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EVIDÊNCIA DA ECONOMIA EM NOSSOS TEMPOS QUESTÕES ECONÔMICAS NO DIA A DIA FUNCIONAMENTO GERAL DA ECONOMIA ECONOMIA: CONCEITOS, FUNDAMENTOS E O SISTEMA ECONÔMICO - PARTE 2 Análise de Cenários Econômicos 1 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos FUNDAMENTOS DA MICROECONOMIA, A DEMANDA, A OFERTA, O MERCADO, E A FORMAÇÃO DE PREÇOS Prof. Eduardo Menicucci APRESENTAÇÃO Olá! Neste módulo você terá a oportunidade de estudar e conhecer o Mercado e o seu funcionamento. As teorias da demanda e da oferta, a teoria da Produção e do Custo, o equilíbrio do Mercado, a dinâmica da formação dos preços, as elasticidades e as estrutu- ras de Mercado, entre outros. Vamos lá! OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final deste módulo você deverá ser capaz de: • Entender a maneira de pensar da economia, o que é como funciona o Mercado de bens e serviços; • Entender o que vem a ser a demanda ou procura, suas características, e os fatores que a influenciam; • Entender o que vem a ser a oferta, suas características e os fatores que influen- ciam; com se dá a produção e os custos; • Entender a dinâmica da formação dos preços; • Entender o porquê os preços variam e qual a medida desta variação, ou seja, as elasticidades; • Compreender, por fim, as estruturas de Mercado existentes: monopólio, oligopólio, entre outros. Caro(a) aluno(a), vamos dar continuidade aos nossos estudos, este módulo o convida a aprofundar um assunto que, em minha opinião, é fascinante. Até agora você já viu a importância da economia, para que ela serve e como ela funciona. Agora você vai passar a aprender como a economia se mobiliza para formar os preços dos produtos, como os consumidores e empresas se posicionam e agem no mercado e quais os efeitos de variações de preços e quantidades no consumo e na produção de mercadorias. São vários desafios de estudo, então bom trabalho e boa sorte! 2 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Procurando entender o funcionamento da economia Você se lembra do módulo Conceitos e fundamentos e o Sistema Econômico, quando ao iniciar a lição dizia-se: “Vamos iniciar nossa disciplina falando de um assunto que sempre está na moda: Economia. Crise econômica, ações, bolsa de valores, inflação, taxa de juros, desaceleração do crescimento econômico, desemprego, impostos. O tema econo- mia está mais em evidência do que a seleção brasileira de futebol”? Pois é! Nesse momento iniciamos a nossa lição procurando aprender como é o funcio- namento do Mercado e as variáveis que o influenciam. Por isso, antes de entrarmos na discussão propriamente dita sobre o Mercado, faz-se necessário que você tenha uma compreensão de qual campo da economia os assuntos aqui a serem tratados se inserem. ATENÇÃO Você saberia dizer como é composta, formada e dividida a economia? Não? Então preste atenção! O estudo da economia se divide em duas partes ou dois campos, como queira: a microe- conomia e a macroeconomia. A microeconomia, também chamada de teoria dos preços, vai procurar elucidar o proces- so de formação de preços no Mercado, ou seja, como os preços são formados, como empresas e consumidores interagem e decidem qual o preço vigente e a quantidade de determinado bem ou serviço que será demandada ou ofertada. Ou seja, como se através de uma visão microscópica a microeconomia, em última instân- cia, preocupasse em explicar como se determina o preço dos bens e serviços, como se dá a alocação dos recursos e os fatores de produção, como comportam os custos de produção, os rendimentos, e os efeitos decorrentes dessas relações, como, por exemplo, as elasticidades. Para efeito de raciocínio vamos definir os consumidores como sendo aqueles que vão ao Mercado com o intuito de adquirir um conjunto de bens ou serviços que lhes maximize sua satisfação, em função dos preços estabelecidos. Já a empresa é definida como uma unidade técnica que, através da combinação dos fatores de produção, ou seja, terra, capital e trabalho se organizam para produzir o maior volume possível de produção ou de serviços, ao menor custo e vendê-lo ao maior preço possível. Nesse sentido, ela visa obter lucro. Ficou claro? Sim, não é! Então, de outro lado, tem-se o outro campo da economia: a macroeconomia. Como se estivesse usando uma visão telescópica, mais ampla, ela vai enfocar o compor- tamento da Economia como um todo, considerando variáveis globais como os grandes agregados econômicos tais como salários, consumo, renda, poupança, investimento, inflação, sistema financeiro. Nesse campo da economia, a macroeconomia também depara com o estudo das contas nacionais como o Produto Interno Bruto – PIB, a relação do país com o exterior o Balanço de Pagamentos, renda nacional, exportação, importação, entre outros. 3 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Agora poderemos prosseguir nossa lição. A partir de agora, vamos compreender como funciona a economia sob o ponto de vista da microeconomia. Pode-se dizer como visto, que a análise microeconômica preocupa- -se com a formação de preços dos bens e serviços, com a alocação dos recursos e dos fatores de produção. A microeconomia estuda o comportamento das famílias, dos consumidores, das empre- sas e das firmas e dos Mercados nos quais operam. Preocupa-se mais com uma análise parcial. Ela analisa a formação de preços no Mercado. Assim sendo poder-se-ia perguntar: como os preços se formam? Essa parece ser a pergunta chave de um mecanismo bastante complexo. Respondendo a essa pergunta, pode-se dizer que os preços formam-se com base em dois Mercados: O Mercado de bens e serviços que determina os preços dos bens e serviços como o preço do cafezinho, do quilo da carne, da passagem de ônibus; O Mercado dos serviços dos fatores de produção onde são determinados os salários, juros, aluguéis e lucros, entre outros. Porém, antes de respondermos, de forma aprofundada, a questão formulada, para efeito de raciocínio, você deve alertar para outro fato. A microeconomia, tendo em vista o méto- do de estudo, tem um grande pressuposto. Ou seja, a análise microeconômica parte de uma hipótese. Que hipótese é essa? Vejamos: A hipótese microeconômica Para analisar um Mercado a Microeconomia, a partir do seu método de análise, formula uma hipótese que vai estabelecer as bases do entendimento do processo de formação de preços e de suas variáveis, ou seja, ela vai formular uma hipótese metodológica para faci- litar o entendimento do processo de formação de preços, dentro de um modelo econômi- co. Essa hipótese é chamada de coeteris paribus. O foco de estudo é dirigido apenas ao Mercado daquele produto especifico, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele exercem, supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não interfiram de maneira absoluta. Adotando-se a hipótese torna-se possível o estudo de determinado Mercado, selecionando-se apenas as variáveis que influenciam os agentes econômicos - consumidores e produtores - nesse particular Mercado, independentemente de outros fatores, que estão em outros Mercados, poderiam influenciá-los. Sabe-se, por exemplo, que a procura de uma Mercadoria é normalmente mais afetada por seu preço e pela renda dos consumidores. Para analisar o efeito do preço sobre a procura, supomos que a renda permanece constante (coeteris paribus); da mesma forma, para avaliar a relação entre a procura e a renda dos consumidores, supomos que o preço da Mercadoria não varia. Coeris paribus É uma expressão que vem do latim, e significa “tudo o mais constante”. Essa hipótese admite que todas as variáveis que podem influenciar os preços, assim como a renda, o gosto, a preferência,os preços dos bens substitutos e dos bens complementares, entre outros, permanecem constantes, durante o período de análise. 4 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Em última análise, a hipótese permite analisar um Mercado isoladamente supondo todos os demais Mercados constantes, assim sendo. O Mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos demais. Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos efeitos de outras variáveis. Vamos agora, após a fixação dessa hipótese ou pressuposto, analisar as variáveis deman- da e oferta e finalmente, a análise do equilíbrio geral. Para isso vamos abordar: A Análise da demanda A teoria da demanda ou procura de uma Mercadoria ou serviço divide-se em teoria do consumidor (demanda individual) e da demanda de Mercado. A Análise da oferta A teoria da oferta de um bem ou serviço também se subdivide em oferta da firma indi- vidual e da oferta de Mercado. Para efeito de raciocínio, na análise da oferta da firma são abordadas a teoria da produção, que analisa as relações entre quantidades físicas do produto e os fatores de produção, e a teoria dos custos de produção, que incorpora, além das quantidades físicas, os preços dos insumos. Ficou claro? Não? Ou seja, a teoria da procura ou da demanda vai retratar o comportamento do consumidor, suas reações e atitudes e ao mesmo tempo a análise da demanda do Mercado. Por outro lado a teoria da oferta vai retratar a oferta da firma e a oferta do Mercado, sendo que na análise da firma será retratada a teoria da produção, ou seja, como os bens e serviços são obtidos os rendimentos, os custos e a oferta do Mercado. A TEORIA DO EQUILÍBRIO GERAL A análise do equilíbrio geral leva em conta as inter-relações entre todos os Mercados, diferentemente da análise de equilíbrio parcial, que analisa um Mercado isoladamente, sem considerar suas inter-relações com os demais. Ou seja, procura-se analisar se o comportamento independente de cada agente econômico conduz todos a uma posição de equilíbrio geral, embora todos sejam, na realidade, interdependentes. A partir de agora, uma vez que você já compreendeu as divisões da economia e os seus agentes, poderemos iniciar a lição sobre Mercado, demanda, oferta, elasticidade e equilíbrio. Análise da demanda de Mercado Vamos agora procurar aprender como se comporta a demanda ou a procura do Mercado. Antes procuraremos definir a demanda. Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumi- dores desejam adquirir, comprar, num determinado período, a um determinado preço. A Demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar, a determinado preço. A escala de demanda indica quanto (quantidade) o consumidor pode adquirir, dadas as várias alternativas de preços de um bem ou serviço. 5 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Outra coisa que você precisa entender é que os fundamentos da Teoria da Demanda baseiam-se na teoria do Valor Utilidade. Ou seja, dada sua renda e os preços de Mercado, o consumidor irá demandar um bem ou serviço que irá maximizar a satisfação (utilidade) que ele obterá com o consumo daquele bem. Ou seja, ele comprará aquele produto, que ao seu nível de renda e ao seu preço, lhe trará o maior nível de satisfação possível. É importante que tenhamos em mente dois conceitos: Utilidade total e utilidade marginal: • Utilidade total: É a satisfação que o bem vai causar ao consumidor. Aumenta quan- to maior a quantidade consumida do bem; • Utilidade marginal: São os acréscimos causados na utilidade total quando se conso- me mais de determinado produto. Ou seja, a satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem. É decrescente porque o consu- midor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome. Por exemplo: Suponhamos que você esteja com muita sede. É uma sede de fazer inveja! Assim sendo você pagaria por um copo d’água o que fosse necessário, pois você está com muita sede. Podemos dizer que a satisfação que esse copo d’água lhe dará será 100%. Entretanto, ele não foi suficiente e você continua com sede. Assim sendo, vai tomar outro copo d’água. Esse segundo copo d’água vai te dar muita satisfação. Porém, nem tanto quanto o primei- ro. Não é mesmo? Por que isso? Porque sua necessidade de água diminuiu um pouquinho. Ou seja, a sua satisfação com mais um copo d’água aumentou mais um pouco, mas o acréscimo gerado por esse segundo copo d’água vai ser menor. E assim sucessivamente. Você irá tomar mais e mais água até o ponto em que outro copo d’água não lhe trará mais nenhuma satisfação. Entendeu? Ou seja, sua necessidade de água ou sede foi atendida. Mas, preste atenção. Você percebeu que a cada copo d’água a mais que você tomou a sua satisfação ia sendo satisfeita. Crescendo, porém de forma cada vez menor. Ou seja, os acréscimos na sua satisfação pelo consumo de cada novo copo d’água foram cada vez menores. REFLITA Pense: esse exemplo da água se aplica a você, numa sexta-feira à noite, em relação à cerve- ja? Posso afirmar que SIM. O primeiro copo de cerveja numa sexta-feira à noite quase não tem preço. Porém, na madrugada, já meio “bêbados”, a satisfação com copos adicionais de cerveja também é decrescente. Ou seja, essa lógica é universal e se aplica a todos os bens e serviços. Tente imaginar uma situação onde isso não se aplica e me conte! Então podemos concluir que sua satisfação aumenta, porém a taxas decrescentes porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome. Nas figuras abaixo você pode observar a tendência dos conceitos apresentados: 6 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Vamos falar agora das variáveis que afetam a Demanda. Você será capaz de identificá-las? Não? Então preste atenção: Variáveis que afetam a Demanda: • Riqueza (e sua distribuição); • Renda (e sua distribuição); • Preço do bem; • Preço dos outros bens; • Fatores climáticos e sazonais; • Propaganda; • Hábitos, gostos, preferências dos consumidores; • Expectativas sobre o futuro; • Facilidades de crédito (disponibilidade, taxa de juros, prazos). Assim sendo, podemos dizer que a demanda será função de: Função geral da demanda: Qd = f(pi, ps , pc , R, G) Onde: Qd = quantidade procurada (demandada) do bem i. pi = preço do bem i. ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes. pc = preço dos bens complementares. R = renda do consumidor. G = gostos, hábitos e preferências do consumidor. Vamos observar agora como cada uma destas variáveis se relacionam com a quantidade demandada. Lembra-se da hipótese, coeteris paribus? Claro, não é! Lembra-se do tudo o mais constante? Ela será importante para entender o que vem a seguir. Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem (pi): Numa situação onde tudo o mais permanece constante (coeteris paribus), a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço. No dia a dia pode-se notar isso. Ou seja, quando o preço de determinado produto aumenta, nós dimi- nuímos a quantidade consumida. Ou melhor, menos pessoas se dispõem a pagar por ele. 7 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos 7 Efeitos Substituição e Renda: EFEITO SUBSTITUIÇÃO Nesse caso o bem fica mais barato relativamente aos concorrentes, fazendo com que a quantidade demandada aumente. Este efeito também é bastante comum, é como se qualquer um de nós fosse ao supermercado e, chegando lá, percebesse que o preço do guaraná continuou o mesmo, e o refrigerante de cola aumentou em cinqüenta centavos. Ao invés de levar duas colas e dois guaranás, muitas pessoas vão optar por levar 3 guara-nás e apena uma cola. Ou seja, substituímos o consumo de uma cola por um guaraná. Sempre (digo sempre mesmo) fazemos isso. Porém, quase nunca (quase nunca mesmo) percebemos esse efeito. Ele é mais notável em produtos hortifrutigranjeiros (ou produtos de época): quando é época de morango, seu preço abaixa, e, normalmente, deixamos de comer bananas para comer morangos. EFEITO RENDA Nesse caso, com a queda do preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a quan- tidade demandada do bem deve aumentar. Neste caso o entendimento é o mais simples. Quando os preços caem, é como se o nosso salário passasse a valer mais, podemos comprar mais itens. Além disso, pense também no caso de aumento em seu salário (o que, no final das contas, dá no mesmo): seu poder de compra aumentou! Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços (pc) ou (ps): Um bem pode ser considerado “substituto ou concorrente” quando o consumo de um bem substitui o consumo do outro, sem nenhuma mudança na satisfação do consumidor. Ou seja, dois bens para os quais, tudo o mais mantido constante (coeteris paribus), um aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro. Exemplo: Caneta preta e caneta azul. Quando o preço da caneta preta sobe, muitos consumidores tendem a substituí-la pela caneta azul (ou vice-versa, dependendo do seu grau de apego aos times de futebol de MG!). Bens podem ser considerados “complementares” quando são consumidos em conjunto. Neste caso um aumento no preço de um dos bens leva a uma redução na demanda pelo outro bem. Exemplo: pipoca com guaraná e ticket de cinema. Normalmente quem vai ao cinema, principalmente se estiver com a namorada (ou o namorado), compra uma pipoca e um guaraná (bem, ao menos essa era a propaganda!). Se o preço do cinema sobe, menos pessoas irão assistir aos filmes e, consequentemente, menos pipocas e guaranás serão vendidos. Ainda bem que a “carteirinha estudantil” ajuda!!! Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Novamente levando em consideração a hipótese (coeteris paribus), onde somente a renda varia, podemos dividir o comportamento da demanda em duas grandes categorias de bens diferentes. 8 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Bem normal Numa situação onde tudo o mais constante, um aumento na renda provoca um aumento na quantidade demandada do bem. É como o próprio nome sugere. Repare você que este é o comportamento de grande parte dos produtos e serviços disponíveis no Mercado. Esses produtos são chamados de bens normais. Por exemplo, suponhamos que você receba um salário de R$10.000,00 (dez mil reais) por mês. Com esse dinheiro você alimenta-se, veste-se, paga seu transporte, aluguel e lazer. Suponhamos agora que você recebeu 20% de aumento, ou seja, passou a ganhar R$12.000,00 (doze mil reais). No caso em questão, você vai aumentar o consumo dos produtos que necessita. Poderá por exemplo, comprar mais itens no supermercado, seja aquela carne que costuma comprar ou a pizza ou mesmo a cerveja ou refrigerante ou até mesmo freqüentar mais vezes os lugares que costuma ir para lazer, entre outros. BEM DE LUXO Calma, uma “Mercedes-Benz”, para um economista, pode não ser considerada um bem de luxo. E uma pinga (sim, a “marvada”) pode. Leia com atenção a definição acima. Se uma pessoa tem aumento de 10% em sua renda, e aumenta o consumo da “branquinha” em 20%, então, para ele, a aguardente (veja só, 4 sinônimos em tão curto espaço) é um bem de luxo. E, numa suposição bem viajante, se um empresário que nomeia suas empresas sempre com “X” tiver um aumento de renda em 10%, mas se desfizer de suas Mercedes, para ele esses carros serão considerados bens de primeira necessidade, como veremos a seguir (ah! para você não ficar preocupado, ele provavelmente trocaria os carros por aviões e helicópteros). BEM DE PRIMEIRA NECESSIDADE Usando a introdução do Eike desenvolvida no item anterior, fica claro o que é um bem de primeira necessidade. Não, não é aquele que precisamos para sobreviver. Isso é um conceito médico!!! Para nós, economistas, bens de primeira necessidade são aqueles em que, aumentando a renda, sua demanda cresce em proporção menor. Quer ver como é fácil: sal. Se você tiver um aumento de 10% em sua renda, quanto sal a mais irá consu- mir? Certamente bem menos (aí, segundo os médicos, é melhor até reduzir!!!). Bem inferior Tudo o mais constante, um aumento na renda provoca uma diminuição na quantidade demandada do bem. Parece um pouco irracional a primeira vista, não é? Mas existem sim produtos e serviços que tem sua procura diminuída com um aumento da renda. Nesse caso são chamados de bens inferiores. 9 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Exemplo: pescoço de galinha. Nestes exemplos, com um aumento da renda, o trabalhador pode pensar em comprar carne de primeira com um aumento em seu salário, concorda? (Dica: não que supermercados não vendam mais pescoço de galinha na forma clássica. Eles (os pescoços) estão agora deliciosamente fantasiados de “nugget’s”!!! Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G) Podem ser alterados, “manipulados” por propaganda e campanhas promocionais, incen- tivando ou reduzindo o consumo de bens. Podemos perceber tentativas cada vez mais agressivas de mudança nos gostos dos consumidores no nosso dia a dia. O consumidor é frequentemente alvo de campanhas publicitárias que têm o intuito de aumentar as vendas de seus produtos. Pense você mesmo, em quantos minutos de propa- gandas já assistiu na televisão ou escutou no rádio durante o dia, quantos panfletos recebeu enquanto andava pelas ruas e até mesmo quantos “outdoors” leu nas últimas 24 horas. Todas estas ações foram tentativas de atrair sua atenção para um produto e moldar seus hábitos de acordo com os produtos ofertados. Exemplo: Campanha do governo de incentivo ao consumo de leite aumenta a demanda por este bem. Vamos agora visualizar graficamente essas relações: Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais. Observando os gráficos de demanda dos consumidores A e B, por um mesmo produto, podemos obter o gráfico de demanda do Mercado. Se considerarmos que o Mercado tem somente dois componentes, os consumidores A e B. Dessa forma, o resultado será: Algumas considerações são necessárias nesse momento. Preste atenção: 10 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Variações na demanda Dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, em virtude de alterações no preço dos bens substitutos, dos bens complementares, na renda ou nos gostos (ou seja, mudan- ça na condição coeteris paribus). Variações na quantidade demandada Refere-se ao movimento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem (pi), mantendo as demais variáveis constantes (coeteris paribus). Análise da oferta de Mercado A partir de agora você aprenderá como se comporta a oferta. Até agora nos concentra- mos na demanda. Assim sendo cabe dizer que: Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender, a determinado preço, em um determinado período de tempo. Estudaremos aqui as condi- ções que os produtores observam na hora de fazer com que seus produtos cheguem as nossas casas e as lojas. Considera-se que os produtores são agentes racionais, já que estão produzindo na busca pela maximização dos lucros, dentro de suas possibilidades e custos de produção. Vamos falar agora das variáveis que afetam a Oferta. Você é capaz de identificá-las? Variáveis que afetam a Oferta: Quantidade ofertada do bem i; Preço do bem i; Preço dos fatores e insumosde produção m (matéria-prima, mão-de-obra, etc.); Preço de outros n bens, substitutos na produção; Tecnologia; Objetivos e metas de empresário. Assim sendo podemos dizer que a oferta será função de: Função geral da Oferta: Qs = f( pi , pfp , pn , T, M) Onde: Qs = quantidade ofertada do bem i. pi = preço do bem i. Pfp = preço dos fatores e insumos de produção m (matéria- prima, mão-de-obra, etc.). pn = preço de outros n bens, substitutos na produção. T = tecnologia. M = objetivos e metas de empresário. 11 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Relação entre preço e oferta: Na imensa maioria dos casos, é interessante para as empresas aumentar o preço de seus produtos. Então, quando elas conseguem este aumento, passam a querer produzir ainda mais, para conseguir maiores lucros. Porém, com o aumento da produção as empresas passam a ter que pagar mais pela matéria prima de seus produtos, já que ela começa a ficar mais disputada, com o aumento da quantidade produzida. Graficamente podemos demonstrar assim a oferta: Relação entre a oferta de um bem e preço do fator (Insumo) de produção (Pfp) Se o preço do fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, coeteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, capital. Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens, substitutos na produção (Pn) Se o preço do bem substituto aumenta, e o preço do bem analisado continua o mesmo, os produtores diminuirão a produção do bem, para produzir mais do bem substituto, na busca por maiores lucros. Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T) Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia, coeteris paribus, aumenta a oferta do bem. Verificamos isso diariamente quando lemos ou assistimos a notícia de uma nova tecnolo- gia sendo empregada na linha de produção de diversos bens. A produção aumenta nestes casos. Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas do empresário (M) É comum entre as empresas bonificar seus funcionários no fim do mês baseados no desempenho, com isso alguns empresários podem tentar produzir mais para que estas bonificações sejam pagas, ou não. Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço Do mesmo modo que a curva de demanda por um bem pode ser obtida somando as demandas individuais de um determinado Mercado, a curva de oferta também é igual ao somatório das ofertas das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço. 12 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Desta maneira, se considerarmos que somente as empresas A e B produzem este bem, a oferta de Mercado seria: Antes de prosseguirmos se faz necessário novos esclarecimentos. Assim sendo, podemos fazer algumas observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço: Variação da Oferta Deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações em pfp , pn , T, M (ou seja, mudança na condição coeteris paribus). E pi = preço do bem i. Caso tenha esquecido, reveja o significado destas siglas um pouco mais acima. Variações na quantidade ofertada Refere-se ao movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude da variação do preço do próprio bem pi, mantendo-se as demais variáveis constantes (coeteris paribus). Finalmente chegamos ao ponto em que relacionamos a demanda com a oferta. Que nesse caso será o terceiro pondo da nossa lição. Equilíbrio de Mercado O Equilíbrio de Mercado Para efeito de raciocínio estabelece-se que o equilíbrio no Mercado é uma situação em que a quantidade demandada (ou procurada) é igual à oferecida. Graficamente ela poderá ser assim expressa: 13 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Diante disso cabe discutir quais possíveis eventos poderão ocorrer no Mercado. Excesso da Procura No caso de um excesso de procura, podemos dizer que o preço do produto ou bem tende a subir. Veja no gráfico: Entendeu? Veja só: ao preço de $6 os pizzaiolos só querem vender 20 mil pizzas por mês. Mas, nesse preço $6, os consumidores querem comprar 37 mil pizzas por mês. Faltarão no mercado 17mil pizzas (que fome!). Assim, esses consumidores que não conseguiram comprar pizza aceitarão pagar mais por cada unidade de pizza. Quando os consumidores atingem o preço de $8, os ofertantes aceitam vender 30 mil pizzas por mês. Nesse exato ponto ocorrerá o equilíbrio de mercado: será o ponto onde, a determinado preço (no nosso caso, $8) os produtores (pizzaiolos) aceitam produzir determinada quantidade (30mil), e os consumidores aceitam pagar para consumir aquela quantidade. Excesso da oferta No caso de um excesso de oferta, podemos dizer que o preço do produto ou bem tende a cair. Veja no gráfico: É o contrário do exemplo anterior. Aqui, os gananciosos pizzaiolos querem vender 50 mil pizzas por mês, mas cobrando $12. Só que nós, consumidores, só aceitamos pagar $8 por pizza. Assim, os ofertantes têm que reduzir o volume ofertado, até encontrarem o preço de equilíbrio (mais uma vez, $8). 14 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Efeitos no Mercado de uma variação da procura – aumento na demanda • Uma variação da procura resulta de uma variação de algo que não o preço; • A curva da procura desloca-se para a direita e para cima, quando há um aumento de procura. Você pode estar pensando: o que provoca um aumento da procura? Causas de um aumento da procura • Um aumento de rendimento no caso dos bens normais; • Aumento de preço dos bens substitutos; • Aumento de população; • Expectativas de aumentos futuros de preço. Efeitos no Mercado de um aumento de procura • Ao preço de equilíbrio ($8) inicial existe um excesso de procura. O preço sobe; • O equilíbrio é restabelecido em $10, com um preço de equilíbrio mais alto e maior quantidade. 15 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Efeitos no Mercado de uma variação da oferta – aumento da oferta • Uma variação da oferta resulta de uma variação de algo que não o preço; • A curva da oferta desloca-se para a direita e para baixo, quando há um aumento da oferta. Por outro lado o que poderia provocar um aumento da oferta? Causas de um aumento de oferta • O custo de um fator de produção diminui; • Um avanço tecnológico diminui os custos; • O número de firmas aumenta; • Os produtores esperam um preço mais baixo no futuro; • Subsídios. Você sabe o que é um subsídio? E se eu te lembrar da redução do IPI para compra de geladeiras e automóveis? Sim, isso é um subsídio. Os mais comuns são os governamentais, que são reduções em tributos para beneficiar determinado setor da economia. 16 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Efeitos de um aumento de oferta • Ao preço de equilíbrio inicial ($8) existe um excesso de oferta. O preço desce; • O equilíbrio é restabelecido em $6, com um preço de equilíbrio mais baixo e maior quantidade. Efeitos no Mercado de variações na oferta e procura O resultado depende da magnitude das variações, como no gráfico acima. Os efeitos no Mercado de variações da oferta e da procura Neste caso o preço desce e a quantidade aumenta; Se você conseguiu chegar até aqui significa que compreendeu as principais características, funções, variáveis e o comportamento do Mercado, tendo em vista o consumidor, a oferta, e os preços, entre outros. Parabéns! Agora você vai entender a relação entre a variação das quantidades demandadas em função das variações nos preços e na renda do consumidor. A essa relação dá-se o nome de elasticidade. 17 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálisede Cenários Econômicos Elasticidades Agora iremos falar um pouco de elasticidade. Esse conceito é muito importante para entendermos o funcionamento dos Mercados. Elasticidade é uma medida que relaciona a variação das quantidades demandadas em função das variações nos preços ou na renda do consumidor. Ou então, variação percen- tual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem. Ou seja: é a alteração percentual em uma variável no caso a quantidade consumida ou ofertada, dada uma variação percentual em outra variável, no preço ou na renda do consumidor, ceteris paribus. Portanto, é o sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. Assim temos: Elasticidade-preço da demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, ceteris paribus. Elasticidade-renda da demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, ceteris paribus. Elasticidade-preço cruzada da demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, ceteris paribus. Elasticidade-preço da oferta Variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, ceteris paribus. Vejamos: Elasticidade - preço da demanda Expressa uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percen- tual no preço do bem, ceteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço. Aqui estamos analisando quantas pessoas irão deixar de comprar um bem graças a um aumento no preço, Pode-se dizer que a Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é expres- so em módulo. Isso acontece porque um aumento do preço causa uma queda da quanti- dade demandada. Menos pessoas estão dispostas a pagar por um preço mais caro. Isto é óbvio se pensarmos em nosso dia-a-dia. Pense no seguinte exemplo: uma latinha de cerveja, quente, no supermercado, custa $ 1,50 (será?). A esse preço, você compra 10 latinhas (por vez). Se o preço da lata de cerveja subir 50% (puxa vida!, para R$ 2,25), você comprará a mesma quantidade? Muito provavelmente não. Sua quantidade deman- dada reduzirá, por exemplo, 10%. Assim, sua elasticidade-preço da demanda por cerveja 18 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos será de 0,2. A conta será -10% dividido por + 50%. O resultado seria -0,2, mas, como dissemos, trata-se de módulo (ou seja, o sinal é retirado). Esse resultado de 0,2 é um mero indicador. Não significa 20% a menos. Aguarde um pouco que você conseguirá entender para que serve esse resultado. Mas já pense duas coisas: o impacto de aumentos de preços em sua demanda e na receita total da compa- nhia cervejeira. Após entender o significado de elasticidade, vejamos como ela se classifica: Classificação Segundo a definição dada à elasticidade esta pode ser classificada como: elástica, inelás- tica e elasticidade unitária. Demanda elástica (E>1) Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, ou seja, cairá mais do que 10%. Por exemplo, em 15%, coeteris paribus. Isso revela que a quantidade é bastante sensível à variação de seu preço. É como se para as pessoas que compram aquele bem, o preço fosse um fator bem determinante para a compra. Demanda inelástica (E<1) Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis as variações de preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma variação na demanda, ou seja a quantidade demandada desse bem cairá menos do que o percentual de variação, ou seja menos do que 10%, por exemplo, 4%. Aqui ocorre o contrário do citado acima, as pessoas não decidem se vão comprar ou não este bem com grande influência do preço. Demanda de elasticidade unitária (E=1) Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%, coeteris paribus. Agora vejamos o que afeta a elasticidade. Fatores que afetam a elasticidade: • Disponibilidade de bens substitutos; • Essencialidade do bem; • Importância relativa do bem no orçamento do consumidor; • Horizonte de tempo. Disponibilidade de bens substitutos Quanto mais substitutos (lembre-se, são aqueles bens que eu aceito trocar o consumo por outro, sem prejudicar minha satisfação. Canetas pretas por azuis), mais elástica a demanda. Pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse produto, provocando uma queda em sua demanda mais que proporcio- nal à variação do preço. Assim, quanto mais específico o Mercado, maior a elasticidade. Ou seja, maior sua sensibilidade a um aumento dos preços, entende? 19 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Essencialidade do bem Quanto mais essencial, mais inelástica é a demanda por este bem. Esse tipo de bem não traz muitas opções para o consumidor “fugir” do aumento de preços. O consumidor como não tem muitas opções para fugir do aumento, acaba engolindo a elevação dos preços e leva o bem mesmo assim. Exemplo: energia elétrica residencial. Se a companhia quiser reajustar amanhã o preço em 1.000% (sorte que a ANEEL intervém), iríamos deixar de acender luzes? Importância relativa do bem no orçamento do consumidor Quanto maior o peso no orçamento do consumidor, mais elástica é a demanda por este bem. A importância relativa, ou peso do bem no orçamento, é dada pela proporção de quanto o consumidor gasta no bem, em relação a sua despesa total. O consumidor é muito afetado, por alterações nos preços, quanto mais gasta com o produto, dentro de sua cesta de consumo. É só notar que aqueles