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APS - CÓRREGO E DRENAGEM

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
JORDYN ALEXANDRE: D30BIE-0 TURMA: EC6Q12
THALIS DANTAS DE OLIVEIRA RA: D184AJ-2 TURMA: EC6Q12
ESTUDO DE CANAIS E DRENAGEM URBANA
CAMPINAS
2019
JORDYN ALEXANDRE SOUZA DA SILVA RA: D30BIE-0 TURMA: EC6Q12
THALIS DANTAS DE OLIVEIRA RA: D184AJ-2 TURMA:EC6Q12
ESTUDO DE CANAIS E DRENAGEM URBANA
Trabalho referente à disciplina de APS (Atividade Prática Supervisionada) Universidade Paulista, orientada pela Professora Dra. Maria Alice Venturini realizados pelos alunos do curso de Engenharia Civil.
 
CAMPINAS
2019
SUMÁRIO 
1.INTRODUÇÃO	4
1.1 Objetivo geral	5
1.2 Objetivos específicos	5
1.3 Metodologia	5
1.4 Justificativa	6
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 	6
2.1 Definição e caracterização de processos hidrológicos	6
2.1.1 Ciclo hidrológico	7
2.1.2 Precipitação	8
2.2 Caracterização e importância da drenagem urbana	8
3.ESTUDO DE CASO 	10
3.1 Caracterização da região de estudo	10
3.2 Aspecto socioeconômico da região	10
3.3 Caracterização do trecho do córrego em estudo	11
3.3.1 Trecho natural	12
3.3.2 Trecho artificial 	15
4.PARÊMETROS HIDRÁULICOS DO CÓRREGO DO PIÇARRÃO 	17
4.1 Parâmetros com resultados da visita de campo	17
5.ESTUDO DE DRENAGEM URBANA 	26
6.CONSIDERAÇÕES FINAIS	32
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 	33
1 INTRODUÇÃO
A água é um recurso que está relacionada com todos os aspectos da civilização humana, como por exemplo o desenvolvimento agrícola, industrial e cultural. Por conta disso, a necessidade da utilização da água é muito importante, sendo assim, a aglomeração de pessoas era muito maior próxima a lugares como rios. O desenvolvimento urbano também é fortemente relacionado com à água. De acordo com Tucci (2003), o ciclo hidrológico sofreu forte alterações nas áreas urbanas, principalmente, à alteração da superfície e a canalização do escoamento, tendo assim um aumento de poluição devido à contaminação do ar, das superfícies urbanas e do material sólido disposto pela população. Esse processo apresenta grave impacto nos países em desenvolvimento, onde a urbanização e as obras de drenagem urbana são realizadas de forma totalmente insustentável. 
Com o desenvolvimento e crescimento dos centros urbanos, todos os engenheiros e principalmente os engenheiros civis necessitam desempenhar um papel importante no estudo e aplicação da drenagem urbana, para em apoio com órgãos governamentais, desenvolverem corretamente a infraestrutura das cidades.
Este estudo está relacionado com o saneamento, que é a principal área responsável pelas questões que envolvem a distribuição de água, gestão das águas pluviais, coleta de esgoto, manejo de resíduos, drenagem urbana e desenvolvimento econômico. 
Especificamente na condição de drenagem urbana, este trabalho é um estudo de caso, que analisa um córrego na cidade de Campinas e compara um trecho canalizado artificialmente com um trecho em seu estado natural.
 O córrego escolhido é o córrego ribeirão Piçarrão e a região que cerca a parte do canal artificial é totalmente impermeabilizada, localizada entre as movimentadas Avenida Celso Silveira Rezende e Rua Plínio Pereira Neves, já a parte natural do córrego está em um local onde ainda existe solo e áreas naturais para que essa água possa penetrar e chegar ao subsolo. 
Analisou-se vários fatores desse córrego, dentre eles destacam-se a geometria dos canais, as condições socioeconômicas da região e outros parâmetros hidráulicos. Demonstrou-se através de ilustrações como é o perfil do canal, para assim ter como resultado, através de cálculos matemáticos, a vazão e velocidade de cada trecho estudado. 
Além do estudo desses córregos, também se analisou alguns quarteirões da cidade de Sumaré, inspecionando as condições da drenagem urbana, examinando as condições das bocas-de-lobo, para saber se foram bem dimensionadas e instaladas, ou se necessitam de manutenção. 
	
