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Livro Texto Trabalho de Curso

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1
 2
APRESENTAÇÃO 
 
 
“É instaurador de 
discursividade todo aquele 
cuja obra permite que outros 
pensem algo diferente dele”. 
Michael Foucault 
 
O Trabalho de Curso (TC) visa a proporcionar aos alunos a vivência na iniciação 
científica, atividade esta que está ligada ao desenvolvimento acadêmico dos alunos de 
graduação. O TC busca ampliar os conhecimentos em relação a temas abordados durante o 
curso, permitindo aos alunos a escolha daquilo que seja de seu interesse pessoal. É, portanto, 
uma experiência acadêmica orientada, vivida por alunos que cursam o 5 ou 6 semestre letivo da 
graduação, cursos de especialização ou de pós-graduação lato sensu. Não há exigência de que o 
tema desenvolvido e pesquisado em um trabalho monográfico seja um tema original e inédito. 
Há, no entanto, exigências em relação à organização do trabalho, coerência e coesão textuais, 
pesquisa e desenvolvimento do conteúdo. 
Espera-se que durante a elaboração do TC os alunos vivenciem práticas pedagógicas de 
pesquisa e discussão em atividades grupais, capazes não somente de possibilitar-lhes o 
aprimoramento do trabalho, como também o aprendizado de práticas docentes que lhes serão 
necessárias ao longo de sua vida como profissionais de Letras. 
Assim, espera-se que o grupo de alunos, ao escolher o tema com o qual deseja trabalhar, o faça 
livre e conscientemente, pois somente dessa forma poderá trabalhar prazerosamente, obtendo 
como resultado, além de seu crescimento acadêmico, um texto criativo e interessante a outros 
leitores com o mesmo interesse. 
Espera-se, ainda, que o TC ofereça ao grupo de alunos a possibilidade de articular os 
conhecimentos desenvolvidos ao longo da graduação, nas diferentes disciplinas que compõem a 
grade curricular do curso de Letras, e que seja também considerado pelo aluno como uma etapa 
que antecede possíveis cursos de especialização, Mestrado e Doutorado. 
 
REGULAMENTO COM DEFINIÇÃO DAS FORMAS DE 
ACOMPANHAMENTO/ORIENTAÇÃO 
I- Orientações para os alunos 
O TC é um trabalho a ser realizado por alunos matriculados nos dois semestres finais 
do curso. Alunos que antecipam a disciplina por motivos de transferência de outra universidade 
para a UNIP, ou alunos matriculados em regime de dependência, deverão integrar-se ao sistema 
escolhendo o tema que mais lhes interesse e participando, obrigatoriamente, de todas as etapas 
do desenvolvimento do trabalho de pesquisa, orientação e apresentação. 
 Após selecionado o tema do TC, esse será encaminhado a um dos orientadores 
designados pelo curso, envolvido diretamente com a disciplina à qual se relaciona o tema, que 
exercerá o papel de orientador do trabalho. A coordenação do curso, junto aos professores, 
poderá também sugerir orientadores para os trabalhos. 
 Orientadores e alunos se comunicaram através de e-mail. A freqüência e regularidade 
desses contatos será controlado pelo professor orientador e todos os alunos deverão tomar 
ciência das tarefas a serem cumpridas no período que transcorrerá entre um encontro e outro. 
II- Orientações para as Atividades dos alunos 
Durante o tempo previsto para a pesquisa e elaboração do texto do TC, muitas 
atividades serão desenvolvidas pelos participantes. Essas atividades vão desde as 
práticas, de cunho organizacional (como por exemplo, decidir sobre quem / quando os 
dados serão coletados, quando / como serão transcritos, caso seja necessário), às 
voltadas à construção de novos conhecimentos, envolvendo momentos de estudo e 
 3
realização de tarefas relacionadas à cognição. É fundamental, portanto, que cada aluno 
escolha diferentes maneiras para estudar. Assim, é importante pensar em tipos de 
atividades a serem realizadas: 
1. leitura e fichamento dos textos 
2. buscas na internet 
3. elaboração de pequenos trechos da monografia, com o propósito de discutir o estilo do 
texto de cada um, reescrever e estabelecer características para o texto final da 
monografia 
Espera-se que, ao longo do desenvolvimento do TC, os grupos desenvolvam estratégias de 
aprendizagem que possam colaborar para o resultado final do trabalho. 
Ao longo do período destinado à elaboração do TC, os alunos deverão cumprir as seguintes 
etapas / diretrizes: 
ª Comunicação regular com o orientador através de e-mails. 
ª entrega de partes do trabalho, de acordo com as solicitações do professor orientador e do 
professor coordenador do curso; 
ª entrega dos exemplares em sua versão final. 
Em seção posterior, as normas para a confecção do trabalho serão abordadas. 
 
III- ORIENTAÇÕES GERAIS 
As “dicas” a seguir podem ser úteis para a elaboração do trabalho: 
1. elaboração de relatório pelo aluno, contendo os aspectos apresentados nas aulas 
gravadas ou nos e-mails enviados pelo professor. 
2. manutenção de um arquivo ou caderno para registro de todas as possíveis citações 
consideradas relevantes para o trabalho, bem como a referência bibliográfica 
correspondente; 
3. elaboração de diários de leitura de todos os textos lidos e considerados relevantes para o 
embasamento teórico da monografia; 
4. trabalhar sempre com a versão corrigida do trabalho e a nova versão, dando tanto ao 
orientador quanto aos próprios alunos, a possibilidade de relembrar os comentários já 
feitos em etapa e orientação anteriores. 
 
 
IV- O QUE É UMA MONOGRAFIA CIENTÍFICA OU TC? 
A monografia proposta ao final de um curso de graduação é um trabalho de caráter 
científico e, como tal, deve pautar-se em normas internacionais que caracterizam as pesquisas 
em universidades, congressos etc. Assim, faz-se necessário que escolhamos uma referência 
bibliográfica sobre questões metodológicas e, uma vez escolhida, esta deverá ser observada 
rigorosamente na elaboração do trabalho. Embora sabendo das divergências em relação às 
questões metodológicas e da necessidade de, muitas vezes, estabelecermos comparações entre 
os diferentes autores que tratam dessa questão, optamos por organizar o TC com base nas 
orientações da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, utilizada por grande parte 
das universidades brasileiras. Os aspectos a serem observados serão apresentados neste 
documento, em momento oportuno. 
Em relação às orientações para o TC, Guidin (2003) propõe, para reflexão, alguns 
tópicos que poderão nortear esse trabalho acadêmico. 
 
