturais e é constituído por diferentes processos 
físicos, químicos e biológicos. Quando o homem entra dentro desse sistema e traz 
consigo a urbanização, dependendo da intensidade da ação e os níveis de 
alterações no meio ambiente, ocorrem grandes modificações na dinâmica do ciclo 
da água. 
A forma de ocupação do solo e o aumento das superfícies impermeáveis na 
maior parte das bacias localizadas no perímetro urbano são decorrências diretas do 
desenvolvimento urbano desordenado, provocando inundações e deslizamentos, 
que ligado a este fator antrópico fica mais suscetível aos processos erosivos (FILHO 
et al 2003 apud SILVA, 2010). 
 
Na medida que a população impermeabiliza o solo e acelera o 
escoamento através de condutos e canais a quantidade de água que 
chega ao mesmo tempo no sistema de drenagem aumenta 
produzindo inundações mais frequentes do que as que existiam 
quando a superfície era permeável e o escoamento se dava pelo 
ravinamento natural. Esta inundação é devido à urbanização ou a 
drenagem urbana (TUCCI; BERTONI, 2003, pág. 45). 
 
Tendo em vista a exposição dos autores acima é de suma importância 
ressaltar que esse processo de urbanização sem planejamento já trouxe e continua 
trazendo complicações para as águas urbanas de forma direta da seguinte forma 
(TUCCI; BERTONI, 2003): 
 
 Altera cobertura vegetal. 
 Diminui a capacidade de absorção do solo. 
 Gera maior quantidade de água na superfície. 
 Diminui o lençol freático. 
 Diminui a perda de água para a atmosfera por evaporação do solo. 
 Aumenta diretamente o escoamento superficial. 
 Potencializa os efeitos de enchentes e dos processos erosivos. 
 
 
 
16 
 
3 ESTUDO DE CASO 
 
3.1 Caracterização da região de estudo 
 
A bacia do Ribeirão Anhumas, alvo dos estudos realizados nesse trabalho, 
tem uma área aproximada de 150 km² e corta o município de Campinas/SP 
(FIGURA 2). Em toda a sua extensão cerca de 50% da área total da bacia encontra-
se urbanizada e 10% totalmente impermeabilizada por conta das vias urbanas em 
seus arredores. Nos dias atuais aproximadamente 500 mil pessoas habitam a área 
entre seus divisores e os números continuam a subir por conta do avanço da 
urbanização (IBGE, 2010). 
Situada nas coordenadas 22°45’ e 22°56’ de latitude sul e 46°58’ e 47°07’ de 
longitude oeste. Essa região abrange um território entre o planalto atlântico e uma 
depressão periférica. Sua extensão é cercada por colinas médias e amplas em suas 
extremidades (INSTITUTO GEOLÓGICO, 1993). 
FIGURA 2 – Localização da bacia hidrográfica do Ribeirão Anhumas 
 
Fonte: www.iac.sp.gov.br/projetoanhumas/localiza, 2017 
A área do Ribeirão Anhumas escolhida para estudo localiza-se na Macrozona 
4 do município de Campinas/SP (FIGURA 3), entre os Bairros Vila Madalena e 
Jardim Bela Vista. Esta Macrozona concentra a maior parte da infraestrutura e 
consequentemente a maior parte da população, comércio e de indústrias. Pode-se 
17 
 
caracterizar esta região como a mais antiga da cidade, desta forma, foi a mais 
afetada pelo processo histórico de ocupação e pela geração de agentes poluidores 
que atacam diretamente o meio ambiente (PREFEITURA DE CAMPINAS, 2006).
 Segundo Torres, Adami e Coelho (2014) o adensamento urbano na área 
estudada é variado, pois pode-se observar um grande investimento em infraestrutura 
na região, em relação ao tráfego viário e drenagem urbana, porém é notável a 
presença de um número considerável de sub-habitações nos arredores da mesma. 
A falta de planejamento urbano e condições adequadas de saneamento nos pontosmais pobres, facilitaram a degradação das margens do Ribeirão Anhumas. 
Determinados pontos recebem tanto o lixo decorrente dos moradores vizinhos 
quanto dos detritos trazidos pela água dos bairros mais altos, explicando o evento 
de enchentes e o assoreamento de resíduos no canal. 
FIGURA 3 – Macrozona 4 do município de Campinas/SP 
 
Fonte: www.campinas.sp.gov.br/governo/seplama/macrozonas/macrozona4, 2017 
18 
 
3.2 Aspecto socioeconômico da região 
 
Segundo o IBGE (2014) a cidade de Campinas possui um Índice de 
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,805 o que a coloca na faixa de 
desenvolvimento humano muito alto e um Produto Interno Bruto (PIB) de 49,9 
bilhões, deixando-a numa colocação em evidência quando se trata das cidades mais 
ricas do Brasil, superando até mesmo, sozinha, alguns estados. 
Na cidade são coletados em média 850 toneladas de resíduos sólidos 
domiciliares por dia, isso representa por volta de 0,750 kg/dia por pessoa. Com a 
falta de locais para aterros e pela preocupação ambiental, a prefeitura de Campinas 
tem implantado processos seletivos de coleta de lixo visando separar resíduos que 
possam ser reciclados (PREFEITURA DE CAMPINAS, 2017). 
Regiões mais próximas ao centro localizam-se bairros de alta renda, e, por 
outro lado, as populações de renda média ou baixa circundam esta área central em 
bairros de ocupações mais antigas. As atividades industriais da macrozona são 
segregadas pela Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS)1, deste modo as áreas 
industriais são localizadas ao longo das rodovias, sendo poucas as atividades 
industriais distribuídas na área urbana mais forte (PREFEITURA DE CAMPINAS, 
2006). 
Ainda para a Prefeitura de Campinas (2006), sub-habitações ocupam as 
áreas públicas de loteamentos, a maioria delas encontra-se em bairros de classe 
média e alta, como as comunidades localizadas na região do Anhumas, Jardim 
Flamboyant, Vila Brandina, Jardim São Fernando entre outras e principalmente 
aquelas localizadas na região entre as Rodovias Anhanguera – SP 330, 
Bandeirantes – SP 348 e Santos Dumont – SP 075. 
A região sofre com o forte nível de mudanças nas condições naturais dos 
terrenos, ocupações inadequadas dos vales e planícies fluviais e a saturação da 
infraestrutura em alguns pontos, gerados pelo crescimento urbano desenfreado, 
condicionando problemas ambientais, tais como enchentes e a deterioração da 
qualidade das águas dos rios. Problemas de enchentes estão ligados ao sistema de 
drenagem que não mais atende à demanda gerada pela bacia de contribuição, em 
 
1 Ferramenta para planejamento de uma cidade, visando sua funcionalidade, qualidade de vida e 
distribuição. Esta lei é elaborada com a participação da sociedade. 
19 
 
função do aumento de áreas impermeabilizadas pela ocupação de fundos de vales e 
áreas de inundação (PREFEITURA DE CAMPINAS, 2006). 
 
3.3 Aspecto fisiológico e geológico 
 
O Ribeirão Anhumas é formado nas proximidades do cruzamento da Avenida 
Orozimbo Maia com a Via Norte/Sul pela junção dos córregos Orozimbo Maia e 
Proença, drenando grande parte da Macrozona 4 (FIGURA 3), indo desaguar na 
margem esquerda do Rio Atibaia. 
Em sua bacia de drenagem ficam situadas inúmeras indústrias de pequeno, 
médio e grande porte, doze hospitais e um cemitério. A bacia é ainda cortada por 
duas rodovias, a Dom Pedro I e a SP-340. Isso faz com que boa parte da área 
urbana em expansão da cidade de Campinas esteja localizada nas proximidades da 
bacia do Anhumas. 
Segundo o IGBE (2007), “um levantamento pedológico é um prognóstico da 
distribuição geográfica dos solos como corpos naturais, determinados por um 
conjunto de relações e propriedades observáveis na natureza.”, desta forma Coelho 
et al (2003) definiu dezessete unidades de mapeamento no da bacia do Ribeirão 
Anhumas bem como a sua distribuição dos diferentes tipos de solos encontrados 
nessas unidades (GRÁFICO 1). O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) também 
definiu os tipos de solos encontrados na Macrozona 4 (ANEXO A). 
GRÁFICO 1 – Tipos de solos nas unidades 
 
Fonte: www.iac.sp.gov.br/projetoanhumas/pdf/010528.pdf (2005). Adaptado 
33%
12%
1%
50%
4%
Latossolos vermelhos
Latossolos vermelhos-
amarelos
Argilosso vermelho
Argilossos vermelho-amarelo
Gleissolo
20 
 
Diante do Gráfico 1, pode se destacar que (COELHO et al, 2003): 
 
 Latossolos, localizados na porção oeste, noroeste e nordeste, representam 
45% do tipo de solo encontrado e são caracterizados entre profundo a muito 
profundo, o qual permite facilmente a infiltração da água. 
 Argissolos, localizados na porção sul, sudeste, leste (área onde se encontra 
maior urbanização consolidada) e noroeste acompanhando o leito do 
Ribeirão. Representam 51% do tipo de solo encontrado, possuindo uma maior 
concentração de argila e, desta forma, apresentam uma maior resistência à 
infiltração, acelerando o processo de escoamento. 
 Gleissolos ocupam as planícies fluviais que acompanham a rede de 
drenagem no Ribeirão das Anhumas, representam apenas 4% do tipo de solo 
encontrado, reconhecido por serem solos de mal a muito mal drenados com 
características influenciadas pelo excesso de umidade permanente ou 
temporário, ocasionado pela proximidade do lençol freático à superfície. 
 
Com diferentes graus de impermeabilização nas áreas do Ribeirão Anhumas, 
seu índice se tornou tão alto a ponto de impedir a infiltração da água da chuva, 
causando um déficit na recarga do lençol freático e aumentando o escoamento 
superficial que causa alagamentos em determinados pontos da cidade de Campinas. 
Estes fatos podem ser observados através dos dados obtidos pelo Centro de 
Pesquisas Meteorológicas Aplicadas à Agricultura (CEPAGRI) no período de 24 
anos (TABELA 2). 
TABELA 2 – Estação meteorológica de 1988 – 2012 
MÊS 
TEMPERATURA DO AR (ºC) 
CHUVA 
(mm) 
UMIDADE 
(%) 
Média 
Máxima 
Média 
Máxima 
Absoluta 
Mínima 
Média 
Mínima 
Absoluta 
Média 
Máxima 
24 hrs 
9 
hrs 
15 
hrs 
SET 21,80 27,80 37,60 15,80 5,60 59,50 48,00 68 43 
OUT 23,30 29,10 37,40 17,60 9,40 123,50 110,40 70 46 
NOV 23,80 29,30 36,80 18,30 10,90 155,60 88,00 72 49 
Fonte: Cepagri/Feagri – Unicamp (2012). Adaptado 
21 
 
3.4 Caracterização do trecho do córrego em estudo 
 
 O estudo do córrego Anhumas foi dividido em duas partes escolhidas 
aletoriamente nas proximidades dos bairros Vila Madalena e Jardim Bela Vista na 
cidade de Campinas/SP, sendo o primeiro ponto o trecho natural e o segundo, 
artificial. 
 Realizou-se uma entrevista com perguntas abertas para cada trecho, como 
será apresentado nos tópicos 3.4.1 e 3.4.2. Os trechos podem ser verificados como 
ilustrado na Figura 4: 
 FIGURA 4 – Vista aérea dos pontos estudados 
 
Fonte: Google Earth, 2017. 
 De acordo com Venturini (2017)2 para o cálculo dos parâmetros hidráulicos 
deve-se primeiramente coletar dados como: largura do córrego, altura de lâmina 
d’água, altura total e declividade. E, para isto, utilizou-se materiais como vara de 
pesca, martelo, fita métrica, trena digital, estacas e bolas de chumbo e isopor 
(FIGURA 5). 
 
