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DIREITO PROCESSUAL PENAL I

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DIREITO PROCESSUAL PENAL I (15/02/2017) 
Com o fim do estudo do Direito Penal, realizado ao longo de quatro períodos letivos, 
caberá ao discente, neste momento, o estudo dos meios de instrumentalização do direito 
material com uma visão crítica e humanística. O direito processual penal é o veículo de 
direitos e garantias constitucionais do acusado e é instrumentalizado para o exercício da 
jurisdição penal. O seu exercício é limitado e orientado pela Constituição de 1988 e pelos 
Tratados Internacionais de Direitos Humanos, especialmente, para a garantia dos direitos 
fundamentais. O propósito do Processual Penal é regular e limitar, em conformidade com 
a Constituição de 1988, a persecução penal do Estado por meio de seus órgãos 
constitucionalmente constituídos, para aplicação da norma penal, quando cabível e 
necessário, e a realização da pretensão punitiva no caso concreto. O conteúdo está 
dividido em 2 disciplinas que são pré-requisito uma da outra. Após aprovação em Direito 
Processual Penal II, o estudante estará apto a cursar a Prática Simulada Penal, disciplina 
na qual irá exercitar as peças práticas profissionais da área penal. 
Introdução Crítica ao Processo Penal e a sua Teoria Geral; Princípios, garantias e regras 
constitucionais informadores Direito Processual Penal; Sujeitos processuais; Investigação 
Penal; Teoria da ação penal; Jurisdição e competência sob a ótica Constitucional 
processual penal; os instrumentos e formas de restabelecimento da liberdade no curso da 
persecução penal; questões e processos incidentes; Medidas cautelares no processo penal: 
Busca e Apreensão e Prisão. 
Compreender os princípios e a estrutura do Direito Processual Penal em face da 
Constituição; identificar e distinguir os mecanismos da persecução penal nas fases de 
investigação e da ação judicial; compreender a ação penal como forma de exercício da 
busca da tutela jurisdicional; identificar as regras de competência, bem como as suas 
causas de sua fixação e modificação; identificar os sujeitos essenciais nas relações 
persecutórias (investigação criminal e processo penal),o assistente de acusação e terceiros 
que possam atuar no processo; analisar as medidas cautelares reais e pessoais como fonte 
de prova e garantia de eficácia do processo e/ou sentença; compreender as possibilidades 
de medidas de constrição pessoal no curso do processo: prisão e liberdade. identificar, na 
presença de uma ação típica, ilícita e culpável, os procedimentos de investigação e seus 
atores, aplicando os princípios limitadores e informadores previstos na Constituição 
Federal; compreender que o sistema jurídico deve ser estudado de forma interdisciplinar; 
aplicar a hermenêutica Constitucional ao direito material e processual Penal; analisar os 
casos concretos considerando o sistema de garantias constitucionais do Processo Penal; 
compreender as regras de competência para o exercício da jurisdição criminal; conhecer 
os sujeitos processuais, suas funções, direitos, deveres, ônus e faculdades. 
UNIDADE 1 - Introdução Crítica ao 
Direito Processual Penal 
1.1 Introdução Crítica ao Direito 
Processual Penal sob a hermenêutica 
Constitucional. 
1.2 Princípios Constitucionais e Gerais 
informadores do processo penal. 
1.3 Sujeitos Processuais; 
1.4 Sistemas Processuais: Inquisitivo e 
Acusatório. 
1.5 Aplicação da lei processual penal no 
espaço e no tempo. 
UNIDADE 2- Investigação Criminal 
2.1Persecução Penal: Inquérito Policial: 
Conceito e fundamentos. Natureza 
jurídica. Titularidade. 
Características. Formas de instauração: 
art. 5º, CPP. Atos de instauração: 
portaria e auto de flagrante. 
Direitos do indiciado. Termo 
circunstanciado da Lei nº 9.099/1995. 
2.2 Auto de prisão em flagrante e a 
instauração do IP. Procedimento em sede 
policial de lavratura do Auto 
de Prisão em Flagrante. Prazos para 
conclusão do inquérito policial. 
2.3 Arquivamento e Desarquivamento 
do Inquérito. 
UNIDADE 3 - Ação Penal 
3.1 Teoria Geral da Ação Penal: conceito 
do direito de ação; características do 
direito de ação; condições 
08/08/2017 Portal do Aluno 
http://portaldoaluno.webaula.com.br/por
talsava/aluno/view/home/default.asp 3/4 
da Ação e pressupostos processuais. 
3.2 Ação Penal Pública: Classificação; 
Titularidade; denúncia; prazo; 
requisitos; princípios regentes. 
Representação do ofendido e a 
requisição do Ministro da Justiça: 
Natureza jurídica. Prazo. Retratação. 
Eficácia objetiva. 
3.3 Ação penal Privada Classificação; 
Titularidade; Queixa; prazo; requisitos; 
princípios regentes. 
3.4 Ação Penal nos crimes contra 
dignidade sexual. 
3.5 Ação civil ex delicto. Sistemas 
processuais de reparação do dano: arts. 
186, 187, 927/930 e 935 do 
CC, arts. 265, IV, 475, N, inc. II do CPC, 
art. 91,I do CP e arts. 63, 64, 387, IV do 
CPP. Causas de 
exclusão de ilicitude penal e o dever de 
reparar o dano. 
UNIDADE 4 - Jurisdição e Competência 
4.1 Jurisdição Penal. Conceito. 
Classificação. Princípios. 
Características. 
4.2 Competência Jurisdicional. 
Conceito. Natureza jurídica. 
Competência Interna. Competência 
absoluta 
e competência relativa. 
4.3 Regras de fixação da competência: 
ratione materiae; ratione personae; 
ratione loci; fórum domicilio; 
competência pela natureza da infração. 
Pela prevenção. Pela distribuição. 
4.4 Causas Modificadoras da 
Competência e Seus Efeitos. Conexão. 
Conceito. Espécies.Efeitos. Continência. 
Conceito. Espécies. Regras para fixação 
do forum attractionis. Exceções. 
Perpetuatio jurisdicionis; 
desclassificação (arts. 74, § 3º, 2ª parte; 
419 e 492, § 1º e 2º, CPP) no 
procedimento por crime da competência 
de júri. 
4.5 Reunião e separação de processos. 
UNIDADE 5 Liberdade e Prisão no 
Curso do Processo 
7.1 Prisões Cautelares: Flagrante, 
Temporária e Preventiva 
7.2 Audiência de Custódia e 
Relaxamento de prisão. 
7.3 Liberdade provisória. Fiança. 
Cabimento 
UNIDADE 6 - Medidas Cautelares 
6.1 Cautelares Reais: Seqüestro, Arresto 
e Especialização de hipoteca legal. 
Cabimento. 
6.2 A Busca e Apreensão. A 
inviolabilidade do domicílio na CRFB. 
6.3 Restituição de coisa apreendida. 
6.4 Interceptação das comunicações 
telefônicas. 
UNIDADE 7- Questões e Processos 
Incidentes 
7.1 Questões prejudiciais. Conceito. 
Características. Sistemas. Suspensão do 
processo e intervenção do Ministério 
Público. Prescrição. 
7.2 Questões preliminares: Objeções ou 
exceções processuais. Suspeição. 
Incompetência 
(relativa e absoluta), litispendência; 
ilegitimidade de parte (para a causa e 
para o processo); 
coisa julgada formal e material. Limites 
objetivo e subjetivo da coisa julgada. 
Conflito de competência e conflito de 
atribuições. 
7.3 Incidente de insanidade mental do 
acusado. A superveniência da doença 
mental durante o processo e na execução 
da pena. Incidente de falsidade 
documental. Incidente de toxicologia e 
a lei 11.343/06. 
Bibliografia Básica: Oliveira, Eugenio Pacelli. Curso de Processo Penal, 16ª Ed. 2012, 
São Paulo, Atlas.LIMA, Marcellus Polastri. Manual de Processo Penal, 3ª Ed. 2009 - Rio 
de Janeiro, Lumen Juris.CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 19. ed. - São Paulo: 
Saraiva, 2012. 
 