1. A palavra monografia corresponde, etimologicamente, a um tratado escrito (grafia) 
sobre um único (mono) assunto ou tema. 
2. Texto monográfico obedece à estrutura e à linguagem do texto dissertativo. É, portanto, 
uma dissertação, ou seja, deverá convencer o leitor das propostas lá sustentadas. No 
caso de TC, é necessário que cada uma das análises se encaminhe para um ponto 
determinado e que, ao final, os alunos possam encontrar pontos em comum para atingir 
o objetivo analítico final que será apresentado na conclusão do trabalho. 
 4
3. Em princípio, a natureza da monografia é a mesma, para trabalhos de graduação, 
trabalhos de mestrado e de doutorado. 
4. A diferença entre esses níveis de pesquisa estaria no grau de originalidade, abrangência, 
aprofundamento teórico-metodológico e enfoque analítico; com isso, não se quer dizer 
que a pesquisa para o TC teria apenas um caráter de compilação e/ou revisão 
bibliográfica, como propõem alguns autores. É fundamental que os graduandos se 
posicionem criticamente frente ao material pesquisado. 
Victoriano & Garcia (1996/1999) consideram importante, em um projeto de pesquisa, 
que ele seja escrito em sua versão preliminar e que os alunos autores organizem-se para 
responder às seguintes perguntas: 
1. O que fazer? A resposta a essa pergunta é a delimitação do tema e do problema a ser 
resolvido. É importante que se restrinja o campo, pois quanto mais circunscrito estiver o 
objeto, melhor e com mais segurança se trabalha. Muitas vezes, essa delimitaçãopode 
ser usada como título provisório do trabalho. 
2. Por que fazer? A resposta a essa questão é a justificativa da escolha do objeto de 
estudo. Nesse tópico, deverão constar a definição e a delimitação do problema, a 
descrição bibliográfica que demonstre sua relevância enquanto objeto de estudo, suas 
hipóteses e sua importância para a comunidade, o que o torna um dos tópicos essenciais 
do projeto. 
3. Para que fazer? A resposta a essa questão está nos propósitos do estudo, ou seja, nos 
seus objetivos gerais e específicos. É fundamental que seus objetivos sejam claros, pois 
eles nortearão todo o trabalho metodológico que será desenvolvido. 
4. Como fazer? A resposta a essa questão está na metodologia (métodos e técnicas) que 
será utilizada em seu trabalho. A metodologia é um procedimento sistemático e formal 
cujo objetivo é encontrar as respostas para problemas mediante o emprego de técnicas 
científicas que permitam descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis em qualquer 
campo do conhecimento. 
5. Com quem fazer? A resposta a essa questão está vinculada às pesquisas que, por 
utilizarem recursos de estatística, ou por ser pesquisas empíricas, devem selecionar uma 
amostra entre a população alvo e seu estudo. 
6. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo, bibliografia. Se a pesquisa 
exigir trabalho com amostragem, necessariamente, é preciso trabalhar com dados 
colhidos no campo de estudo. Isso não impede que a pesquisa bibliográfica seja 
executada em centros especializados ou em bibliotecas universitárias, cujas 
especialidades estão ligadas a áreas de conhecimento específicas. 
7. Com o que fazer? Recursos, custeio. Muitas das monografias apresentadas por alunos, 
devido ao interesse do assunto e da área específica, podem ser financiadas por órgãos de 
pesquisa ou pela própria universidade. 
8. Quando fazer? A resposta a essa pergunta é um cronograma, que deve descrever, mês 
a mês, todos os passos que o pesquisador seguirá. Além disso, o bom andamento da 
pesquisa requer rigor quanto ao cumprimento dos prazos estabelecidos pelo orientador e 
pela dinâmica da pesquisa. 
 
V- O que significa Pensar Cientificamente? 
Ao afirmarmos que um TC é um trabalho acadêmico, técnico-científico, estamos, de uma certa 
forma, dizendo que esse trabalho tem características diferenciadas e que seu público- alvo 
encontra-se na comunidade científica. Quem avalia e atribui relevância aos trabalhos científicos 
são leitores acostumados a trabalhar com pesquisa e a pensar e raciocinar cientificamente. Mas 
o que isso significa? 
É dotado de comportamento científico o aluno que demonstra preocupação com a qualidade dos 
questionamentos que faz em relação ao foco de seu trabalho, que estabelece metas para os 
procedimentos de pesquisa, que não se satisfaz com conclusões do senso comum, mas está 
sempre em busca de explicar e analisar os dados de sua pesquisa. 
 5
Comportar-se cientificamente significa ser criterioso com as conclusões, fundamentando-as em 
um referencial teórico ou empírico bem selecionado e pertinente ao tema. Significa, acima de 
tudo, “ter uma visão relativa dos fenômenos e não absoluta, ou seja, estabelecer relações entre 
fenômenos e não concebê-los como fenômenos isolados de um contexto” (Hübner, 1998). 
Assim, espera-se que os alunos, ao elaborarem seu TC, primem pela qualidade acadêmico-
científica de seus textos, sendo criteriosos o bastante para que os resultados de seus trabalhos 
sejam validados na comunidade científica. Espera-se que produzam textos coerentes, isentos de 
julgamentos (isto é, sem o uso exagerado de adjetivos), calcados em descrições que possibilitem 
inferências e tomada de posições equilibradas e fundamentadas. 
VI- O que faz um Orientador de TC? 
Na orientação do TC atuam dois professores: o coordenador auxiliar do curso de Letras, 
responsável pela sistematização do trabalho, e o professor orientador de conteúdo específico, 
que acompanha os alunos nas discussões sobre o tema escolhido, auxiliando-os em relação às 
leituras e bibliografia indicadas para dar sustentação teórica ao trabalho. Algumas características 
são fundamentais ao professor escolhido como orientador de um TC: 
- o professor orientador precisa ser um incentivador dos alunos, motivando-os, para 
que elaborem um trabalho criativo; 
- o professor orientador precisa ser organizado e estabelecer, ao longo do ano, tarefas 
claras e objetivas ao grupo de alunos; 
- o professor orientador precisa sugerir leituras aos alunos; 
- o professor orientador poderá indicar aos alunos as modificações a serem efetuadas 
no trabalho, porém, nunca redigir trechos do trabalho. 
É importante ressaltar que um TC é um momento de construção de conhecimentos e exige, 
portanto, que orientandos e orientador mantenham um relacionamento cordial, de confiança, 
assumindo cada qual o seu papel pedagógico. O exercício que se espera na elaboração de um 
TC tem características dialógicas, isto é, orientandos e orientador têm espaço e voz nas 
discussões, em busca de transformarem os conhecimentos já adquiridos. Espera-se que as 
decisões a respeito do trabalho sejam tomadas com maturidade e sempre de forma 
compartilhada. 
VII- Como se organiza um TC? 
O TC organiza-se a partir das seguintes partes: 
ª capa 
ª elementos pré-textuais ou preliminares 
ª elementos textuais 
ª elementos pós-textuais 
Elementos que compõem o TC 
 
Capa 
 
 Folha de Rosto 
 Folha de Aprovação 
 Folha de Dedicatória 
Elementos Pré-Textuais Folha de Agradecimentos 
ou Folha de Epígrafe 
Preliminares Sumário 
 Lista de Tabelas e Gráficos 
 Resumo 
 Abstract 
 
 
 6
 
 
 
 
 
 
 
 
* Segundo Traldi e Dias (1998:40), o capítulo da metodologia é facultativo: 
 
O capítulo da metodologia é o espaço destinado a descrever o método 
adotado para o desenvolvimento do trabalho. É facultativo dedicar-se um capítulo 
exclusivamente para esse fim, desde que as informações a ele destinadas já tenham 
sido expostas na Introdução. Nos estudos e nas pesquisas em que a metodologia 
constitui parte expressiva do trabalho (como nos estudos que se utilizam de 
métodos quantitativos envolvendo amostragem ou tabulação de dados), a opção 
pelo destaque da metodologia em capítulo separado da Introdução dá ao trabalho 
uma conotação de melhor organização e permite revelar com mais detalhamento 
as técnicas e os processos empregados pelo autor para dar prosseguimento ao 
estudo. 
Descreveremos, a seguir, cada uma das partes citadas, possibilitando aos autores 
do TC o exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas. 
 
