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MATERIAL DIDÁTICO PSICOLOGIA NA ENGENHARIA DE SEGURANÇA, COMUNICAÇÃO E TREINAMENTO U N I V E R S I DA D E CANDIDO MENDES CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 Impressão e Editoração 0800 283 8380 www.ucamprominas.com.br Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 2 SUMÁRIO UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................... 03 UNIDADE 2 – NOÇÕES DE PSICOLOGIA .......................................................... 05 UNIDADE 3 – CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE - ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO, DO ACIDENTE, DA SELEÇÃO DE PESSOAL ............................................................................................................. 08 UNIDADE 4 – O TREINAMENTO ......................................................................... 16 UNIDADE 5 – O PAPEL DO ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO EDUCAÇÃO PREVENCIONISTA ............................................. 21 UNIDADE 6 – AÇÃO SINDICAL ........................................................................... 26 UNIDADE 7 – TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO .................................................. 29 UNIDADE 8 – ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS TÉCNICOS ............................ 34 UNIDADE 9 – DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL ................................. 38 UNIDADE 10 – RELAÇÕES HUMANAS, DINÂMICAS DE GRUPO .................... 40 UNIDADE 11 – COMISSÕES DE SEGURANÇA DO TRABALHO ...................... 43 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 47 ANEXO ................................................................................................................. 50 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 3 UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO Em situação de trabalho, o trabalhador é convocado a lidar com problemas que não poderiam ser antecipados ou respondidos de forma satisfatória pelos chamados “procedimentos padrões”. Há, portanto, um intervalo que não se elimina entre o trabalho que está prescrito e o trabalho real, conforme nos ensina a ergonomia (CLOT, 2006; LIMA, 2000, SCHWARTZ, 2002, 2006). É nesse intervalo, caracterizado pela defasagem e insuficiência dos procedimentos, regras e normas, que, por si só, não garantem a realização do trabalho, que o trabalhador irá construir, de forma parcialmente singular, o “jeito de fazer” sua tarefa (VIEIRA, 2006). Por outro lado, no âmbito de estudo do trabalho humano, alicerçado por conhecimentos provenientes da ergonomia e da Psicologia do Trabalho, certos aspectos da organização do trabalho e o próprio desenvolvimento da atividade devem ser examinados de perto, com uma lupa, isto é, junto àqueles que trabalham, no intuito de identificar situações que contribuem para o desenvolvimento e aquelas que são potencialmente perigosas à saúde mental (VIEIRA; BARROS; LIMA, 2007). Nesse contexto, tem-se observado que os vínculos entre o trabalho e o adoecimento psíquico vêm ganhando visibilidade crescente. Corroboram para essa visibilidade o número elevado de casos de depressão e suicídio entre a população, principalmente a rural associado ao uso indiscriminado de agrotóxicos e o número crescente de transtornos mentais entre trabalhadores que vivenciaram processos de reestruturação produtiva nos seus locais de trabalho Chanlat (1996); Fonseca (2002); Lima (1995); Ministério da Saúde (2001) (apud JACQUES, 2007). Também é crescente o número de trabalhadores acometidos por agravos mentais. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1985), os chamados transtornos mentais menores acometem cerca de 30% dos trabalhadores ocupados e os transtornos mentais graves, cerca de 5 a 10%. No Brasil, segundo estatísticas do INSS, os transtornos mentais ocupam a 3ª posição entre as causas de concessão de benefícios previdenciários (BRASIL, 2001). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 4 As premissas acima nos mostram a importância de aprofundar os conhecimentos sobre o trabalhador visto pela ótica da Psicologia. Ao longo desta apostila abordaremos tópicos relacionados com os aspectos psicológicos e sociais que cercam o trabalhador, passando por análise das características da personalidade e suas relações com os acidentes, bem como a importância do treinamento, a utilização dos equipamentos de proteção individual, as técnicas de comunicação, as relações humanas e as dinâmicas de grupo e como o Engenheiro de Segurança do Trabalho pode contribuir de maneira educativa para que haja sempre um ambiente de segurança e saúde para os trabalhadores. Esperamos que apreciem o material e busquem nas referências anotadas ao final da apostila subsídios para sanar possíveis lacunas que venha surgir ao longo dos estudos. Ressaltamos que embora a escrita acadêmica tenha como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicas. Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma redação original. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 5 UNIDADE 2 – NOÇÕES DE PSICOLOGIA Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais, ou seja, é a área da ciência que estuda o que motiva o comportamento humano – o que o sustenta, o que o finaliza e também seus processos mentais, que passam pela sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência. Os conhecimentos produzidos pela Psicologia e a complexidade e capacidade de transformação do ser humano, acabaram por ampliar em grande medida sua área de atuação, possibilitando cada área uma gama infinita de descobertas sobre o homem e seu comportamento, ou sobre o homem e suas relações. O estado psicológico humano é fundamental para desfrutar do bem individual, e por consequência o bem comum. Assim, a psicologia busca permanentemente métodos para o desenvolvimento cognitivo, emocional e relacional dos indivíduos e sua interação social. Segundo Santos (2000), em psicologia, o termo atividade se alinha conceitualmente às diferentes abordagens que procuram explicar a natureza do comportamento e sua previsibilidade social. A busca pela elaboração de modelos que permitam compreender os comportamentos do homem, de um lado, como um sistema de recepção e tratamento da informação, e de outro lado, como um sistema de transformação de energia, produziram diferentes formulaçõessobre o desempenho das pessoas naquilo que elas fazem ou se proponham a fazer. A visão de “homem” movido por determinantes internas (solicitações) ou submetido à condicionantes externas (cargas de trabalho), originou, na psicologia do trabalho, concepções que contemplam ambas as definições. Na verdade, o trabalho pode ser visto como um subsistema menor das coisas que fazemos para aliviar nossas tensões, mas também pode representar a atividade principal de realização objetiva do ser humano. De uma forma ou de outra, o trabalho é incorporado subjetivamente no nosso modo de perceber e fazer as coisas que necessitamos. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 6 Além disso, podemos dizer que a diferença entre o trabalho formal (tarefa) e o trabalho real (atividade), elemento fundamental do estudo do comportamento do homem no trabalho, permite definir níveis da análise das atividades de trabalho, que podem servir à teoria psicológica geral. Segundo esta ótica, existem três grandes campos que são interdependentes, relativos ao estudo das atividades de trabalho: 1. as comunicações – para agir é necessário efetuar trocas de informações sobre o estado da situação na qual nos encontramos; 2. as regulações – toda ação consiste em reduzir a diferença entre um estado desejado de uma determinada situação e o estado atual no qual nos encontramos; 3. as competências – as modalidades e as possibilidades de reduzir esta diferença dependem diretamente das habilidades cognitivas e sensório motoras que o sujeito dispõe (SANTOS, 2000). 4. Os psicólogos buscam estudar conceitos como a percepção, cognição, emoção, personalidade, comportamento, relacionamento interpessoal, individual e coletiva e do inconsciente, incluindo-se aqui questões relacionadas com a vida quotidiana, por exemplo, família, educação e trabalho. Focam também o tratamento de problemas de saúde mental, buscando compreender o comportamento social e a dinâmica social, ao mesmo tempo que incorpora os processos subjacentes fisiológicas e neurológicas em suas concepções de funcionamento mental. Inclui muitos subdomínios de estudo e de aplicação em causa em áreas como o desenvolvimento humano, desporto, saúde, indústria, meios de comunicação social, direito (ALVES, 2008). A Psicologia do trabalho e das Organizações abrange uma grande área de conteúdos. Em termos gerais o seu objeto de estudo é constituído pelas condutas e experiências dos sujeitos numa perspectiva individual, social e grupal em contextos relacionados com o trabalho. Podemos dizer que o seu objetivo consiste em descrever, explicar e prever os fenômenos psicossociais que ocorrem nesses Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 7 contextos, assim como prever ou solucionar os possíveis problemas que aí se apresentam. O seu objetivo último consiste em melhorar a qualidade de vida no trabalho, conhecida como QVT, a produtividade e a eficácia laboral. A Psicologia do trabalho interessa-se pelos processos na perspectiva micro e pela conduta do indivíduo. Por exemplo, estudo de suas aptidões, conhecimentos, motivações, satisfação no trabalho, estresse, rendimento, absenteísmo, dentre outros. A Psicologia do trabalho na perspectiva macro interessa-se pelos processos e pela conduta dos grupos, pela interação indivíduo-grupo e pelos fenômenos relacionados com a conduta e os processos individuais face a estímulos sociais do trabalho. Como exemplo temos os grupos e equipes de trabalho, liderança, papéis, clima e cultura organizacionais, relações interpessoais, etc. Toledo (1986) considera a Psicologia Organizacional como o estudo do fator humano na organização. Este estudo abrange a atração, retenção, treinamento e motivação dos recursos humanos na empresa, assim como a criação de condições organizacionais de trabalho que auxiliem na criação de clima propício para que funcionários possam atingir suas metas de trabalho e desenvolvimento profissional. A psicologia organizacional em seu contexto mais amplo, coloca ênfase nos aspectos grupais e organizacionais do trabalho. Cabe, então à Psicologia Laboral, do Trabalho ou ainda Organizacional propiciar condições adequadas para que os funcionários executem suas atividades, atinjam suas metas e se desenvolvam junto a organização. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 8 UNIDADE 3 – CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE - ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO, DO ACIDENTE, DA SELEÇÃO DE PESSOAL 3.1 Características de personalidade Personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. O termo é usado em linguagem comum com o sentido de “conjunto das características marcantes de uma pessoa”, de forma que se pode dizer que uma pessoa “não tem personalidade”; esse uso no entanto leva em conta um conceito do senso comum e não o conceito científico. Buscaremos descrever algumas características da personalidade que podem influenciar no ambiente laboral, mas como se observa pela definição acima, personalidade é um conceito complexo, com várias facetas. Carver e Scheier (apud VEIGA, 2010) definem personalidade como uma organização interna e dinâmica dos sistemas psicofísicos que criam os padrões de comportar-se, de pensar e de sentir característicos de uma pessoa. Esta definição de trabalho salienta que personalidade: é uma organização e não um aglomerado de partes soltas; é dinâmica e não estática, imutável; é um conceito psicológico, mas intimamente relacionado com o corpo e seus processos; é uma força ativa que ajuda a determinar o relacionamento da pessoa com o mundo que a cerca; mostra-se em padrões, isto é, através de características recorrentes e consistentes, expressa-se de diferentes maneiras – comportamento, pensamento e emoções. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 9 Asendorpf (2004) complementa essa definição. Para ele personalidade são as particularidades pessoais duradouras, não patológicas e relevantes para o comportamento de um indivíduo em uma determinada população. Esta definição acrescenta àquela de Carver e Scheier alguns pontos importantes, como: os traços de personalidade serem relativamente estáveis no tempo; as diferenças interpessoais serem variações frequentes e normais; a personalidade ser influenciada culturalmente. 3.1.1 Competências, habilidades, inteligência, criatividade Competências ou habilidades são traços da personalidade que exprimem a capacidade de alguém de alcançar determinada realização ou desempenho. Inteligência é um construto complexo que descreve a capacidade intelectual do indivíduo. Criatividade, apesar de não ter uma definição exata e ser algo abstrato, pode ser compreendido como um conjunto de traços de personalidade. É a capacidade de pensar divergentemente, ou seja, de encontrar soluções diferentes e novas para um problema, em oposição ao pensamento convergente que encontra soluções para problemaspara os quais há apenas uma resposta correta. Completam o time de características básicas, a competência social entendida como a capacidade de lidar com outras pessoas e a inteligência emocional que refere-se sobretudo a determinadas competências no lidar com emoções que, apesar de serem estáveis na personalidade do indivíduo, costumam variar de acordo com as emoções envolvidas - ou seja a pessoa pode saber lidar bem com a emoção, com o medo, mas não com a raiva. 3.2 Aspectos psicológicos do trabalho, do acidente e da seleção de pessoal As investigações sobre o Comprometimento Organizacional integram as ações que buscam identificar e compreender o papel dos fatores pessoais que determinam o comportamento humano no trabalho. Investigar atitudes laborais representa uma maneira de voltar-se para a compreensão da adaptação e da Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 10 permanência dos indivíduos quanto à relação que esses estabelecem com a instituição na qual se desenvolvem profissionalmente. Assim, como o Comprometimento Organizacional refere-se aos vínculos dos profissionais com as corporações, faz-se necessário avaliar o contexto em que essas últimas estão inseridas, uma vez que mudanças e transformações no sistema produtivo de uma sociedade exercem relação direta na forma como essas lidam com seus recursos humanos (BASTOS, 1994). As bases do Comprometimento Organizacional podem auxiliar no entendimento do vínculo que o trabalhador estabelece com a empresa para a qual desempenha suas atividades laborais, uma vez que cada base imprime posturas diferenciadas nos mesmos. Como ressalta Costa e Bastos (2005), um profissional comprometido afetivamente com sua instituição tende a apresentar menores índices de rotatividade, absenteísmo e intenção de deixar seu trabalho, assim como desenvolve os melhores indicativos de desempenho e produção. Nas situações em que o Comprometimento Afetivo é constatado como baixo, podem-se observar atrasos, faltas injustificadas, fraco desempenho e esforço em relação à tarefa a ser exercida. Aqueles que percebem custos elevados num possível rompimento de vínculo com a organização apresentam-se menos motivados frente ao trabalho e dessa forma, seu nível de desempenho é considerado mais baixo em comparação aos que identificam poucos custos com um futuro desligamento. Em uma perspectiva sintetizadora, Scheible e Bastos (2005) conceituam as três bases do Comprometimento da seguinte forma: Comprometimento Afetivo – corresponde à relação de identificação e envolvimento entre o indivíduo e a organização; Comprometimento Normativo – evidencia um sentimento de obrigação moral para com a organização; e, Comprometimento Instrumental – consiste na avaliação dos custos e benefícios envoltos de um rompimento com a organização. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 11 Quando estes comprometimentos se tornam negativos surgem problemas tanto para a organização quanto para o trabalhadores, levando a focar nos aspectos psicológicos que podem culminar com os acidentes de trabalho. Um acidente, de acordo com Geller (1994), nunca tem origem em apenas uma causa, mas em diversas, as quais vão se acumulando, até que uma última precede o ato imediato que ativa a situação do acidente. Podem-se dividir as causas dos acidentes, em causas humanas, materiais e fortuitas. As causas humanas assentam em ações perigosas criadas pelo homem, cuja origem pode residir em diversos fatores tais como, incapacidade física ou mental, falta de conhecimento, experiência, motivação, stress, não cumprimento de normas, regras e modos operatórios, dificuldade em lidar com a figura de autoridade, dentre outras. As causas materiais fundamentam-se em questões técnicas e físicas perigosas, apresentadas pelo meio ambiente quer natural, quer construído e ainda por defeitos dos equipamentos. Causas fortuitas são as mais raras, mas que por vezes constituem a causa única dos acidentes, nada tendo a ver com causas humanas e técnicas. O fator humano é condicionado pelo meio ambiente interno, influindo e afetando o comportamento dos indivíduos considerados isoladamente e em grupo. Diversos estudos demonstram que muitos acidentes são atribuíveis a estes condicionamentos, separadamente, ou na maior parte das vezes, cumulados (LÉPLAT, 2000). Desse modo, para inferir que as características de personalidade podem ter envolvimento na produção de acidentes, é preciso entender que os comportamentos, as atitudes e as reações dos indivíduos em ambientes de trabalho não podem ser interpretados de maneira válida e completa sem se considerar a situação total a que eles estão expostos, ou seja, todas as inter-relações entre as diferentes variáveis, incluindo o meio, o grupo de trabalho e a própria organização. O acidente de trabalho, neste sentido, pode ser visto como expressão da qualidade da relação do indivíduo com o meio social que o cerca, com os companheiros de trabalho e com a organização. Dela Coleta (1991), defende que Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 12 uma perturbação é sintoma de desequilíbrio afetivo e que pode gerar acidentes. Concluindo que os traços característicos dos indivíduos frequentemente acidentados é justamente a revolta contra a autoridade. Estudos de Dela Coleta (1991) mostram que, em 1941, Adler realizou um pesquisa que já observava a influência dos traços de personalidade nos acidentes de trabalho, sendo: - Atitude de revolta contra os pais educadores, e assim o acidente seria um tipo de suicídio para punir os pais; - Medo de sucesso e desejo de fracasso, pois o sucesso é função do pai pelo qual se tem sentimentos ambivalentes e com o acidente pode-se punir o pai cuja morte é desejada; - Existência de processos mentais inconscientes em conflito com os processos conscientes, esses conflitos seriam a origem dos acidentes; - Sentimentos de falta de sorte; - Necessidade de ser cercado de cuidados, que explicaria o acidente como a procura de uma situação onde ele tivesse uma necessidade satisfeita; - Alto nível de ambição; e, - Medo à base de ansiedade. O autor avança, apontando síndromes que estariam associadas à acidentabilidade: distração, falta de discernimento, sentimento de independência social, falta de sensibilidade pelos outros, atitude pouco racional frente ao dano sofrido, confiança em si exagerada, atitude social agressiva e pouco integrada. Os elementos inconscientes da personalidade podem conduzir as pessoas a se envolverem em acidentes, podendo este ser procurado, pelo desejo de se refugiar na doença, ou pelo desejo de demonstrar o absurdo de uma técnica imposta. Uma pulsão agressiva pode trazer consigo o desejo de deteriorar, involuntariamente um material, sendo as emoções forte influenciadoras deste comportamento (MORAES, PILATTI, KOVALESKI, 2005). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 13 3.3 Perfil Profissiográfico Previdenciário O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um documento histórico- laboral do trabalhador, apresentado em formulário instituído pelo Instituto Nacional deSeguridade Social (INSS), contendo informações detalhadas sobre as atividades do trabalhador, exposição a agentes nocivos à saúde, resultados de exames médicos e outras informações de caráter administrativo. O modelo do formulário encontra-se no Anexo XV da Instrução Normativa INSS/PR nº 20/2007. O objetivo do PPP é apresentar, em um só documento, o resumo de todas as informações relativas à fiscalização do gerenciamento de riscos e existência de agentes nocivos no ambiente de trabalho, além de ser o documento que orienta o processo de reconhecimento de aposentadoria especial. O Perfil Profissiográfico não foi instituído por uma Instrução Normativa do INSS. A Instrução Normativa INSS/PR nº 20/2007 regulamenta e formata o PPP, cuja exigência encontra-se prevista na Lei nº 8.213/91 e no Regulamento da Previdência Social (Decreto nº 3.048/99). No artigo 58, parágrafo 4 da Lei 8.213/91 encontramos o seguinte: A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica desse documento. As informações necessárias para preenchimento do PPP são extraídas dos seguintes documentos: Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT); Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO); e, Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), este último no caso de empresas de mineração. A elaboração e atualização do PPP é obrigatória para todos os empregadores, bem como sua entrega ao trabalhador na ocasião da rescisão do Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 14 contrato de trabalho. O formulário deve ser assinado pelo representante legal da empresa com a indicação dos responsáveis técnicos pelo PCMSO e LTCAT. O LTCAT – Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho, por determinação expressa da legislação previdenciária, deve ser expedido por Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho. O LTCAT, como o nome diz, é um laudo técnico, isto é, um documento que retrata as condições do ambiente de trabalho de acordo com as avaliações dos riscos, concluindo sobre a caracterização da atividade como especial. O PPRA, por sua vez, é um programa de ação contínua, não é apenas um documento. O LTCAT pode ser um dos documentos que integram as ações do PPRA. O PPRA é uma exigência da legislação trabalhista (NR 9) e o LTCAT da legislação previdenciária. Voltemos ao artigo 58, parágrafo 1º da Lei 8213/91: A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. O PPP é um documento que deve estar sempre disponível para a fiscalização, mas ele é muito mais que isso. O PPP substitui, a partir de 01/01/2004, o formulário DIRBEN 8030 (antigo SB-40). Ele não é um formulário a mais, ele concentra todas as informações do laudo técnico e dos formulários antigos. Até o momento, o PPP deve ser feito apenas para trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde. A empresa deve elaborar e manter atualizado o PPP para todos os trabalhadores expostos a agentes nocivos e fornecer cópia autêntica do documento ao trabalhador na ocasião da rescisão do contrato de trabalho. A relação de agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 15 concessão de aposentadoria especial, consta do Anexo IV do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/99). (BRASIL, 2009). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 16 UNIDADE 4 – O TREINAMENTO Conforme Marras (2001 p. 145), treinamento é um processo de assimilação cultural a curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimento, habilidades ou atitudes relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho. Entende-se que treinamento tem como finalidade melhorar o desenvolvimento profissional do ser humano na sua organização, e no desempenho das suas funções além de ser o processo que visa à preparação e ao aperfeiçoamento das habilidades e dos conhecimentos dos funcionários de uma organização. Robbins (2002, p. 469) comenta que: “a maioria dos treinamentos visa à atualização e ao aperfeiçoamento das habilidades técnicas dos funcionários”. Percebe-se que o treinamento pode trazer um grande retorno para o profissional e para a empresa, pois um profissional bem mais qualificado terá uma motivação maior e o seu resultado na execução das tarefas será maior e mais produtivo, consequentemente a maior produtividade do empregado poderá contribuir efetivamente para os resultados da organização, bem como diminuir os riscos de acidentes de trabalho, além de se autodesenvolver e elevar a autoestima. De acordo com Chiavenato (1999, p. 294) “O treinamento é uma maneira eficaz de delegar valor às pessoas, à organização e aos clientes. Ele enriquece o patrimônio humano das organizações”. É importante lembrar que existe uma diferença entre treinamento e desenvolvimento das pessoas. Entende-se que o treinamento tem a finalidade de melhorar as habilidades do profissional no desempenho de suas funções. Já o desenvolvimento de pessoas tem o foco voltado a novos cargos a serem abertos na organização com novas capacidades e habilidades a serem aprendidas pelo empregado. Enquanto o treinamento é orientado para o presente, o desenvolvimento de pessoas para os cargos a serem ocupados é voltado para o futuro. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 17 Sabe-se que a principal estratégia para a realização do treinamento é a estrutura preparada e desenvolvida pela organização. Pois este processo deve estar equilibrado em uma linha de realizações. De acordo com Chiavenato (1999, p. 297) “O treinamento é um processo cíclico e contínuo composto de quatro etapas: diagnóstico, desenho, implementação e avaliação”. O importante é lembrar que o treinamento tem a responsabilidade de atingir níveis de desempenho estabelecidos pelas organizações, através da continuidade do seu desenvolvimento. Entre os objetivos do treinamento, Marras (2001, p. 147) cita importantes objetivos: os objetivos específicos – são os que trazem a qualificação do profissional e a oportunidade de elevar os seus conhecimentos e de estarem sempre atualizados às inovações dentro das suas atividades. Os objetivos específicos devem ser realizados em treinamentos claros e precisos de acordo com a necessidade estabelecida. Eles podem ser: Formação Profissional – que tem como base, elevar o conhecimento do profissional à sua profissão, para elevar o seu desempenho nas suas atividades; Especialização – oferece a oportunidade do empregado de treinamentos voltados a uma área de conhecimento específico; Reciclagem – é a oportunidade de se atualizar dos conhecimentos já aprendidos na sua rotina de serviço. O primeiro passo é levantar as necessidades de treinamento obtendo as informações necessárias para traçar a programação do treinamento, não esquecendo que esse levantamento deve ser contínuo e constante dentro das organizações, pois elas têm que se adequar às mudanças que ocorrem no mercado. Em todo processo de treinamento deve-se ter o conhecimento de quem vai ser treinado e os recursos (entrada); posteriormente o processo deve ser avaliado e planejado (programas de treinamento) e aplicados conforme a sua necessidade (saída). Após todo o processo deverá ser realizada sua avaliação (retroação) (CHIAVENATO, 2000, p. 499). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 18 Marras (2001, p. 152) comenta que o levantamento de necessidade de treinamento detecta e diagnostica carências em dois diferentes cenários: Cenário relativo e Cenário prospectivo. Cenário relativo ou ação corretiva – é a realização do treinamento após a falha ocorrida. O treinamento é realizado para corrigir o erro. Cenário prospectivo ou ação preventiva – é a antecipação do treinamento para prevenir possíveis falhas no andamento do serviço. Ações corretivas e preventivas são aplicadas quando da ocorrência de uma não conformidade no processo do serviço (CENTÚRIA 2000, p. 10). Entende-se que planejar o treinamento é definir o seu objetivo e a abordagem necessária para a sua realização. O planejamento do treinamento segue o processo do diagnóstico das necessidades do treinamento. O planejamento deve ser realizado seguindo os princípios da organização. Segundo Marras (2001, p. 155) “O planejamento de treinamento é o elo de ligação entre políticas, diretrizes e ações formais e informais que regem as relações organizacionais”. Entende-se que execução do treinamento é a realização do treinamento, após todo o processo de levantamento e planejamento. Para a execução do treinamento, todos os aspectos anteriores já foram analisados e avaliados pelo setor estratégico e tático da empresa. Segundo Marras (2001, p. 157) “A execução é aplicação prática daquilo que foi planejado e programado para suprir as necessidades de aprendizagem detectadas na organização”. Entende-se que o importante na execução do treinamento é o trabalho de unir o treinador e os treinandos em uma linha específica da empresa, que é o aprendizado do seu empregado e posterior crescimento do seu conhecimento, o que será de grande importância para a organização. Gil (1994, p. 78) comenta que: “A execução do treinamento centra-se na relação instrutor – treinando”. Chiavenato (2000, p. 514) faz uma abordagem que a execução do treinamento é composta em dois termos, sendo eles “instrutor x aprendiz” com as seguintes definições: treinar é o ato intencional de fornecer os meios para proporcionar a aprendizagem. Para Mendes (2004) treinar significa Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 19 garantir que seu processo e seu funcionário, te darão toda a segurança e retorno desejado. É a garantia certa de que tudo irá correr de acordo com o previsto. AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO Sabe-se que a avaliação do treinamento é a etapa de verificação de todo o processo para saber se o treinamento ocorreu sem falhas. Será verificado desde a estratégia e a estrutura aplicada ao resultado alcançado pelos treinados. Segundo Marras (2001, p. 159), a avaliação de treinamento: “Tem por finalidade aferir os resultados conseguidos comparativamente aquilo que foi planejado e esperado pela organização”. Entende-se que o que mais importará para a organização é estar ciente do tipo de retorno que o programa de treinamento irá trazer para a empresa. Portanto, ao terminar um treinamento deve-se avaliá-lo para saber se ele trouxe realmente retorno para a empresa. Toledo e Milioni (1986, p. 89) comentam que ao se investir em treinamento espera-se que haja aumento de produtividade, mudanças de comportamento, melhoria do clima humano na organização, redução de custos e de acidentes, rotação de pessoal, além de outros resultados. De acordo com os autores acima, o retorno do treinamento, deverá ser o maior conhecimento por parte do empregado das atividades exercidas e com isso a melhoria da sua atividade profissional dentro da organização. Chiavenato (2000, p. 515) define a avaliação de treinamento sendo: “A etapa final do processo de treinamento é a avaliação dos resultados obtidos. O programa de treinamento deve ter uma avaliação de sua eficiência”. Vê-se que o importante após a realização do treinamento é a constatação se as metas sugeridas foram alcançadas. Esta etapa é de grande importância à organização, pois caso as metas não sejam alcançadas, as etapas de treinamento deverão ser revistas e o treinamento novamente realizado, para a conclusão real das suas necessidades. Gil (1994, p. 78) busca como conceito de avaliação de treinamento o conceito de Hamblin (1978), ou seja, “qualquer tentativa de obter informações sob os Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 20 efeitos de um programa de treinamento e para determinar o valor do treinamento à luz dessas informações”. Comenta-se que a verificação da eficácia se torna a ferramenta para confirmação se o processo realizado teve total assertividade na sua aplicação e confirmar se o tratamento foi realizado e aplicado de acordo com a necessidade existente. Segundo Ferreira (1997, p. 75), “Avaliação e controle engloba a coleta de dados que permitam comparar a situação anterior com a situação pós-intervenção”. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 21 UNIDADE 5 – O PAPEL DO ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NA EDUCAÇÃO PREVENCIONISTA 5.1 O prevencionismo e o papel educativo do Engenheiro de Segurança do Trabalho O prevencionismo é uma teoria que nasceu dos estudos de Frank Bird Jr. e está baseada na análise de cerca de 90.000 acidentes ocorridos, em um período de mais de sete anos, na Luckens Steel, empresa metalúrgica na qual ele próprio trabalhava. Para Bird (1978 apud MELLO, 1997), “os mesmos princípios efetivos de administração podem ser usados para eliminar ou controlar muitos, senão todos, os incidentes comprometedores que afetam a produção e qualidade”. Segundo ele, prevenindo e controlando os incidentes através do controle de perdas, todos: pessoas, equipamentos, material e ambiente, estaremos protegidos com segurança. É importante observar que nasce aqui um novo conceito: os acidentes com danos à propriedade. Anteriormente aos estudos de Bird, acidentes eram somente aqueles acontecimentos que resultassem em lesão pessoal. A partir dos estudos de Bird, além das lesões pessoais também começaram a ser considerados como acidentes, quaisquer acontecimentos que gerassem danos à propriedade, ou seja, aqueles acontecimentos que provocassem perdas para a empresa, mesmo que substanciais, em termos de materiais e equipamentos. O engenheiro na sua atuação enquanto educador, utilizando da didática pode contribuir para a redução ou eliminação de dados os mais variados, tanto àspessoas quanto à propriedade em si. Tratando-se de uma atuação educativa intencional, o engenheiro de segurança do trabalho em particular, pode tanto interferir no ambiente de trabalho como atuar de maneira a realizar atividades de ensino úteis ao desenvolvimento profissional. Com relação ao ambiente, este engenheiro pode intervir no meio físico e na organização do trabalho, em busca de criar condições mais positivas. Um exemplo Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 22 seria a proposição intencional de interação