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Prévia do material em texto

Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos 
termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida 
a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 
 
 
 
 
AULA INAUGURAL 
 
 
1. APRESENTAÇÃO INICIAL ................................................................................. 2 
2. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ....... 4 
3. CONSTITUIÇÃO: PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS ................................................ 5 
4. PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL ........................................ 7 
5. QUESTÕES DE NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ..................................... 9 
5. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA ............................................. 22 
3. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 28 
 
 
 
Nessa aula veremos o seguinte tópico: 
Constituição: Princípios, Fundamentos e Princípios de Interpretação Constitucional 
 
 
Concurso: REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
Cargo: Carreiras de Nível Médio 
Matéria: Noções de Direito Constitucional 
Professor: Lorena Rachel Vasconcelos 
AULA INAUGURAL - concurseiro24horas.com.br
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Noções de DIREITO CONSTITUCIONAL 
Carreiras de Nível Médio - Teoria e Questões Comentadas 
AULA 01 – Aula Inaugural 
Lorena Rachel Vasconcelos 
‘ 
Prof.Lorena Vasconcelos. 2 
1. Apresentação Inicial 
 
Caro(a) aluno(a) 
 
É um imenso prazer integrar a equipe do Concurseiro 24 horas e ministrar este curso 
de Teoria e exercícios de Noções de Direito Constitucional para cargos de nível 
médio. 
Esse curso faz parte de um projeto muito bacana do site Concurseiro24horas. É um 
curso inteiramente gratuito, que possibilitará o conhecimento de nossa metodologia 
e o formato dos nosso cursos, além de possibilitar o início da preparação para 
concursos públicos, com um material de altíssima qualidade. 
Nessa breve apresentação vou passar algumas breves informações sobre mim e 
sobre o curso que irei ministrar. 
Sou advogada e pós graduada em direito público pela Pontifícia Universidade Católica 
de Minas Gerais (PUC/MG). Sempre almejei ser servidora pública. Porém, quis obter 
experiência como advogada, que é uma carreira tão atraente. Me formei em 
dezembro de 2008 e advoguei por 3 anos, período no qual adquiri experiência em 
diversas áreas e dei início à preparação para o futuro cargo público. Frequentei 
inúmeros cursinhos em busca de aperfeiçoamento com foco na carreira pública. No 
início de 2012, abandonei a advocacia e passei a me dedicar exclusivamente aos 
concursos públicos. 
Ao completar exato 1 ano de dedicação integral aos concursos, obtive a primeira 
aprovação em um concurso expressivo, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e 
Territórios - TJDFT e, nesse mesmo ano, fui aprovada para o cargo de analista 
processual do Ministério Público da União – MPU. Aguardo a nomeação em ambos. A 
primeira, no TJDFT, está prevista para junho/2014. Vocês podem imaginar a 
ansiedade com que aguardo, né? 
Atualmente trabalho com um Procurador do Estado de Alagoas, o que me permite 
obter experiência na advocacia pública. 
Quero passar para vocês um pouco da minha experiência com concursos públicos. 
Durante muito tempo estudei de forma errônea. Me dediquei muito à parte teórica e 
negligenciei, por inexperiência, a parte objetiva, qual seja, o conhecimento do perfil 
da banca e a sua maneira de abordar os temas constantes dos editais. 
Hoje, ainda sou concurseira, como todos vocês, pois vislumbro cargos melhores do 
