Buscar

ESPIROMETRIA SISTEMA RESPIRATÓRIO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ESPIROMETRIA
MEDICINA 2017.1
CONCEITOS
A espirometria (do latim spirare = respirar + metrum =
medida) é a medida do ar que entra e sai dos pulmões. Pode ser realizada durante respiração lenta ou durante manobras expiratórias forçadas
A espirometria é um teste que auxilia na prevenção e permite o diagnóstico e a quantificação dos distúrbios ventilatórios. A espirometria deve ser parte integrante da avaliação de pacientes com sintomas respiratórios ou doença respiratória conhecida
OBJETIVOS
detectar precocemente as disfunções pulmonares obstrutivas;
b) detectar ou confirmar as disfunções pulmonares restritivas;
c) diferenciar uma doença obstrutiva funcional de uma obstrutiva orgânica;
d) avaliar a evolução clínica de uma pneumopatia e parametrizar recursos terapêuticos por meio de testes pré e pós-intervenção terapêutica, atualmente muito empregada na pneumologia ambulatorial
OBJETIVOS
f) avaliar o risco cirúrgico..(por meio de decúbito alternado);
g) direcionar condutas em pacientes cardiopatas;
h) subsidiar a avaliação da saúde do trabalhador, especialmente no controle de riscos industriais
AS DIMENSÕES- OS VOLUMES PULMONARES
O volume de ar movido para dentro e para fora durante a respiração é chamado VOLUME CORRENTE(VC). Apesar do valor aproximado de 500 ml em repouso seu valor absoluto varia dependendo da pessoa e da atividade
A respiração ocorre dentro do limite das dimensões máximas do aparelho respiratório , e estas dimensões são determinadas pelo equilíbrio entre as forças elásticas e as forças musculares que lhe são aplicadas.
AS DIMENSÕES-OS VOLUMES PULMONARES
Na inspiração plena , as forças musculares máximas inspiratórias são equilibradas pelas forças elásticas dos pulmões e da caixa torácica ,ambas exercendo uma força na direção expiratória
Na expiração máxima , as forças musculares máximas expiratórias são equilibradas pelas forças elásticas, agindo no sentido de expandir os pulmões (principalmente a força elástica da parede torácica)
Quando os pulmões são inflados ao máximo , a quantidade de que eles contêm é denominada CAPACIDADE PULMONAR TOTAL(CPT).
VOLUMES E CAPACIDADES
A capacidade pulmonar total um sem números de subdivisões ou compartimentos . As subdivisões primárias , que são denominadas volumes ,não se sobrepõe e não podem ser subdivididas. 
As divisões secundárias , chamadas de capacidades , se sobrepõem e podem ser subdivididas em volumes
A quantidade de ar nos pulmões ao final de cada expiração normal é chamada de capacidade residual funcional(CRF) ou nível de repouso
VOLUMES E CAPACIDADES
Na capacidade residual funcional é constante em qualquer individuo ,porque, nesse volume , a força elástica dos pulmões agindo em uma direção expiratória é exatamente equilibrada pela força elástica da caixa torácica agindo em direção inspiratória.
VOLUMES E CAPACIDADES
VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO(VRE) :Máximo volume de ar que pode ser expirado a partir de CRF.
VOLUME RESIDUAL(VR): quantidade de ar nos pulmões ao final de uma expiração máxima.
CRF= VRE + VR
VOLUMES E CAPACIDADES
O volume de ar que pode ser inspirado a partir CRF é denominada capacidade inspiratória
O volume corrente se encontra incluso nesse compartimento 
O volume de ar que pode ser inspirado , a partir de CRF, sobre e acima do VC , é chamado de volume de reserva inspiratório
CI = VC + VRI
VOLUMES E CAPACIDADES
CAPACIDADE VITAL: Consiste na quantidade de ar máxima de ar expirado a partir da CPT , ou inspirado a partir de VR.
