Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisiologia Renal Prof. Ari Cantuária FUNÇOES RENAIS: a)Formação da Urina; b)Regulação do Equilíbrio Hidro-eletrolítico; c)Regulação do Equilíbrio Ácido-Básico; d)Produção de Substâncias (eritropoietina (controla a a produção de células vermelhas), renina, hidroxilação vitamina D; e)Conservação de Proteinas. 3 A formação de urina envolve quatro processos principais: Fisiologia do Sistema Urinário •Fluxo sanguíneo - 21% do débito cardíaco. •Artérias renais - A. segmentares - A. interlobares - A. arqueadas - arteríolas aferentes - capilares glomerulares - arteríolas eferentes - capilares peritubulares. •As arteríolas eferentes regulam a pressão hidrostática elevada nos capilares glomerulares. Líquidos corporais • Ingestão diária - 2100ml/dia (líquidos e água dos alimentos) + 200ml/dia (oxidação de carboidratos - metabolismo) = 2300ml/dia. • Perda diária - 700ml (perda por difusão através da pele e dos pulmões) + 100ml (suor) +100ml (fezes) + 1400ml (urina) = 2300ml/dia Formação da urina pelos rins Néfron- Unidade funcional do rim, cada rim possui cerca de 1 milhão de néfrons que não podem ser regenerados. Glomérulo - Rede de capilares onde ocorre a filtragem. Passagem livre de substâncias do plasma formando o filtrado glomerular. Túbulo - Reabsorção de água e solutos específicos para o sangue ou secreção de substâncias dos capilares peritubulares para os túbulos. Processamento renal: • Substâncias que não são reabsorvidas, nem secretadas. Ex: creatinina. • Substâncias que são parcialmente reabsorvidas. Ex: eletrólitos. (potássio, sódio e cálcio) • Substâncias que são totalmente reabsorvidas. Ex: nutrientes como aminoácidos e glicose. O glomérulo Arteríola Aferente Arteríola Eferente Filtrado Filtração: a formação de urina começa com o processo de filtração. Fluidos e pequenos solutos são forçados sob pressão, para fluir para o interior do espaço capsular. Reabsorção: quando o filtrado passa através dos túbulos, substâncias específicas são reabsorvidas de volta para o sangue dos capilares peritubulares. Secreção: Alguns solutos são removidos do sangue dos capilares peritubulares, e secretados pelas células tubulares para o interior dos túbulos. Excreção: Membrana de filtração e a filtração glomerular A passagem através da membrana de filtração é limitada não apenas com base no tamanho, mas também na propriedade elétrica dos elementos. A filtração é um processo determinado pela pressão hidrostática do sangue. Partículas pequenas passam rapidamente através da membrana de filtração, enquanto as grandes proteínas e células sanguíneas são mantidas no sangue, fora do espaço capsular. Se a membrana de filtração for lesada as proteínas extravasarão pela membrana, e aparecerão na urina. (Proteinúria) Se a membrana for gravemente lesada as células sanguíneas também passarão pela mesma. (Hematúria) Consequências da perda de proteínas na urina: Diminuição da pressão Osmótica (edema), Hipovolemia (choque) A perda de proteínas da coagulação pode causar sangramento incontrolável. A perda de globulinas e proteínas do complemento torna o indivíduo vulnerável para infecções. Obs.: Lesões na membrana de filtração pode acarretar presença de proteínas na urina que denominando-se proteinúria, assim como a presença de células sanguíneas na urina é chamada de hematúria. Taxa de filtração glomerular É a quantidade total de filtrado formada por todos os corpúsculos renais em ambos os rins, por minuto. Nos rins normais os 10 mmHg de gradiente de pressão produz aproximadamente 125 ml de filtrado por minuto. Isto representa aproximadamente 180 litros por dia. Felizmente, 99% deste total são reabsorvidos na passagem pelos túbulos renais. Filtrado glomerular= 180L/dia Ocorrem tipos de filtrações: 1ª filtração do sangue 2ª filtração do filtrado de volta para o sangue e o que sobra é eliminado em forma de urina. (TFG) Pressão efetiva de filtração(Pef) A filtração glomerular depende de três pressões principais; uma que estimula a filtração e duas que resistem a filtração. •A pressão hidrostática glomerular (PHG) 55mmHg favorece a filtração glomerular. •A pressão hidrostática capsular (PHC) 15mmHg e a pressão coloidosmótica capilar (PCOS) 30mmHg contrariam a filtração glomerular. • A diferença entre as forças que favorecem a filtração glomerular e as que se lhe opõem é de ~10 mmHg. Denominada pressão efetiva de filtração (PEF) PEF = phgs 55 - (pcos 30 + phc 15) = 10 mmHg • Quando a pressão no espaço urinário 15 mmHg (obstrução) a TFG diminui. Auto regulação da taxa de filtração glomerular O aumento da pressão arterial aumenta a taxa de filtração glomerular. Que tem como consequência constrição da arteríola aferente. Que diminui o