que os que fui aprovada. Afirmo categoricamente que o diferencial é o conhecimento 
do perfil da banca, o qual é adquirido com a resolução do maior número possível de 
questões. 
O nosso maior aliado é o tempo. Por essa razão, os cursos em pdf são tão 
fundamentais na nossa vida de concurseiro. 
Minha intenção com este curso é ministrar aulas direcionadas a concursos de nível 
médio, de forma clara e direta, fornecendo o máximo de informações e abordando 
AULA INAUGURAL - concurseiro24horas.com.br
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Noções de DIREITO CONSTITUCIONAL 
Carreiras de Nível Médio - Teoria e Questões Comentadas 
AULA 01 – Aula Inaugural 
Lorena Rachel Vasconcelos 
‘ 
Prof.Lorena Vasconcelos. 3 
os temas mais importantes referentes à matéria de Noções de Direito 
Constitucional, sem perder a objetividade e dispersar para temas que não caem 
nas provas, evitando opiniões pessoais e doutrinárias que não são acolhidas nos 
concursos. 
Irei focar na resolução de questões de diversas bancas, especialmente Cespe e FCC, 
que organizam a maior parte dos concursos públicos expressivos. 
Particularmente, não me agrada o perfil que privilegia apenas a “decoreba”, adotado 
por algumas bancas. Não que a memorização não seja importante, mas devemos 
confiar em bancas que contemplam candidatos mais maduros e capazes de 
interpretar melhor os temas. 
Feitas essas observações, vejamos abaixo o conteúdo programático referente à nossa 
disciplina e a seguir a distribuição dos pontos nas aulas. 
Quero interagir com vocês. 
Vou deixar os meus contatos. Falem sempre comigo, ok? 
Espero o feedback. Sugestões, dúvidas, críticas são sempre bem vindas. 
e-mail: lorenavasconcelos@concurseiro24horas.com.br 
Facebook: Lorena Rachel (Vejo todo dia, portanto, é a melhor forma de interagirem 
comigo, ok?) 
Twitter: @loresbsb (Sigam-me os bons!) rs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O correr da vida embrulha tudo. 
A vida é assim: esquenta e esfria, 
aperta e daí afrouxa, 
sossega e depois desinquieta. 
O que ela quer da gente é coragem” 
João Guimarães Rosa 
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AULA 01 – Aula Inaugural 
Lorena Rachel Vasconcelos 
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Prof.Lorena Vasconcelos. 4 
2. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
AULA TÓPICO A SER ABORDADO 
AULA 01 
(DEMO) 
Constituição: princípios, fundamentos e princípios de interpretação 
constitucional 
AULA 02 Da aplicabilidade e interpretação das normas constitucionais; vigência e 
eficácia das normas constitucionais. 
AULA 03 Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais 
e coletivos; dos direitos sociais; dos direitos de nacionalidade; dos 
direitos políticos. 
AULA 04 Da organização político-administrativa: das competências da União. 
AULA 05 Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos. 
AULA 06 Da organização dos Poderes. Do Poder Executivo: das atribuições e 
responsabilidades do Presidente da República. 
AULA 07 Do Poder Legislativo: das atribuições do Congresso Nacional; Do 
Processo Legislativo. 
AULA 08 Do Poder Judiciário: disposições gerais; do Supremo Tribunal Federal; do 
Superior Tribunal de Justiça; dos Tribunais Regionais Federais e dos 
Juízes Federais; dos Tribunais e Juízes do Trabalho. 
AULA 09 Das funções essenciais à Justiça: do Ministério Público; da Advocacia e 
da Defensoria Pública. 
AULA 10 Revisão. Bizu Teórico. Simulado. Encerramento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lorena Rachel Vasconcelos 
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Prof.Lorena Vasconcelos. 5 
3. CONSTITUIÇÃO: PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS 
 