1.1 Objetivo geral 
Este trabalho tem como objetivo geral analisar e estudar os parâmetros hidrológicos do trecho natural e artificial do Córrego Ribeirão Piçarrão, localizado na cidade de Campinas, buscar informações e apresentar os resultados obtidos, assim visando o desenvolvimento de uma visão crítica, que é fundamental para a formação de um engenheiro. 
1.2 Objetivos específicos 
Para o alcance do objetivo geral, são traçados os objetivos específicos:
· Pesquisar os processos hidrológicos;
· Escolher local de estudo;
· Estudar os parâmetros hidráulicos do córrego;
· Coletar e levantar dados do local;
· Analisar os dados coletados.
1.3 Metodologia 
O córrego foi escolhido por uma sugestão da orientadora e também através de uma discussão da dupla. O mesmo foi separado em dois pontos, um ponto de superfície natural e outro com uma superfície canalizada artificialmente. Após a escolha do córrego, e dos canais, a equipe foi ao campo para a coleta de dados, sendo estes, a altura de lâmina d’água, altura, largura e formato do córrego, entre outros. 
Para a coleta dos dados, foram necessárias algumas ferramentas da construção civil e do cotidiano. Estas são, uma trena, utilizada para a medição das dimensões do canal, um celular com uma câmera fotográfica para registros, um cronômetro e um galho de árvore, para a medição da velocidade da água.
É importante ressaltar que os dados coletados, tanto na parte artificial como na parte natural, são da mesma data, com apenas algumas horas de diferença. 
1.4 Justificativa 
	Como já citado na introdução, o crescimento urbano afetou o e diminuiu áreas com a capacidade de recebimento de água, sendo assim, problemas como enchentes são cada vez mais comum. 
O intuito é mostrar a velocidade e a vazão do mesmo córrego em dois pontos diferentes, unificando a teoria e a prática para incentivar a fiscalização dos córregos, alertar e evitar riscos à saúde e mostrar que a impermeabilização e canalização das áreas em volta, ou próxima aos córregos tem contribuição muito grande para o crescimento dos problemas causados pelo excesso de água. 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O capítulo seguinte abordará tópicos com uma estudo teórico sobre as definições, caracterizações de processos hidrológicos.
2.1 Definição e caracterização de processos hidrológicos
A hidrologia estuda a água, desde sua atuação em processos erosivos e sedimentares até a implantação de projetos de saneamento e distribuição de água. É uma ciência que estuda toda a abrangência e participação da água nos processos de forma geral, como a sua distribuição, propriedade físicas e químicas, além de como ela se relaciona com o meio, onde o processo hidrológico possui um papel fundamental no desenvolvimento de qualquer sociedade, ganhando cada vez mais importância ao longo do tempo(CHOW; MAIDMENT; MAYS, 1994).
A partir deste conceito, existem os processos hidrológicos, que tem por objetivo fazer essa análise, estudando bacias, fazendo simulações de chuvas em diversas regiões. Estas simulações são baseadas nas diferentes intensidades e durações da chuva, e quando se obtém resultados pode-se descobrir se no local estudado existe riscos ambientais ou problemas que são causados pela água, além disso, é possível previnir ou prever a falta dela. 
Este estudo é de extrema importância, pois muitas atividades cotidianas, utilizam a água, e por isso é necessáiro esta atenção à ela. Devido à sua grande importância e abrangência, pode-se dizer que este estudo esá sendo cada vez mais aplicado e implementado nas universidades, para assim uma melhor formação dos estudantes de engenharia. 
2.1.1 Ciclo hidrológico
A água está em constante movimento, constituindo assim o ciclo hidrológico, que é o fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia solar associada à gravidade e à rotação terrestre(CARVALHO; SILVA, 2006).