 
 
1. Capa 
alto da página: nome da instituição / departamento 
9 centro da página: título do trabalho 
9 à direita, abaixo do título: disciplina, professor, autores 
9 rodapé da página: local / data 
 Exemplo: 
Como colocar o autor ou autores (ordem alfabética): 
 Adriana Aparecida SILVA 
 Andréa SANGIULIANO 
 Luciana Souza ANDRÉ 
 Sebastiana ALBUQUERQUE 
 
 Introdução 
 
Elementos Textuais 
 
 Desenvolvimento 
 
 Conclusão 
 
 Referências Bibliográficas 
Elementos Anexos 
Pós-Textuais Apêndices 
 Índices 
 
Exposição do tema 
Fundamentação teórica 
Metodologia do trabalho* 
Argumentação e discussão 
UNIP – Universidade Paulista 
Campus Alphaville 
Curso: Letras 
 
 
 
 
 
A LINGÜÍSTICA EM DIFERENTES 
MOMENTOS DA HISTÓRIA DE 
NOSSA LÍNGUA 
 
 
nome completo / RA 
nome completo / RA 
nome completo / RA 
nome completo / RA 
 
 
 
 
São Paulo 
2004 
 7
9 margens: 
sup – 3cm; inf – 2cm; esq – 3cm; dir – 2,5cm 
 
2. Elementos Pré-Textuais 
Esses são os elementos que antecedem a introdução do trabalho 
e são constituídos por tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta 
o leitor. 
- FOLHA DE ROSTO 
Segue os mesmos procedimentosda capa, em relação às margens 
e distribuição do texto, com pequenas modificações: 
9 alto da página: nome do(s) autor(es) 
9 centro da página: título do trabalho 
9 à direita, abaixo do título: explicação 
sobre a natureza do trabalho 
9 rodapé da página: instituição / local / data 
9 margens: 
sup – 3cm; inf – 2cm; esq – 3cm; dir – 2,5cm 
9 verso da página: ficha catalográfica (a ser elaborada 
pelo bibliotecário da instituição, contendo os dados 
bibliográficos necessários para que a obra seja 
catalogada na biblioteca da universidade; deve incluir 
palavras-chave, fornecidas pelos autores) 
A Folha de Rosto é a única da monografia em cujo verso 
existe texto. As demais páginas deverão conter texto em 
apenas um dos lados. 
 
- FOLHA DE APROVAÇÃO 
Essa página destina-se às observações / avaliações 
da banca examinadora do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- FOLHA DE DEDICATÓRIA E FOLHA DE AGRADECIMENTOS 
Nessas páginas, que são opcionais, o autor apresenta mensagens pessoais. Na folha de 
dedicatória, o autor deverá elaborar um texto curto, dedicando o trabalho a alguém. Não há uma 
regra para a utilização da página, no entanto, é comum encontrarmos a dedicatória à direita, da 
metade da folha para baixo. Normalmente, escolhe-se, para dedicar o trabalho, alguém que 
tenha tido uma relação direta com o autor, durante a elaboração do trabalho: um familiar, um 
professor etc. Já na folha de agradecimentos, o autor agradecerá àqueles que efetivamente 
contribuíram para a elaboração da monografia, como por exemplo, professor orientador, 
professores envolvidos com o trabalho, agências financiadoras. 
 
 
- FOLHA DE EPÍGRAFE 
 
 Essa também é uma folha opcional. Nela, o autor da monografia apresentará um excerto 
de um texto de sua escolha (frase ou verso), cujo conteúdo tenha relação com o tema 
desenvolvido na monografia. Poderão ser escolhidas epígrafes para cada um dos capítulos da 
monografia, se for da preferência do autor. 
 
Fulano de Tal 
 
 
 
 
A LINGÜÍSTICA EM DIFERENTES 
MOMENTOS DA HISTÓRIA DE 
NOSSA LÍNGUA 
 
Trabalho Monográfico - Curso de 
Graduação – Licenciatura em Letras 
Língua Portuguesa e Língua 
Inglesa, apresentado à comissão 
julgadora da UNIP - Alphaville, sob 
a orientação do professor... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
 
 
_________________ 
_________________ 
_________________ 
 
 
 
São Paulo 
2004 
 8
 
- SUMÁRIO 
 
Aqui o autor informa aos leitores o conteúdo 
que será tratado na monografia. A palavra 
Sumário deverá aparecer no topo da página, 
em letras maiúsculas, sendo seguida, dois ou 
três parágrafos abaixo, de todos os 
intertítulos contidos no trabalho. A estética 
da página do sumário deverá ser observada, 
de forma que os títulos e subtítulos apareçam 
destacados de forma padronizada e 
obedecendo a recuos da margem esquerda 
também padronizados. 
 
 
 
De acordo com a ABNT, a numeração em algarismos arábicos deverá ter início somente na 
página em que se iniciar o texto propriamente dito, contando-se, porém, as páginas que o 
antecedem. Tal numeração deverá aparecer no topo da página, do lado direito. Alguns autores 
optam por numerar, com algarismos romanos, as páginas a partir do sumário até o abstract. 
Assim, caso o trabalho apresente todas as folhas indicadas (da folha de rosto até a folha de 
epígrafe), a página do sumário deverá ser numerada com o algarismo romano vi (letras 
minúsculas) e a página que contiver a introdução do trabalho dará início à numeração em 
algarismos arábicos (1, 2, 3...). 
 
- LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS 
Nessa página o autor apresentará uma relação das ilustrações ou explicações (abreviaturas, 
siglas), na ordem em que aparecem no texto, indicando a(s) página(s) de sua localização. 
 
- RESUMO 
Essa é uma página importante do trabalho monográfico. É ela que, num primeiro momento, 
convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto conciso, com 
aproximadamente 300 palavras, onde o autor apresenta uma síntese do conteúdo do trabalho, 
destacando os aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica que deu 
sustentação às discussões apresentadas. O resumo visa a fornecer ao leitor elementos que 
permitam a ele decidir sobre ler ou não tal trabalho, em função da relevância para seu próprio 
contexto. 
Resumo deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, organizado por meio de 
frases e nunca em tópicos enumerados. 
Após o texto do resumo, deverão aparecer as palavras-chaves sugeridas pelo autor como 
referência do trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo monográfico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
Resumo................................................................3 
Introdução ...........................................................4 
 
Capítulo I: nome do capítulo 
(indicar cada uma das seções do trabalho)..........8 
 
Capítulo II: nome do capítulo 
(indicar cada uma das seções do trabalho)..........23 
 
Capítulo III: nome do capítulo 
(indicar cada uma das seções do trabalho)..........48 
 
Considerações finais..........................................54 
Referências Bibliográficas...............................59 
Fontes eletrônicas.............................................61 
Anexos..............................................................62 
Iconografia (se houver)....................................66 
 9
RESUMO 
 
 Com o apogeu da mídia como produtora de sentidos, o trabalho de educadores de diferentes 
segmentos da escolaridade vem sofrendo transformações e seu interesse tem-se modificado em 
relação às atividades didáticas desenvolvidas em sala de aula, no que diz respeito à língua 
portuguesa e à análise do discurso. A mídia televisiva brasileira mantém com o telespectador uma 
relação de poder, produz e reproduz valores, transmitindo textos persuasivos de alta qualidade, 
legitimando verdades, saberes, discursos e cristalizando, no imaginário coletivo, sem (quase) 
nenhum questionamento em relação à veracidade discursiva. Em se tratando do sistema 
educacional brasileiro, há um grande abismo e muita resistência em considerar as práticas 
discursivas da mídia televisiva como possíveis eventos pedagógicos favoráveis a uma formação 
mais crítica do futuro profissional. // Assim sendo, este trabalho procura analisar o universo 
imaginário dos alunos de ensino médio de uma escola da rede pública, focalizando questões 
concernentes à linguagem midiática. // Os passos metodológicos iniciaram-se com o levantamento 
do hábito televisual dos alunos, seguidos de audiência, discussões, análise e debate sobre o 
funcionamento discursivo da novela “Malhação” – Rede Globo de Televisão, de forma a 
oportunizar reflexões à luz da Análise do Discurso e da Análise da Conversação, evidenciando as 
relações entre sujeito, discurso, saber e poder. // Os resultados das análises são apresentados neste 
trabalho, que se divide nas seguintes seções: Introdução – onde a problemática e os objetivos são 
apresentados; O Dizer e o Poder: relações discursivas – onde são apresentadas as referências 
teóricas sobre Análise do Discurso e Análise da Conversação; A Caminhada – seção que apresenta 
a metodologia do trabalho: procedimentos relacionados à escolha dos dados e encaminhamentos 
para a análise; Baixando o véu do discurso – seção que apresenta a análise de trechos transcritos da 
novela Malhação, discutidos à luz do referencial teórico; e Algumas Considerações – seção que 
encerra o trabalho, apresentando algumas conclusões e possíveis encaminhamentos, com o intuito 
de desencadear nos leitores o desejo de novas e mais aprofundadas pesquisas sobre o mesmo tema. 
 