Os princípios fundamentais são a base do nosso ordenamento jurídicoconstitucional, desta forma entende-los é de suma importância para compreender a 
constituição da República Federativa do Brasil. 
 Princípios Fundamentais da Constituição da República; art. 1 ao 4 
Fundamentos art. 1 da CF/88 
Estado Democrático de Direito e o Princípio Democrático onde prescreve o art. 
1.º – A república federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados e 
municípios e do distrito federal, e combinado com o art. 18.º – que prevê que a 
organização político-administrativa da república federativa do Brasil compreende a 
união, os estados, o distrito federal e os municípios, todos autônomos e possuidores 
da tríplice capacidade de auto-organização e normatização própria, autogoverno e 
auto-administração, constituindo assim no Estado Democrático de Direito. 
O Estado de Direito caracteriza-se por apresentar as seguintes premissas, segundo 
Alexandre de Moraes (2008, p.5): 
(1) Primazia da lei; 
(2) sistema hierárquico de normas que preserva a segurança jurídica e que se 
concretiza na diferente natureza das distintas normas em seu correspondente âmbito 
de validade; 
(3) observância obrigatória da legalidade para a administração pública; 
(4) separação de poderes como garantia da liberdade ou controle de possíveis 
abusos; 
(5) reconhecimento da personalidade jurídica dos estado que mantém relações 
jurídicas com os cidadãos; 
(6) reconhecimento e garantia dos direitos fundamentais incorporados à ordem 
constitucional; 
(7) em alguns casos, a existência de controle de constitucionalidade das leis ante o 
despotismo do legislativo. 
Pelo princípio da indissolubilidade, é inadmissível qualquer pretensão de 
separação de um estado-membro, do distrito federal ou de qualquer município da 
federação, inexistindo em nosso ordenamento jurídico o denominado direito de 
secessão. 
Fundamentos do Estado Brasileiro 
Aqui não pretendemos esgotar o tema, mas tão somente citar alguns dos mais 
importantes, quais sejam, Soberania,.Dignidade da Pessoa Humana, Cidadania, 
Republicano.e Federalista. 
A Soberania: o sentido democrático previsto no § 1.º do art. 1 ao proclamar que 
todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
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diretamente, nos termos da Constituição, consiste que a titularidade dos mandatos 
– executivo ou legislativo – somente se materializa mediante a um ato concreto de 
expressão popular. A soberania consiste em “um poder político, suprema e 
independente, entendendo-se por poder supremo aquele que não está limitado por 
nenhum outro na ordem interna e por poder independente aquele que, na sociedade 
internacional, não tem de acatar regras que não sejam voluntariamente aceitas e 
está em pé de igualdade com os poderes supremos dos outros povos”[1]. 
→ A Cidadania representa um status do ser humano – tanto como objeto como de 
direito fundamental das pessoas – e no sentido lato, qualifica os participantes da vida 
do Estado, reconhecendo-os como pessoa integrada na sociedade estatal e onde esse 
Estado está submetido à vontade popular, dos seus cidadãos. 
 → A Dignidade da Pessoa Humana é um valor espiritual, supremo e moral 
inerente a pessoa, que se manifesta na autodeterminação consciente e responsável 
da própria vida e que atrai o conteúdo de todos os direitos fundamentais do homem, 
desde o direito à vida privada, à intimidade, à honra, à imagem – é a consagração 
da dignidade da pessoa humana como fundamento da República Federativa do Brasil 
– com total aplicação em relação ao planejamento familiar – derivada do casamento 
estável, da paternidade responsável – competindo ao Estado propiciar recursos 
educacionais e científicos – art. 226, § 7.º. Daí decorre que a ordem econômica há 
de ter por fim assegurar a todos existência digna – art. 170, a ordem social viabilizar 
a justiça social – art. 170 – e a educação o desenvolvimento da pessoa e seu preparo 
para o exercício da cidadania – art. 205 – e outros, não como meros enunciados 
formais, mas como indicadores do conteúdo normativo, positivado, eficaz da 
dignidade da pessoa humana. 
 → O Pluralismo Político: o legislador constituinte consagrou o pluralismo político 
como fundamento do Estado brasileiro, ao afirmar, considerar, a ampla e livre 
participação popular nos destinos políticos do país, garantindo a liberdade de 
convicção filosófica e política, assegurando a possibilidade de organização e 
participação em partidos políticos. 
Dica: SoCiDiVaPlu 
Soberania 
Cidadania 
Dignidade da pessoa humana 
Valores Social do trabalho e da livre iniciativa. 
Pluralismo político. 
 → Princípio Republicano: Vindo do direito romano – res pública – coisa do povo e 
para o povo – a república é formada de governo em que o povo delega o exercício 
do poder a um representante, que o exercerá em nome e benefício desse mesmo 
povo, por um período determinado de tempo. Assim, é basilar a eletividade e a 
temporariedade, onde esse governante não é o detentor do poder, mas mero 
mandatário a exercê-lo em nome de quem o detém, ou seja, o povo. O Princípio 
Republicano do art. 1.º não é mais protegido contra emenda constitucional – deixou 
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de ser cláusula pétrea – mas os Estados-membros devem respeitá-lo, sob pena de 
sofrer intervenção federal – art. 34, VII, a. 
A forma republicana implica na necessidade de legitimidade popular do presidente da 
república, dos governadores e prefeitos municipais, na existência de assembléias e 
câmaras populares nas três órbitas de governos, em eleições periódicas por tempo 
limitado e da própria renovação do poder, e da prestação de contas da administração 
pública. 
 → Princípio Federalista, o Estado Federal ou Federação é uma forma de Estado 
que o Brasil assumiu desde a proclamação da República em 1889 e está lastreado na 
união de coletividades regionais políticas autônomas, denominadas Estados 
federados ou Estados-membros ou simplesmente Estados. Acrescenta-se dentro do 
nosso contexto, o Distrito Federal e também os municípios – incluídos nessa estrutura 
político-administrativa pelos arts. 1.º e 20.º como entes federados. 
 
4. PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Os princípios de interpretação constitucional têm como finalidade possibilitar ao 
intérprete o entendimento e o significado das normas de acordo com a nossa 
Constituição Federal. 
 
1) Princípio da unidade da constituição 
Consoante o princípio da unidade da constituição, as normas constitucionais devem 
ser analisadas de forma integrada e não isoladamente, de forma a evitar as 
contradições aparentemente existentes entre norma e texto constitucional. 
 
2) Princípio do efeito integrador 
deve ser dada importância aos critérios que favoreçam a integração política e 
social e o reforço da unidade política. 
 
3) Princípio da máxima efetividade/ da eficiência/ da interpretação efetiva 
Busca-se a interpretação que ofereça maior grau de eficácia aos direitos 
fundamentais e constitucionais. 
 
4) Princípio da justeza/ da conformidade funcional 
O intérprete máximo da Constituição (STF) deverá estabelecer força normativa a ela; 
não pode chegar a um resultado que subverta ou perturbe o esquema organizatório-
funcional constitucionalmente estabelecido.AULA INAUGURAL - concurseiro24horas.com.br
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5) Princípio da concordância prática / da harmonização 
Os bens jurídicos constitucionalmente protegidos devem coexistir de forma 
harmônica, buscando-se evitar o total sacrifício de um princípio em relação a outro 
em choque. 
 
6) Princípio da força normativa 
Ao solucionar conflitos, deve ser conferida máxima efetividade às normas 
constitucionais. 
 
7) Princípio da interpretação conforme a Constituição 
Diante de normas plurissignificativas ou polissêmicas (que possuem mais de uma 
interpretação), deve-se preferir a interpretação que mais se aproxima da 
Constituição. Havendo várias interpretações possíveis, deve ser adotada aquela 
que não é contrária à Constituição. Ex: declaração de nulidade sem redução de 
texto. 
• Uma lei não pode ser declarada inconstitucional quando puder ser 
interpretada em consonância com a Constituição. 
 
8) Princípio da proporcionalidade/ razoabilidade 
Equilíbrio na interpretação de todo o ordenamento jurídico. 
 
 
Macete pra lembrar na hora da prova: 
 
FUI JUSTA E INTEGRA CON MAX, RAZOÁVEL E CONFORME À CONSTITUIÇÃO. 
 
Força normativa 
 
Unidade 
 
JUSTeza (concordância funcional) 
 
Efeito INTEGRAdor 
 
CONcordância prática (harmonização) 
 
MAXima eficiência 
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RAZOAbilidade (proporcionalidade) 
 
CONFORMidade c/ a CONSTITUIÇÃO 
 
 
 Bom pessoal, como essa é apenas uma aula demonstrativa, eu não vou esgotar 
o conteúdo. Foi só para vocês conhecerem um pouquinho a minha didática. 
 Durante as minhas aulas, farei uma breve síntese teórica do conteúdo (para 
vocês terem noção ou revisar os principais conceitos) e em seguida seguirei para a 
resolução das questões. 
 Devo confessá-los que irei me dedicar mais à parte da resolução de questões. 
Explicarei o conteúdo ao resolvê-las. Considero que esse é o melhor método de 
estudo. Nos permite conhecer a banca e ver como a matéria é cobrada. É possível 
filtrar quais são os temas “queridinhos” da banca e quais são os temas jamais 
cobrados. 
 Irei focar nas questões de 2014, 2013 e de 2012. Questões de anos anteriores 
não nos interessa. Além de serem desatualizadas, o nível de dificuldade e a forma de 
abordar os temas mudam substancialmente no decorrer dos anos Lembrando 
que, caso tenham dúvidas, basta pedir socorro através do e-mail. Combinado? 
e-mail: lorenavasconcelos@concurseiro24horas.com.br 
facebook: Lorena Rachel 
Twitter: @loresbsb 
 
5. Questões de Noções de Direito Constitucional 
 
1 – (CESPE 2014 MDIC – Agente Administrativo) Com referência à CF, aos direitos e 
garantias fundamentais, à organização político-administrativa, à administração 
pública e ao Poder Judiciário, julgue os itens subsecutivos. 
 
A CF é classificada como escrita, promulgada, analítica, formal e semirrígida. 
 
ERRADA, nossa CF é RÍGIDA. 
NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL É 
 
PEDRA FORMAL 
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Promulgada (QUANTO À ORIGEM) 
Escrita (QUANTO À FORMA) 
Dogmática (QUANTO À ELABORAÇÃO) 
Rígida (QUANTO À ESTABILIDADE) 
Analítica (QUANTO À EXTENSÃO) 
FORMAL (QUANTO AO CONTEÚDO) 
 
Gabarito: Errado 
 
2 – (Cespe 2013 FUNASA – Todos os cargos) No que diz respeito aos direitos e 
garantias fundamentais, julgue os itens seguintes, com base no que dispõe a 
Constituição Federal de 1988 (CF). 
 
Embora possua um núcleo imutável, também chamado de cláusulas pétreas, a CF é 
classificada como semirrígida, dada a possibilidade de alteração de seu texto por 
meio de emenda. 
 
Eu insisto em estudarmos pelo método de resolução de questões. Como verificamos, 
o Cespe e as demais bancas tendem a repetir as perguntas.  
 
Há dois erros na questão: 
1° - quando se refere às cláusulas pétreas como imutáveis. Na verdade estas 
cláusulas também são passiveis de mudanças, conquanto que sejam para ampliar 
direitos e jamais para abolir direitos ou normas que venham prejudicar o 
Federalismo, a Democracia e os Direitos Fundamentais, a dignidade da pessoa 
humana, etc. 
2° - quando se refere à nossa Constituição como semirrígida "dada a possibilidade 
de alteração de seu texto por meio de emenda". Embora aja possibilidade de 
mudança no texto constitucional, a forma como essa mudança é feita, com 
aprovação, em duas votações de pelo menos 3/5 dos parlamentares de cada Casa, 
nas duas Casas do Congresso Nacional(Câmara e Senado). Nossa Constituição/1988 
é na verdade BASTANTE rígida, por isso é classificada quanto à ALTERABILIDADE 
(mutabilidade - estabilidade) como rígida. 
Só para termos de comparação, uma lei ordinária é aprovada com até 129 votos, 
desde que presente a maioria absoluta dos parlamentares(257 dos 513 deputados). 
Já uma emenda constitucional precisa contar com pelo menos 308 votos a favor. 
 
Gabarito: Errado 
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3 – (CESPE 2013 STF – Tecnologia da Informação) Acerca dos direitos e garantias 
fundamentais, dos direitos sociais, dos princípios que regem a 
administração pública e da disciplina constitucional dos servidores públicos, 
julgue os itens que se seguem. 
 
A norma constitucional que trata do direito de greve do servidor público é considerada 
pela literatura e pela jurisprudência como norma de eficácia limitada. 
 
Art. 37, VII -" o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos 
em lei complementar." 
Norma de Eficácia Limitada é aquela que só produz seus plenos efeitos 
depois da exigida regulamentação. Ela assegura determinado direito, mas esse 
direito não poderá ser exercido enquanto não for regulamentado pelo legislador 
infraconstitucional. 
Em outras palavras: não é autoaplicável. Não é detalhada o suficiente para ser 
aplicada em um caso concreto só com ela. Precisa de mediação de uma lei 
regulamentadora. Sua aplicabilidade é mediata, ou seja, para o futuro. 
Atenção: norma de eficácia limitada é de aplicabilidade reduzida. Ainda não produz 
todos os seus efeitos, mas produz alguns. Vamos detalhar um pouco sobre isso. É 
errado dizer que não possui eficácia jurídica, ou que é incapaz de gerar efeitos 
concretos, pois desde logo manifesta a intenção dos legisladores constituintes, 
fornecendo conteúdo para ser usado na interpretação constitucional e é capaz de 
tornar inconstitucionais as normas infraconstitucionais que sejam com ela 
incompatíveis. Resumindo: Sua eficácia jurídica (seu caráter vinculante) é imediata. 
 
Gabarito: Certo 
 
4 – (CESPE 2013 TRF 1ª Região – Juiz Federal) Considerando a hermenêutica 
constitucional, assinale a opção correta com base na doutrina de referência. 
a) Norma constitucional de eficácia contida incide direta e imediatamente sobre a 
matéria respectiva. 
b) Norma constitucionalde eficácia limitada ou reduzida somente produz efeitos 
mediante intervenção do Poder Judiciário. 
c) Norma constitucional de eficácia plena tem aplicação direta e imediata, mas não 
integral. 
d) A aplicação de norma constitucional de eficácia reduzida prescinde de lei em 
sentido material. 
e) Norma constitucional de eficácia plena exige lei reguladora, ou integradora, para 
produzir efeitos jurídicos. 
 
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a) Norma constitucional de eficácia contida incide direta e imediatamente sobre a 
matéria respectiva. 
CERTO. Norma de eficácia contida é aquela que pode ter seus efeitos restringidos por 
lei infraconstitucional. Enquanto não sobrevier a lei, produzirá todos os seus efeitos. 
Por isso, incide de maneira direta e imediata sobre a matéria. 
 
b) Norma constitucional de eficácia limitada ou reduzida somente produz efeitos 
mediante intervenção do Poder Judiciário. 
Errado. Normas de eficácia limitada são aquelas que dependem de lei para produzir 
seus efeitos (Ex. greve dos servidores públicos - não existe a lei específica). No caso 
de inércia legislativa, o Poder Judiciário poderá dar efetividade por meio de Mandado 
de Injunção e Ação Declaratória de Inconstitucionalidade por Omissão. 
O erro da questão está em afirmar que somente o Poder Judiciário pode dar 
efetividade, pois, via de regra, é o Poder Legislativo que o dá. 
 
c) Norma constitucional de eficácia plena tem aplicação direta e imediata, mas não 
integral. 
ERRADO. Normas de eficácia plena são aquelas que dispensam a edição de lei 
infraconstitucional para produzir todos os seus efeitos. Assim, sua aplicação é direta, 
imediata e integral. Ex. direito à vida. 
Não confundir com aplicação absoluta, pois nenhum direito fundamental é absoluto! 
(porém, há na doutrina quem entenda que o direito à não ser torturado o seja). Pois 
podem ser mitigados pelo critério da razoabilidade (ver conflito de princípios). 
 
d) A aplicação de norma constitucional de eficácia reduzida prescinde de lei em 
sentido material. 
Norma de eficácia reduzida é aquela que produz POUCOS EFEITOS. Não é correto 
dizer que não produzem efeitos enquanto não houver legislação regulando, em razão 
da força normativa da constituição. Segundo ela, toda norma constitucional produz 
efeitos, ainda que mínimos: não recepcionar legislação anterior, condicionar a 
legislação futura, ser parâmetro no controle de constitucionalidade). 
Dica: Prescindir = dispensar ; Imprescindível = indispensável 
 
e) Norma constitucional de eficácia plena exige lei reguladora, ou integradora, para 
produzir efeitos jurídicos. 
Normas de eficácia plena dispensam são aquelas que dispensam legislação 
infraconstitucional para produzir efeitos. 
 
Gabarito: Letra A 
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5 – (MPDFT 2013 Promotor de Justiça) Sobre a teoria da Constituição, 
é INCORRETO afirmar: 
a) O constitucionalismo moderno resultou da união das ideias medievais de Leis 
Fundamentais com o projeto universalista de soberania popular da República romana 
tardia. 
b) A maioria das manifestações constituintes originárias na Europa e no Brasil, no 
curso de Século XX, não seguiu rigorosamente as características de absolutez, 
ilimitação e incondicionalidade. 
c) A Ética Material dos Valores, originalmente, e a emulação constitucional, em 
seguida, influenciaram a adoção do princípio da ponderação dos bens 
constitucionais. 
d) A democracia constitucional visa compatibilizar, para uns, ou equacionar, para 
outros, a soberania popular com a defesa dos direitos fundamentais, mediados pela 
separação dos poderes. 
e) O princípio da razoabilidade pode ser definido, de modo exemplificativo, como 
manifestações jurídicas do senso comum ou da natureza das coisas reguladas. 
 
A principal finalidade das constituições é limitar a atuação do Poder Público e 
estabelecer direitos e garantias fundamentais às pessoas em geral. 
 
Em seus primórdios (constitucionalismo “antigo”), o movimento iniciou-se nas 
práticas político-teocráticas do povo hebreu, cujos governantes tinham poderes 
limitados pela autoridade das leis divinais, às quais todos deviam obediência, 
incluindo os próprios monarcas. Ainda durante o constitucionalismo antigo, 
destacam-se os sistemas de leis criados na Grécia antiga e durante o período 
republicano do Império Romano. E já numa fase mais ou menos remota, a doutrina 
se refere ao constitucionalismo experimentado na Inglaterra e suas colônias, a partir 
da IdadMédia, sobretudo com a aprovação da Magna Charta (1215). 
 
Posteriormente, na época de transição da monarquia absolutista para o Estado 
liberal, já no final do século XVIII, teve início o intitulado constitucionalismo 
“moderno”, cujos esforços para a “universalização da constituição escrita” 
redundaram nas primeiras constituições do período (Constituições norte-americana 
de 1787 e francesa de 1789). 
 
O constitucionalismo moderno é concebido como movimento teórico e ideológico 
voltado a organizar o Estado, de modo consciente e racional, segundo documentos 
escritos que sistematizassem limitações ao poder político, além de direitos e 
garantias fundamentais em favor dos membros da comunidade. Seus mais 
conhecidos precursores são Locke, Montesquieu e Rousseau, cujas teorias sobre o 
Estado sempre utilizaram como base a ideia vontade popular, ao contrário das 
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explicações teológicas, então vigentes, que acabavam por comprometer a imposição 
de limites ao poder estatal. 
 
Enfim, o constitucionalismo moderno tem por maior característica a identificação da 
origem popular como fundamento da legitimidade do poder estatal. 
 
Conta, portanto, com duas preocupações principais: (a) a organização do Estado sob 
a legitimidade popular; e (b) a limitação do poder estatal, mediante previsão de 
direitos e garantias fundamentais. 
 
Se fala, também, no movimento conhecido por neoconstitucionalismo, que tem por 
características: 
(i) como marco histórico, a formação do Estado constitucional de direito, cuja 
consolidação se deu ao longo das décadas finais do século XX; 
(ii) como marco filosófico, o pós-positivismo, com a centralidade dos direitos 
fundamentais e a reaproximação entre Direito e ética; e 
(iii) como marco teórico, o conjunto de mudanças que incluem a força normativa da 
Constituição, a expansão da jurisdição constitucional e o desenvolvimento de uma 
nova dogmática da interpretação constitucional. 
 
Gabarito: Letra A 
 
6 – (CESPE 2013 DPE/DF – Defensor Público) Em relação aos direitos e deveres 
individuais e coletivos, ao habeas data e aos princípios de interpretação das normas 
constitucionais, julgue os itens subsequentes. 
 
Na hipótese de eventual conflito aparente de normas constitucionais decorrente da 
implantação de um empreendimento empresarial que possa vir a causar danos ao 
meio ambiente, aplica-se o princípio da unidade constitucional, pelo qual as normas 
que consagram princípios - como o da livre iniciativa,inserido no capítulo dos 
princípios gerais da ordem econômica - devem prevalecer sobre as que disponham 
sobre interesses de ordem prática, como os relacionados à defesa da fauna e da flora. 
 
Na questão, deve-se aplicar o princípio de interpretação da CF denominado 
Harmonização ou concordância prática. De acordo com esse princípio, os bens 
jurídicos constitucionalizados deverão coexistir de forma harmônica a fim de evitar o 
sacrifício (total) de uns em relação aos outros. 
 
Segundo o princípio da unidade da constituição, deve-se interpretar a CF em sua 
globalidade para se evitar contradições (antinomias). O que não é o caso em 
questão... 
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Gabarito: Errado 
 
7 – (UEG 2013 PC GO – Delegado de Polícia) O Supremo Tribunal Federal, em suas 
decisões, tem enfatizado o princípio hermenêutico da interpretação conforme a 
Constituição, o qual aponta para uma diretriz de prudência por 
a) recomendar que diante de normas de significados múltiplos o intérprete eleja o 
sentido que as torne constitucionais e não aquele que as torne inconstitucionais. b) 
indicar a presunção de inconstitucionalidade das leis, determinando sua 
constitucionalização pelo ato do intérprete, no caso sub judice. 
c) determinar que o intérprete deve constitucionalizar a lei por força da interpretação, 
e não afastá-la do ordenamento, salvando-a às custas da Constituição. 
d) reconhecer a presunção de constitucionalidade da lei, determinando interpretação 
conforme a constituição de acordo com o significado da lei. 
 
Princípio da interpretação conforme a Constituição 
 
Diante de normas plurissignificativas ou polissêmicas (que possuem mais de 
uma interpretação), deve-se preferir a exegese que mais se aproxime da Constituição 
e, portanto, não seja contrária ao texto constitucional, daí surgirem várias dimensões 
a serem consideradas, seja pela doutrina,seja pela jurisprudência, destacando-se que 
a interpretação conforme será implementada pelo Judiciário e, em última instância, 
de maneira final, pela Suprema Corte: 
 
 · prevalência da Constituição: deve-se preferir a interpretação não contrária 
à Constituição; 
 
 · conservação de normas: percebendo o intérprete que uma lei pode ser 
interpretada em conformidade com a Constituição, ele deve assim aplicá-la para 
evitara sua não continuidade; 
 