Semana de Aula:01 
Introdução ao Direito Processual Penal PARTE I: 
Contexto político e histórico em que o CPP/41 foi promulgado. Princípios Constitucionais 
e Gerais informadores do Processo Penal.O aluno deverá conhecer o contexto histórico e 
político no qual o CPP foi promulgado em 1941 (Estado Novo), inspirado no modelo 
italiano fascista, com bases notoriamenteautoritárias e as suas características àquela 
época. Com a Constituição de 1988 surge a necessidade de uma filtragem constitucional 
em conformidade com os princípios constitucionais e gerais informadores do processo 
penal. 1. Introdução ao Direito Processual Penal: Breve histórico do contexto político em 
que o CPP foi promulgado e as suas características àquela época, tais como: a) 
acusado tratado como potencial culpado , b) busca desenfreada pela verdade 
real, c) Interrogatório como meio de prova, d) presunção de culpa do acusado, e) 
necessidade do réu recolher-se a prisão para recorrer, entre outras características 
autoritárias. 2. Com a promulgação da Constituição de 1988 surge a necessidade de uma 
filtragem constitucional em conformidade com os princípios constitucionais e 
gerais informadores do processo penal. Princípios Constitucionais e Gerais 
informadores do processo penal e outras garantias decorrentes de tratados e 
convenções internacionais sobre direitos humanos em que o Brasil seja 
signatário. Devido processo legal. Presunção de Inocência (não culpabilidade). 
Não obrigatoriedade de produzir prova contra si mesmo (Nemo tenetur se 
detegere). Iniciativa das partes. Contraditório e ampla defesa. Juiz Natural e 
Promotor Natural. Verdade real. Publicidade. Favor Rei. Duplo grau de 
jurisdição. Persuasão racional do juiz. Identidade física do juiz. Imparcialidade 
do Juiz. Inadmissibilidade da provas obtidas por meios ilícitos: violação de 
domicílio, sigilo das comunicações telefônicas ? Interceptação telefônica (Lei 
9296/96). Princípios da proporcionalidade e Razoabilidade. Prova ilícita pro reo. 
CASO CONCRETO 
1 - A Autoridade Policial da 13ª Delegacia de Polícia da Comarca da Capital, que 
investiga o crime de lesão corporal de natureza grave, do qual foi vítima o segurança da 
boite TheNight Agenor Silva, obtém elementos de informação que indicam a suspeita de 
autoria dos fatos ao jovem de classe média Plininho, de 19 anos. O Delegado então 
determina a intimação de Plininho para que o mesmo compareça em sede policial para 
prestar esclarecimentos, sob pena de incorrer no crime de desobediência, previsto no art. 
330 do CP. Pergunta-se: 
a. Caso Plininho não compareça para prestar declarações, poderá responde pelo 
cime do art. 330 do CP? b. E se houvesse processo penal tramitando regularmente e o juiz 
da Vara Criminal intimasse Plininho para o interrogatório, poderia o mesmo responder 
pelo delito em questão? 
QUESTÃO OBJETIVA 
Esse princípio refere-se aos fatos, já que implica ser ônus da acusação demonstrar a 
ocorrência do delito e demonstrar que o acusado é, efetivamente, autor do fato delituoso. 
Portanto, não é princípio absoluto. Também decorre desse princípio a excepcionalidade 
de qualquer modalidade de prisão processual. (...) Assim, a decretação da prisão sem a 
prova cabal da culpa somente será exigível quando estiverem presentes elementos que 
justifiquem a necessidade da prisão. Edilson Mougenot Bonfim. Curso de Processo Penal. 
O princípio específico de que trata o texto é o da(o) 
a- Livre convencimento 
motivado. 
b- Inocência. 
c- Contraditório e ampla 
defesa. 
d- Devido processo 
legal. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as 
afirmativas a seguir: 
I - O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, 
testemunha, etc. diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja 
resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante. 
II - O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser 
instado pela autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia sob 
pena de responder por crime de desobediência. 
III - O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, 
sendo certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado 
pelo juiz de forma desfavorável ao réu. 
IV - O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não é 
lícito ao juiz aumentar a pena do condenado utilizado como justificativa o fato 
do réu ter mentido em juízo. 
Assinale: 
a- Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
b- Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
c- Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
d- Se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. 
e- Se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
Semana de Aula:02 
Sistemas Processuais: Inquisitivo e Acusatório. 
Sujeitos Processuais: O Juiz e as partes processuais. Conciliadores do juízo. Ministério 
Público como órgão agente e como órgão interveniente. Assistente de acusação. 
Acusado: direitos e garantias na CRFB/88. 
O aluno deverá compatibilizar as normas infraconstitucionais ao atual sistema acusatório, 
compatibilizando com os princípios constitucionais que regem o nosso sistema processual 
penal. Introdução ao Direito Processual Penal numa visão constitucional. Sistemas 
Processuais: Inquisitivo e Acusatório. Sujeitos Processuais: O Juiz e as partes 
processuais. Conciliadores do juízo. Ministério Público como órgão agente e como 
órgão interveniente. Assistente de acusação. Acusado: direitos e garantias na CRFB/88 
Caso Concreto 
Jorginho, jovem de classe média, de 19 anos de idade, foi denunciado pela prática 
da conduta descrita no art. 217-A do CP por manter relações sexuais com sua 
namorada Tininha, menina com 13 anos de idade. A denúncia foi baseada nos 
relatos prestados pela mãe da vítima, que, revoltada quando descobriu a situação, 
noticiou o fato à delegacia de polícia local. Jorginho foi processado e condenado 
sem que tivesse constituído advogado. Á luz do sistema acusatório diga quais são 
os direitos de Jorginho durante o processo penal, mencionando ainda as 
características do nosso sistema processual. 
Questão Objetiva 
No que concerne à estruturação da defesa de acusados em juízo criminal, é correto 
Afirmar: 
a. se for indicado um Defensor Público 
ao acusado, este não pode desconstituí-lo 
para nomear um profissional de sua 
confiança. 
b. o acusado que é Advogado pode 
apresentar defesa “em nome próprio”, 
sem 
necessidade de constituição de outro 
profissional 
c. apenas nos crimes mais graves o 
acusado deve obrigatoriamente ser 
assistido por Advogado, podendo 
articular a própria defesa, mesmo sem 
habilitação, nos 
casos em que não está em risco sua 
liberdade. 
d. o acusado que não constituir 
Advogado será obrigatoriamente 
defendido por Procurador Municipal ou 
Estadual. 
e. o Juiz não pode indicar Advogado de 
forma compulsória a um acusado, que 
sempre tem o direito inalienável de 
articular a própria defesa, ainda que não 
seja habilitado para tanto. 
Questão Objetiva 
3- Com referência às características do sistema acusatório, assinale a opção correta. 
a- O sistema de provas adotado é o do 
livre convencimento. 
b- As funções de acusar, defender e 
julgar concentram-se nas mãos de uma 
única pessoa. 
c- O processo é regido pelo sigilo. 
d- Não há contraditório nem ampla 
defesa 
 
 
Semana de Aula:03 
Aplicação da lei processual penal e Inquérito Policial 
Visa o aprendizado do aluno à aplicação das normas vigentes no ordenamento jurídico, 
bem investigativa da polícia judiciária como início à persecução penal. 
Aplicação da lei processual penal no espaço e no tempo. O uso da analogia. 
Interpretação extensiva e princípios gerais do direito. Princípio da Territorialidade. 
Exceções à territorialidade. Tratados e convenções internacionais e sua aplicabilidade 
no processo penal brasileiro. Natureza jurídica dos tratados internacionais. PersecuçãoPenal: Investigação penal. Inquérito Policial: Conceito e fundamentos. Natureza 
jurídica. Titularidade. Investigação diretamente pelo Ministério Público. 
Caso Concreto 
Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz ter ocorrido um 
crime de homicídio e que o autor do crime é Paraibinha, conhecido no local. A 
simples delatio deu ensejo à instauração de inquérito policial. Pergunta-se: é 
possível instaurar inquérito policial, seguindo denúncia anônima? Responda, 
orientando-se na doutrina e jurisprudência. 
Questão Objetiva 
Tendo em vista o enunciado nº 14 da Súmula Vinculante, quanto ao sigilo do 
inquérito policial, é correto afirmar que a autoridade policial poderá negar ao advogado 
a) a vista dos autos, sempre que entender pertinente. 
b) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado formalmente. 
c) do indiciado que esteja atuando com procuração o acesso aos depoimentos 
prestados pelas vítimas, se entender pertinente. 
d) o acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sido documentados no 
procedimento investigatório. 
Questão Objetiva 
Em um processo em que se apura a prática dos delitos de supressão de tributo 
e evasão de divisas, o Juiz Federal da 4ª Vara Federal Criminal de Arroizinho determina 
a expedição de carta rogatória para os Estados Unidos da América, a fim de que seja 
interrogado o réu Mário. Em cumprimento à carta, o tribunal americano realiza o 
interrogatório do réu e devolve o procedimento à Justiça Brasileira, a 4ª Vara Federal 
Criminal. O advogado de defesa de Mário, ao se deparar com o teor do ato praticado, 
requer que o mesmo seja declarado nulo, tendo em vista que não foram obedecidas as 
garantias processuais brasileiras para o réu. Exclusivamente sobre o ponto de vista da 
Lei Processual no Espaço, a alegação do advogado está correta? 
a) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as 
normas processuais brasileiras podem ser aplicadas fora do território nacional. 
b) Não, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as 
normas processuais brasileiras só se aplicam no território nacional. 
c) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as 
normas processuais brasileiras podem ser aplicadas em qualquer território. 
d) Não, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as 
normas processuais brasileiras podem ser aplicas fora no território nacional. 
 
Semana de Aula:04 
Investigação Criminal 
Tem o objetivo de posicionar o aluno na estrutura persecutória do Estado. Objetiva o 
conhecimento do procedimento inquisitivo da persecução penal, seus órgãos e as 
atribuições da autoridade policial. Formas e atos de instauração do inquérito policial.. 
Inquérito policial (continuação). Formas de instauração. Cognição imediata e cognição 
mediata. Delatio criminis: obrigatória e facultativa. Denúncia anônima como base para 
instaurar inquérito policial e o art. 5º, inc. IV, CF. Atos de instauração: portaria e auto 
de flagrante. Providências investigatórias. Direitos do indiciado. Termo circunstanciado 
da Lei nº 9.099/1995. Auto de prisão em flagrante e a instauração do IP. Conceito de 
flagrante. Breve explicação do procedimento de lavratura do APF. Prazos para 
conclusão do inquérito policial: art. 10, CPP, art. 10 do CP, art. 2º da lei 7960/89, art. 
2º, p. 4º da lei 8072/90, art. 51 caput e p. único da lei 11.343/06, art. 66 da lei 5010/66 
Caso Concreto 
Em um determinado procedimento investigatório, cujo investigado estava solto, a 
autoridade policial entendeu com base nos indícios apontados em encerrar a 
investigação apresentando como termo final, o relatório conclusivo do feito com 
indiciamento do sujeito, bem como encaminhou as respectivas peças a autoridade 
judiciária, na forma do artigo 10, parágrafo primeiro do CPP. Tendo como parâmetro o 
nosso sistema processual penal, analise a questão à luz da adequada hermenêutica 
constitucional. 
Questão Objetiva 
Com relação ao inquérito policial, assinale a opção correta. 
A- É indispensável a assistência de advogado ao indiciado, devendo ser observadas 
as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. 
B- A instauração de inquérito policial é dispensável caso a acusação possua 
elementos suficientes para a propositura da ação penal. 
C- Trata-se de procedimento escrito, inquisitivo, sigiloso, informativo e disponível. 
D- A interceptação telefônica poderá ser determinada pela autoridade policial, no 
curso da investigação, de forma motivada e observados os requisitos legais. 
Questão Objetiva 
Leia o registro que se segue. 
Mévio, motorista de táxi, dirigia seu auto por via estreita, que impedia ultrapassagem de 
autos. Túlio, septuagenário, seguia com seu veículo à frente do de Mévio, em 
baixíssima velocidade, causando enorme congestionamento na via. Quando Túlio parou 
em semáforo, Mévio desceu de seu táxi e passou a desferir chutes e socos contra a 
lataria do auto de Túlio, danificando-a. Policiais se acercaram do local e detiveram 
Mévio, que foi conduzido à Delegacia de Polícia. Lá, o Delegado entendeu que o crime 
era de dano, com pena de detenção de 01 a 06 meses ou multa. Iniciou a lavratura do 
Termo Circunstanciado, previsto na Lei n.º 9.099/95. Ao finalizá-lo, entregou a Mévio 
para que assinasse o Termo de Comparecimento ao Juizado Especial Criminal, o que foi 
por ele recusado. Indique o procedimento a ser adotado. 
a- Registro apenas em Boletim de Ocorrência para futuras providências. 
b- Considerando que ocorrera prisão em flagrante, ante a não assinatura do Termo 
de Comparecimento ao JECRIM, deve o Delegado de Polícia lavrar auto de prisão 
em flagrante, fixando fiança. 
c- Deve o Delegado lavrar o auto de prisão em flagrante e permitir que Mévio se 
livre solto. 
d- O Termo Circunstanciado deve ser remetido ao Juízo, mesmo que Mévio não 
tenha assinado o Termo de Comparecimento, para que o Magistrado, ouvido o 
Ministério Público, tome as providências que julgar cabíveis, podendo até decretar 
eventual prisão temporária. 
 
Semana de Aula:05 
Arquivamento e desarquivamento do inquérito policial. Teoria Geral da Ação 
Penal 
Objetiva o aprendizado do aluno no que diz respeito à persecução penal do Estado 
através da ação. O aluno compreenderá a titularidade da ação penal pública, bem como 
o não exercício da ação em razão do arquivamento do inquérito policial. 
Arquivamento e Desarquivamento do Inquérito: conceito, natureza jurídica. 
Arquivamento por atipicidade do fato e por extinção da punibilidade. Modalidades de 
arquivamento: direto/indireto; implícito (objetivo e subjetivo). Definitividade da 
decisão. Desarquivamento: o art. 18, CPP e a Súmula 524, STF. Sujeito ativo do 
desarquivamento. Teoria Geral da Ação penal. Conceito e Características do direito de 
ação. Condições da Ação e pressupostos processuais 
Caso Concreto 
João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. 
Concluído o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João, 
silenciando quanto à José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi proposta. 
Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-se a Súmula 524 do 
STF? 
Questão Objetiva 
Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para averiguar a 
possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, tudo conforme 
minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público Estadual. Ao final da 
apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor 
de Justiça. No entendimento do parquet, a conduta praticada por Márcio, embora típica,estaria prescrita. Nessa situação, o Promotor deverá 
a) arquivar os autos. 
b) oferecer denúncia. 
c) determinar a baixa dos autos. 
d) requerer o arquivamento. 
Questão Objetiva 
A autoridade policial, ao chegar no local de trabalho como de costume, lê o noticiário 
dos principais jornais em circulação naquela circunscrição. Dessa forma, tomou 
conhecimento, através de uma das reportagens, que o indivíduo conhecido como “José 
da Carroça”, mais tarde identificado como José de Oliveira, teria praticado um delito de 
latrocínio. Diante da notícia da ocorrência de tão grave crime, instaurou o regular 
inquérito policial, passando a investigar o fato. Após reunir inúmeras provas, concluiu 
que não houve crime. Nesse caso, deverá a autoridade policial: 
A) determinar o arquivamento dos autos por falta de justa causa para a propositura da 
ação. 
B) encaminhar os autos ao Ministério Público para que este determine o seu 
arquivamento. 
C) relatar o inquérito policial, sugerindo ao Ministério Público seu arquivamento, o que 
será apreciado pelo juiz. 
D) relatar o fato a Chefe de Polícia, solicitando autorização para arquivar os autos por 
ausência de justa causa para a ação penal. 
E) relatar o inquérito policial, requerendo o seu arquivamento e encaminhando-o ao 
juízo competente. 
 
Semana de Aula:06 
Ação Penal Pública 
Visa fornecer o conhecimento sobre propositura da ação penal pública e a sua 
titularidade, os princípios regentes. 
Ação penal (continuação). Classificação da ação penal baseada na tutela jurisdicional e 
classificação subjetiva. Ação penal pública. Denúncia: Titularidade, prazo, requisitos, 
rejeição, aditamento. A substituição processual do art. 29 do CPP (legitimidade 
extraordinária). Princípios regentes da ação penal pública: oficialidade, 
indisponibilidade, legalidade ou obrigatoriedade, indivisibilidade, intranscendência. 
Ação penal pública na Lei nº 9.099/1995. A representação do ofendido e a requisição do 
Ministro da Justiça: Natureza jurídica. Prazo. Retratação. Eficácia objetiva. A renúncia 
ao direito de representação na lei 9099/95: efeitos. A renúncia na lei 11.340/06, art. 16. 
Sucessão processual, art. 24, p. 1º do CPP. Curador especial (art. 33, CPP). 
Caso Concreto 
João, diretor de uma empresa de marketing, agride sua mulher, Maria, modelo 
fotográfica, causando-lhe lesão de natureza leve. Instaurado inquérito policial, este 
é concluído após 30 dias, contendo a prova da materialidade e da autoria, e 
remetido ao Ministério Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e pede 
a este que não denuncie João, pois o casal já se reconciliou, a lesão já desapareceu 
e, principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria com que este 
perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítima e seus três filhos menores em 
situação dificílima. Diante de tais razões, pode o MP deixar de oferecer denúncia? 
Questão Objetiva 
Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido, em razão do exercício de suas 
funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta no 
que concerne à legitimidade para a propositura da respectiva ação penal. 
a) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e do MP, 
condicionada à representação do ofendido. 
b) Somente o MP terá legitimidade para a propositura da ação penal, mas, para tanto, 
será necessária a representação do ofendido ou a requisição do chefe imediato de Paulo 
Ricardo. 
c) A ação penal será pública incondicionada, considerando-se que a ofensa foi praticada 
propter officium e que há manifesto interesse público na persecução criminal. 
d) A ação penal será privada, do tipo personalíssima. 
Questão Objetiva 
Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a sustentam 
financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública 
condicionada à representação. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção 
correta. 
A- Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se seus pais não 
requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no prazo legal. 
B- O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto que o 
direito de ação é concorrente em face da dependência financeira e inicia-se a partir da 
data em que o crime tenha sido consumado. 
C- Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, a condição de 
procedibilidade da ação penal poderá ser satisfeita por meio de requisição do ministro 
da justiça. 
D- Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a 
ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da 
pública. 
 
Semana de Aula:07 
Ação penal privada e Ação civil ex-delicto 
O aluno estabelecerá nesta aula, as diferenças entre a ação penal pública e 
ação penal privada, e terá o conhecimento da titularidade e prazo para 
propositura da ação, seus requisitos. Compreenderá a independência entre as 
ações cível e penal, bem como acerca da ação indenizatória decorrente do 
ilícito penal. Ação Penal de Iniciativa Privada. Titularidade. Queixa: Prazo, requisitos, 
rejeição, aditamento. Princípios: oportunidade, disponibilidade, indivisibilidade e 
intranscendencia. Renúncia, perdão e perempção. Ação Penal nos crimes contra 
dignidade sexual. Ação penal privada personalíssima. Condições específicas para o 
exercício da ação penal privada. Sucessão processual. Aditamento à queixa 
exclusiva pelo Ministério Público e pelo querelante. Ação civil ex delicto. Sistemas 
processuais de reparação do dano: arts. 186, 187, 927/930 e 935 do CC, art. 515, 
II, do Novo CPC, art. 91,I do CP e arts. 63, 64, 387, IV do CPP. Efeitos da 
sentença penal condenatória e absolutória. Causas de exclusão de ilicitude penal e 
o dever de reparar o dano. 
Caso Concreto 
Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante do exposto, 
pergunta –se: 
a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura da 
queixa? 
b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte do 
cônjuge ou do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo quem 
seria seu representante legal? 
c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade para a 
propositura da ação seria concorrente ou exclusiva? 
 
Questão Objetiva 
Acerca da ação civil ex delicto, assinale a opção correta. 
a) A execução da sentença penal condenatória no juízo cível é ato personalíssimo do 
ofendido e não se estende aos seus herdeiros. 
b) Ao proferir sentença penal condenatória, o juiz fixará valor mínimo para a reparação 
dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, 
sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. 
c) Segundo o CPP, a sentença absolutória no juízo criminal impede a propositura da 
ação civil para reparação de eventuais danos resultantes do fato, uma vez que seria 
contraditório absolver o agente na esfera criminal e processá-lo no âmbito cível. 
d) O despacho de arquivamento do inquérito policial e a decisão que julga extinta a 
punibilidade são causas impeditivas da propositura da ação civil. 
Questão Objetiva 
Relativamente às regras sobre ação civil fixadas no Código de Processo Penal, assinale 
a alternativa correta. 
a) São fatos que impedem a propositura da ação civil: o despacho de arquivamento do 
inquérito ou das peças de informação, a decisão que julgar extinta a punibilidade e a 
sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime. 
b) Sobrevindo a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil nãopoderá ser 
proposta em nenhuma hipótese. 
c) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, a execução só poderá ser 
efetuada pelo valor fixado na mesma, não se admitindo, neste caso, a liquidação para a 
apuração do dano efetivamente sofrido. 
d) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, poderão promover-lhe a 
execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu 
representante legal ou seus herdeiros. 
 
Semana de Aula:08 
Jurisdição Penal e Competência Jurisdicional 
Após conhecer toda estrutura da ação penal, o órgão com atribuição para propositura, 
bem como a aplicação dos princípios constitucionais pertinentes, o aluno aprenderá a 
forma de organização do Estado, o exercício da Jurisdição como forma de solucionar os 
conflitos. Seus órgãos e a competência para processo e julgamento. Visa estabelecer os 
critérios de competência Federal e Estadual, a competência interna e dos Tribunais. 
Conhecer as hipóteses de territorialidade e extraterritorialidade. Jurisdição Penal. 
Conceito. Classificação. Princípios: investidura, indeclinabilidade, indelegabilidade, 
improrrogabilidade e unidade, nulla poena sine judicio. Características: substitutividade, 
inércia e definitividade. Competência Jurisdicional. Natureza jurídica. Competência 
Interna: originária dos tribunais, das justiças especiais, da Justiça Federal; Competência 
absoluta e competência relativa. Regras de fixação da competência: ratione materiae. 
Caso Concreto 
Determinado prefeito municipal, durante o mandato, desvia verbas públicas repassadas 
ao Município através de convênio com o Ministério da Educação, sujeitas a prestação de 
contas, visando ao treinamento e qualificação de professores. Referida fraude somente é 
descoberta após a cessação do mandato, instaurando-se inquérito policial na DP local. 
Concluído o Inquérito, no qual restaram recolhidos elementos de prova suficientes para 
a denúncia, o Promotor de Justiça oferece denúncia contra o ex-prefeito. Diante do 
exposto, diga qual o juízo competente para julgar o ex prefeito. 
Questão Objetiva 
Compete à justiça federal processar e julgar 
a) furto de bem de sociedade de economia mista. 
b) crime de deserção praticado por bombeiro militar. 
c) crime contra a organização do trabalho. 
d) crime de transporte de eleitores no dia da votação. 
Questão Objetiva 
Paulo reside na cidade “Y” e lá resolveu falsificar seu passaporte. Após a falsificação, 
pegou sua moto e viajou até a cidade “Z”, com o intuito de chegar ao Paraguai. Passou 
pela cidade “W” e pela cidade “K”, onde foi parado pela Polícia Militar. Paulo se 
identificou ao policial usando o documento falsificado e este, percebendo a fraude, 
encaminhou Paulo à delegacia. O Parquet denunciou Paulo pela prática do crime de uso 
de documento falso. Assinale a afirmativa que indica o órgão competente para 
julgamento. 
a) Justiça Estadual da cidade “Y”. 
b) Justiça Federal da cidade “K”. 
c) Justiça Federal da cidade “Y”. 
d) Justiça Estadual da cidade “K” 
 
Semana de Aula:09 
Competência Jurisdicional (início) 
O aluno aprenderá a delimitar a jurisdição a partir dos critérios fixadores da 
competência. Entenderá as hipóteses de competência absoluta e relativa e suas 
consequências. Estabelecerá a diferença entre competência Federal e Estadual. 
Competência ratione personae; ratione loci; forum domicilii; competência pela 
natureza da infração. Pela prevenção. Pela distribuição. Causas Modificadoras da 
Competência e Seus Efeitos. Taxatividade. Conexão. Conceito. Espécies e subespécies. 
Efeitos. Continência. Conceito. Espécies: cumulação subjetiva e cumulação objetiva. 
Regras para fixação do forum attractionis. Exceções. Perpetuatio jurisdicionis, a 
prevenção e a desclassificação (arts. 74, § 3º, 2ª parte; 419 e 492, § 1º e 2º, CPP) no 
procedimento por crime da competência de júri. 
Caso Concreto 
Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de desígnios com seu secretário, no dia 
20/05/2008, no município de Campinas/SP, pratica o delito descrito no art. 312 do 
CP, tendo restado consumado o delito. Diante do caso concreto, indaga-se: 
a) Qual o Juízo com competência para julgar o fato? 
b) Caso fosse crime doloso contra a vida, como ficaria a competência para o 
julgamento? 
Questão Objetiva 
2- Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a alternativa correta. 
a) Caio, vereador de um determinado município, pratica um crime comum previsto na 
parte especial do Código Penal. Será, pois, julgado no Tribunal de Justiça do Estado 
onde exerce suas funções, uma vez que goza do foro por prerrogativa de função. 
b) Tício, juiz estadual, pratica um crime eleitoral. Por ter foro por prerrogativa de 
função, será julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas atividades. 
c) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma questão 
de competência originária decorrente da prerrogativa de função, será julgado pelo 
Superior Tribunal de Justiça. 
d) Terêncio é prefeito e pratica um crime comum, devendo s er julgado pelo Tribunal de 
Justiça do respectivo Estado. Segundo entendimento do STF, a situação não se alteraria 
se o crime praticado por Terêncio fosse um crime eleitoral. 
 
 
Questão Objetiva 
3- Acerca da competência no âmbito do direito processual penal, assinale a opção 
correta. 
a) Caso um policial militar cometa, em uma mesma comarca, dois delitos conexos, um 
cujo processo e julgamento seja de competência da justiça estadual militar e o outro, da 
justiça comum estadual, haverá cisão processual. 
b) Os desembargadores dos tribunais de justiça dos estados e dos tribunais regionais 
federais possuem prerrogativa de foro especial, devendo ser processados e julgados 
criminalmente no STF. 
c) A competência para processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho 
define –se pela prevenção do juízo federal do local por onde as mercadorias sejam 
indevidamente introduzidas no Brasil. 
d) Caso um indivíduo tenha cometido, em uma mesma comarca, dois delitos conexos, 
um cujo processo e julgamento seja da competência da justiça federal e o outro, da 
justiça comum estadual, a competência para o julgamento unificado dos dois crimes 
será determinada pelo delito considerado mais grave. 
 
Semana de Aula:10 
Causas modificadoras de competência. Separação dos processos. Introdução às 
modalidades de prisão: prisão civil, prisão administrativa do extraditando, prisão 
disciplinar, prisão pena e prisões de natureza cautelar. 
Após aprender os critérios de fixação de competência, o aluno aprenderá quais as causas 
modificadoras dessa competência, que determinará a reunião de processos e 
julgamentos em um único juízo. Em seguida estabelecerá as hipóteses de separação dos 
processos. Com o término de competência, o aluno deverá ser capaz de: 
·compreender o processo como instrumento de solução de uma causa principal e as 
questões incidentes que se apresentam. Introdução às modalidades de prisão: prisão 
civil, prisão administrativa do extraditando, prisão disciplinar, prisão pena e prisões de 
natureza cautelar. Reunião e separação de processos. Competência de foro no crime de 
homicídio doloso plurilocal, no crime de homicídio culposo e no crime de lesão 
corporal seguida de morte. Crimes militares e crimes de competência do júri ou crimes 
comuns; Crimes eleitorais e crimes comuns; Crimes de competência do júri e infrações 
de menor potencial ofensivo; Crimes de competência do júri e foro por prerrogativa de 
função. 
Caso Concreto 
Deoclécio, pistoleiro profissional, matou um desafeto de Pezão, a mando deste, 
abandonando o cadáver numa chácara de propriedadede Lindomar, que nada sabia. 
Temeroso de que lhe atribuíssem a autoria do homicídio, Lindomar sepultou 
clandestinamente o cadáver da vítima. Isso considerado, indaga-se: 
a) A hipótese é de conexão ou continência? 
b) Haverá reunião das ações penais em um só juízo? 
c) Qual será o juízo competente para julgar Cabeção, Pezão e Lindomar? 
Questão Objetiva 
Em relação à delimitação da competência no processo penal, às prerrogativas de função 
e ao foro especial, assinale a opção correta. 
A- O militar que, no exercício da função, pratica crime doloso contra a vida de um civil 
deve ser processado perante a justiça militar. 
B- Membro do Ministério Público estadual que pratica crime doloso contra a vida deve 
ser processado perante o tribunal do júri e, não, no foro por prerrogativa de função ou 
especial, visto que a competência do tribunal do júri está expressa na Constituição 
Federal. 
C- No caso de conexão entre um crime comum e um crime eleitoral, este deve ser 
processado perante a justiça eleitoral e aquele, perante a justiça estadual, visto que, no 
concurso de jurisdições de diversas categorias, ocorre a separação dos processos. 
D- Não viola a garantia do juiz natural a atração por continência do processo do corréu 
ao foro especial do outro denunciado, razão pela qual um advogado e um juiz de direito 
que pratiquem crime contra o patrimônio devem ser processados perante o tribunal de 
justiça. 
 
Semana de Aula:11 
Prisão no curso da investigação e do processo. Prisão em flagrante. Audiência de 
Custódia 
Grande problema para o aluno é saber discutir o tema sob a ótica jurídica. Influenciado 
pelo direito midiático, pela imposição do pânico, o aluno tende, como cidadão, sentir-se 
inseguro e direcionado a retalhar as condutas ilícitas com a aplicação imediata de prisão. 
Ele deverá compreender que durante o processo a prisão tem uma finalidade específica 
que não é a aplicação da pena, mas sim a garantia da eficácia do processo e de futura 
execução da pena. 
O aluno, estudando a prisão em flagrante, compreenderá seus limites de validade, 
identificando todo o procedimento a ser realizado. Saberá avaliar um Auto de Prisão em 
Flagrante e seu devido processo legal. Estudará a nota de culpa e as modalidades de 
flagrante delito. Os sujeitos ativo e passivo da prisão. Prisão no curso do processo. 
Prisão pena e prisão civil. Breve abordagem. Prisão Cautelar: Constitucionalidade x 
presunção de inocência. O fumus comissi delicti (fumus boni iuris) e o periculum 
libertatis (periculum in mora); As características: jurisdicionalidade, acessoriedade, 
instrumentalidade hipotética, provisoriedade,homogeneidade. Prisão em espécie: Prisão 
em flagrante delito. Fundamento. Facultatividade e obrigatoriedade. Modalidades de 
flagrante delito: flagrante próprio; flagrante impróprio; flagrante presumido; flagrante 
esperado; flagrante provocado ou preparado; súmula nº 145 do STF; flagrante 
diferido/retardado, ação controlada, Lei 9.034/95. Estado de flagrante nos crimes 
permanentes; habituais; formais; flagrante em crimes de ação penal pública 
condicionada à representação e de ação penal privada. Flagrante em infração da 
competência do JECrim. O auto de prisão em flagrante; A.P.F: procedimento, 
formalidades, nota de culpa. Observar as alterações determinadas pela Lei 12.403/11 
Audiência de Custódia 
Caso Concreto 
Seguindo denúncia anônima sobre existência de “boca de fumo”, uma equipe de 
policiais combina dar um flagrante no local. Lá chegando, ficam de espreita, 
presenciando alguma movimentação de pessoas, entrando e saindo do imóvel, que 
também servia de residência. Já passava das 21h, quando telefonaram à autoridade 
policial e esta autorizou o ingresso para busca e apreensão. Assim foi feito e os policiais 
lograram apreender grande quantidade de pedra de crack, que estava escondida sob uma 
tábua do assoalho. Levado o morador à DP local, foi ele submetido ao procedimento 
legal de flagrante, sendo imediatamente comunicada a prisão ao juízo competente. O 
defensor público requereu o relaxamento do flagrante, por ilegalidade manifesta. Assiste 
razão a defesa? 
Questão Objetiva 
Assinale a opção correta. 
a) Os conceitos de flagrante preparado e esperado se confundem. 
b) A prisão em flagrante delito somente poderá ser realizada dentro do período de 24h, 
contadas do momento em que se inicia a execução do crime. 
 
c) O estado de flagrante delito é uma das exceções constitucionais à inviolabilidade do 
domicílio, nos termos da Constituição Federal. 
d) No flagrante esperado a prisão é ilegal. 
Questão Objetiva 
Relativamente à prisão, assinale a opção correta de acordo com o CPP. 
a) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o 
executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o 
imediatamente à autoridade local, que providenciará a remoção do preso depois de 
haver lavrado, se for o caso, o auto de flagrante. 
b) Na hipótese de resistência à prisão em flagrante, por parte do réu, o executor e as 
pessoas que o auxiliarem não poderão usar dos meios necessários para defender-se ou 
para vencer a resistência. 
c) Na hipótese de o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu tenha 
entrado em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de 
prisão. Se não for atendido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, 
ainda que seja noite, entrará à força na casa, arrombando as portas, caso seja necessário. 
d) Ainda que haja tentativa de fuga do preso, não será permitido o emprego de força. 
 
Semana de Aula: 12 
Prisão em espécie: (continuação). Prisão temporária (Lei nº 7.960/1989). Prisão 
Preventiva. Medidas Cautelares diversas da prisão. 
O aluno terá contato com a prisão mais questionada na doutrina. A lei reguladora, nº 
7.960/89 trás várias controvérsias sobre sua interpretação. Desta forma o aluno deverá 
distinguir os limites da aplicação desta prisão, e a aplicação de seus requisitos, tomando 
como paradigma a prisão preventiva. Deverá compreender que o fumus comissi delicti e 
o periculum libertatis nesta prisão tem características próprias, além de finalidade, 
incidência e prazo de duração específicos. Quanto à prisão preventiva o aluno analisará 
os pressupostos e requisitos desta prisão para compreender porque esta prisão é a base 
para as demais prisões cautelares. Deverá distinguir seu cabimento e sua necessidade, 
principalmente a aplicação do conceito jurídico indeterminado (ORDEM PÚBLICA). 
Estudará a prisão decorrente da decisão de pronúncia, em razão da alteração do art. 408 
CPP que passou a ter nova redação (art. 413 CPP) pela Lei 11.689/2008, assim como a 
prisão decorrente de sentença penal condenatória. Quando será cabível sua decretação 
ou sua manutenção. Prisão temporária (Lei nº 7.960/1989). Constitucionalidade. 
Requisitos. Cabimento. Prazos. Prisão Preventiva: Momento para o decreto: uma 
releitura do art. 311 do CPP; Requisitos e fundamentos da prisão preventiva; Prisão 
preventiva por descumprimento de outras medidas cautelares e prisão por reincidência; 
Prisão preventiva e violência doméstica; Prisão para identificação do indiciado; Prisão 
preventiva e excludente de ilicitude; Revogação da prisão decorrente de sentença penal 
condenatória recorrível e da obrigatoproedade do recolhimento à prisão para recorrer 
(art. 393 e 595, CPP). Medidas cautelares diversas da prisão. 
Caso Concreto 
Após uma longa investigação da delegacia de polícia local, Adamastor foi preso às 21h 
em sua casa, em razão de um mandado de prisão temporária expedido pelo juiz 
competente, por crime de descaminho. A prisão fora decretada por10 dias. O advogado 
de Adamastor impetrou Habeas Corpus requerendo a sua liberdade provisória com 
fundamento no art. 310 do CPP. Em no máximo 10 linhas, discorra sobre o exposto 
acima, analisando as hipóteses de cabimento, prazo da prisão temporária. 
Questão Objetiva 
Como se sabe, a prisão processual (provisória ou cautelar) é a decretada antes do 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória, nas hipóteses previstas em lei. A 
respeito de tal modalidade de prisão, é correto afirmar que 
a) em nosso ordenamento jurídico, a prisão processual contempla as seguintes 
modalidades: prisão em flagrante, preventiva, temporária, por pronúncia e em 
virtude de sentença condenatória recorrível. 
b) a prisão temporária tem como pressupostos a existência de indícios de autoria e 
prova da materialidade, e como fundamentos a necessidade de garantia da ordem 
pública, a conveniência da instrução criminal, a necessidade de garantir a futura 
aplicação da lei penal e a garantia da ordem pública. 
c) A prisão temporária não poderá ser decretada de ofício pelo Juiz. 
d) são requisitos da prisão preventiva a sua imprescindibilidade para as 
investigações do inquérito policial e o fato de o indiciado não ter residência fixa 
ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. 
Questão Objetiva 
Acerca das prisões cautelares, assinale a opção correta. 
a) Considere que Amanda, na intenção de obter vantagem econômica, tenha 
sequestrado Bruna, levando-a para o cativeiro. Nesse caso, a prisão em flagrante 
de Amanda só poderá ocorrer até vinte e quatro horas após a constrição da 
liberdade de Bruna, devendo a autoridade policial, caso descubra o paradeiro da 
vítima após tal prazo, solicitar ao juiz competente o mandado de prisão contra a 
sequestradora. 
b) São pressupostos da prisão preventiva: garantia da ordem pública ou da ordem 
econômica; conveniência da instrução criminal; garantia de aplicação da lei 
penal; prova da existência do crime; indício suficiente de autoria. 
c) Em regra, a prisão temporária deve ter duração máxima de cinco dias. Tratando-se, 
no entanto, de procedimento destinado à apuração da prática de delito 
hediondo, tal prazo poderá estender-se para trinta dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
d) A apresentação espontânea do acusado à autoridade policial, ao juiz criminal ou 
ao MP impede a prisão preventiva, devendo o acusado responder ao processo em 
liberdade. 
 