PALAVRAS-CHAVE: discurso, conversação, mídia, linguagem midiática 
 
Observe, no resumo apresentado, os trechos destacados e separados com “//”. Eles mostrama 
organização do resumo: trecho 1 – contextualização do tema discutido na monografia; trecho 2 
– propósito do trabalho; trecho 3 – metodologia utilizada no processo de pesquisa; trecho 4 – 
organização do documento monográfico. 
 
- ABSTRACT 
Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer uma tradução para a 
língua inglesa, do resumo do trabalho, seguida das key words. 
 
3. ELEMENTOS TEXTUAIS 
Esses são os elementos que compõem o corpo propriamente dito do TML. Podemos chamá-los 
de elementos nucleares, pois sem eles e sem a articulação entre eles o texto monográfico perde a 
vida. Cada um dos elementos tem características próprias, porém, se complementam, dando ao 
leitor a noção exata do caminho trilhado pelos pesquisadores sobre o tema desenvolvido. 
 
- INTRODUÇÃO 
A introdução da monografia merece atenção especial do autor. Muitas vezes ela é considerada 
como de pouca importância, mas é exatamente nessa seção que todo o conteúdo do trabalho é 
apresentado ao leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas para a introdução da 
monografia e é aí que o autor delimitará o assunto sobre o qual versará o trabalho e o justifica. 
Segundo Machado (2001), 
é preciso compreender que apresentar justificativas para um determinado trabalho de pesquisa 
não é simplesmente dizer o que o motivou, do ponto de vista pessoal, a fazê-lo, isto é, por que 
fez o trabalho (por que gostou do tema, por que viveu a experiência etc.), mas sim, dizer para 
que serve o trabalho, qual é a sua relevância, tendo em vista a problemática maior em que se 
insere, os estudos que já foram feitos a respeito, as lacunas que esses estudos ainda deixaram 
etc. 
 
1 
2 
3 
4 
 10
Na introdução da monografia o autor deve apresentar: 
em linhas gerais, o tema do trabalho, oferecendo ao leitor não somente a possibilidade de 
estabelecer relações entre esse estudo e outros de seu conhecimento, como também a opção pela 
leitura do trabalho, em relação ao seus interesses e contexto de atuação; 
a delimitação do assunto, isto é, a extensão e profundidade com que o trabalho tratará o assunto 
escolhido; 
os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema - contexto-macro) e específicos 
(relacionados ao assunto escolhido - contexto-micro); 
a justificativa da escolha do tema, evidenciando sua importância para o contexto no qual se 
encontra inserido; vale lembrar que justificar a escolha de um tema não significa dar a ele 
importância incomensurável e enaltecer sua complexidade de forma exagerada, mas sim, 
apontar como esse estudo pode ser fator contribuinte para o desenvolvimento da área em que se 
encontra inserido, ainda que não se proponha a ser conclusivo; 
conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica que apoiará as 
discussões, seguida de breves enunciados sobre conceitos fundamentais discutidos, e de sua 
relevância para o estudo realizado; reserva-se a esse item, ainda, a necessidade de apresentar um 
resumo de obras e/ou pesquisas cujo tema se relaciona diretamente com o estudado, 
estabelecendo comparações a fim de possibilitar a discussão das lacunas que os demais 
trabalhos ainda não preencheram; 
procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e da elaboração do texto 
monográfico, isto é, sua organização em seções. 
Uma discussão relevante para a elaboração do texto monográfico diz respeito à escolha 
da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, cada vez 
mais, os textos da introdução de trabalhos monográficos e das seções de 
desenvolvimento vêm sendo escritos em primeira pessoa (eu / nós). É importante, no 
entanto, que tal aspecto seja discutido com o orientador do trabalho. 
Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o texto na 
voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira pessoa do singular com o pronome se, 
ou através de expressões como o presente estudo, a presente pesquisa. Há ainda a opção de 
desenvolver o texto em primeira pessoa do plural, considerando-se que o trabalho tenha sido 
desenvolvido pelo aluno e por seu orientador. 
Ao desenvolver o texto em primeira pessoa do singular, o autor não necessariamente deva 
prescindir de fazer referência a outros estudos ou de posicionar-se enquanto pertencente a um 
grupo com determinadas convicções e posicionamentos teóricos. 
Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as justificativas de nosso 
trabalho: 
Por que mais um trabalho sobre esse tema? 
Em que este é diferente dos outros? 
Por que tal diferença é relevante? 
O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo assunto? 
Por que ele deve ser lido? Por quem? 
O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em meu trabalho? 
Um outro lembrete importante em relação ao desenvolvimento da monografia diz respeito à 
apresentação do objetivo do trabalho no decorrer do texto. Muitas vezes, o autor opta por 
retomar o objetivo em muitos momentos do desenvolvimento do texto, correndo o risco de 
apresentá-lo de diferentes maneiras e, inclusive, de cair em contradições. Para que isso não 
ocorra, sugerimos que sempre que o objetivo do trabalho for explicitado no texto, seja destacado 
ou indicado a partir de uma marca gráfica, possibilitando, no momento de revisão final, 
comparar tais enunciados e corrigir inadequações e/ou contradições. 
 
- DESENVOLVIMENTO 
Essa é a parte mais extensa de um trabalho monográfico e também a mais importante. Estará 
subdividida em capítulos (que, por sua vez, dividem-se em subseções), sendo que cada capítulo 
deverá abrir uma página nova do trabalho. 
 11
Capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título do capítulo escrito em 
letras maiúsculas; subseções deverão ser indicadas por algarismos arábicos, sendo os títulos 
escritos com maiúscula apenas nas letras iniciais das principais palavras. Há diferentes formas 
de identificação para as partes de uma monografia, apresentadas por diferentes autores. O que 
importa, na verdade, é que, uma vez utilizado um estilo, ele deverá ser padronizado no 
desenvolvimento de todo o trabalho. 
 
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Um dos itens apresentados no desenvolvimento da monografia refere-se ao arcabouço teórico, 
ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado. Tal capítulo deverá ser desenvolvido em 
linguagem própria do autor, porém, sustentada por citações de autores que já discutiram o 
mesmo assunto e elaboraram teorias sobre ele. 
Todos os autores citados no decorrer do texto monográfico estão compondo, ao final do 
trabalho, o que denominamos Referências Bibliográficas. Em seção posterior serão 
apresentadas as orientações para a elaboração das Referências Bibliográficas. 
É importante lembrar que nos capítulos de desenvolvimento o autor deverá explicitar, sempre 
que possível, a relação entre o que está sendo dito e o objetivo do trabalho. Assim, é comum 
retomar o tema discutido, principalmente no desenvolvimento da seção de fundamentação 
teórica, pelo simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa na medida em que se 
relaciona diretamente com o objetivo proposto na pesquisa. 
A seguir, com base em Guidin (2003), serão apresentados exemplos e comentários 
característicos de monografias que focalizam temas da literatura brasileira. 
 
