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Terapia Cognitiva Aron Beck Aron Beck Aaron Temkin Beck (Providence, 18 de Julho de 1921) é um psiquiatra norte-americano e professor emérito do departamento de psiquiatria na Universidade da Pensilvânia. Beck é conhecido como pai da Terapia Cognitiva e inventor das vastamente utilizadas Escalas de Beck, incluindo a Escala de Depressão de Beck (BDI) e Escala de Ansiedade de Beck (BAI) Beck é conhecido por suas pesquisas em psicoterapia, psicopatologia, suicídio e psicometria que levou à criação da Terapia Cognitiva. Beck acreditava que a depressão é causada devido a visões negativas irrealistas sobre o mundo. Pessoas deprimidas tem uma cognição negativa em três áreas, que são tidas como a tríade depressiva. Elas desenvolvem visões negativas sobre: elas mesmas, o mundo e seu futuro. A Terapia cognitiva também foi utilizada eficazmente a pessoas com transtornos de ansiedade, esquizofrenia, e muitas outras perturbações. Terapia Cognitiva Aron Beck (psiquiatra com formação em Psicanálise ortodoxa) Década de 1960 Discordância quanto à explicação sobre a etiologia da depressão segundo à Psicanalise – raiva voltada para o SELF ou raiva autorreflexa Depressão (Beck) – tendência negativa do processamento cognitivo que desencadeia visão negativa em três áreas (tríade depressiva): elas mesmas (própria pessoa), o mundo e seu futuro Influências anteriores 1 – Teoria estrutural da Psicanalise – estrutura hierárquica dos processos cognitivos com ênfase na divisão em processo primário e secundário; 2 – Abordagem fenomenológica – a visão do sujeito sobre o SELF e o mundo é crucial na gênese do comportamento humano 3 – Psicologia cognitiva – propiciou o substrato teórico com relação aos processos cognitivos 4 – Comportamentalismo – a terapia comportamental, após o surgimento da Psicologia Cognitiva, desloca-se paulatinamente para o domínio cognitivo com contribuições relevantes da aprendizagem social de Bandura, entre outros Terapia Cognitiva “as crenças que temos sobre nós mesmos, sobre o mundo e sobre o futuro determinam o modo como nos sentimos, como nos comportamos e até sobre as reações fisiológicas” (Calegaro, 2011: p. 236) “O que e como as pessoas pensam afetam profundamente o seu bem estar emocional” (Beck apud Calegaro, 2011: 236) – A interpretação que fazemos dos acontecimentos é que determina a forma como vamos reagir aos mesmos. Trabalho conjunto entre terapeuta e paciente em que se exploram as crenças e suas implicações, examinando e modificando as crenças disfuncionais Os transtornos mentais Segundo a TC, os transtornos mentais possuem um conteúdo de pensamento típico, como: TAG (transtorno de ansiedade generalizado) – medo de risco físico ou psicológico Transtornos alimentares – medo de não ser fisicamente atraente Hipocondria – preocupação exacerbada com distúrbio médico sério Dor crônica – sensação de dor insuportável e impotência para controla-la Depressão maior – visão negativa de si mesmo, do futuro e do mundo Modelo Cognitivo de Aron Beck CRENÇAS CENTRAIS CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS Situação de vida PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS Reações Comportamento Fisiologia As situações de vida funcionam como gatilhos que disparam os pensamentos automáticos e estes desencadeiam reações emocionais, fisiológicas e comportamentais. Os pensamentos automáticos são resultados conscientes (verbais ou imagens) do processamento inconscientes de crenças e esquemas, em um nível mais profundo da cognição. Crenças centrais As crenças centrais ou nucleares, são ideias e percepção quanto a si mesmo, quanto ao mundo e quanto ao futuro que nos transtornos mentais podem estar distorcidas e irracionais, sendo chamadas de crenças centrais disfuncionais, que podem ser identificadas em afirmações como “sou um fracassado”, “sou incapaz”; são caracterizadas por serem absolutistas e percebidas pelo sujeito como verdades absolutas e imutáveis. As crenças centrais disfuncionais são avaliações globais e generalizadas, cristalizadas e rígidas que são aceitas pelo sujeito sem questionamento. Crenças intermediárias ou condicionais Originam-se das crenças centrais; São pressupostos arraigados, porém são flexíveis e modificáveis; Possuem a estrutura condicional do tipo “Se... Então”, como “se enfrentar um problema difícil, não conseguirei resolvê-lo sem ajuda” Pensamentos automáticos São os que intermedeiam os acontecimentos externos e as reações emocionais, comportamentais e fisiológicas do indivíduo; São repetitivos e muito rápidos, passando desapercebidos na maioria das vezes Qualquer situação vivenciada desperta pensamentos automáticos, que podem surgir sob a forma de pensamentos (“esta garota não vas querer
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