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2008 2 AD2 Economia Brasileira Contemporanea Gab+Prova

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Avaliação a Distância – AD2
Período - 2008/2º
Disciplina: Economia Brasileira Contemporânea
Coordenador da Disciplina: Maxwel Moreira
Data para entrega: 04/11/2008
Aluno (a): ..........................................................................................................................
Pólo: ................................................................................................................................... 
ORIENTAÇÃO:
As respostas das questões têm que ser apresentadas necessariamente de forma manuscrita, de próprio punho. Isso significa dizer que nenhuma outra forma será aceita, como por exemplo, datilografada, digitada ou fotocopiada. 
Cada questão vale 2,5 pontos.
 
Questão 1:
Sabemos que após a Segunda Guerra Mundial o mundo entrou num longo período de prosperidade. Para isso contribuíram a reestruturação e reforma do capitalismo sob a influência das idéias de John Maynard Keynes. Tendo presente esses aspectos, explique, com suas palavras, quais foram os compromissos assumidos e as contrapartidas recebidas por cada uma das partes que participaram do consenso político construído no pós-guerra (consenso keynesiano). 
Três eram as partes envolvidas no consenso político e cada qual assumia compromissos esperando contrapartidas:
patrões: assumiam o compromisso de pagar salários crescentes esperando em contrapartida lucros também crescentes e normalidade nos processos produtivos.
empregados: assumiam o compromisso de contribuir para a normalidade do processo produtivo (com reivindicações dentro de limites aceitáveis, sem paralisações ou greves), esperando ter como contrapartida salários crescentes e outros benefícios (como, por exemplo, a previdência social).
Estado assumia o compromisso para com o pleno emprego e a redução da pobreza, comprometendo-se com uma política de bem- estar social, desde que pudesse receber como contrapartida governos estáveis politicamente.
Questão 2:
Sabendo que uma das características do milagre econômico brasileiro foi o vigoroso programa de exportação, responda, com suas palavras o seguinte:
Que fatores internos explicam o crescimento das exportações brasileiras no período do milagre econômico brasileiro?
Que fatores externos explicam o crescimento das exportações brasileiras no período do milagre econômico brasileiro?
(a) As razões internas estão vinculadas à (1) política comercial e à (2) política cambial do governo brasileiro. 
A política comercial(1)do governo para estimular as exportações brasileiras contemplou (1.1) isenções de impostos que incidiam sobre os produtos exportados; e (1.2) financiamento para os exportadores brasileiros com recursos públicos e taxas de juros abaixo das praticadas no mercado nacional pelo setor financeiro privado.
A política cambial (2) do governo consistiu numa política de fazer “minidesvalorizações” da moeda nacional frente ao dólar. Isso correspondia a “minivalorizações” do dólar frente à moeda nacional. Essa política cambial contribuiu para aumentar as exportações, na medida em que essas desvalorizações cambiais tornavam o produto nacional mais barato para o importador (com a valorização do dólar frente à moeda nacional), o que o estimulava a comprar mais produtos do Brasil.
(b) As razões externas do importante crescimento das exportações brasileiras estão relacionadas ao fato de que os anos do milagre econômico brasileiro coincidiram com anos de (1)prosperidade internacional e de (2) grande liquidez no mercado internacional. A combinação dessas duas forças (prosperidade e liquidez) fez aumentar as quantidades demandadas e os preços pagos no mercado externo pelo produto brasileiro. O Brasil exportou mais e a preços melhores tanto produtos primários (café, açúcar, minério de ferro), como produtos manufaturados (tecidos, calçados).
Questão 3 (Atenção: para responder essa questão primeiro identifique se ela é FALSA ou VERDADEIRA e depois justifique por quê).
O II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) foi crucial para a industrialização brasileira. A respeito do II PND é correto afirmar que sua justificativa impôs uma visão crítica do “milagre econômico”, alegando que este estimulara o setor de bens de consumo, mas não expandira suficientemente a produção de insumos básicos e bens de capital.
Verdadeira.
O milagre econômico brasileiro teve como uma de suas bases o setor de bens de consumo durável, dando continuidade a tendência que vinha desde o crescimento da época do Plano de Metas (Governo JK). O II PND deu uma guinada nessa tendência, passando a dar ênfase à produção de insumos básicos e bens de capital que tinha ficado atrofiada durante o milagre econômico.
Questão 4:
No período da chamada Nova República (Governo Sarney) a economia brasileira passou pelas experiências de três planos Econômicos (Cruzado, Bresser e Verão). Em todos esses planos houve tabelamento de preços. Explique como foram feitos os tabelamentos em cada um dos planos e apresente as possíveis diferenças e semelhanças existentes entre os tabelamentos.
No Plano Cruzado os preços em geral foram tabelados, por tempo indeterminado, no nível do consumidor final, segundo os valores vigentes no dia 27 de fevereiro de 1986. A única exceção ficou por conta das tarifas industriais de energia elétrica, que foram reajustadas em 20%. 
Com esse tabelamento rígido no nível do consumidor final, os mentores do plano esperavam dar um choque na relação entre a inflação passada e a inflação futura. Eles queriam impedir que os agentes econômicos definissem os seus preços tomando por base a inflação passada (a memória inflacionária).
No Plano Bresser também foi feito um tabelamento de preços no nível do consumidor final, que congelava, pelo prazo máximo de noventa dias, todos os preços, inclusive os referentes a mercadorias, prestações de serviços e tarifas, nos níveis dos preços já autorizados ou dos preços à vista efetivamente praticados em 12 de junho de 1987. Ficou definido também que, após esse congelamento de preços, haveria uma fase de flexibilização. Mas em junho, antes do lançamento oficial do plano de estabilização, foram dados aumentos para as tarifas de eletricidade (45%), para as tarifas telefônicas (34%), para o pão (36%), para o aço (32%), para o leite (27%) e para os combustíveis (13%). 
As diferenças entre o Plano Bresser e o Plano Cruzado, com relação ao tabelamento, ficam por conta (a) do prazo (indeterminado no Cruzado e por até 90 dias no Bresser) e (b) dos aumentos prévios dos preços de alguns produtos (que não houve no Cruzado (exceto para o caso da energia elétrica), mas houve no Bresser para vários produtos e com percentuais médios bem elevados).
No Plano Verão os preços em geral foram tabelados, por tempo indeterminado, no nível do consumidor final, segundo os valores vigentes em 15 de janeiro de 1989. Mas no dia anterior foram autorizados os seguintes aumentos de preços: 14,8% para a energia elétrica; 19,9% para a gasolina; 30,5% para o álcool; 33,3% para o pão; 35,0% para as tarifas telefônicas; 47,5% para o leite e 63,5% para as tarifas postais.
As diferenças desse plano com relação aos anteriores também ficam por conta do (a) prazo (indeterminado como no Cruzado, mas por até 90 dias no Bresser) e (b) dos aumentos prévios dos preços de alguns produtos (que não houve no Cruzado (exceto para o caso da energia elétrica), mas também houve no Bresser).

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