ASPECTOS BIOGRÁFICOS E CARACTERÍSTICAS DO AUTOR (só para trabalhos em literatura E 
SE JUSTIFICADOS PELO TEMA ESCOLHIDO) 
Sob orientação bibliográfica do professor orientador, nesse capítulo são abordados os traços 
biográficos do autor, com relevância para as características próprias de seu estilo, influências 
recebidas de época e de outros autores. Pode-se incluir nesse capítulo um ou outro depoimento 
crítico sobre o autor, advindos de autoridades na área, de acordo com a bibliografia pesquisada. 
 
CONTEXTOHISTÓRICO-SOCIAL-ESTÉTICO do autor e da obra (só para trabalhos em literatura 
E SE JUSTIFICADOS PELO TEMA ESCOLHIDO) 
Nesse tópico devem-se desenvolver relatos críticos sobre a época sócio-histórico-cultural em 
que se manifestou a produção literária do autor. No caso de textos produzidos ao longo de sua 
carreira, deve-se instalar o autor nas respectivas mudanças de época. Por exemplo, num trabalho 
de literatura: 
Clarice Lispector começa a escrever suas obras ao fim do ciclo do romance regionalista de 
1930, iniciando um terceiro momento no modernismo brasileiro em 1944, mas sua última obra, 
A hora da estrela (1977), se insere num momento cultural posterior, ao fim da década de 1970; 
ou seja, a autora, embora mantenha características individuais, estará também ideológica 
estrutural e tematicamente comprometida com outra época que não a do início da carreira. No 
caso de Clarice Lispector, a autora terá passado, entre outros fatos determinantes, como o fim 
da soberania do romance engajado de 1930, pelos anos de repressão advindos da ditadura 
militar de 1964 no país. 
Caso o texto ficcional se insira em outra época que não o presente da escritura, deverá haver, 
ainda que secundária, uma pesquisa a respeito da época em que se insere o enredo. Por exemplo, 
o romance de Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas, escrito em 1880 e 
publicado em 1881, situa-se em um período histórico anterior, que se inicia em 1805; assim, os 
pesquisadores do trabalho monográfico, para melhor compreensão do enredo e de suas ligações 
com o fato social, devem pesquisar também a época anterior à Independência (1808) e não só a 
época final do Segundo Reinado (1889). Essa pesquisa histórico-sociológico-cultural, 
portanto, deve ser abrangente e não se ater apenas a manuais escolares. 
 
 
 12
- METODOLOGIA 
Nesse capítulo o autor da monografia deverá descrever, em detalhes, os procedimentos 
utilizados nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do texto. Procedendo dessa 
forma, dará oportunidade a outros pesquisadores e aos leitores do trabalho de 
acompanhar todos os passos e pensamentos do autor, entender sua lógica de pensamento 
em relação à análise dos dados e até mesmo iniciar uma nova pesquisa, com base no 
encaminhamento apresentado. Quando, na metodologia, o autor explicita claramente os 
procedimentos escolhidos para a condução da pesquisa, o leitor – mesmo que não 
conheça a teoria na qual o trabalho está sustentado –, é capaz de compreender os 
resultados de sua análise de dados. Pressupõe-se também que, quando a metodologia é 
apresentada de maneira clara, objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar 
o trabalho. 
Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de um diário de 
pesquisa, anotando TUDO o que estiver sendo feito para chegar aos resultados da 
pesquisa. Freqüentemente, fazemos muito mais coisas do que dizemos ter feito, no 
capítulo de Metodologia. Por isso, notas do diário poderão ser muito úteis (Machado, 
2001). 
Aspectos essenciais no capítulo da Metodologia dizem respeito a: 
- Contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física / social) da pesquisa 
- Participantes – caso a pesquisa envolva pessoas e/ou gravação de dados orais 
- Procedimentos / instrumentos de coleta de dados – meios através dos quais os dados foram 
coletados, como por exemplo, gravador, vídeo, coleta em jornal, filme etc. 
- Procedimentos de seleção de dados – critérios utilizados para escolher os dados a serem 
analisados (por que esses dados e não outros? 
- Método(s) de análise e as categorias utilizadas 
Voltamos a salientar que, segundo Traldi e Dias (1998), o capítulo da metodologia é facultativo, 
principalmente, quando pensamos em trabalhos de cunho literário. Assim sendo, o capítulo da 
metodologia não precisa existir, desde que as informações a ele destinadas já tenham sido 
expostas na Introdução. No entanto, os estudos em que a metodologia constitui parte expressiva 
do trabalho, o capítulo separado da Introdução dá uma conotação de melhor organização e 
permite revelar com mais detalhamento as técnicas e os processos empregados pelo autor para 
dar prosseguimento ao estudo. 
 - ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO 
Nesse capítulo, o autor de um texto monográfico não só exercita sua capacidade de 
argumentação como também trabalha com critérios de coerência e coesão na elaboração do 
texto, aspectos muito importantes para dar validade científica ao trabalho apresentado. 
Os dados, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação teórica, estarão à mercê dos 
argumentos do autor. Para isso, ele recorrerá a explicações, análises, esclarecimentos de 
ambigüidades, descrições etc., tais que ofereçam ao leitor condições de compreender o 
encaminhamento do raciocínio na busca por comprovações do aspecto pesquisado. É importante 
ressaltar que discussões com base nas posições teóricas vão requerer sempre que o autor 
examine posições contrárias, estabeleça confrontos, compare, fazendo uso de um processo 
dialógico na elaboração do texto. 
As análises realizadas num trabalho monográfico deverão ser rigorosamente orientadas pelos 
professores orientadores de acordo com sua área de saber metodológico e acadêmico. No caso 
da análise literária, a título de exemplo, ela pode ser interpretativa. A linha de abordagem 
adotada tem de estar clara para o leitor da monografia e deverá estar explicitada no capítulo de 
metodologia, já apresentado em seção anterior nesta apostila. 
Como exemplo, Guidin (2003), no caso de literatura brasileira, tece os comentários a seguir: 
A análise literária do texto escolhido para a monografia, orientada pela profª 
XXX, segue os parâmetros metodológicos ligados à linha crítica interpretativa, 
segundo as relações entre Literatura e Sociedade — visão crítica introduzida por 
 13
Antonio Candido e seguida por críticos brasileiros contemporâneos como Alfredo 
Bosi, Roberto Schwarz e Davi Arrigucci Jr. 
Todo texto literário, para ser útil, para mostrar sua importância estética e 
cultural, deve ser lido, analisado e interpretado. Caso contrário, tal texto equivale a 
qualquer texto escrito — ou seja, sem as especificidades que existem na obra literária, 
esta considerada no sentido rigoroso do termo (A leitura de entretenimento é de outro 
tom e finalidade). 
Assim, interpretar o texto da obra literária é aceitar que os signos não são 
transparentes em seu sentido. Ao contrário, são densos porque estão apoiados em 
linguagem figurada, conotativa, típica do discurso literário. Cabe ao intérprete (que 
funciona como leitor, tradutor e como crítico) a função de compreender e traduzir 
para um discurso outro, (o da compreensão: escrevendo), o que está por trás do texto. 
Interpretar é, então, recolher, num conjunto de possibilidades de sentido de um texto, 
as que sejam mais eficazes (segundo o analista) para responder à pergunta “o que 
este escrito quer dizer com sua existência”? (BOSI, 1995) 
Para tanto, considera-se que o texto é produto de uma consciência criadora 
(o artista, o escritor), o qual possui determinada postura ideológica, existencial e 
psicológica frente à sua produção artística. Sob esse aspecto, o texto literário não é 
diferente de outras manifestações artísticas, como a pintura, a música etc. 
Considera-se, nessa relação entre literatura e sociedade, que a produção 
literária sofre “forças” contraditórias que vêm de uma consciência dona de si 
própria, o autor. Na invenção do texto, existem, então, desejos do autor (ora 
chamados de pulsões) e correntes culturais (estilo, ideologia, intenções políticas ou 
doutrinárias). Assim, todo texto literário é gerado numa mistura de lembrança e 
memória social, fantasia criadora e percepção singular das coisas, além de estilo 
herdado de pessoas, livros, sociedade em geral. O analista-intérprete do texto 
literário leva em consideraçãoque o que provoca alguém a produzir um texto 
literário (ou um quadro ou uma escultura) é a observação pessoal do mundo e da 
vida. Ou seja, o autor foi provocado, motivado a criar o texto por fatos, 
acontecimentos, nomes — coisas que o autor acolheu para si, dentro de seu ponto de 
vista e dentro de certa tonalidade afetiva. Quer dizer: o autor situa o evento no seu 
aqui e no seu agora, como afirmam Bosi (1995) e Candido (1982). 
O escritor, como outros artistas, é porta-voz de seu tempo, de sua época, (que 
se soma à sua individualidade) ao criar a literatura de seu país ou de sua 
comunidade; ou seja, detém uma clara função cultural. Existe, porém, uma função 
cultural também do intérprete, que é a de ser o mediador da criação literária. O 
estudioso trabalha olhando o texto de perto, mas com os olhos voltados para sua 
estrutura, seu conteúdo e sua amplitude. Por isso, a interpretação do texto é um 
processo de aprendizagem e descoberta, sobretudo. O analista-crítico-intérprete deve 
também lembrar que, como leitor, estará diante do resultado verbal, escrito, 
“estilizado” de um processo que é obscuro, muitas vezes, para o próprio autor. Por 
isso, é necessário que o leitor respeite o caráter de mobilidade, surpresa, inquietude 
que todo texto detém. 
Vale lembrar ainda que o capítulo de discussão dos resultados requer do pesquisador a 
habilidade de tecer uma rede de significados que perpassem as informações, os dados, as teorias 
apresentadas no decorrer da monografia. É o momento de assumir posicionamentos e buscar a 
integração teoria/prática, em direção ao objetivo proposto no início do trabalho. Esse fator é o 
mais relevante em se tratando de aferir os resultados da pesquisa e avaliar o seu significado para 
o crescimento do conhecimento científico (Severino, 2002). 
E mais: o capítulo de discussão é, fundamentalmente, um capítulo pautado em debates e 
questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar preparado para responder seus próprios 
porquês e apresentar essas respostas com clareza, pois serão elas, quando bem fundamentadas, 
que farão emergir os resultados da pesquisa. 
 