entre trabalhadores – vale lembrar que a troca de experiência, a orientação para uma atividade, a discussão de melhores soluções para determinado impasse ocorrem como processos de educação informal e podem ser potencializados. Pode-se, ainda, criar canais de diálogo permanente para que os sujeitos possam expressar os desconfortos e penúrias de seu trabalho e refletir em conjunto com o engenheiro para alterar tal situação. Pode-se, também, criar canais de comunicação com os grupos pertencentes ao ambiente de trabalho para compreender sua forma de ver, sentir e pensar o vivido no trabalho, para traçar alternativas de interações mais frutíferas (MELLO, 1997). Quanto à situação de ensino em si, seja na forma de exposição de determinados conteúdos/técnicas, seja de orientação no posto de trabalho, o planejamento da interação do engenheiro com um grupo de trabalhadores ou empregadores deve ser planejado. Encontra-se aqui uma grande contribuição que a didática pode dar ao engenheiro-educador. O planejamento pode ser vivido como um momento de reflexão do que se quer desenvolver e de projeção de como isto pode ser feito. Os pontos tradicionalmente envolvidos num planejamento de ensino são: o quê se quer ensinar, para quem, por quê e como. Estes pontos podem ser organizados em itens como: objetivos, conteúdos, sujeitos, metodologia e avaliação. Os objetivos podem ser desmembrados em gerais e específicos. Os gerais referem-se às mudanças pretendidas num quadro mais amplo, explicitando-se motivos e necessidades (que no caso do engenheiro devem, também, contemplar o bem estar do trabalhador). Os objetivos específicos devem revelar com mais exatidão as mudanças de atitude que se quer desenvolver nos sujeitos a quem a atividade educativa se destina. Os conteúdos a serem ensinados podem ser de cunho técnico, científico e/ou atitudinal. Pode-se, por exemplo, abordar o uso de novo equipamento de proteção que implica rotinas diferentes das até então vividas. Isto poderia ser desdobrado em conteúdos científicos (os processos fisiológicos e danos proporcionados ao organismo caso não se use o equipamento), técnico (o funcionamento do equipamento e as possíveis formas de utilização) e atitudinal (a Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 23 formação de duplas de trabalho para colaboração mútua na utilização do equipamento). A forma de desenvolvimento de cada um desses conteúdos para permitir acesso, elaboração, interpretação e apropriação por parte dos sujeitos deve levar em conta quem são estes trabalhadores, quais são suas expectativas, seu conhecimento tácito, seus hábitos. Deve, também, levar em conta o que se quer ensinar e os recursos disponíveis para tal (MELLO, 1997). Por fim, prevê-se num planejamento a avaliação. Normalmente pensa-se em avaliação como sinônimo de medir se o educando tornou-se ou não competente diante do processo de ensino ao qual foi submetido. Esta visão é uma deturpação advinda das práticas pedagógicas escolares em que se atribui a culpa da não aprendizagem ao aluno, desconsiderando-se se, de fato, o processo utilizado foi o melhor para ensiná-lo, ou se lhe foram oferecidas condições objetivas de aprendizagem. O que nos interessa é que a avaliação seja um processo de acompanhamento do ensino e da aprendizagem, de forma que o educador possa interferir, buscando condições objetivas de aprendizagem (linguagem e dinâmica apropriadas, tempo e espaços adequados ao processo - prever-se, por exemplo, as atividades para o período de jornada do trabalhador, não sendo sobreacréscimo). Assim, a avaliação deve ser referência para replanejar o que está se mostrando inadequado. Como se pode ver há uma grande possibilidade de, de posse de conhecimentos da área educacional, mais especificamente da Didática, o engenheiro de segurança do trabalho assumir intencionalmente um papel educacional junto aos trabalhadores. No âmbito dos diversos postos de trabalho, estes profissionais podem criar situações que favoreçam a interação entre os trabalhadores para, juntos, saberem identificar problemas, buscar soluções imediatas ou comunicar as dificuldades em processos construtivos de avaliação das condições de produção. Tendo clareza desta meta podem interferir na organização do trabalho para concretizá-la (MELLO, 1997). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 24 5.2 O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) De acordo com Cunha (2006) e previsto na norma regulamentadora NR-6, Equipamento de Proteção Individual (EPI) é um equipamento de uso pessoal, com a finalidade de neutralizar certos acidentes e proteger contra possíveis doenças causados pelas condições de trabalho. Deve ser utilizado como último recurso ou em situações específicas e legalmente prevista, como o caso em que medidas de proteção coletiva são inviáveis, casos de emergência ou enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implementadas (LOPES NETO; BARRETO, 1996). A realidade mostra o contrário do que é previsto na lei, onde muitos utilizam o EPI como primeira opção para segurança do trabalhador, sem analisar o contexto geral do ambiente de trabalho. Para Montenegro, Santana (2012), o trabalhador será mais receptível ao EPI quanto mais confortável e de seu agrado. Para isso, os equipamentos devem ser práticos, proteger bem, ser de fácil manutenção, ser fortes e duradouros. Os equipamentos de proteção individual (EPIs) são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador e reduzir os riscos de intoxicações decorrentes de determinada exposição, portanto o uso de EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de suas Normas Regulamentadoras. O não cumprimento poderá acarretar em ações de responsabilidade cível e penal, além de multas aos infratores. A legislação trabalhista prevê que: É obrigação do empregador fornecer os EPI adequados ao trabalho; instruir e treinar quanto ao uso dos EPI; fiscalizar e exigir o uso dos EPI; repor os EPI danificados. É obrigação do trabalhador usar e conservar os EPIs. O empregador poderá responder na área criminal ou cível, além de ser multado pelo Ministério do Trabalho. O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas e pode até ser demitido por justa causa. É recomendado que o fornecimento de EPI, bem como treinamentos ministrados, sejam registrados, por meio de documentação apropriada, para Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 25 eventuais esclarecimentos em causas trabalhistas. O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual jamais será capazde proteger a saúde do trabalhador e evitar contaminações. Incorretamente utilizados, os EPI podem comprometer ainda mais a segurança do trabalhador. O desenvolvimento da percepção do risco, aliado a um conjunto de informações e regras básicas de segurança, são as ferramentas mais importantes para evitar a exposição e assegurar o sucesso das medidas individuais de proteção à saúde do trabalhador. O uso correto dos EPI é um tema que tem evoluído rapidamente e exige a reciclagem contínua dos profissionais. A conscientização dos trabalhadores dos riscos que eles correm quando não utilizam os EPI é a melhor maneira de informar a importância de um equipamento de proteção e implantar a sua utilização. Monitoramento, acompanhamento, fiscalização, advertência, enfim, qualidade e ergonomia dos mesmos fazem parte das orientações fornecidas pelo EST. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 26 UNIDADE 6 – AÇÃO SINDICAL Ao longo do século XX, mais precisamente na segunda metade vimos a importância da ação dos sindicatos para as mais diversas categorias de trabalhadores que reivindicavam melhorias diversas. Passamos por um período silencioso entre fins de 1960 e ao final da década de 1970, houve a reorganização do movimento sindical, principalmente o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região que assumiu a liderança do movimento operário. Nessa história de luta, o Sindicato se consolidou nas mobilizações por reivindicações específicas da categoria e por mudanças na realidade político- econômica do país. Uma história que continua a ser construída. As mudanças de ordem tecnológica e organizacional têm resultado em uma série de consequências diretas aos trabalhadores, entre as quais: eliminação de postos de trabalho; precarização das condições de trabalho (ambiente, organização, salários, benefícios, segurança, saúde), principalmente em virtude de processos naturais de terceirização; polarização das qualificações no trabalho, manutenção de considerável parcela de trabalhadores semiqualificados; recorrentes perdas salariais, especialmente no período anterior a 1992; manutenção de políticas de cargos/salários incompatíveis com as transformações pretendidas na organização da produção e do trabalho; perda de autonomia e/ou prerrogativas profissionais em virtude do maior controle gerencial ou da extinção de funções; aumento do desgaste físico e mental em setores automatizados ou racionalizados. Por outro lado, percebe-se um novo perfil do trabalhador, que tem privilegiado: produzir não apenas quantidade, mas também qualidade; multifuncionalidade e trabalho em grupos, integrado e flexível, com grande mobilidade; incentivo à solução de problemas, à criatividade e iniciativa; níveis mais elevados de escolaridade; readequação das estruturas de cargos e salários; envolvimento com a lógica da competição/guerra interempresarial. Devemos considerar também que, a par dos riscos colocados aos trabalhadores e Sindicato, não se pode negar os aspectos positivos da automatização de atividades ou setores de algumas empresas, em termos de Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 27 melhorias nas condições ambientais e ergonômicas, bem como uma relativa redução da rotatividade face à necessidade de trabalhadores com maior carga de conhecimentos, ou pelo relativamente alto volume de investimentos realizado para a formação, qualificação ou treinamento (ainda aquém dos padrões internacionais). Desta forma, a modernização através da automação tem se mostrado como um processo unilateral, das empresas, e não um processo global de modernização do País ou da sociedade como um todo. [...] A desqualificação tem sido outra brutal consequência para a categoria, isto é, preparadores se transformam em operadores de máquinas, torneiros, fresadores e retificadores transformam-se em operadores multifuncionais. [...] ficando o trabalhador apenas com as atribuições mecânicas mais simples, sendo um argumento que as empresas utilizam para pagar salários cada vez menores. Nesse contexto, os sindicatos devem continuar defendendo a discussão de mudanças na organização do trabalho que representem o enriquecimento das tarefas, uma maior autonomia e democracia no local de trabalho e que não resultem em aumento de ritmo, redução de mão de obra, competição entre os trabalhadores etc., ou seja, a intervenção deve ser no sentido de que haja, sim, mudanças na organização do trabalho, de forma a torná-lo mais humano (ODA, 1997). Esta busca de intervenção tem sido realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, refletida nos processos de negociação e nos acordos estabelecidos entre empresas e Sindicato. Ainda que estas negociações ocorram de forma não generalizada, percebe-se que o seu raio de abrangência começa a extrapolar as fábricas montadoras de veículos indo em direção a outros setores, particularmente o de autopeças. Ao mesmo tempo, o acompanhamento cotidiano das iniciativas de formação profissional e dos processos educacionais em curso nos locais de trabalho – enquanto estratégia negocial – ainda que tímidos e embrionários têm possibilitado alguns avanços. E, são esses pequenos passos, porém firmes e seguros, que tem possibilitado e encorajado outras iniciativas como a participação dos diversos sindicatos em projetos experimentais coordenados pelas diversas Secretarias Estaduais de Trabalho. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 28 De toda forma, a busca da consciência cidadã e do desenvolvimento de ações que envolvam toda a sociedade devem balizar o trabalho dos mais diversos profissionais, inclusive os Engenheiros de Segurança do Trabalho em prol de uma categoria mais forte, e de trabalhadores que estão subordinados a eles por melhores condições de trabalho. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 29 UNIDADE 7 – TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO Sabe-se que a comunicação proporciona interação entre os seres humanos, sendo através dela que ocorre a transmissão de uma mensagem, tendo como participante uma pessoa ou um grupo destas, um destinatário e o veículo desta mensagem. Não existe nenhuma organização sem uma prática comunicativa, ainda que os processos comunicativos não sejam institucionalizados. Eles são essenciais para a operação da entidade e estão intimamente vinculados às formas de significar, valorar e expressar uma organização, isto é, ao processo comunicacional e constitutivo da cultura da organização, e de sua identidade, configurando imagens reconhecidas por seus diversos públicos internos e externos. A comunicação pode ser entendida, então, como um alicerce que dá forma à organização, fazendo-a ser aquilo que ela é. Porém, isso não significa que a comunicação seja algo autônomo, porque ela será sempre correspondente à forma de ser daquilo que a engendra, neste caso, a empresa ou instituição (CARDOSO, 2006, p.9). A comunicação organizacional necessita ser entendida, de maneira integral, como um elemento que atravessa todas as ações de uma empresa ou organização e que configura, de forma permanente, a construção de sua cultura e identidade. Cada vez mais,torna-se claro como os processos de comunicação contribuem para desenvolver formas de inter-relação mais participativas e, portanto, mais comprometidas, dando maior flexibilidade às organizações como base de sua permanente transformação e facilitando sua interação social de modo responsável para conjugar seus interesses com as condições culturais, econômicas e políticas nas quais se movem (CARDOSO, 2006, p. 9). A dinâmica e o funcionamento de uma empresa dependem muito do fluxo de comunicações que pode acontecer no sentido vertical (ascendente, descendente) ou horizontal (para os lados) ou ainda, na diagonal. As comunicações de cima para baixo – descendentes – envolvem a dinâmica: fazer as coisas acontecerem por intermédio dos liderados. O emissor transmite de várias formas, instruções, diretrizes, ordens, procedimentos, etc. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 30 Estas comunicações podem ser Diretrizes especiais para as tarefas: instruções de cargo; Informação destinada a produzir compreensão das tarefas; e sua relação com outras funções organizacionais: lógica do cargo; Informação sobre procedimentos e práticas organizacionais; “Feedback” para o empregado sobre seu desempenho; Informação para desenvolver um senso de missão: argumentação sobre objetivos (CARVALHO; SERAFIM, 1995). As comunicações para baixo, sob forma de ordem oral ou escrita, são fundamentais para a empresa funcionar. Ela envolve diretrizes1e procedimentos2. É preciso salientar a importância da coordenação, pois sem esta, as chances de fracasso são grandes. Dentre as formas usuais deste tipo de comunicação têm-se: os memorandos, as reuniões, os orçamentos, os manuais do empregado e as publicações da organização. As comunicações de baixo para cima – ascendentes – têm como finalidade verificar se os liderados assimilaram e agiram em função da orientação recebida (CARVALHO E SERAFIM, 1995, p. 88). Elas vão dos subordinados para os superiores. Dentre os tipos de comunicação ascendente tem-se: Relatórios transmitindo dados estatísticos (unidades produzidas ou vendidas, pessoal contratado ou demitido, etc.); Relatórios financeiros (aumento e oscilações do capital, nível de investimentos, contas a pagar e a receber, etc.); Opiniões, ideias, sugestões, reclamações, queixas e críticas; Reclamações formais com fluxo por processamento próprio em seu caminho ascendente, exigindo, via de regra, solução. 1 Orientações de caráter permanente, sustentando a tomada de certas medidas específicas, rígidas e oriundas dos escalões superiores, constituindo-se em parâmetros necessários para o bom funcionamento da empresa. 2 Representação detalhada das etapas rotinas e métodos específicos a seguir na execução do que foi determinado por uma diretriz. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 31 Na comunicação horizontal, a informação flui entre os membros de um mesmo grupo de trabalho ou entre membros de diferentes grupos de trabalho situados ao mesmo nível hierárquico; e como tal fluxo é lateral, a comunicação também é referida por comunicação lateral; visando proporcionar um canal direto de comunicação para os que, fora da cadeia de comando, consigam rápida coordenação e cooperação. Para Carvalho e Serafim (1995, p.87), onde há trabalho em grupo, paralelamente há necessidade de comunicações internas e externas. Existem vários canais através dos quais a comunicação se faz dentro de uma empresa. No quadro abaixo encontramos alguns destes instrumentos ou canais que embora sejam úteis apresentam qualidades, defeitos ou limitações. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 32 Quadro de instrumentos – canais/meios de comunicação na empresa INSTRUMENTO QUALIDADE DEFEITOS OU LIMITAÇÕES CONCLUSÕES Conversa informal Natural, prático e bilateral. Pode facilmente degenerar em conversa sem objetivos. Instrumento essencial e de uso constante, precisa ser subordinado ao planejamento para não degenerar. Entrevista Bastante pessoal e natural. Permite comunicação recíproca. Pode ajudar a levantar o moral. É difícil encontrar ou preparar bons entrevistadores (trabalho estatístico, mais que técnico). Instrumento básico muito usado e, quando bem usado, de possibilidades ilimitadas. Aviso por sistema de altofalantes Rápido. Permite à administração alcançar todos os empregados ao mesmo tempo. Impessoal, unilateral. Serve apenas para mensagens curtas. Embora não essencial, constitui auxílio valioso em algumas situações. Telefonema Muito útil. Prático. Bilateral. Rápido. Não permite a comunicação face a face. Indispensável. Reunião parlamentar Permite comunicação a um número limitado de pessoas. É unilateral e quase impessoal. Útil em determinadas situações. Seu uso deveria ser muito restrito. Reunião didática Instrumento muito útil ao treinamento empresarial. Exige o concurso de indivíduos técnicos e técnicas de ensino. São eficientes em alguns tipos de treinamento. Reunião de debate Permite comunicação nos dois sentidos. Bem liderada, leva a conclusões das quais o grupo participa e aceita. É difícil encontrar ou formar líderes de reuniões. É instrumento de inestimável valor em muitas situações. Pesquisa de atitude e opinião É capaz de revelar assuntos interessantes e desconhecidos. Potencialmente represente um levantador do moral. É instrumento complexo, que demanda em geral, o concurso de especialistas para não incorrer em conclusões precipitadas. As revelações podem estar erradas. Instrumento de grande valor, quando usado com critério. Comunicação em quadro de aviso Rapidamente atinge grande número. Útil. Impessoal. Unilateral. Instrumento muito valioso. Comunicação nos envelopes de pagamento Geralmente desperta a atenção. Só permite comunicações muito breves. Instrumento útil para comunicações muito breves. Fonte: Hoyler (1970 apud CARVALHO E SERAFIM, 1995, p. 83). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 33 Outros tipos de comunicações escrita são as atas, atestados, circulares, memorandos, ofícios, os e-mails, bilhetes, carta comercial, carta oficial, circular, comunicado, contrato, convocação, declaração, edital, estatuto, exposição de motivos, letra de câmbio, nota promissória, ordem de serviço, procuração, protocolo, recibo, regulamento, telegrama (CARVALHO, 2006). O foco no público interno é justificado pela constatação de que as empresas, seus processos de mudanças, os seus resultados, a cultura e a comunicação apenas se concretizam por meio de pessoas. A comunicação interna é um fator estratégico no sucesso dos negócios pois gera resultados, é um agente humanizador das relações de trabalho e ajuda a consolidar a imagem da organização junto aos seus públicos. As características da comunicação são determinadas pela cultura organizacional e pelas mudanças no ambiente. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone:(0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 34 UNIDADE 8 – ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS TÉCNICOS Em vários autores consultados sobre a definição para um relatório técnico, as perspectivas vão de encontro ao mesmo ponto, ou seja, definem este tipo de relatório como sendo a exposição escrita na qual se descrevem fatos verificados mediante pesquisas ou se história, a execução de serviços ou de experiências. É geralmente acompanhado de documentos demonstrativos, tais como tabelas, gráficos, estatísticas e outros. De um modo geral, os relatório são escritos como os seguintes objetivos: divulgar os dados técnicos obtidos e analisados; registrá-los em caráter permanente. Os relatórios podem ser dos seguintes tipos: técnico-científicos; de viagem; de estágio; de visita; administrativos;e, para fins especiais. O relatório técnico-científico é o documento original pelo qual se faz a difusão da informação corrente, sendo ainda o registro permanente da informações obtidas. É elaborado principalmente para descrever experiências, investigações, processos, métodos e análises. Geralmente a elaboração do relatório passa pelas seguintes fases: a) plano inicial – determinação da origem, preparação do relatório e do programa de seu desenvolvimento; b) coleta e organização do material – durante a execução do trabalho, é feita a coleta, a ordenação e o armazenamento do material necessário ao desenvolvimento do relatório; Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 35 c) redação – recomenda-se uma revisão crítica do relatório, considerando-se os seguintes aspectos: redação (conteúdo e estilo), sequência das informações, apresentação gráfica e física Como trata-se de uma exposição de dados ou fatos dirigidos a alguém, relativamente a uma questão ou um assunto, ou ao que convém fazer dos mesmos (as recomendações), o relatório técnico deve incluir informação suficiente para que um receptor qualificado possa avaliar e propor modificações às respectivas conclusões ou recomendações. A estrutura do relatório técnico é formada pela parte inicial, pelo corpo, pelos anexos e pela parte final. Muitas vezes contém campos específicos que são normatizados pelos órgãos competentes, como o CREA, por exemplo e documentos específicos com os PPRA, PCMSO, etc. Em se tratando de um relatório técnico-científico, a parte inicial deve incluir a capa (com o título do relatório, o autor e a data), a página de rosto, o resumo, o índice, o glossário (listas de tabelas, siglas, símbolos, abreviaturas e tecnicismos utilizados) e o prefácio (caso seja necessário). O corpo do relatório apresenta a introdução (parte em que são apresentados o assunto e os objetivos do trabalho), o desenvolvimento (parte mais extensa, com imagens e tabelas), as conclusões ou recomendações, os agradecimentos e as listas de citações e referências. Os anexos são opcionais e permitem juntar informação complementar ao relatório. Os dados que estes apresentam, em geral, podem ser omissos/menosprezados pelo leitor clássico, embora sejam valiosos para todo o entendido na matéria. Relativamente à parte final, esta pode conter folhas de dados do documento, a lista de distribuição e disponibilidade e a contracapa. Ao elaborar as comunicações escritas é preciso adotar um estilo claro e objetivo, o qual se constitui, no entendimento de Carvalho e Serafim (1995, p. 89) na principal característica da comunicação empresarial. Essa clareza e objetividade envolvem ainda, os seguintes aspectos: Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 36 Emprego de frases certas; Escolha de frases que exijam construção gramatical com pontuação simplificada; Adoção de verbos de voz ativa; Revisão de frases e de parágrafos, dando destaque à clareza do texto emitido; A comunicação escrita deve ser facilmente assimilada pelo destinatário; Sempre que possível, buscar a palavra ou a frase que transmita uma ideia pelo caminho mais curto possível. Além de observar estes aspectos, a linguagem escrita empresarial, deve ter a marca da própria organização e conter informações de natureza técnico-científica de interesse dos receptores que delas precisam tomar conhecimento. Abaixo encontram-se algumas definições para as características que devem impregnar uma comunicação escrita: Objetividade – dizer com exatidão, apenas o necessário; o corte de adjetivos e possessivos ajuda a alcançá-la; Clareza – característica ligada, de forma íntima, à objetividade. Escrever de modo claro pressupõe ideias claras; assim, antes de alinhar a mensagem no papel, é imprescindível organizá-la de modo claro no pensamento; Concisão – expressar o pensamento de modo rápido, isto é, colocar a mensagem no menor número de palavras, sem sacrificar ideias ou considerações que ajudem no seu entendimento; Precisão – é o elemento que direciona para a concisão, visto que o uso de termos exatos e informações claras torna a comunicação precisa, não conduzindo a interpretações errôneas. Harmonia – é necessário ajustes de palavras na frase, e da frase no período, com todas as partes guardando relações entre si, criando unidade e coerência no texto; Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 37 Correção – o respeito às normas e princípios do idioma é fator básico para a elaboração de uma redação técnica, sendo inadmissível qualquer erro. A linguagem usada, compreendida por pessoa de cultura média, não pressupõe escrita ou construções incorretas; Polidez – as mensagens empresariais surgem para fins específicos, nem sempre agradáveis, o que não impede o uso de cortesia e discriminação ao redigi-las. Faz parte desta polidez o emprego de palavras positivas, evitando- se as de sentido negativo, tais como “erro”, “culpa”, “negligência” ou “esquecimento” (PARANÁ, 2002, p. 15). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 38 UNIDADE 9 – DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL A Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO) surgiu a partir de 1962, decorrente das ideias de vários autores, a respeito do ser humano, da organização e do ambiente em que estes crescem e se desenvolvem. Assim, o conceito de Desenvolvimento Organizacional está intimamente ligado aos conceitos de mudança e de capacidade adaptativa à mudança. É um conceito comportamentalista, ou seja, uma organização é a coordenação de diferentes atividades de contribuintes individuais com a finalidade de efetuar transações planejadas com o ambiente. Esse conceito utiliza a noção tradicional de divisão do trabalho ao se referir às diferentes atividades e à coordenação existente na organização e refere-se às pessoas como contribuintes das organizações, em vez de estarem elas próprias, as pessoas, totalmente nas organizações. As contribuições de cada participante à organização variam enormemente em função não somente das diferenças individuais, mas também do sistema de recompensas e contribuições pela organização. Toda organização atua em determinado meio ambiente e sua existência e sobrevivência dependemda maneira como ela se relaciona com esse meio. Assim, ela deve ser estruturada e dinamizada em função das condições e circunstâncias que caracterizam o meio em que ela opera. Na teoria do DO, os sistemas orgânicos tornam as organizações coletivamente conscientes dos seus destinos e da orientação necessária para melhor se dirigir a eles. Desenvolvem uma nova conscientização social dos participantes das organizações, os quais, contando com sua vivência particular, seu passado pessoal e sua autoconscientização, definem o papel deles em relação à sua organização. Nos sistemas orgânicos encontramos características como: confiança e crença recíprocas, interdependência e responsabilidade compartilhada, participação e responsabilidade multigrupal, tomada de decisões descentralizada, amplo Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 39 compartilhamento de responsabilidade e de controle, solução de conflitos através de negociação ou de solução de problemas. Ao contrário, nos sistemas mecânicos, a ênfase é exclusivamente individual e nos cargos da organização, o tipo de autoridade é de obediência, há rigidez à delegação e à responsabilidade dividida, bem como as decisões e os controles são centralizados. Outros fatores que influenciam no desenvolvimento organizacional relacionam-se com a cultura e o clima reinante na empresa, sendo o primeiro o modo de vida próprio que cada organização desenvolve em seus participantes e o segundo, o meio interno de uma organização, a atmosfera psicológica característica em cada organização. O clima organizacional está intimamente ligado ao moral e à satisfação das necessidades humanas dos participantes, ele pode ser saudável ou doentio, satisfatório ou insatisfatório, dependendo de como os participantes se sentem em relação à sua organização. Enfim, cada organização é um sistema complexo e humano, com características próprias, com sua própria cultura e seu próprio clima organizacional. Todo esse conjunto de variáveis deve ser continuamente observado, analisado e aperfeiçoado para que resultem motivação, produtividade, o que por conseguinte, pode gerar ou eliminar riscos a acidentes de trabalho. Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 40 UNIDADE 10 – RELAÇÕES HUMANAS, DINÂMICAS DE GRUPO Para as empresas se manterem hoje, no mercado, não é fácil. Uma série de fatores pode determinar a sua sobrevivência (ou não), dentre eles: a competitividade acirrada em escala global, a pressão dos clientes e da sociedade por produtos de qualidade, a responsabilidade social que cabe como resposta da empresa à comunidade que se insere, os empregados que querem ser bem remunerados e reconhecidos e que se arriscam mais, quando o emprego não atende as suas expectativas, a necessidade de processos ágeis e flexíveis para respostas rápidas ao mercado, enfim, apesar de que parece clichê dizer que as organizações dependem das pessoas que nela trabalham para atingir suas metas, isto nunca foi tão verdadeiro. Neste sentido, as empresas têm buscado formatar modelos de gestão das pessoas que possibilitem à organização atender a estas exigências, e o processo de atração e seleção de pessoas para as vagas em aberto, passa a ter importância significativa, pois é através destas pessoas que a empresa consegue materializar seus projetos e atingir suas metas. Portanto, a seleção de pessoas está sendo levada a sério, pois é através deste processo que se busca profissionais qualificados. Para Chiavenato (2010), a gestão de pessoas representa a maneira como as organizações procuram lidar com as pessoas que fazem parte de suas equipes. Por isso, esse período de transição de profissionais passivos para ativos, criou uma nova percepção sobre a importância das pessoas nas organizações para a área de gestão. As pessoas são profissionais que contribuem com ideias novas, buscando melhorias para as organizações. A gestão de pessoas tem assumido o espaço nas organizações com muita intensidade. Assim, os profissionais de recursos humanos têm como objetivo treinar e contratar pessoas para satisfazer as necessidades das organizações que, na maioria das vezes, estão atreladas à lucratividade. Nessa concepção, buscam-se pessoas motivadas e com potencial para contribuir e apoiar a empresa, como Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 41 também serem capazes de enfrentar desafios competitivos (ANTUNES; REIS; ALVES, 2011). Nesse contexto, a seleção de pessoas é o meio mais apropriado para encontrar candidatos com potencial para serem inseridos nas organizações. Esta etapa é a abertura de uma escolha assertiva para o sucesso de uma empresa. Na seleção de pessoal o objetivo é encontrar pessoas aptas para exercer suas atividades, buscando suprir as necessidades das organizações. Para Chiavenato (2010, p. 42), o entrevistador busca fazer da seleção uma técnica com menos falhas possíveis, com comparação e escolha. A escolha de pessoas certas, evita comprometer futuras ações na gestão. Faissal et al (2009 p. 84) acrescentam que para realizar um processo de seleção com qualidade, é importante para o selecionador conhecer o papel que cada etapa de seleção possui, como também escolher as que forem mais adequadas às competências que serão avaliadas. Para o autor, seria interessante que todas as etapas de seleção incluíssem: “triagem, análise do perfil de competência, avaliação dos candidatos, decisão final, verificação das referências, exame médico, feedback aos participantes e avaliação da seleção”. Entretanto, o tempo curto para realização dos processos, contribui para não serem utilizadas todas as etapas pelos selecionadores. Para qualidade e assertividade nessas etapas, uma das primeiras decisões que o selecionador deve tomar é escolher as técnicas que vai empregar e o planejamento de sua utilização. As técnicas que mais se destacam em processo de seleção de pessoal são as dinâmicas de grupo e a entrevista (FAISSAL et al, 2009). De acordo Chiavenato (2010), além das dinâmicas de grupo e entrevista, pode se incluir os testes psicológicos e projetivos como técnicas importantes para serem usadas no processo de seleção de pessoal. Essas técnicas de seleção possuem, como finalidade, colher informações sobre o candidato, proporcionando ao selecionador a maior probabilidade de tomar uma decisão mais adequada sobre a escolha dos candidatos (FAISSAL et al, 2009). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 42 Os candidatos serão entrevistados e passarão por todos os instrumentos escolhidos para a avaliação, para o responsável pelo processo finalizar sua análise do candidato com o perfil mais apropriado às necessidades da empresa, naquele momento (FAISSAL et al, 2009). Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:12 as 18:00 horas 43 UNIDADE 11 – COMISSÕES DE SEGURANÇA DO TRABALHO 11.1 Comissão Tripartite de Segurança do Trabalho – CT- SST A Comissão Tripartite de Saúde e Segurança
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