fluxo sanguíneo para o glomérulo. Que normaliza a taxa de filtração glomerular. Autoregulação da taxa de filtração glomerular A diminuição da pressão arterial diminui a taxa de filtração glomerular. Que tem como consequência o relaxamento da arteríola aferente. Que aumenta o fluxo sanguíneo para o glomérulo. Que normaliza a taxa de filtração glomerular. Túbulo contorcido proximal • Reabsorção de Sódio e Glicose por mecanismo de transporte ativo • Absorção passiva de água (65%) Ramo descendente da alça de Henle • Permeável à água e impermeável ao sódio • 15% de absorção Ramo ascendente da alça de Henle • Permeável ao sódio e impermeável para a água – Não há absorção de água Túbulo contorcido distal • Em presença de Aldosterona(controla a quantidade de sódio no sangue) há absorção ativa de sódio. • Em presença de hormônio antidiurético ocorre absorção passiva de água (15%) Tubo coletor • Só há ação do hormônio antidiurético, promovendo a absorção de água (até 5%) • Obs.: Ocorre, também, ao longo dos túbulos renais, reabsorção ativa de aminoácidos e glicose. Desse modo, no final do túbulo distal essas substâncias já não são mais encontradas. DURANTE O EXERCÍCIO O fluxo sanguíneo renal ↓ A filtração glomerular ↓ Levando a ↓ da produção de urina. Regulação da função renal HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO (ADH): principal agente fisiológico regulador do equilíbrio hídrico, produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. Aumento na concentração do plasma (pouca água) - receptores osmóticos localizados no hipotálamo - produção de ADH. Concentração do plasma baixa (muita água) - inibição de ADH - menor absorção de água nos túbulos distal e coletor - urina mais diluída. Controle a pressão arterial: SISTEMA RENINA- ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA A macula densa do rim detecta ↓ de fluxo sanguíneo e↓ de sódio e este estimua as células justa glomerulares a liberarem RENINA. A renina ao ser liberada cliva o angiotensinogênio formando a ANGIOTENSINA I. A angiotensina I é convertida em ANGIOTENSINA II com o auxilio da enzima conversora de angiotensina (ECA) no pulmão. A angiotensina II provoca sede, vasoconstrição, estimula a liberação de ADH e aldosterona. A aldosterona age na reabsorção de sódio e por consequência reabsorção de água. O objetivo do sistema é ↑PA Insuficiência Renal Aguda (IRA) Perda da função renal súbita, rápida e irreversível IRA pré renal Perfusão renal prejudicada Causas: -Resistência vascular alterada -Débito cardíaco diminuído -Obstrução arterial IRA pós renal Alterações no percursso realizado pela urina após a saída dos rins. Causas: -Obstrução uretral, vesical e ureteral -Hipertrofia prostática -Fibrose retroperitonial-Bexiga neurogênica IRA renal Lesão no tecido renal Causas: -Necrose tubular aguda -Nefrite intersticial aguda -Glomerulonefrites -Doenças vasculares renais Causas gerais: -Hipotensão/choque -Sepses -Drogas nefrotóxicas Insuficiência Renal Crônica (IRC) Perda da função renal progressiva, insidiosa e inexorável PRINCIPAIS CAUSAS Glomerulonefrite crônica Nefroesclerose hipertensiva Nefropatia diabética Os parâmetros mais comumente avaliados na gasometria arterial são: •pH 7,35 a 7,45 •pO2 (pressão parcial de oxigênio) 80 a 100 mmHg •pCO2 (pressão parcial de gás carbônico) 35 a 45 mmHg •HCO3 (necessário para o equilíbrio ácido-básico sanguíneo) 22 a 26 mEq/L •SaO2 Saturação de oxigênio (arterial) maior que 95% A primeira coisa a se avaliar é o pH; se o pH estiver normal, significa que não há nenhum tipo de distúrbio no equilíbrio ácido-base, ou que houve um distúrbio inicial e foi compensado. Por exemplo: se uma pessoa tem um problema metabólico, como diabetes mellitus descompensada, ela produz ácidos em excesso, causando acidose metabólica. Há indução de mecanismos renais e respiratórios de compensação. Os mecanismos renais são: secreção de ácidos fixos, amônia; reabsorção de íons bicarbonato. O mecanismo respiratório é a hiperventilação, eliminando CO2, pois, assim, se estará eliminando H+ em última instância. Na alcalose, por exemplo, quando se vomita intensamente, há eliminação de ácido do estômago. Nesse caso, há estímulo para produção de mais ácido, o que provoca alcalose metabólica . A tendência é que o rim compense excretando bicarbonato. Porém, a ventilação terá um certo trabalho para compensar, pois não se pode hipoventilar por muito tempo, uma vez que se compromete a oxigenação do sangue. A alcalose metabólica é muito mais complexa para se compensar com a ventilação , pois não se pode somente hipoventilar para reter CO2 e comprometer a oxigenação do sangue. Mas, como o organismo produz constantemente ácidos, há uma certa capacidade de compensar.
Compartilhar