 
 14
- CONCLUSÕES DO TC 
As conclusões em uma monografia, embora sendo a parte menos extensa, apresentam 
importância fundamental. Devem conter considerações e síntese a respeito das análises, 
apresentando aspectos convergentes e/ou divergentes observados ao longo do desenvolvimento 
do trabalho, além de comentários sobre sua aplicabilidade didático-pedagógica e sobre a sua 
contribuição da perspectiva discursiva. 
“A conclusão não é uma idéia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta ao 
trabalho; nem tampouco um resumo dele” (Guidin, 2003). O tema discutido, anunciado na 
introdução do trabalho e retomado em seu desenvolvimento, desemboca na conclusão, de forma 
lógica e natural, como decorrência. É nela que proporcionamos ao leitor recapitular os passos 
significativos do trabalho e, para isso, faz-se necessário retomar não somente o objetivo, mas 
também a caminhada do trabalho. A conclusão situa o leitor em relação às partes do trabalho. 
É na conclusão, momento culminante da monografia, que as experiências pessoais e 
novas perspectivas dos autores podem vir à tona, de certo modo, resgatando os objetivos 
propostos inicialmente e as lacunas suscitadas na introdução. 
 Interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a preocupação com a 
delimitação do tema, nas conclusões o sentido maior está em vislumbrar novas possibilidades 
para tratamento desse mesmo tema. Essas possibilidades podem ser oferecidas ao leitor como 
sugestões para pesquisas posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da ciência: avançar em 
mares pouco desbravados. 
Quanto às qualidades do texto referente às conclusões, é importante lembrar que suas 
características são: 
a) Brevidade: a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente; 
b) Objetividade: a conclusão é síntese interpretativa dos elementos essenciais discutidos e 
analisados no transcurso da monografia; 
c) Personalidade: a conclusão deve apontar claramente o ponto de vista dos autores, por meio 
de marcas pessoais, não deixando de apresentar novas rotas para a continuidade do trabalho. 
 
4. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 
Os elementos pós-textuais, também denominados elementos referenciais, compreende a 
referência bibliográfica, os anexos e os apêndices, quando necessários. Esses são 
elementos orientadores para os leitores, que a eles recorrem, sempre que, no decorrer da 
leitura do corpo do trabalho, houver indicações que lhes suscitem a curiosidade ou que 
possam auxiliar na compreensão da caminhada do pesquisador. 
 
 
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer publicação científica, é 
que seja elaborada uma seção de Referências Bibliográficas. No entanto, é importante que o 
autor conheça a diferença entre Referências Bibliográficas e Bibliografia. Referências 
Bibliográficas referem-se às obras (livros, artigos impressos ou presentes em fontes eletrônicas 
etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa que, ao fazer uso das vozes de 
diferentes autores, quer textualmente, quer parafraseando-os, o autor da monografia deve citá-
los no corpo do trabalho e referenciá-los na seção Referências Bibliográficas. Já a Bibliografia, 
usada como referencial em ementas de cursos ou em textos para uso didático, inclui todas as 
obras lidas e estudadas pelo autor, para a elaboração do texto em questão. 
Como as citações estão diretamente relacionadas às referências bibliográficas, 
apresentamos, a seguir, orientações para a elaboração de ambas. 
 
 15
- CITAÇÕES 
Citações correspondem à menção, no texto, de informação colhida em outra fonte. Pode 
ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de fonte escrita, oral ou eletrônica. As 
citações são elementos (partes, frases, parágrafos etc.) retirados dos documentos pesquisados 
durante a leitura da documentação e que se revelam úteis para sustentar o que o autor afirma no 
decorrer do seu raciocínio. Veja exemplos a seguir: 
9 citação textual com mais de três linhas: A língua portuguesa vem assumindo, desde 
o período do descobrimento até agora, funções culturais, científicas, sociais, 
estéticas, políticas, administrativas, comerciais etc., tornando-se idioma oficial de 
oito nações contemporâneas. Segundo Silva Neto (1979, p.127), na África, a língua 
portuguesa tem grande importância: 
 
Em 1551, o inglês Windham esteve na Guinés. Pois: o rei de Benim falou em 
português aos ingleses, língua que ele tinha aprendido desde a infância; ou 
ainda: Em 1563, visitando Baker a costa da Mina, “ao oeste do Cabo das Três 
pontas, os negros lhe falaram em bom português. 
 
 Autor ano da edição página 
 
9 citação com mais de três linhas de texto deve vir destacada como o exemplo na 
página anterior, com recuo apenas à esquerda (de 2,5cm aproximadamente), sem 
aspas, com letra em tamanho menor do que a utilizada no texto principal, em itálico 
se desejado. 
 