Semana de Aula: 13 
Liberdade no curso do processo. Fiança e a Lei 12.403/11 
Conhecer hipóteses abrangentes ao instituto da fiança. . O aluno deverá ser capaz de: 
Distinguir as hipóteses de liberdade provisória, relaxamento de prisão e revogação de 
prisão cautelar. Identificar hipóteses de cabimento das diferentes modalidades de 
liberdade provisória em casos concretos. Analisar questões controvertidas pela 
jurisprudência e doutrina no que se refere ao tema em epígrafe, tendo como perspectiva 
decisões de Tribunais Superiores e a Constituição da República e a doutrina indicada 
como material de apoio. Analisar a liberdade provisória em leis especiais e questões que 
suscitam controvérsias nesse ponto. Liberdade no Curso do Processo. O direito a 
liberdade como garantia constitucional. Liberdade provisória e a inafiançabilidade na 
CRFB e nas leis nº 7.716/89; nº 8.072/90; nº 9.455/97; nº 10.826/03; nº 11.343/06. 
Liberdade provisória e relaxamento da prisão ilegal. Liberdade Provisória e a fiança na 
Lei 12.403/11; Hipóteses de arbitramento pela autoridade policial e pelo juiz. 
Caso Concreto 
 Flávio foi preso em flagrante delito por estar portando três papelotes de cocaína, que 
alegou ser para uso próprio, nas proximidades de uma casa noturna. 
Conduzido à Delegacia, o Delegado lavrou o APF, indiciando Flávio pela prática do 
crime previsto no art. 33 da Lei 11.343/06, representando ao juízo pela conversão da 
prisão em flagrante em prisão preventiva. 
O advogado de Flávio ajuizou junto à 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo pedido de 
liberdade provisória, que foi negado sob o argumento de que o art. 44 da Lei de Drogas 
veda a concessão de liberdade provisória e este crime ser considerado inafiançável nos 
termos do art. 5º, XLIII, da Constituição, sem indicação fundamentada dos requisitos do 
art. 312, CPP, que ensejam a prisão preventiva. 
Agiu de forma adequada o magistrado? Justifique sua resposta. 
 
Semana de Aula:14 
Exceções processuais. Conflito de competência e de atribuição. Questões 
prejudiciais 
Trata-se de um momento processual de grande dúvida do aluno. Ele deverá utilizar seu 
conhecimento armazenado de processo penal I, através do exame dos pressupostos 
processuais, requisitos de validade e das condições da ação, diferenciando os elementos 
do mérito da ação dos elementos do processo. 
Deverá, ainda, resolver o conflito de jurisdição (competência) entre os juízos, sejam 
positivo ou negativo, indicando o órgão superior competente para a solução. 
Por último, deverá examinar e diferenciar outros conflitos, principalmente o de 
atribuição entre os membros do Ministério Público, conhecendo a Lei orgânica e o 
órgão competente para a solução. Questões preliminares. Objeções ou exceções 
processuais, art. 95 do CPP. O motivo de foro íntimo no CPC. Incompetência (relativa e 
absoluta), litispendência; ilegitimidade de parte (para a causa e para o processo); coisa 
julgada. Distinção entre coisa julgada formal e coisa julgada material (coisa 
soberanamente julgada e revisão criminal). Limites objetivo e subjetivo da coisa julgada 
(incidência no crime continuado, no concurso formal e no concurso de agentes). 
Conflito de competência e conflito de atribuições. A competência para julgar os 
conflitos de competência e decidir os conflitos de atribuições na CRFB. 
Caso Concreto 
O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito policial, 
em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395,II do CPP. O juiz concordou 
com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês depois, o próprio 
promotor de justiça tomou conhecimento de prova substancialmente nova, indicativa de 
que o fato realmente praticado era típico. Poderá ser instaurada ação penal? A decisão 
de arquivamento do IP faz coisa julgada material? 
 
Questão Objetiva 
Em relação às exceções previstas na legislação processual penal, assinale a alternativa 
correta. 
a) A arguição de suspeição sempre precederá a qualquer outra. 
b) Se for arguida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-lo, 
decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de 10 (dez) 
dias. 
c) Poderá se opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito. 
d) As exceções serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra, o 
andamento da ação penal. 
Questão Objetiva 
Acerca de exceções, assinale a opção correta. 
a) A exceção de incompetência do juízo, que não pode ser oposta verbalmente, deve ser 
apresentada, no prazo de defesa, pela parte interessada. 
b) A parte interessada pode opor suspeição às autoridades policiais nos atos do 
inquérito, devendo fazê-lo na primeira oportunidade em que tiver vista dos autos. 
c) Podem ser opostas exceções de suspeição, incompetência de juízo, litispendência, 
ilegitimidade de parte e coisa julgada e, caso a parte oponha mais de uma, deverá fazê-
lo em uma só petição ou articulado. 
d) Tratando-se da exceção de incompetência do juízo, uma vez aceita a declinatória, o 
feito deve ser remetido ao juízo competente, onde deverá ser declarada a nulidade 
absoluta dos atos anteriores, não se admitindo a ratificação.Semana de Aula:15 
Incidente de insanidade mental, de falsidade documental e de toxicologia. Medidas 
Assecuratórias. Restituição de coisas apreendidas. 
O processo penal como instrumento punitivo, também deve servir: como proteção ao 
interesse da vítima garantindo a mesma efetividade em futura indenização pelos danos 
causados pelo autor do fato infracional; como garantia que as coisas apreendidas sejam 
devolvidas aos legítimos donos; como causa impeditiva de locupletamento do acusado 
com o ilícito; e como causa limitadora da atuação policial na realização de diligências 
investigativas. O aluno deverá compreender esta sistemática identificando estas causas 
cíveis de garantia incidentes no processo penal. Aplicar os princípios processuais 
constitucionais quando da incidência das medidas, identificando eventuais vícios. 
O aluno deverá relembrar o conceito analítico de crime para poder entender como a 
culpabilidade, através da imputabilidade, pode ser questionada no processo. Verificar 
que entre as causas de inimputabilidade, a doença mental gera a absolvição do acusado, 
mais pelo sistema vicariante adotado pelo código penal, caberá a aplicação de medida 
de segurança. Compreender que a dependência toxicológica do acusado pode influência 
na prática do ato infracional, razão pelo qual não se deve aplicar pena privativa de 
liberdade mais sim tratamento de recuperação da dependência química e como deve 
funcionar a perícia. Quanto a prova documental, o aluno deverá distinguir como e 
quando impugnar um documento em razão de possível falsidade e quais as 
consequências da decisão declaratória. Incidente de insanidade mental do acusado: 
Inimputabilidade por doença mental; A superveniência da doença mental durante o 
processo e na execução da pena; a aplicação da medida de segurança (o CP. e a lei 
10.216/01). O procedimento: Nomeação de curador, os peritos e suas conclusões, 
oportunidade para arguição. Exame de dependência toxicológica (Lei nº 11.343/06). 
Prazo. Suspensão do processo. Incidente de falsidade documental: Falso material e falso 
ideológico. Legitimidade. Exigência de poderes especiais. Iniciativa do juiz. 
Procedimento. Efeitos no processo principal. Medidas cautelares reais/medidas 
assecuratórias: sequestro, arresto e especialização de hipoteca legal. A busca e 
apreensão. A inviolabilidade do domicílio na CRFB. Restituição de coisa apreendida: 
Confisco na CRFB e o CP. A Lei de Tóxico nº11.343/06 e A Lei 10.826/03. 
Caso Concreto 
João foi condenado por crime de latrocínio a uma pena de 25 anos de reclusão a ser 
cumprida no regime fechado. Ocorre que no curso da execução de tal pena privativa de 
liberdade sobrevêm doença mental ao condenado. Diante de tal situação, na qualidade 
de juiz da execução como decidiria? E se a doença mental ocorresse no curso do 
processo de conhecimento e posteriormente ao crime? E se a doença mental já existia no 
momento da prática da infração? 
Questão Objetiva 
Em relação ao incidente de falsidade, é correto afirmar que: 
a) se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, mandará desentranhar o 
documento e remetê-lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério 
Público. 
b) arguida, por escrito, a falsidade de documento constante dos autos, o juiz 
observará o seguinte processo: andará autuar em apartado a impugnação e em 
seguida ouvirá a parte contrária, que, num prazo de 24 (vinte a quatro) horas, 
oferecerá resposta. 
c) a arguição de falsidade, feita por procurador, não exige poderes especiais. 
d) o juiz não poderá, de ofício, proceder à verificação da falsidade. 
Questão Objetiva 
Acerca de incidente de insanidade mental do acusado, assinale a opção correta. 
a) Não se admite a instauração de exame de sanidade mental do acusado 
após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, uma vez que 
a medida não terá mais eficácia. 
b) O exame de avaliação da saúde mental do acusado poderá ser ordenado 
na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao 
juiz competente. 
c) Caso seja comprovada a insanidade mental do acusado, ao tempo da 
infração penal, o processo deverá ser imediatamente extinto, decretando-se 
a extinção da punibilidade do réu. 
d) Para efeito do exame, o acusado acometido de insanidade mental, se 
estiver preso, deverá ser imediatamente libertado, para que a família o 
conduza para a análise clínica em estabelecimento que entenda 
adequado. 
 