2 VENTURINI, Maria Alice. Professora Doutora da disciplina de Hidráulica e Hidrologia Aplicada do 
curso de Engenharia Civil da Universidade Paulista – UNIP. Nota de aula em 22 de Agosto de 2017. 
22 
 
FIGURA 5 – Materiais usados para coletar dados 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
3.4.1 Trecho natural 
 
 Em entrevista a BP (82) que mora há mais de 50 anos nas redondezasda 
parte natural do córrego Anhumas, comentou que esta área inunda bastante mesmo 
após a pavimentação da Rua Eduardo Nogueira no entorno do córrego que 
aconteceu há cerca de aproximadamente três anos (FIGURA 11). Ele relatou 
também que antigamente era melhor para se viver ali, pois sem esta pavimentação a 
frequência de alagamentos era muito menor, pois a água não encontrava tantos 
obstáculos como atualmente (FIGURA 17 – 18). 
 Os locais utilizados para coletar os dados morfométricos do córrego foram em 
uma ponte sobre o mesmo, seguido do primeiro ponto para o cálculo da velocidade, 
próximo à Rua Eduardo Nogueira às margens de um campo de futebol (FIGURA 6). 
Nas figuras a seguir o grupo reuniu os dados necessários para o cálculo dos 
parâmetros hidráulicos, que será mostrado no tópico 4, e registrou, por meio de 
imagens, os resíduos encontrados às margens do córrego (FIGURA 7 – 18). 
 
23 
 
FIGURA 6 – Vista aérea do trecho natural 
 
Fonte: Google Earth, 2017. 
FIGURA 7 – Vista aérea do fluxo de água 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 8 – Vista aérea do córrego 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 9 – Resíduos encontrados ao redor 
do córrego 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 10 – Resíduos encontrados às 
margens do trecho natural 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
Materiais de 
construção civil 
Lixo doméstico 
Móveis 
MONTANTE 
JUSANTE 
Lixo 
 doméstico 
Materiais de 
construção civil 
24 
 
FIGURA 11 – Região de enchentes relatados 
por BP (50) 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 13 – Fixação da primeira estaca para 
medição de velocidade 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
 
FIGURA 12 – Contagem do tempo para 
cálculo de velocidade 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 14 – Fixação da segunda estaca para 
medição de velocidade 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 15 – Entorno do córrego a esquerda 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 16 – Entorno do córrego a direita 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
Bola de isopor 
Lixo doméstico 
Fluxo de água 
Galhos 
Lixo doméstico 
Primeira estaca 
Segunda estaca 
Fluxo de água 
25 
 
FIGURA 17 – Redondezas do córrego 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 18 – Redondezas do córrego 
 
Fonte: Próprio autor (2017).
 Observa-se que todo o entorno do córrego encontra-se com resíduos 
espalhados pela margem com muitos restos de materiais de construção civil, lixos 
domésticos e galhos de árvore, o qual pode acarretar em possíveis enchentes como 
mencionado por BP (82). Evidenciando que o córrego apresente um formato 
geométrico irregular, o grupo considerou o trecho natural como trapezoidal e com 
10% de borda livre, o qual será estudado no tópico 4 (FIGURA 19). 
FIGURA 19 –Desenho esquemático do trecho natural 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
3.4.2 Trecho artificial 
 
 Já para a área artificial, VE (47) que mora nas proximidades, argumentou que 
diminuiu bastante a ocorrência de enchentes e de problemas com lixos após a 
construção da canalização do córrego. 
 Os locais utilizados para coletar os dados morfométricos do córrego foram em 
uma ponte sobre o mesmo, seguido do segundo ponto para o cálculo da velocidade, 
próximo à Rua Eduardo Nogueira (FIGURA 20). Nas figuras a seguir o grupo reuniu 
os dados necessários para o cálculo dos parâmetros hidráulicos, que será mostrado 
no tópico 4, e registrou, por meio de imagens, os resíduos encontrados às margens 
do córrego (FIGURA 21 – 30). 
Fluxo de água 
26 
 
FIGURA 20 – Vista aérea do trecho artificial 
 
Fonte: Google Earth, 2017. 
FIGURA 21 – Vista aérea do fluxo de água 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 22 – Vista aérea do córrego 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 23 – Resíduos encontrados 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 24 – Vegetações encontradas 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
Lixo doméstico 
Vegetação 
MONTANTE 
JUSANTE 
27 
 
FIGURA 25 – Região de enchentes relatados 
por VE (47) 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 26 – Contagem do tempo para 
cálculo de velocidade 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 27 – Entorno do córrego a esquerda 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 28 – Entorno do córrego a direita 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 29 – Utilização da vara para medir o 
fundo 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
FIGURA 30 – Fixação de estacas para 
medição de velocidade 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
Bola de isopor 
Estaca 
28 
 