9 citação textual de até três linhas: Conforme Terra (1997/2001, p.50), “vocábulos de 
origem indígena e africana, como maloca, macumba, vatapá etc., muito comuns 
para nós, não são tão comuns para os portugueses” e dessa forma, podemos 
concluir que ... 
 
Terra ( 1997 / 2001 , p.50 ) 
 
 Último sobrenome Ano da edição Ano da edição que Página de onde 
do autor consultado original do livro você está utilizando foi retirado o 
 que você está trecho utilizado 
 utilizando 
 
9 citação parafraseada: Segundo Duarte (1998/2001), o uso do pronome TU é correto 
no estado do Maranhão mas no Rio Grande do Sul, por exemplo, as pessoas 
utilizam o TU (2a pessoa) concordando com o verbo na 3a pessoa, como por 
exemplo, TU VAI ao cinema comigo?(Nessa citação não aparece página porque o texto não foi copiado do autor e sim 
parafraseado, ou seja, modificado por quem o utilizou.) 
9 notas de rodapé: devem ser identificadas como referências bibliográficas parciais, a 
serem completadas na bibliografia final; inserir nelas considerações ou informações 
complementares que, se feitas no texto principal, poderiam prejudicar a seqüência 
lógica do texto; inserir nelas tradução (com indicação “tradução minha”) ou versão 
original de alguma citação traduzida no texto. 
9 citação de anotações de aula ou comunicações pessoais: devem ser indicadas com o 
último sobrenome do autor e, entre parênteses, a expressão comunicação pessoal. 
Observe alguns exemplos de referências bibliográficas: 
 
 
 16
DUARTE, Sérgio Nogueira. 1998. Língua Viva: uma análise simples e bem-humorada 
da linguagem do brasileiro. 4aed. Rio de Janeiro: Rocco Editora, 2001. 
 
TERRA, Ernani. 1997. Linguagem, língua e fala. 1aed. 3aimp. São Paulo: Editora 
Scipione, 2001. 
 
 
 
 
 
-sobrenome do autor indicado na ficha catalográfica da obra consultada, em letras 
maiúsculas, seguido de vírgula e o nome do autor seguido de ponto 
 
-ano da edição original (caso a edição consultada não seja a primeira), seguido de ponto 
 
-título do livro, em itálico (opcional), seguido de ponto 
 
-edição e impressão, caso não sejam as primeiras, seguida de ponto 
 
-localidade seguida de dois pontos, editora seguida de vírgula e ano da edição 
consultada seguido de ponto, caso seja diferente do ano da edição original 
 
 
FREITAS, M.Teresa; SOUZA, Solange J. e; KRAMER, Sonia. (orgs.) Ciências 
Humanas e Pesquisa: Leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Editora Cortez, 
2003. (Coleção Questões da Nossa Época; v.107, p.35-39) 
 
MARSICK, V. Factors that affect the epistemology of group learning. Disponível em 
http://www.eds.educ.ubc.ca/aerc/1997/97marsick.htm. Acesso em 13/05/04. 
 
ORELLANA, M.F.; BOWMAN, P. Cultural Diversity Research on Learning and 
Development: conceptual, methodological, and strategic considerations. In: 
American Educational Research Association. V. 32, no 5, June/July - 2003. p.26-32. 
 
-obra pertencente à coleção, indicada entre parênteses; indicação de volume e páginas 
consultadas 
 
-fonte eletrônica, com indicação da data da consulta 
 
-indicação de autor cujo artigo ou capítulo está inserido em uma organizada por outro 
autor ou em revista – usar In seguido de dois pontos 
 
FULLAN, Michael; HARGREAVES, Andy. 1996. A Escola como Organização 
Aprendente: buscando uma educação de qualidade. 2a ed. Trad. Regina Garcez. 
Porto Alegre: Artmed editora, 2000. 
 
BEDNY, Gregory Z. et al. Activity Theory: history, research and application. In: Theor. 
Issues in Ergon. SCI. V.1, 2000, no 2, p.168-206. 
 
-indicação de obra com dois ou três autores 
 
-indicação de obra com mais de três autores 
 
- ANEXOS E APÊNDICES 
Anexos são documentos complementares à monografia, que esclarecem os conteúdos nela 
tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, as transcrições (na íntegra) de dados coletados, 
documentos, leis, pareceres etc. utilizados como suporte às discussões, e que prejudicariam a 
estética do trabalho caso fossem inseridos no corpo do mesmo. 
Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do trabalho busquem a 
melhor compreensão das interpretações e conclusões do autor. Em geral, são ordenados a partir 
de um critério lógico, como por exemplo seqüenciados por data de utilização no trabalho, e 
 17
aparecem numerados ou são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A). Essas denominações 
permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do trabalho, o autor da monografia 
apresente a indicação de onde se encontra o trecho, na íntegra. Exemplificando: “Conforme 
comentado no capítulo anterior, os dados referentes ao participante André (Anexo 5) foram 
coletados em seu ambiente de trabalho”. 
 Os anexos aparecem, geralmente, após as referências bibliográficas. No entanto, há 
controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir anexos antes das referências 
bibliográficas, para que a numeração de suas páginas siga a numeração do próprio trabalho. 
 Já os apêndices caracterizam-se por serem materiais produzidos pelo próprio autor da 
monografia. Fazem parte deles: questionários utilizados na coleta de dados, fichas e materiais 
preparados para coletar dados em entrevistas, tabelas elaboradas para sustentar discussões, 
trechos da análise dos dados. 
 
- APÊNDICES 
Pouco utilizados nas monografias (que optam por apresentar, no início, um sumário com as 
indicações de assuntos e páginas), os índices, quando utilizados ao final da obra, têm objetivos 
diversos. Eles podem apresentar: uma lista de assuntos (índice denominado sistemático); lista de 
termos referidos (índice denominado remissivo); lista de todos os nomes próprios presentes 
(índice denominado onomástico); lista de lugares (índice denominado toponímico); lista de 
citações bíblicas (índice denominado escriturário). 
 
VIII-A Linguagem da Monografia 
Considerando-se as diferentes partes que compõem o texto monográfico, é importante ressaltar 
que a linguagem se presentifica de diferentes e bem marcadas formas, influenciando na 
qualidade e validade do texto construído. É possível perceber que a linguagem caminha por 
entre diferentes tipos de discurso, com marcas ora expositivas, ora narrativas, percorrendo a 
descrição, a análise e a crítica (Brandão, 2001), caracterizando essas tais partes da monografia. 
- linguagem Expositiva 
A linguagem expositiva caracteriza-se, nas monografias, pelo discurso teórico presente tanto na 
introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor seja objetivo, que 
apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele próprio ou a outros 
autores a responsabilidade enunciativa. Segundo Brando (2001:30), 
Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de 
elementos analíticos, argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do 
pesquisador se concretiza – o que não é pouco – desde a seleção do material, isto é, 
quando faz os recortes teóricos, criativos ou críticos incorporados em seu texto e no 
modo como distingue esses dados “objetivos” das suas próprias interpretações sobre 
eles. Embora, rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos chamar 
de “objetiva” aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem 
em seus próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do 
pesquisador e, “subjetiva”, aquela linguagem que expressa reflexões pessoais, 
opiniões ou propostas do pesquisador, devidamente fundamentadas, e não 
confundidas com afirmações que apenas denunciam reações afetivas de agrado ou 
desagrado. 
- linguagem Descritiva 
A linguagem descritiva caracteriza-se, nas monografias, pelos relatos fortemente presentes na 
metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos relacionados ao contexto de 
pesquisa e a todos os procedimentos que vão desde a escolha do corpus para estudo e/ou coleta 
de dados, aos critérios escolhidos para análise. A linguagem descritiva pressupõe a ausência de 
julgamentos e juízos de valor por parte do autor. 
 18
- linguagem Analítica 
A linguagem analítica caracteriza-se, nas monografias, pelo uso da explicação e da 
argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se encontram 
explícitos no texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação ao objetivo da 
monografia. 
É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior intensidade no capítulo de 
discussão e argumentação, no qual são discutidos e sustentados os pontos de vista do autor do 
trabalho, à luz dos fundamentos teóricos selecionados. 
- linguagem Crítica 
Alinguagem crítica caracteriza-se, nas monografias, pela emissão de opiniões e conclusões do 
autor, após o exaustivo questionamento a que submeteu os dados coletados ou o corpus de 
análise. Segundo Brandão (2001:31), 
É pela linguagem crítica que o estudioso pode efetivamente contribuir para o 
avanço das idéias em relação a determinado campo do saber, apresentando reflexões 
originais, nascidas seja de novos enquadramentos a partir dos elementos já 
conhecidos seja aprofundando ou ampliando os referenciais de pesquisa para 
aspectos ou setores ainda não considerados. 
 
