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ECONOMIA
APRESENTAÇÃO 
Comumente pensamos que a economia, por ser quantificada em valores monetários, trata apenas de índices de inflação, de emprego, ações, etc. Embora muitos pensem que ela se resume a indicadores e números, ela trata de pessoas, afirmava André Luis Kopelke. A Economia na verdade é uma Ciência Social, portanto, envolve pessoas. Particularmente, a Economia estuda o processo de organização social para fins de produção e distribuição de riquezas. E pretende, com esse estudo, verificar quais são os pontos positivos e negativos de cada modelo de organização do processo produtivo com vistas à utilização desse conhecimento para a promoção do bem-estar social. A Economia surge oficialmente como ciência em 1776, com a publicação da obra “A Riqueza das Nações”, por Adam Smith, considerado hoje o “Pai da Economia”. (Caderno de Estudos Economia, 2011, apresentação)
O QUE É ECONOMIA
Segundo Kopelke podemos encontrar pelo menos três significados distintos para essa palavra. Primeiramente, economia pode ser interpretada segundo a percepção que as pessoas normalmente têm dessa palavra, ou seja, o senso comum. Além disso, podemos distinguir a economia como sendo uma “Atividade Econômica”. E, finalmente, a economia pode ser entendida como uma “Ciência Econômica”. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 4)
ECONOMIA SEGUNDO O “SENSO COMUM” 
Segundo o senso comum, ou seja, de acordo com a percepção intuitiva que a maioria das pessoas tem a respeito da palavra “economia”, ela significa economizar, afirmava Kopelke. Isto é, ela é entendida como um sinônimo da palavra “poupar”, ou seja, abrir mão do consumo presente, guardando e acumulando recursos para realizar um consumo maior no futuro. Fazer economia, nesse sentido, significa fazer um bom uso dos seus recursos pessoais, contendo ou moderando os gastos, de forma a evitar desperdícios desnecessários. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 5)
ECONOMIA SEGUNDO A “ATIVIDADE ECONÔMICA” 
 Segundo Kopelke, a palavra economia também pode ser entendida como o conjunto de ações desenvolvidas pelos seres humanos no sentido de criar as condições materiais para a sua sobrevivência. A atividade econômica é toda ação dos seres humanos destinada a produzir, distribuir ou consumir riquezas, e dessa forma satisfazer determinadas necessidades com o objetivo final de criar condições para a perpetuação da espécie humana e de sua sociedade. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 5)
ECONOMIA COMO “CIÊNCIA ECONÔMICA” 
A palavra economia atualmente também é utilizada como sinônimo de Ciência Econômica. Toda ciência tem por objetivo aprimorar o conhecimento humano sobre determinados fenômenos por meio do uso de métodos racionais de investigação, indução e dedução. A Filosofia, que é considerada a mãe de todas as ciências foi a primeira tentativa da humanidade de explicar seus problemas sem fazer uso de crenças religiosas ou mitológicas. Da mesma maneira, a atividade econômica começou a ser objeto de estudo de um grupo de cientistas sociais insatisfeitos com as explicações dadas pelo senso comum aos problemas econômicos. Foi então que surgiram, no século XVII, na Europa, os primeiros textos de economia e as primeiras tentativas de compreender, de forma lógica e racional, o que estava acontecendo. Em termos econômicos, aquele continente passava pelo que hoje chamamos de Mercantilismo. Isso não quer dizer que a economia não tenha sido estudada antes do século XVII. Na verdade, a economia já tinha sido objeto de preocupação de filósofos da Grécia Antiga, mas ela não tinha ainda a condição de uma ciência independente. A criação da palavra Economia é atribuída a Xenofontes (431-355 a.C.), contemporâneo de Sócrates, que escreveu várias obras, entre ela uma intitulada “Econômico”, um tratado prático sobre como bem administrar o Oikos (casa). Ou seja, na época, a economia era entendida como um conjunto de princípios de gestão doméstica. No entanto, foi a partir do século XVIII, mais precisamente no ano de 1776, que a Economia adquire o caráter de ciência independente, com a publicação da obra “A Riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza e suas causas”, por Adam Smith, o mais eminente teórico da Economia Clássica, considerado hoje o “Pai da Economia. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 6)
A CIÊNCIA DA ESCASSEZ
Vários são os conceitos dados por economistas para essa ciência ao longo do tempo. Um conceito relativamente recente, e aparentemente menos influenciado por sistemas ideológicos, foi dado pelo economista inglês Lionel Robbins, na obra “Um ensaio a respeito da natureza e do significado da Ciência Econômica”, publicado em 1932. Robbins a definiu da seguinte maneira: “Economia é, pois, a ciência que estuda as formas do comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos”. (ROBBINS, apud ROSSETTI, 1997, p. 52).
Kopelke ressalta que hoje em dia a Ciência Econômica se preocupa em estudar a atividade produtiva dando especial atenção à questão do uso mais eficiente dos recursos materiais disponíveis, de forma a evitar desperdícios desnecessários, visto que esses recursos produtivos são considerados escassos. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 6)
O TERCEIRO AGENTE ECONÔMICO: O ESTADO
Explica Kopelke que a relação entre empresas e famílias, ou seja, entre empresários e consumidores ocorre no mercado. O Mercado é todo local, físico ou não, onde existe um processo de compra e venda, uma troca de mercadoria por dinheiro. O mercado é o local onde comprador e vendedor, onde consumidores e empresários se encontram e definem o preço de venda da mercadoria. Na sociedade capitalista moderna, o Estado desempenha um papel fundamental para corrigir as deficiências do mercado. Atualmente, o Estado é um dos mais importantes agentes econômicos e ele detém poder de interferir nas relações de mercado, entre empresários e consumidores. Durante o final dos anos 30, as ideias de Keynes não tiveram muita aceitação entre os governantes da época, porque no fundo eles acreditavam que ele estava errado. Os líderes políticos continuavam acreditando em Adam Smith e nos seus seguidores, e ficaram esperando que o mercado se auto ajustasse. Enquanto isso, várias pessoas morriam de fome por causa da depressão. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 19)
CAPITALISMO
O Capitalismo é o principal sistema econômico adotado pelas nações desenvolvidas e pelos países em desenvolvimento afirma Kopelke. Ele é caracterizado entre outras coisas, pela propriedade privada dos meios de produção (máquinas e equipamentos), pelo trabalho assalariado, por uma relativa liberdade dos agentes econômicos, pela existência da livre iniciativa empresarial etc. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 23)
SOCIALISMO 
Segundo Kopelke, a filosofia liberal foi difundida na Europa pelas ideias dos economistas clássicos (Adam Smith e seus seguidores) favoreceram a classe burguesa, proprietária dos meios de produção. No entanto, os abusos do livre mercado fomentaram ideias a respeito de uma nova organização social. Se o capitalismo era um modelo de estruturação econômica que explorava boa parte da classe trabalhadora, não lhe garantindo condições adequadas de vida, muitas pessoas começaram a se perguntar se não haveria um modelo melhor de organização econômica. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 23)
Karl Heinrich Marx
Foi o alemão Karl Heinrich Marx (1818-1883) que inaugurou o chamado socialismo científico, muito mais elaborado e com uma estrutura teórica muito mais profunda e consistente que a de seus predecessores. A obra de Marx é extremamente vasta e sua análise possui um profundo enfoque sociológico. Uma de suas obras mais famosas, escrita em coautoria com Friedrich Engels, é o “Manifesto do Partido Comunista”, publicado originalmente em 1848. Nessa obra, Marx realiza uma análise histórica da evolução do capitalismo, identificando várias formas de opressão social da classe trabalhadora(proletariado) pela classe empresarial (capitalistas). No manifesto também é proposto um curso de ação para a revolução socialista através da tomada de poder pelos trabalhadores. No entanto, a obra lapidar do intelectual alemão é sem sombra de dúvida “O Capital” (Das Kapital), cujo primeiro livro foi publicado em 1867 e os demais (três) foram publicados em 1885, 1894 e 1905; estes últimos após a morte do autor. Esta obra é o marco do pensamento socialista e teve um impacto profundo na ordem econômica de várias nações, afetando a vida de milhões de pessoas. Para Marx, a sociedade capitalista é profundamente antagônica. Existe nela um grande conflito de interesses entre o proletariado (classe social dos trabalhadores) e os capitalistas (classe empresarial e grandes proprietários de terras). Os capitalistas, por um lado, querem maximizar o retorno do seu capital. Para tanto precisam produzir o máximo de mercadorias com um mínimo de custo, o que implica pagar o mínimo possível de remuneração ao trabalhador, que é visto como mero recurso produtivo. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 55)
KEYNESIANISMO 
O economista britânico John Maynard Keynes nasceu em 1883, mesmo ano da morte de Marx. Em Cambridge, foi aluno de Alfred Marshall. Também é autor de uma série de livros e artigos, mas ficou mundialmente famoso pela sua principal obra, a “Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda”, publicado pela primeira vez em 1936. Keynes foi o grande responsável pela recuperação das economias capitalistas extremamente debilitadas com a queda da Bolsa de Valores de Nova York em 1929 e com a Grande Depressão dos anos 30. A depressão econômica afetou profundamente os países capitalistas. O volume de produção da economia Norte Americana caiu pela metade entre 1929 e 1933. O desemprego chegou a 25% da mão de obra economicamente ativa. O volume de investimento do setor privado despencou, chegando, em 1932, a apenas 1,7% do PIB. O padrão de vida recuou para os níveis do início do século XX. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 58)
PIB VERSUS PNB
Os principais agregados macroeconômicos com os quais lidamos são o PIB e o PNB. A diferença entre os dois é simples. Produto Interno Bruto (PIB): é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território nacional em um dado período, valorizados a preços de mercado, sem levar em consideração se os fatores de produção são de propriedades de residentes ou não. Em outras palavras, pode-se dizer que o PIB compreende tudo o que é produzido dentro das
fronteiras do Brasil, seja por empresas nacionais, seja por multinacionais.
Produto Nacional Bruto (PNB): é o somatório de todos os bens e serviços finais
produzidos por empresas que são de propriedade de residentes no país. Não incluem as multinacionais estrangeiras, ou seja, o PNB compreende tudo o que é produzido por empresas nacionais, estejam atuando no Brasil ou no exterior. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 75)
INFLAÇÃO
A inflação, a princípio, consiste no aumento generalizado dos preços, mas ela também pode ser entendida como a perda de valor da moeda. A inflação costuma ser resultante de um desequilíbrio entre demanda e oferta. Quando a demanda está em equilíbrio com a oferta, os preços tendem a permanecer estáveis. Quando a demanda é superior à oferta, os preços sobem, gerando inflação. Quando eventualmente a oferta é maior do que a demanda, os preços tendem a cair, gerando deflação. (Caderno de Estudos Economia, 2011, p. 134)

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