 Observa-se que, neste caso, todo o entorno do córrego encontra-se limpo 
exceto por alguns resíduos no meio do canal. Após a coleta dos dados desenhou-se 
este trecho conforme Figura 31 (com 10% de borda livre), o qual será estudado no 
tópico 4. 
FIGURA 31 – Desenho esquemático do trecho artificial 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
4 PARÂMETROS HIDRÁULICOS DO CÓRREGO ANHUMAS 
 
De acordo com Soares (2011), parâmetros hidráulicos “são dimensões 
características da seção geométrica por onde flui o líquido”. Entre essas dimensões 
pode-se destacar a velocidade, área molhada, seção e também a profundidade do 
córrego, que são as características que mais variam ao longo do trecho de 
escoamento e de suma importância para análise de eventos que ocorrem no mesmo 
em questão, auxiliando diretamente no reconhecimento e solução de problemas 
(PAIVA et al, 2017). Desta forma, após o levantamento dos dados necessários, 
iniciou-se os cálculos pela Equação da área molhada (4.1): 
 
 
Am =
(B + b)
2
 ∙ y 
 
(4.1) 
Onde: 
 Am = área molhada (m²); 
 B = base maior (m); 
 b = base menor (m); 
 y = altura de lâmina d’água (m). 
 
 A fim de se obter melhores resultados, foi considerado o córrego com 10% de 
borda livre da altura total de cada trecho. Substituindo os valores obtidos dos trechos 
na Equação (4.1), obteve-se os resultados da Tabela 3: 
TABELA 3 – Área molhada dos trechos 
TRECHO 1 (NATURAL) 
B1 = 55,70 m 
b1 = 18,10 m 
y1 = 4,77 m 
Am1 = 176,01 m² 
TRECHO 2 (ARTIFICIAL) 
B2 = 12,43 m 
b2 = 5,00 m 
y2 = 3,60 m 
Am2 = 31,37 m² 
Fonte: Próprio autor (2017). 
 
30 
 
 O perímetro molhado é calculado pela Equação (4.2): 
 
 
Pm = a1+ b + a2 
 
(4.2) 
Onde: 
 Pm = perímetro molhado (m); 
 b = base menor (m); 
 a1 = medida lateral a esquerda do córrego (m); 
 a2 = medida lateral a direita do córrego (m). 
 
 Substituindo os valores obtidos dos trechos na Equação (4.2), obteve-se os 
resultados da Tabela 4: 
TABELA 4 – Perímetro molhado dos trechos 
TRECHO 1 (NATURAL) 
b1 = 18,10 m 
a1 = 23,49 m 
a2 = 15,36 m 
Pm1 = 56,95 m 
TRECHO 2 (ARTIFICIAL) 
b2 = 5,00 m 
a1 = 4,84 m 
a2 = 5,53 m 
Pm2 = 15,37 m 
Fonte: Próprio autor (2017). 
 De acordo com Venturini (2017), o raio hidráulico econômico é aquele que 
apresenta a maior vazão de água em uma menor área, apresentando um valor entre 
0,95 < Rh < 1,05 e é calculado pela Equação do raio hidráulico (4.3): 
 
 Rh = 
Am
Pm
 
(4.3) 
Onde: 
 Rh = raio hidráulico (m); 
 Am = área molhada (m²); 
 Pm = perímetro molhado (m). 
 
31 
 
 Substituindo os valores obtidos dos trechos na Equação (4.3), obteve-se os 
resultados da Tabela 5: 
TABELA 5 – Raio hidráulico dos trechos 
TRECHO 1 (NATURAL) 
Am1 = 176,01 m² 
Pm1 = 56,95 m 
Rh1 = 3,09 m 
TRECHO 2 (ARTIFICIAL) 
Am2 = 31,37 m² 
Pm2 = 15,37 m 
Rh2 = 2,04 m 
Fonte: Próprioautor (2017). 
 Em seguida, será exposto a Equação da Superfície Molhada (4.4): 
 
 Sm = B (4.4) 
Onde: 
 Sm = superfície molhada (m); 
 B = base maior (m). 
 
 Substituindo os valores obtidos dos trechos na Equação (4.4), obteve-se os 
resultados da Tabela 6: 
TABELA 6 – Superfície molhada dos trechos 
TRECHO 1 (NATURAL) B1 = 55,70 m Sm1 = 55,70 m 
TRECHO 2 (ARTIFICIAL) B2 = 12,43 m Sm2 = 12,43 m 
Fonte: Próprio autor (2017). 
 
 
 
 
32 
 
 Para o cálculo da vazão, será necessário antes, obter a declividade do fundo 
do canal através da Equação (4.5): 
 
 I = 
CotaMAIOR - CotaMENOR
∑ LT
 
(4.5) 
Onde: 
 I = declividade do fundo do canal (m/m); 
 CotaMAIOR = cota de maior altura entre os dois trechos (m); 
 CotaMENOR = cota de menor altura entre os dois trechos (m). 
 
 Substituindo os valores na Equação (4.5): 
 
I = 
631 - 628
175
 = 0,02 m/m 
 
 Em seguida, através da Equação de Manning (4.6), calculou-se a vazão dos 
trechos: 
 
 Q = 
1
n
 ∙ Am ∙ Rh
2
3 ∙ √I 
(4.6) 
Onde: 
 Q = vazão (m³/s); 
 n = coeficiente de rugosidade de Manning (adimensional); 
 Am = área molhada (m²); 
 Rh = raio hidráulico (m); 
 I = declividade do fundo do canal (m/m). 
 
 Segundo Venturini (2017), o coeficiente de rugosidade usual para o trecho 
natural é de n = 0,035 (espécies verticais) e para o artificial, n = 0,015 (concreto com 
acabamento). Substituindo os valores obtidos dos trechos na Equação (4.6), obteve-
se os resultados da Tabela 7: 
 
 
33 
 
TABELA 7 – Vazão dos trechos 
TRECHO 1 (NATURAL) 
n = 0,035 
Am1 = 176,01 m² 
Rh1 = 3,09 m 
I = 0,02 m/m 
Q1 = 1.397,09 m³/s 
TRECHO 2 (ARTIFICIAL) 
n = 0,015 
Am2 = 31,37 m² 
Rh2 = 2,04 m 
I = 0,02 m/m 
Q2 = 440,71 m³/s 
Fonte: Próprio autor (2017). 
 Para analisar o tipo de escoamento em cada trecho, é necessário o cálculo da 
vazão unitária, altura crítica e energia específica. Iniciando pela Equação da Vazão 
Unitária (4.7): 
 
 q = 
Q
B
 
(4.7) 
Onde: 
 q = vazão unitária (m³/s.m); 
 Q = vazão (m³/s); 
 B = base maior (m). 
 
 Substituindo os valores obtidos dos trechos na Equação (4.7), obteve-se os 
resultados da Tabela 8: 
TABELA 8 – Vazão unitária dos trechos 
TRECHO 1 (NATURAL) 
Q1 = 1.397,09 m³/s 
B1 = 55,70 m 
q1 = 25,08 m³/s.m 
TRECHO 2 (ARTIFICIAL) 
Q2 = 440,71 m³/s 
B2 = 12,43 m 
q2 = 35,46 m³/s.m 
Fonte: Próprio autor (2017). 
 
 
34 
 
 Em seguida, utiliza-se a Equação da Altura Crítica (4.8): 
 
 y
c
 = √ 
q2
g
3
 
(4.8) 
Onde: 
 yc = altura crítica (m); 
 q = vazão unitária (m³/s.m); 
 g = gravidade (m/s²). 
 
 Substituindo os valores obtidos dos trechos na Equação (4.8), obteve-se os 
resultados da Tabela 9: 
TABELA 9 – Altura crítica dos trechos 
TRECHO 1 (NATURAL) 
q1 = 25,08 m³/s.m 
g = 9,81 m/s² 
yc1 = 4,00 m 
TRECHO 2 (ARTIFICIAL) 
q2 = 35,46 m³/s.m 
g = 9,81 m/s² 
yc2 = 5,04 m 
Fonte: Próprio autor (2017). 
 E por último, para análise do tipo de escoamento, calcula-se a Equação da 
Energia Específica (4.9): 
 
 E = y + 
q2
2 ∙ g ∙ y2
 
(4.9) 
Onde: 
 E = energia espcífica (m); 
 y = altura de lâmina d’água (m); 
 q = vazão unitária (m³/s.m); 
 g = gravidade (m/s²). 
 
 Substituindo os valores obtidos dos trechos na Equação (4.9), obteve-se os 
resultados da Tabela 10: 
35 
 
TABELA 10 – Energia específica dos trechos 
TRECHO 1 (NATURAL) 
y1 = 4,77 m 
q1 = 25,08 m³/s.m 
g = 9,81 m/s² 
E1 = 6,18 m 
TRECHO 2 (ARTIFICIAL) 
y2 = 3,60 m 
q2 = 35,46 m³/s.m 
g = 9,81 m/s² 
E2 = 8,54 m 
Fonte: Próprio autor (2017). 
 Diante dos cálculos efetuados, um resumo geral dos parâmetros hidráulicos 
foi exposto para cada trecho (TABELA 11): 
TABELA 11 – Parâmetros hidráulicos dos trechos 
PARÂMETROS HIDRÁULICOS TRECHO 1 (NATURAL) TRECHO 2 (ARTIFICIAL) 
Am (m²) 176,01 m² 31,37 m² 
Pm (m) 56,95 m 15,37 m 
Rh (m) 3,09 m 2,04 m 
Sm (m) 55,70 m 12,43 m 
Q (m³/s) 1.397,09 m³/s 440,71 m³/s 
q (m³/s.m) 25,08 m³/s.m 35,46 m³/s.m 
yc (m) 4,00 m 5,04 m 
E 6,18 m 8,54 m 
Fonte: Próprio autor (2017). 
 Pode-se analisar que até mesmo para o trecho artificial o raio hidráulico ainda 
não é econômico, resultado de um mal planejamento de projeto e/ou execução, o 
que se evidencia na ocorrência de enchentes em períodos de chuvas. Por meio dos 
cálculos consegue-se analisar o tipo de escoamento para cada trecho (FIGURA 32). 
36 
 
FIGURA 32 – Tipo de escoamento 
 
Fonte: Próprio autor (2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Para realização deste trabalho pesquisou-se referências bibliográficas de 
grandes autores que servissem como uma boa introdução ao tema abordado, 
enriquecendo o conhecimento teórico e prático referente a drenagem urbana, 
dimensionamento de córregos e conhecimento da área em questão que será 
imprescindível para o crescimento acadêmico de todos. 
Após todas as averiguações práticas com a utilização de softwares como 
Google Earth, Excel e AutoCAD foi possível verificar que não foram consideradas 
todas as variáveis no período em que foi construído o trecho artificial, visto que a 
forte urbanização no entorno aumentou consideravelmente a área de solo 
impermeabilizado, fazendo então com que o córrego receba mais água do que o 
previsto ocasionando enchentes cada vez mais severas em períodos intensos de 
chuvas, como relatam os próprios moradores. 
Por se tratar de um trabalho teórico, não foi realizado nenhum orçamento para 
verificação precisa da viabilidade financeira afim de se redimensionar o canal para 
evitar tais transbordamentos. Porém, através dos cálculos apresentados, sugere-se 
então diminuir a base do canal, consequentemente o seu raio hidráulico também 
diminuiria, ou seja, uma maior vazão de água seria transportada em uma menor 
área. 
É necessário também que sejam adotadas medidas não estruturais, para que 
sejam minimizados os reflexos dos impactos ambientais sobre o córrego, 
principalmente no trecho natural. Essas ações devem ser planejadas e integradas 
com a comunidade local, considerando as dinâmicas antrópicas, sociais e 
econômicas da região, de forma a evitar a transferência dos problemas ambientais 
para o ambiente. 
Os demais itens do trabalho foram executados de maneira mais eficiente por 
todos, visto que a quantidade e qualidade de material disponível na biblioteca, notas 
de aula e conteúdo da internet foi satisfatória. 
 
 
 
 
 
38 
 
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ANEXO A – Classes dos diferentes tipos de solos da Macrozona 4

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