Os processos do ciclo hidrológico que possuem maior relevância são: condensação, evapotranspiração; escoamento; precipitação e infiltração. Eles estão ilustados na figura 1.
Cabe ressaltar que o ciclo hidrológico não apresenta um começonem um fim, já que a água está em movimento contínuo, sendo o início da descrição do ciclo realizado a partir da evaporação dos oceanos apenas por questões didáticas(PAZ, ADRIANO, 2004).
FIGURA 1 – Ciclo hidrológico
Fonte: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2330.
De acordo com Carvalho, Mello e Silva (2007), o fluxo de forma global pode ser visto pela seguinte forma: as águas da superfície terrestre, dos lagos e principalmente dos oceanos sofrem, pelo aquecimento fornecido pelo sol, uma evaporação. Na atmosfera, esse vapor se aglomera e se condensa, formando as nuvens, as quais são levadas pelas circulações de ar do planeta até outros locais. De forma geral, as nuvens chegam a um ponto de grande volume e devido a outros inúmeros fatores como temperatura, pressão, dentre outros, essas nuvens descarregam esta água no processo chamado de precipitação. Esta água, caindo sobre a superfície devido à força da gravidade, pode passar por diferentes situações, como o escoamento superficial, que abastece rios e lagos, a infiltração no solo, abastecendo os aqüíferos e as águas subterrâneas, ou até mesmo parte da água fica sobre a vegetação, retornando a atmosfera sem passar por todo o clico. As águas dos rios e subterrâneas abastecem os oceans, voltando ao inicio do clico.
No capítulo seguinte, será explicado com mais detalhes, a precipitação, que é um dos processos de maior relevância do ciclo hidrológico.
2.1.2 Precipitação
De acordo com o departamento de geografia e climatologia da Universidade Federal do Espiríto Santo, as precipitações são, um dos mais importantes componentes do ciclo hidrológico, formando o elo de ligação entre a água da atmosfera e a água do solo, pricipalmente com respeito ao escoamento superficial. Por precipitação entende-se como sendo todas as formas de umidade tranferida da atmosfera para a superfície terrestre.
Elas podem ser classificadas como superficiais e não superficiais. As precipitações superficiais ocorre quando a umidade do ar ou nuvens entra em contato com a superfícia terrestre e se condensam, voltando para ao estado líquido, como o nevoeiro, o orvalho e a geada. A precipitação não superficial é aquela que ocorre longe da superfície terrestre, onde a água que estava no estado gasoso passa para o estado líquido ou sólido, como por exemplo, a neve, o granizo e a chuva.
2.2 Caracterização e importância da drenagem urbana
Drenagem urbana é o gerenciamento das águas provenientes das chuvas, e para este gerenciamento deve-se levar em conta o aspecto social, ou seja, lugares onde têm aglomeração populacional, pois sem esse gerenciamento problemas podem afetar os centros urbanos. Porém, não é só o aspecto social quje é levado em conta, quando se trata de drenagem urbana, os aspectos legais e ambientais também são considerados.
Segundo Tucci(2003), o grande desenvolvimento urbano no Brasil ocorreu no final da década de 60 até a década de 90, quando a população aumentou e a concentração populacional foi pricipalmente nas grandes metrópoles, com aumento da poluição e da freqüência das inundações em função da impermeabilização e da canalização. Este processo descontrolado atua diretamente sobre as inundações pela falta de infra-estrutura e da capacidade que o poder público possui para cobrar a legislação.
A importância da drenagem urbana de águas pluviais fica mais clara na medida em que se nota os efeitos negativos das chuvas, como alagamentos, inundações e deslizamentos, mas é preciso lembrar que grande parte destes pontos negativos deve-se à ação humana, como a ocupação desorganizada o depósito de resíduos em locais inadequados, tornando-os impermeáveis e diminuindo a infiltração de chuva ao solo.
3 ESTUDO DE CASO
3.1 Caracterização da região de estudo
O estudo foi realizado na cidade de Campinas e o córrego escolhido foi o Piçarrão, sendo um grande córrego na cidade, localizado entre duas ruas muito movimentadas com grandes centros comerciais.
3.2 Aspecto socioeconômico da região
Como descrito no objetivo, a finalidade deste trabalho é fazer uma análise através do estudo de campo. As informações de campo, foram coletadas em dois trechos, localizados na avenidade Celso S. Rezende, como a mostra a figura 2, e fazem parte do córrego do Piçarrão ou também conhecido como ribeirão Piçarrão que é um curso de água localizado na cidade de Campinas e tem afluentes localizadas no interior da cidade, até desaguar no rio Capivari. 
FIGURA 2
Fonte: Google Maps, 2019.
O Córrego do Piçarrão foi considerado fonte potencial de abastecimento de água, entretanto, desde o começo do último século, a ocupação humana tem ameaçado esta bacia com o lançamento contínuo de parte dos esgotos in natura da cidade(SERRA; ANA,2002).
O local onde os trechos foram estudados caracteriza-se pelo uso predominantemente comercial com a presença de algumas poucas residências ao longo da avenida. 
FIGURA 3
Fonte: Próprio autor, 2019.
3.3 Caracterização do trecho do córrego em estudo
O córrego foi estudado em dois pontos(Figura 4), um artificial e um natural. Para fazer as medições dos trechos, foram necessários alguns materiais(Figura 6) da contrução civil, como uma trena de cinco metros, uma trena de 30 metros, e pedaço de madeira para se medir a profundidade da água no trecho e a altura de lâmina de água, uma calculadora também foi utilizada para se fazer os cálculos manuais.
FIGURA 4
Fonte: Google Maps, 2019.
FIGURA 5
Fonte: Google Earth Pro, 2019.
FIGURA 6 
Fonte: Próprio autor, 2019.
3.3.1Trecho natural
O trecho natural estudado não tem exatamente uma forma de trapézio, talude, que se é possível identificar rapidamente a olho nu, porém para ficar mais fácil a identificação e cálculos de velocidade e vazão do trecho, ele foi idealizado, conforme parecendo talude (Figura 7).
Normalmente este tipo de trecho, têm uma vazão e velocidade menor em relação ao trecho artificial, pois sua rugosidade é maior, tendo assim uma perda de carga maior no escoamento da água, além disso, esses locais são mais afetados por conta dos entulhos que podem ser jogados pelos seres humanos.
FIGURA 7 – Esquema do trecho natural
Fonte: Próprio autor, 2019.
FIGURA 8 – Trecho natural
Fonte: Próprio autor, 2019.
FIGURA 9 – Equipe de campo 
Fonte: Próprio autor, 2019.
FIGURA 10 – Altitude do trecho natural
Fonte: Google Earth Pro, 2019.
FIGURA 11 – Altitude do trecho natural
Fonte: Google Earth Pro, 2019.
3.3.2 Trecho artificial
O trecho artificial é um trecho canalizado, sendo impermeabilizado. A impermeabilização tira boa parte da capacidade do solo de absorver a infiltração de água, sendo assim, a vazão de escoamento normalmente é maior neste tipo de canal. O trecho e o canal foram idealizados conforme croqui da figura 12.
FIGURA 12 – Croqui do trecho artificial
Fonte: Próprio autor, 2019.
FIGURA 13 – Coleta de dados
Fonte: Próprio autor, 2019.
FIGURA 14
Fonte: Próprio autor, 2019.
FIGURA 15
Fonte: Próprio autor, 2019.
FIGURA 16: Altitude do trecho artificial
Fonte: Google Earth Pro, 2019.
FIGURA 17: Altitude do trecho artificial
Fonte: Google Earth Pro, 2019.
4 PARÂMETROS HIDRÁULICOS DO CÓRREGO DO PIÇARRÃO
4.1 Parâmetros com resultados da visita de campo.
ÁREA MOLHADA(Am): área da secção transversal ocupada pela água.
Trecho natural: Como a formato geométrico do trecho natural em análise é basicamente um talude, basta seguir a fórmula matemática: 
, onde:
Am: Área molhada;
B: Basa maior;
b: Base menor;
y: Altura de lâmina de água.
Trecho artificial: Como o formato geométrico é um talude também, basta seguir: 
, onde:
Am: Área molhada;
B: Base maior;
b: Base menor;
y: Altura de lâmina de água.
TABELA 1: Área molhada
	
Trecho Natural
	
Am = 1,76 m²
	
Trecho Artificial
	
Am = 1,06m²
Fonte: Próprio autor, 2019.
PERÍMETRO MOLHADO(Pm): é o comprimento da linha de contato entre a água e as paredes e o fundo do canal.
Trecho natural: Como a formato geométrico do trecho natural em análise é basicamente um talude,basta seguir a fórmula matemática: 
Trecho artificial: Como a formato geométrico do trecho natural em análise é basicamente um talude, basta seguir a fórmula matemática: 
TABELA 2: Perímetro molhado
	
Trecho Natural
	
Pm = 16,00 m
	
Trecho Artificial
	
Pm = 11,50 m
Fonte: Próprio autor, 2019.
RAIO HIDRÁULICO(Rh): resultado da divisão da área molhada pelo perímetro molhado.
Trecho natural: 
Trecho artificial: 
TABELA 3: Raio hidráulico
	
Trecho Natural
	
Rh = 0,11 m
	
Trecho Artificial
	
Rh = 0,092m
Fonte: Próprio autor, 2019.
SUPERFÍCIE MOLHADA(Sn)
Trecho natural: 
Trecho artificial: 
TABELA 4: Superfície molhada
	
Trecho Natural
	
Sn= 5,00 m
	
Trecho Artificial
	
Sn = 3,50 m
Fonte: Próprio autor, 2019.
VAZÃO NO TRECHO(Q): A vazão é calculada por dois métodos, dentre estes métodos, estão, o método de vazão pela equação de Manning e o cálculo de vazão pela velocidade. 
Equação de Manning: , onde:
n: Coeficiente de Manning. É variado de acordo com o revestimento do canal;
Rh: Raio hidráulico, de acordo com a tabela 3;
I: Declividade do canal.
Vazão pela velocidade: , onde:
Vm: Velocidade média;
Am: Área molhada, de acordo com a tabela 1
Para os dois casos, existem ainda icógnitas que são necessárias para a realização do cálculo. São elas: Declividade, coeficiente de Manning.
I: Declividade do canal. Para se obter a declividade, basta seguir a fórmula matemática:
, onde:
Cota maior: altitude, demarcada na figura 10, para trecho natural e figura 16, para trecho artificial;
Cota menor: altitude, demarcada na figura 11, para trecho natural e figura 17, para trecho artificial;
L: Comprimento total, que para o estudo foi de 100 metros.
Trecho natural: 
Trecho artificial: 
Para saber o coeficiente de Manning (n), é necessário pesquisar uma tabela. 
FIGURA 18: Coeficiente de Manning para locais com vegetação
Fonte: http://www.sinicesp.org.br/materias/2017/bt06a.htm
FIGURA 19: Coeficiente de Manning para canal revestido em concreto
Fonte: http://www.sinicesp.org.br/materias/2017/bt06a.htm
Aplicando na equação de Manning: 
TABELA 5: Vazão pela equação de Manning
	
Trecho Natural
	
	
Q = 0,038 m³/s
	
Trecho Artificial
	
	
Q = 0,50 m³/s
Fonte: Próprio autor, 2019.
Vazão pela velocidade: 
Para encontrar, a velocidade adotou-se intervalos em metros, soltou-se entre eles, um galho de árvore, e com o auxílio de um cronômetro, encontrou-se o tempo.
Aplicando na fórmula da velocidade média: 
, onde:
: Tempo;
: Distância.
Trecho natural: m/s
Trecho artificial: m/s
Aplicando na equação da vazão pela velocidade: 
TABELA 6: Vazão pela velocidade
	
Trecho Natural
	
	
Q = 0,21 m³/s
	
Trecho Artificial
	
	
Q = 1,14 m³/s
Fonte: Próprio autor, 2019.
As vazões calculadas, tanto pelo método de Manning ou pela velocidade, eram para ser iguais, porém ou por falta de experiência da equipe de campo, os dados coletados podem estar incorretos, ou esta diferença é devido o aumento de escoamento no período de coleta de dados. Mas, apesar da diferença, é necessário lembrar, que nos dois métodos, a vazão foi maior no trecho artificial, como foi dito no início do trabalho.
VAZÃO UNITÁRIA NO TRECHO(q): , onde:
Q: Vazão. Será utilizada a vazão pela equação de Manning.
B: Base do canal.
TABELA 7: Vazão unitária
	
Trecho Natural
	
m³/s.m
	
Trecho Artificial
	
m³/s.m
Fonte: Próprio autor, 2019.
ALTURA CRÍTICA NO TRECHO(Yc): , onde:
q: Vazão unitária, encontrada na tabela 7;
g: Aceleração da gravidade, sendo 9,81 m/s².
TABELA 8: Altura crítica
	
Trecho Natural
	
0,018m
	
Trecho Artificial
	
0,12m
Fonte: Próprio autor, 2019.
ENERGIA ESPECÍFICA(E): , onde: 
q: vazão unitária, encontrada na tabela 7;
g: Aceleração da gravidade, sendo 9,81 m/s²;
y: Altura de lâmina de água.
TABELA 9: Energia específica
	
Trecho Natural
	
0,21m
	
Trecho Artificial
	
0,19m
Fonte: Próprio autor, 2019.
TABELA 10: Parâmetros
	Parâmetros Hidráulicos
	Trecho Natural
	Trecho Artificial
	
Am(m²)
	
1,76 m²
	
1,06 m²
	
Pm(m)
	
16,00 m
	
11,50 m
	
Rh(m)
	
0,11 m
	
0,092 m
	
Sn(m)
	
5,00 m
	
3,50 m
	
QManning(m³/s)
	
0,038 m³/s
	
0,50 m³/s
	
QVelocidade (m³/s)
	
0,21 m³/s
	
1,14 m³/s
	
q(m³/s.m)
	
0,0076 m³/s.m
	
0,14 m³/s.m
	
Yc(m)
	
0,018 m
	
0,12 m
	
E(m)
	
0,21 m
	
0,19 m
Fonte: Próprio autor, 2019.
	
5 ESTUDO DE CASO DE DRENAGEM URBANA
O local escolhido para a análise da microdrenagem está localizado na cidade de Sumaré-SP, na rua José Vedovatto, em dois bairros, sendo os quarteirões 1 e 2 no Parque das Nações, e os quarteirões 3 e 4 no Jardim Bom Retiro.
FIGURA 20: Lozalização dos quarteirões
Fonte: Google Maps, 2019.
FIGURA 21: Localização dos quarteirões
Fonte: Google Maps, 2019.
FIGURA 22: Quarteirões estudados
Fonte: Google Maps, 2019.
FIGURA 23: Equipe de campo
Fonte: Próprio autor, 2019.
Foram localizadas todas bocas-de-lobo e tampões do trecho analisado e então foram demarcados conforme o esquema no mapa (figura 24).
FIGURA 24: Localização das bocas de lobos e tampões
🔵 Bocas de Lobo
🔴 Tampão 
FIGURA 25
Fonte: Próprio autor, 2019.
FIGURA 26
Fonte: Próprio autor, 2019.
FIGURA 27 
Fonte: Próprio autor, 2019.
FIGURA 28 – Sentido da água
Fonte: Google Maps, 2019.
Durante a visita técnica, foram feitas algumas perguntas aos moradores do trecho em análise, sobre a eficiência da drenagem de água do local. A resposta da maioria dos moradores foi que durante chuvas intensas vários trechos da rua ficam alagados, dificultando até a passagem de carros pelo local. 
Ao analisar as bocas de lobo do trecho, é fácil notar que praticamente todas estão com muito lixo, em cima de sua superfície, inclusive um morador foi flagrado jogando lixo doméstico na boca de lobo em frente a sua residência.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do trabalho, e dos estudos de caso, é de extrema importância, pois leva os alunos a terem uma visão técnica do que realmente acontece no dia a dia. Além disso, o trabalho faz com que os alunos sejam mais participativos ao estudo de campo, fazendo com que sua formação acadêmica seja diferenciada e voltada para o estudo prático.O que foi dito inicialmente, que os córregos em canais canalizados tem vazão maior, foi comprovado ao longo do trabalho. 
Foi possível identificar também que ao longo dos quatro quarteirões analisados, problemas corriqueiros de ações humanas são evidentes e ocorrem diariamente, o que leva a concluir que o aspecto social é tão importante quando o aspecto hidráulico do local.
7 REVISÃO BIBLIOGRÁGICA
JESUS, Fernando Soares de. Estudo dos rios: Foz em estuário e foz em delta. Geografia opinativa, [S.L], mar. 2017. Disponível em: <http://www.geografiaopinativa.com.br/2013/11/estudo-dos-rios-foz-em-estuario-e-foz.html>. Acesso em: 10 nov. 2019.
MIRANDA, Ricardo Augusto Calheiros De. Ciclo hidrológico: conceito. Monografias.com, [S.L], mar. 2015. Disponível em: <http://br.monografias.com/trabalhos3/ciclo-hidrologico-conceito/ciclo-hidrologico-conceito2.shtml#bibliograa>. Acesso em: 05 nov. 2019.
MUNDO GEOMATICA. PRECIPITAÇÃO ATMOSFÉRICA. Disponível em: http://www.mundogeomatica.com.br/CL/ApostilaTeoricaCL/Capitulo4-PrecipitacaoAtmosferica.pdf. Acesso em: 30 out. 2019.
(B+b).y(12,6+5).0,20
Am===1,76m²
22
(B+b).y(10,7+3,5).0,15
Am===1,06m²
22
Pm = 5,3+5,70+5,00 = 16,00 m
Pm = 3,70+3,50+4,30 = 11,50 m
1,76
0,11
16,00
Am
Rhm
Pm
===
1,06
0,092
11,50
Am
Rhm
Pm
===
5,00
Snm
=
3,50
Snm
=
3
1
².
QRhI
n
=
.Am
QVm
=
666665
0,01/
100
Imm
-
==
671668
0,03/
100
Imm
-
==
3
1
.0,11².0,01
0,60
Q
=
3
1
.0,092².0,03
0,22
Q
=
L
Vm
t
D
==
D
t
D
L
D
11
0,12
92,4
Vm
==
30
1,08
27,73
Vm
==
0,12.1,76
Q
=
1,08.1,06
Q
=
Q
q
B
=
0,038
0,0076
5
Q
q
B
===
0,50
0,14
3,5
Q
q
B
===
3
²
q
Yc
g
=
3
3
²0,0076²
9,81
q
Yc
g
===
3
3
²0,14²
9,81
q
Yc
g
===
²
2..²
q
Ey
gy
=+
²0,0076²
0,20
2..²2.9,81.0,20²
q
Ey
gy
=+=+=
²0,14²
0,15
2..²2.9,81.0,15²
q
Ey
gy
=+=+=

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