IX- Dicas importantes para Antes de começar - passos da pesquisa 
Dependendo de tema e/ou texto escolhido pelos alunos do grupo, o trabalho 
poderá caracterizar-se como pesquisa analítico-bibliográfica somente, ou pesquisa de 
campo (contendo entrevistas e coleta de dados). É importante, nesse sentido, atuar 
eticamente, em especial quando a atividade envolver seres humanos, levando em 
consideração o seguinte: 
ƒ participantes da pesquisa têm o direito de receber 
informação prévia sobre: o fato de estar fazendo parte de 
um trabalho acadêmico; a temática envolvida; a duração e a 
freqüência dos encontros etc; 
ƒ relacionamento entre pesquisador e participantes da 
pesquisa deve ter caráter formal; 
ƒ com freqüência, escolas, empresas e outras instituições 
queixam-se de que os alunos vão até elas, recolhem 
material e depois desaparecem sem retornar para apresentar 
as conclusões da pesquisa. O participante da pesquisa, quer 
seja um indivíduo quer seja uma instituição, não só merece, 
como também tem o direito de receber um retorno após o 
término do trabalho. Por exemplo, podem-se enviar os 
resultados da atividade desenvolvida, um especial 
agradecimento, um exemplar da monografia, convites para 
assistir à apresentação da pesquisa etc. 
 
- ESPECIFICAÇÃO DO CORPUS 
Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, objeto sobre o qual o 
pesquisador irá deter-se: textos, fragmentos etc. Observem os itens a seguir: 
o Corpora 
ƒ A escolha do corpus depende do fato que se pretende estudar 
ƒ Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou seja, 
não posso desejar estudar a fala dos habitantes de uma determinada 
comunidade de poloneses no sul do país, tendo como corpus apenas a 
gravação da conversa de dois ou três pessoas de uma mesma família pois 
 19
isso não me permitiria perceber como eles são influenciados pela fala de 
outros habitantes da comunidade. 
ƒ Um corpus pode ser muito extenso e então é possível encontrar nele uma 
diversidade de situações para estudar; ou pode ser muito limitado, como por 
exemplo, compor-se da fala de um único indivíduo e então seria possível 
estudar seu ideoleto. 
ƒ Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros, 
incoerências, jogos de palavras etc., que deverão ser criticados pelo 
lingüista em sua análise. 
ƒ Um Corpus se torna mais significativo quando os dados são gravados, pois 
dessa forma é possível transcrever os dados e os ruídos que eventualmente 
aparecem na oralidade podem ser descartados no momento da análise. 
o Materiais construídos 
ƒ São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos 
ultrapassam os limites do corpus, pois depende dos informantes. No 
entanto, pode apresentar armadilhas para o lingüista, ou seja, o informante 
pode descartar enunciados significativos ou apresentar enunciados 
complexos demais (que fogem ao que se propôs o lingüista); ou ainda, 
entender as normas ou regras do trabalho de diferentes formas, interferindo 
nas informações ou enunciados que produz. 
ƒ Materiais construídos não dependem independem da situação real e 
focalizam apenas o fato lingüístico que está sendo analisado. 
 
X-Entrega do TC e número de exemplares 
Respeitando o calendário previamente estabelecido para o atual semestre letivo, os alunos 
deverão enviar por e-mail para os orientadores sua monografia completa. 
 
 - Critérios de Avaliação 
O professor de TC dará uma nota levando em conta: 
 
1) Participação do aluno (1 ponto) 
• Cumprimento do cronograma 
• Disciplina do aluno na elaboração da pesquisa 
• Assiduidade 
 
2) Apresentação (2 pontos) 
• Aspectos Formais 
• Redação do Trabalho 
 
3)Pesquisa Bibliográfica (2 pontos) 
• Pertinência dos textos escolhidos 
• Leitura crítica dos textos 
 
4) Elaboração do Trabalho 
 3.1 Coesão e Coerência (2.50) 
 3.2 Argumentação (2.50) 
 
 20
- CRONOGRAMA DE TRABALHO 
 
Item Avaliado 
 
Datas 
Primeiro Semestre 
1era Aula de TC 
A disciplina TC está relacionada 
com a disciplina "Metodologia 
do Trabalho Acadêmico" (5to 
semestre). 
Contato de alunos e orientadores 
Indicação de bibliografia 
Pré-projeto 
 
 Data de entrega: 
Fevereiro 
2da Aula de TC 
Enviar resenhas das obras lidas 
relacionadas ao tema do 
trabalho. 
 
Data de entrega: 
Março 
3era Aula de TC 
Enviar texto preliminar do 
capítulo teórico do Trabalho 
monográfico 
Data de entrega: 
Maio 
Segundo Semestre 
4ta Aula de TC 
Enviar capítulo da analise do 
corpus 
Data de entrega: 
Agosto 
Trabalho finalizado 30 de Novembro 
Comunicação com o professor 
orientador através de e-mails. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (DESTE MANUAL) 
ANDRADE, M.Margarida de. 1995. Como preparar trabalhos para cursos de pós-
graduação: noções práticas. 3a ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999. 
CARMO-NETO, Dionísio. Metodologia cientifica para principiantes. 3a ed. 
Salvador: Ed. Universitária Americana, 1996. 
DIAS, R. & TRALDI, M. C. Monografia passo a passo. 1a ed. Campinas/São Paulo: 
Editora Alínea, 1998. 
D’ONOFRIO, Salvatore. Metodologia do trabalho intelectual. São Paulo: Atlas, 
1999. 
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989. 
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1977. 
GUIDIN, Márcia Lígia Di Roberto. Manual de TCC – UNIP, 2003. 
HÜBNER, M. M. Guia para elaboração de monografias e projetos de dissertação 
de mestrado e doutorado. São Paulo: Mackenzie, 1998. 
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 
São Paulo: Atlas, 1991. 
MACHADO, Anna Rachel. (notas de aula) Gênero Tese. LAEL – PUC-SP, 2001. 
 21
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. São Paulo: Atlas, 1996. 
MOISÉS, Massaud. Literatura: mundo e forma. São Paulo: Cultrix, 1982. 
SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. 3a ed. São Paulo: Martins 
Fontes, 1995. 
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: 
Cortez, 1997. 
SPINA, Segismund. Normas gerais para trabalho de grau. São Paulo: Fernando 
Pessoa, 1974. 
VICTORIANO, Benedicto A.D.; GARCIA, Carla C. 1996. Produzindo monografia. 
Publisher Brasil, 1999. 
VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA. 2a ed. Rio de 
Janeiro: ABL/Block/Imprensa Nacional, 1998. 
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