CV=VC+ VRI
A TÉCNICA
A espirometria permite medir o volume de ar inspirado e expirado e os fluxos respiratórios, sendo especialmente útil a análise dos dados derivados da manobra expiratória forçada
O volume expiratório forçado no primeiro segundo(VEF1) é a quantidade de ar eliminada no primeiro segundo da manobra expiratória forçada. É a medida de função pulmonar mais útil clinicamente
GRAFICO VXT
 GRAFICO VOLUME TEMPO
Os resultados espirométricos devem ser expressos em gráficos de volume-tempo e fluxo-volume . É essencial que um registro gráfico acompanhe os valores numéricos obtidos no teste
GRAFICO FLUXO VOLUME
INTERPRETAÇÃO
A curva fluxo-volume mostra que o fluxo é máximo logo no início da expiração, próximo à CPT, havendo redução dos fluxos à medida que o volume pulmonar se aproxima do VR
Os fluxos no início da expiração, próximos ao PFE, representam a porção esforço-dependente da curva, porque podem ser aumentados com maior esforço por parte do paciente
CAPACIDADE VITAL FORÇADA
PEAK FLOW
A CVF é medida solicitando-se ao indivíduo que depois de inspirar até a CPT expire tão rápida e intensamente quanto possível num espirômetro de volume ou de fluxo
Peak Flow: é o pico máximo do fluxo expiratório atingido em uma expiração forçada (ponto da curva expiratória na qual a velocidade da expiração foi maior).Registrado em litros/segundo ou litros/minuto
PEAK FLOW
O peak-flow meter (debitómetro) é um instrumento que serve para medir a eficácia da função pulmonar e indica quão abertas estão as vias respiratórias ou quão difícil é respirar. É um aparelho pequeno, portátil e económico, que mede o fluxo de ar ou a taxa de fluxo expiratório máximo, podendo ser de grande utilidade para os asmáticos
O fluxo de ar expirado considerado “normal” varia de acordo com a idade, sexo e altura da pessoa. O asmático deve tomar como referência o melhor valor que conseguir obter num espaço de 2 a 3 semanas, antes de iniciar o plano de controlo.
ÍNDICE DE TIFFENEAU
Índice de Tiffeneau (VEF/CVF): significa o resultado da fração que representa o VEF1 em relação à CVF. Esse valor deverá estar em torno de 68% a 85% da CVF. A literatura clássica sobre esse item tem adotado o porcentual de 80% como referencial para normalidade, sendo que abaixo disso considera-se deficiência obstrutIva.
FLUXO EXPIRATÓRIO FORÇADO MÉDIO (FEF 25%-75%):
Fluxo Expiratório Forçado Médio (FEF 25%-75%): também conhecido como fluxo máximo meso-expiratório (FMME), é o fluxo médio de ar que ocorre no intervalo entre 25% e 75% da CVF. Esta tem sido considerada uma das mais importantes medidas de fluxos na avaliação da permeabilidade das vias aéreas, por representar a velocidade com que o ar sai exclusivamente dos brônquios
INTERPRETAÇÃO
RESTRIÇÃO
Distúrbio restritivo é caracterizado por ausência de obstrução e CV(F) reduzida na presença de causa potencial para restrição, ex. fibrose pulmonar, com relação VEF1/CVF normal. CV(F) normal pré ou pós broncodilatador exclui presença de distúrbio restritivo.
Algumas doenças de vias aéreas como bronquiectasias e alguns casos de asma, podem levar ao fechamento completo das vias aéreas periféricas e podem dar este padrão, pseudo-restritivo, denominado então de inespecífico
OBSTRUÇÃO
Distúrbio obstrutivo é caracterizado por presença de obstrução, com VEF1 reduzido e CV(F) normal, com relação VEF1/CVF diminuída. Na obstrução, se o aprisionamento de ar elevar muito o volume residual, a capacidade vital pode estar reduzida. Aqui refere-se ao distúrbio obstrutivo com capacidade vital reduzida. Quando a CVF se reduz pode levar a uma relação VEF1/CVF normal

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais