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Aula 02

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SINTAXE DO PORTUGUÊS II
Aula 2: O processo de coordenação
Professor: José Arnaldo Guimarães
Aula 2 – O processo de coordenação
SINTAXE DO PORTUGUÊS II
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DESTA AULA
Definir do ponto de vista tradicional o processo de coordenação;
Classificar as orações coordenadas em assindéticas e sindéticas;
Distinguir as coordenadas sindéticas aditivas, adversativas, alternativas, explicativas e conclusivas;
Aula 2 – O processo de coordenação
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O PROCESSO DE COORDENAÇÃO
Do ponto de vista tradicional, na coordenação, as oracões são sintati­camente equivalentes e são consideradas independentes: nenhuma oração desempenha função sintá­tica em relação às outras. 
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As conjunções coordenadas reúnem orações que pertencem ao mesmo nível sintático: dizem-se independentes umas das outras e, por isso, podem aparecer em enunciados separados.
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INDEPENDENTES nesse contexto significa que cada uma das orações apresenta sentido próprio. 
O PROCESSO DE COORDENAÇÃO
Segundo Rocha LIma (1972), em um período composto por coordenação temos "A comunicação de um pensamento em sua integridade, pela sucessão de orações gramaticalmente independentes [...]"(p. 260)
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SOBRE O PROCESSO DE COORDENAÇÃO
Othon M. Garcia, no livro Comunicação em prosa moderna, considera que “As conjunções coordenativas [...] relacionam ideias ou pensamentos com um grau de travamento sintático por assim dizer mais frouxo do que o das subordinativas.” (1997:17) 
Diferentemente da subordinação, em que se tem uma oração também chamada de complexa, na coordenação temos um grupo oracional, formado por orações coordenadas, independentes que podem ser usadas separadamente.
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AS COORDENADAS SINDÉTICAS
Bechara (2000) apresenta três tipos de conjunções coordenativas: aditivas, alternativas e adversativas. Esse autor considera que as orações coordenadas explicativas e conclusivas não são introduzidas por conjunções coordenativas e sim por ‘unidades adverbiais’. 
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Todos estão surpresos, mas essa é a realidade. 
Mas tem posição fixa: é conjunção.
Sua tia é rica; logo, ela pode viajar para qualquer lugar.
Logo tem posição móvel: não é conjunção.
AS COORDENADAS SINDÉTICAS
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“Levada pelo aspecto de certa proximidade de equivalência semântica, a tradição gramatical tem incluído entre as conjunções coordenativas, certos advérbios que estabelecem relações inter-oracionais ou intertextuais. 
Assim [...] teríamos as explicativas (pois, porquanto, etc.) 
e conclusivas (pois [posposto], logo, portanto, então, assim, por conseguinte etc.).
AS COORDENADAS SINDÉTICAS
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Sem contar contudo, entretanto, todavia que se alinham junto com as adversativas. 
Não incluir tais palavras entre as conjunções coordenativas já era lição antiga na gramaticografia de língua portuguesa [...].” (p. 322)
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ORAÇÕES JUSTAPOSTAS OU ASSINDÉTICAS
As orações podem aparecer em sequência, sem a presença de conectores e transpositores. As orações coordenadas justapostas são também chamadas assindéticas que ocorrem, principalmente, nos seguintes casos: 
 
Ela chegou cedo porque o serviço estava atrasado.
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Acorda, almoça, estuda. (de valor aditivo)
Cheguei atrasado; Ana não prestou atenção: estava olhando para a noiva. (de valor adversativo) 
Fique longe do cachorro: ele está adoentado. (valor explicativo)
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ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
Orações com ligação clara, isto é, com a conjunção coordenativa explícita. 
1.ADITIVAS. Servem para ligar dois termos ou orações de idêntica função (relacionam pensamentos similares). Somam informações de natureza semelhante e indicam normalmente fatos ou acontecimen­tos dispostos em sequência, sem lhes acrescentar outro matiz de significação. Garcia (1997) as chama de conjunções de aproximação, já que “[...] sua função precípua é juntar ou aproximar palavras ou orações da mesma natureza e função.” (p. 17) 
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A mãe chegou do trabalho e foi cuidar das crianças. 
Não canta nem dança. 
Não só canta mas também dança.
Introduzidas por e e nem ou pelas locuções não só ... mas (também), tanto ... como, e análogas. 
Essas locuções são chamadas por Azeredo (2008) em sua Gramática Houaiss da Língua Portuguesa como ‘adjuntos conjuntivos’ e segundo ele
“[...] se empregam assinalando cada um dos sintagmas ou orações coordenados, a fim de dar realce a ambos” (p. 302) 
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Segundo Azeredo (2008:301), a conjunção nem tem valor equivalente a e não e, pela característica de adição de ideias, as orações aditivas são tratadas como tendo valores equivalentes, tanto positivos quanto negativos.
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a 1ª oração é assindética; a 2ª é aditiva: o nem da 1ª oração é advérbio.
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
Veja estas frases:
A conjunção aditiva e tem como forma negativa nem
Quando nem equivale a não, ele é advérbio.
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“Anda com Deus, e estarás seguro.”
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
“Todo mundo que ficar rico, e continua trabalhando do mesmo jeito.” 
Quando o e tem valor adversativo, deve vir precedido de vírgula.
Valores não-aditivos assumidos pela conjunção “e”
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2.ADVERSATIVAS- as orações coordenadas sindéticas adversativas ligam dois termos ou duas orações de mesma função, acrescentando-lhes, porém, uma ideia de contraste, oposição (pensamentos contrastantes). 
Introduzidas pelas conjunções mas, porém, contudo, todavia, no entanto, não obstante, senão etc. 
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
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3.ALTERNATIVAS Ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando que, ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre (pensamentos que se excluem). Assim, estabelecem uma relação de alternância (uma opção implica a recusa da outra). 
Introduzidas por ou e pelos adjuntos conjuntivos ou ... ou, já.. já, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja etc. 
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
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4.CONCLUSIVAS Servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão, consequência, ou seja, interligam duas ideias, fazendo da segunda uma conclusão da primeira (relacionam pensamentos em que o segundo encerra a conclusão do enunciado do primeiro). Elas estabelecem uma relação em que um ato é conclusão de ou­tro, pressuposto. 
Introduzidas por logo, portanto, por isso, por conseguinte, consequentemente, então, pois (depois do verbo), assim, de modo que, em vista disso etc. 
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
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5.EXPLICATIVAS Ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na primeira, ou seja, estabelecem uma relação de explicação (uma confirmação da oração anterior ou argumentação em relação aos imperativos). Nesse caso, a segunda frase explica a razão de ser da primeira. 
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Introduzidas por que, porque, pois (antes do verbo: começando oração), porquanto, em exemplos como:
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EXERCÍCIOS
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Leia as frases abaixo com atenção e, em seguida, assinale :
A – ADITIVA; B – ADVERSATIVA; C – ALTERNATIVA ; D – EXPLICATIVA; D – CONCLUSIVA;
A prova está muito fácil; logo, tirarei dez. ( )
Os reservatórios estão vazios, não haverá racionamento, porém. ( )
Estes resumos não foram bem feitos, ou estão incompletos. ( )
Não se preocupe porque tudo no fim acaba bem. ( )
Os senadores não votaram o projeto nem marcaram a nova data da sessão. ( )
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Leia as frases abaixo com atenção e, em seguida, assinale :
A – ADITIVA; B – ADVERSATIVA; C – ALTERNATIVA ; D – EXPLICATIVA; E – CONCLUSIVA;
A prova está muito fácil; logo, tirarei dez. ( E )
Os reservatórios estão vazios, não haverá racionamento, porém. ( B )
Estes resumos não foram bem feitos, ou estão incompletos. ( C )
Não se preocupe porque tudo no fim acaba bem. ( B )
Os senadores não votaram o projeto nem marcaram a nova data da sessão. ( A )
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Complete as frases com a conjunção adequada à ideia semântica que os períodos apresentam mesmo sem elas
MAS; PORQUE; LOGO; OU; E; 
Deve ter chovido ..................... a rua está molhada
O governo precisa reprimir as manifestações ............. perderá o controle sobre as massas.
O professor corrigiu a prova .............. lançou as notas no SIA.
O céu está nublado; ............., deve chover. 
O céu estava nublado, ................ não choveu.
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Complete as frases com a conjunção adequada à ideia semântica que os períodos apresentam mesmo sem elas
MAS; PORQUE; LOGO; OU; E; 
Deve ter chovido PORQUE a rua está molhada
O governo precisa reprimir as manifestações OU perderá o controle sobre as massas.
O professor corrigiu a prova E lançou as notas no SIA.
O céu está nublado; LOGO, deve chover. 
O céu estava nublado, MAS não choveu.
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Às vezes, em frases como “Minha filha está viajando e me mandou carta” é a conjunção que empresta sentido ao período. Substitua o E por conjunções que transformem a segunda oração em:
a) Coordenada sindética explicativa:
Minha filha está viajando ............... me mandou carta.
b) Coordenada sindética conclusiva:
Minha filha está viajando ................ me mandou carta.
c) Coordenada sindética adversativa.
Minha filha está viajando ................... me mandou.
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Às vezes, em frases como “Minha filha está viajando e me mandou carta” é a conjunção que empresta sentido ao período. Substitua o E por conjunções que transformem a segunda oração em:
a) Coordenada sindética explicativa:
Minha filha está viajando porque me mandou carta.
b) Coordenada sindética conclusiva:
Minha filha está viajando logo me mandou carta.
c) Coordenada sindética adversativa.
Minha filha está viajando mas me mandou.
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AULA 3- ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (PARTE 1)

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