Semana de Aula:16 
Revisão do conteúdo 
Caso Concreto 
1) Os arts. 5º, II, 18, 26, 156, I, 241, retratam a atuação de ofício pelo juiz ainda 
na fase investigativa. Diga se esses dispositivos são compatíveis com o atual sistema 
vigente na CRFB/88, estabelecendo as principais diferenças entre o sistema acusatório e 
o inquisitivo. 
2) A instrução contraditória é inerente ao próprio direito de defesa, pois não se 
concebe um processo legal, buscando a verdade processual dos fatos, sem que se dê ao 
acusado a oportunidade de desdizer as afirmações feitas pelo Ministério Público em sua 
peça exordial? (Almeida, Joaquim Canuto Mendes de. Princípios Fundamentais do 
Processo Penal. São Paulo: RT). Analise os princípios informados acima e responda se 
eles são aplicados na fase pré-processual, fundamentando sua resposta. 
3) Catarina, no dia 10/03/08, praticou o crime de homicídio doloso. Em agosto de 
2008 entrou em vigor a lei 11.689/08, que revogou o art. 607 do CPP, extinguindo 
assim com o protesto por novo júri, um recurso exclusivo da defesa que era cabível para 
os condenados à uma pena igual ou superior a vinte anos de reclusão. Em dezembro de 
2008 o magistrado proferiu a sentença condenando Catarina à 21 anos de reclusão. Essa 
lei processual nova se aplica à Catarina? 
4) Determinado inquérito policial foi instaurado para apurar a prática do crime de 
tráfico de drogas, figurando como indiciado Regiclécio da Silva, mais conhecido como 
Águia. Durante as investigações, seu advogado, devidamente constituído, requereu à 
autoridade policial a vista dos autos do respectivo inquérito. Argumentou para tanto 
que, não obstante em tramitação sob regime de sigilo, considerada a essencialidade do 
direito de defesa, prerrogativa indisponível assegurada pela Constituição da República, 
que o indiciado é sujeito de direitos e dispõe de garantias legais e constitucionais, cuja 
inobservância, pelos agentes do Estado, além de eventualmente induzir-lhes à 
responsabilidade penal por abuso de poder, pode gerar a absoluta desvalia das provas 
ilicitamente obtidas no curso da investigação policial. A autoridade policial não 
permitiu o acesso aos autos do inquérito policial, uma vez tratar-se de procedimento 
sigiloso e que tal solicitação poderia comprometer o sucesso das investigações. Diga a 
quem assiste razão, fundamentando a sua resposta na doutrina e jurisprudência. 
5) O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito 
policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395,II do CPP. O juiz 
concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês 
depois, o próprio promotor de justiça tomou conhecimento de prova substancialmente 
nova, indicativa de que o fato realmente praticado era típico. Poderá ser instaurada ação 
penal? A decisão de arquivamento do IP faz coisa julgada material? 
6) Maneco Branco estava sob suspeita de traficar drogas nas imediações de uma 
casa noturna frequentada por jovens da classe média da zona sul da cidade. Foi assim 
que policiais da circunscricional local postaram-se em condições de observar a dinâmica 
do negócio espúrio: de tempos em tempos, Maneco entrava e saía da de uma casa 
próxima, para entregar alguma coisa a pessoas,que iam na direção da referida casa 
noturna. Sendo assim, os policiais, às 22h, ingressaram na casa mediante pontapés, e 
lograram encontrar 100kg de cocaína, 1000 papelotes de ácido e 5000 comprimidos de 
êxtase. Maneco foi preso em flagrante. A prisão de Maneco foi legal? 
7) Claudão estava na porta de uma casa noturna, pretendendo nela ingressar, de 
qualquer maneira, mesmo não dispondo de dinheiro para pagar o ingresso ou de convite 
distribuído a alguns frequentadores. Vendo que não conseguia o seu intento, resolveu 
apelar para o golpe: vou entrar só para ver se encontro um amigo, que marcou aqui na 
porta, disse ao porteiro. Como o porteiro não foi na conversa, Claudão começou a 
insultá-lo e nele desferiu dois socos bem colocados, causando-lhe um inchaço na testa e 
escoriações no cotovelo direito, ferimento esse decorrente da queda do agredido ao 
chão. Policiais-militares, chamados ao local, deram voz de prisão ao Claudão, e o 
conduziram, juntamente com a vítima, à circunscricional, onde Claudão foi logo 
autuado em flagrante delito. Indaga-se: a. foi correta a prisão de Claudão pelos policiais 
militares? b. O fato narrado, por si só, ensejava a lavratura do auto de flagrante? 
8) Wladimir e Otaviano, policiais civis, vão até a uma favela da região e, no 
intuito de incriminar Godofredo como traficante de droga, fingem ser compradores de 
maconha e o induzem a lhes vender a erva. Quando Godofredo traz a droga, os policiais 
efetuam a prisão em flagrante por infringência do art. 33, da Lei nº 11.343/06. Pergunta-
se: Essa prisão é legal? Resposta fundamentada. 
9) Genésia, 13 anos de idade, foi vítima do crime previsto no art. 217-A do CP 
praticado por Regiclécio. Genésia, assustada, foi pra casa e comunicou o fato a seu pai, 
que imediatamente noticiou o fato à delegacia local. Após algumas diligências, horas 
depois do crime, a autoridade policial logrou prender Regiclécio em sua residência. O 
auto de prisão em flagrante foi lavrado nos termos do art. 306 do CPP. Diante do 
exposto, pergunta-se: a) A situação acima caracteriza flagrante delito? Em caso 
positivo, diga qual a espécie, indicando o dispositivo legal. b) Agiu corretamente a 
autoridade policial na condução da diligência, bem como na lavratura do auto de prisão 
em flagrante? 
10) Rosivaldo Loureiro foi preso em flagrante por policiais militares pela prática 
do crime previsto no art. 12 da lei 10.826/03. Narra o auto de prisão em flagrante, que o 
preso guardava em sua residência 03 (três) revólveres calibre 38, em desacordo com a 
regulamentação legal. O APF foi comunicado ao juiz no prazo legal acompanhado da 
folha de antecedentes criminais de Rosivaldo, onde não constava nenhuma anotação. À 
luz das características da prisões cautelares, diga se é possível que Rosivaldo responda 
ao processo em liberdade. 
 
 
 
 
Questão Objetiva 
11) Considere a seguinte situação: Acidente de trânsito, no qual um caminhão 
transportando 3 mil garrafas de óleo de soja, desgovernado, vem a tombar em rodovia. 
Nesse contexto, moradores da vila próxima ao local do acidente, sem qualquer vínculo, 
aproximam-se e iniciam o saque da carga do veículo. A hipótese: 
a) é de continência concursal ou por cumulação subjetiva. 
b) é de conexão objetiva ou consequencial. 
c) é de conexão intersubjetiva por simultaneidade ou ocasional. 
d) não caracteriza conexão e nem continência. 
 12) Para fixação da competência por prevenção é necessário que: 
a) as partes requeiram; 
b) tenha o magistrado praticado ato com judicialidade pertinente à causa; 
c) tenha o juiz despachado em inquérito policial, com devolução do mesmo à 
delegacia de origem para prosseguir na investigação; 
d) tenta suscitado conflito positivo de competência. 
 13) Prefeito Municipal e sua esposa, cometendo crime doloso contra vida, em 
concurso de agentes, deverão ser julgados: 
a) ambos pelo Tribunal do Júri. 
b) ambos pelo Tribunal de Justiça. 
c) o Prefeito pelo tribunal do Justiça e a esposa pelo Tribunal do Júri. 
d) o Prefeito pelo STJ e o vereador pelo Tribunal de Justiça.

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