produtos que compramos mais, caso tenham seus preços elevados, gerarão um impacto muito maior no nosso bolso. De novo podemos utilizar o exemplo da energia elétrica residencial (ressaltamos residencial porque a industrial tem características diferentes, pode ser negociada). Horizonte de tempo Quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a demanda. Dependendo do horizonte de tempo de análise, um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de deter- minada mercadoria descubra mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta. Isso acontece bastante. Imagine que estamos em um supermercado e descobrimos uma nova marca de refrigerantes que ainda não tínhamos notado e que tem um sabor tão gostoso quanto às outras e, além de tudo, é mais barato! No próximo módulo você vai ter a oportunidade de aprender e conhecer, através de ações interativas, todos os conceitos, significados, elementos, instrumentos, agentes e ações econômicas do Mercado. 20 Economia: Conceitos, Fundamentos e o Sistema EconômicoAnálise de Cenários Econômicos Síntese Uma vez compreendido o estudo dos temas apresentados, você concluiu o estudo do funcionamento da demanda ou procura, da oferta, do Mercado, suas interfaces, suas interdependências e ferramentas e instrumentos de ação. Neste módulo você pôde enten- der a importância da economia, entendeu como ela se comporta como ela funciona, como se organiza, sua função, sua articulação, seus movimentos. Você aprendeu o conceito e as aplicações de Economia. Você aprendeu também por que o excesso ou escassez de consumo de um determinado bem pode gerar um aumento ou diminuição do seu preço. Em síntese você compreendeu o Mercado que designa um grupo de compradores (lado da demanda) e vendedores (lado da oferta) de bens, serviços ou recursos que estabelecem contato e realizam transações entre si. O lado dos compradores é constituído tanto de consumidores, que são compradores de bens e serviços e o seu comportamento. Também entendeu as empresas, que são compradoras de recursos (trabalho, terra, capital)utili- zados na produção de bens e serviços e como ela se comporta. Como visto, o lado dos vendedores é constituído pelas empresas, que vendem bens e serviços aos consumidores e pelos proprietários de recursos que os vendem (ou arrendam) para as empresas em troca de remuneração (salários, aluguéis, juros). E por último você viu como o Mercado se equilibra e como as variações de preço e quantidade podem afetar o comportamento do todo. 21 FUNDAÇÃO MINEIRA DE EDUCAÇÃO E CULTURA – FUMEC CONSELHO DE CURADORES Conselheiros Efetivos Prof. Tiago Fantini Magalhães - Presidente Prof. Antônio Carlos Diniz Murta - Vice Presidente Profa. Isabel Cristina Dias Alves Lisboa Prof. Custódio Cruz de Oliveira e Silva Prof. Eduardo Georges Mesquita Prof. Estevam Quintino Gomes Prof. Erix Morato Prof. Márcio José Aguiar Prof. Mateus José Ferreira Prof. Renaldo Sodré - Suplente UNIVERSIDADE FUMEC Reitor Prof. Doutor Eduardo Martins de Lima Vice-Reitora Profa. Guadalupe Machado Dias Pró-Reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão Profa. Astréia Soares Batista Pró-reitora de Planejamento e Administração Profa. Guadalupe Machado Dias FACULDADE DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS (FACE) Diretor Geral Prof. Ricardo José Vaz Tolentino Diretor de Ensino Prof. Marco Túlio de Freitas Diretor Administrativo-Financeiro Prof. Emiliano Vital de Souza Coordenador do curso Prof. Daniel Jardim Pardini SETOR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - FUMEC VIRTUAL Gestão Pedagógica Gabrielle Nunes P. Araújo (Coorda.) Cristiana Chaves de Oliveira Gestão Tecnológica Produção de Design Instrucional Rodrigo Tito M. Valadares (Coord.) Alan J. Galego Bernini Marcela V. Scarpelli Raphael Gonçalves Porto Nascimento Infra-estrututura e suporte Anderson Peixoto da Silva (Coord.) Referências KRUGMAN, Paul. R. e OBSTFELD, Maurice. Economia Internacional – Teoria e Política. São Paulo: Makron Books, 2001. LOPES, Luiz M. & VASCONCELLOS, M. A. Manual de Macroeconomia – FEA/USP, 1º Edição, Ed. Atlas, 1998. MARIZ, J. Economia Internacional e Comércio Exterior. São Paulo, Ed. Atlas, 1997. PASSOS, Carlos Roberto Martins e NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. São Paulo: Pioneira, 2001, capítulo 2. PINDYCK, Robert S. e RUBINFELD, Daniel. Microeconomia. São Paulo: Makron Books, 2002. PINHO, Diva Benevides e VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de (Organizadores). Manual de Economia. São Paulo: Saraiva, 1992, capítulo 1. RIANI, Flávio. Economia – Princípios Básicos e Introdução à Microeconomia. São Paulo: Pioneira, 1998. ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. São Paulo: Ed. Atlas, 1999. TROSTER, Roberto Luis e MOCHÓN, Francisco. Introdução à Economia. São Paulo: Makron Books, 1999. VASCONCELLOS, M. A. & GARCIA, M. E. Fundamentos da Economia. São Paulo: Saraiva, 1998. VASCONCELLOS, Marco Antônio e OLIVEIRA, Roberto Guena. Manual de Microeconomia. São Paulo: Atlas, 2000.
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