Buscar

Caso concreto 13 TPAJ

Prévia do material em texto

Nome: Paloma Braga
RA: 201403281904
TEORIA E PRÁTICA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
PLANO DE AULA 13
DOS FATOS
A Sra. Maria das Graças Santos, moradora do edifício residencial no Recreio dos Bandeirantes, recebeu do administrador do condomínio, Jaime Adelino Machado na condição de síndico, comunicado em forma de carta com limitações à circulação de seu filho de criação, Júlio Costa Ribeiro, de 24 anos, a apenas a caixa de correios e lixeira do referido condomínio.
Se o fato citado, por si só, já configura abuso de autoridade por parte do síndico do edifício, que não pode de maneira alguma restringir o acesso de moradores às áreas livres do condomínio, some-se a este que Júlio, que como já foi citado é filho de criação da Sra. Maria das Graças, sendo que não é aceito diferenciação pelo nosso ordenamento jurídico, de acordo com o atual Código Civil, entre filhos biológicos e filhos de coração, e por isso possui características físicas diferentes desta, é de cor negra, e está sendo claramente posto em condição humilhante pela discriminação de sua cor, uma afronta ao artigo 3º, inciso IV da CF/88.
O fato foi registrado no 16 DP da Barra da Tijuca para apurar o ocorrido e embora o Sr. Jaime tenha alegado, em depoimento ao delegado de polícia, que teria restringido o acesso de Júlio por não ser ele, segundo o síndico, morador do condomínio, e permitida a circulação somente acompanhado da Sra. Maria das Graças, trata-se de uma inverdade, pois Júlio é morador do condomínio e convive com sua mãe, a Sra. Maria das Graças.
DIANTE DO EXPOSTO, o Sr. Jaime Adelino Machado, síndico do edifício residencial no Recreio dos Bandeirantes, deve responder pelo crime de preconceito de raça ou cor de acordo com o artigo 20 da Lei 7.716/89. Sendo observados, também, os artigos 1º e 2 da lei 7.437/85.

Continue navegando