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Aula 01 Von Liszt

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Ciência Criminal Integrada, 
segundo Von Liszt 
 
Von Liszt chamou o vasto conjunto de disciplinas de “Enciclopédia de Ciências 
Criminais”. No entanto, esse modelo, percebia a criminologia e a política criminal como 
acessórios da dogmática, uma vez que a política criminal traria como contribuição o 
aperfeiçoamento das leis, e a criminologia pesquisaria sobre o homem delinquente. 
Segundo Salo de Carvalho, “a ciência criminal integrada, portanto, na versão de Liszt ou 
de Rocco, privilegiou o saber dogmático e formal, relegando ao posto de ciência auxiliar 
qualquer saber diverso que ousasse investigar o fenômeno do crime”. Ainda segundo o 
referido doutrinador, 
 “Nas ciências criminais, fica evidente a sujeição do 
Direito Penal, de todas as disciplinas que investigam o crime, 
a vítima, o criminoso, a criminalidade, os processos de 
criminalização e a atuação das agências de controle social 
formal. Todavia, esse modelo arquitetônico de saber, no qual 
o direito penal encontra-se em posição privilegiada, 
impossibilita a interdisciplinariedade, pois, para que esta possa 
ser atingida, prescinde que todas as disciplinas estejam 
abertas para críticas advindas do exterior. A incorporação de 
críticas exógenas oxigena a área de conhecimento, permite a 
autocrítica e fomenta seu desenvolvimento” (CARVALHO, 
2008, p. 11 e 22).

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