 · exclusão da interpretação contra legem: o intérprete não pode contrariar 
o texto literal e o sentido da norma para obter a sua concordância com a Constituição; 
 
 · espaço de interpretação: só se admite a interpretação conforme a 
Constituição se existir um espaço de decisão e, dentre as várias que se chegar, 
deverá ser aplicada aquela em conformidade com a Constituição; 
 
 · rejeição ou não aplicação de normas inconstitucionais: uma vez realizada 
a interpretação da norma, pelos vários métodos, se o juiz chegar a um resultado 
contrário à Constituição, em realidade, deverá declarar a inconstitucionalidade da 
norma, proibindo a sua correção contra a Constituição; 
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 · intérprete não pode atuar como legislador positivo: não se aceita a 
interpretação conforme a Constituição quando, pelo processo de hermenêutica, se 
obtiver uma regra nova e distinta daquela objetivada pelo legislador e com ela 
contraditória, em seu sentido literal ou objetivo. Deve-se, portanto, afastar qualquer 
interpretação em contradição com os objetivos pretendidos pelo legislador. 
 
Gabarito: Letra A 
 
8 – (FCC 2012 MPE/Al – Promotor de Justiça) Certo governo estadual, tendo em vista 
o aumento do número de crianças nas ruas, decide intensificar programas de 
institucionalização, sob o argumento de que esta ação protegerá crianças em situação 
de risco com mais eficácia do que o investimento em programas de atendimento 
social a famílias carentes. O Ministério Público do Estado respectivo pretende acionar 
o Judiciário para que se pronuncie sobre a compatibilidade da decisão governamental 
com a disciplina dos direitos fundamentais da criança e do adolescente e fundamenta 
sua petição em princípio de hermenêutica constitucional, denominado princípio ......, 
tecendo o seguinte raciocínio: 
 
I. Sob o prisma da ......, conclui-se que a opção do governo não é idônea para os fins 
que busca, já que a principal causa do abandono reside no desajuste social das 
famílias. Assim, a institucionalização não atingiria a raiz do problema e não seria 
capaz de diminuir o número de crianças nas ruas. 
 
II. No entanto, ainda que o Judiciário entenda que a medida é idônea, sob o prisma 
da ......, conclui-se que a opção do governo não é a melhor escolha possível, pois 
existem outras políticas públicas menos gravosas para a garantia da proteção integral 
da criança, capazes, inclusive, de gerar melhores resultados do que a política de 
institucionalização. 
III. Todavia, ainda que o Judiciário entenda que a medida é idônea e se materializa 
na melhor escolha possível, sob o prisma da ......, conclui-se que a opção do governo 
não é equilibrada e não gera mais vantagens para a sociedade, na medida em que a 
institucionalização transforma-se em uma espécie de punição à criança que se 
encontra em situação de pobreza, imputando-lhe uma carga demasiadamente 
onerosa para suportar. 
 
Os termos jurídicos que completam corretamente as lacunas do texto são, 
respectivamente, 
a) do efeito integrador; idoneidade; proporcionalidade em sentido estrito; 
efetividade. 
b) da conformidade funcional; adequação; integração; proporcionalidade. 
c) da unidade da Constituição; proporcionalidade; adequação; justeza. 
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d) da proporcionalidade; adequação; necessidade; proporcionalidade em sentido 
estrito. 
e) da máxima efetividade; necessidade; razoabilidade; efetividade. 
 
O princípio da proporcionalidade (denominação adotada pelos alemães) ou da 
razoabilidade (denominação adotada pelos norte – americanos), ou ainda, Princípio 
da Proibição de excesso (terminologia adota em Portugal) que, conforme 
interpretação do Supremo Tribunal Federal, tem sua sede material na disposição 
constitucional que determina a observância do devido processo legal substantivo, 
surgiu com a finalidade de impedir restrições desproporcionais aos direitos 
fundamentais, seja por atos administrativos, seja por atos legislativos. 
Este princípio demonstra aquela observação sobre a delimitação do alcance das 
regras jurídicas positivadas no período do pós-positivismo, ou seja, não basta que a 
lei tenha sido feita conforme os procedimentos previstos, a lei, além de seu conteúdo 
formal deverá ser também proporcional, adequada, ou seja, a restrição aos direitos 
fundamentais deve ser adequada ao padrão de justiça social. 
Para que possamos compreender o principio da proporcionalidade, devemos 
analisar os seus subprincípios, dispostos abaixo: 
• Princípio da adequação: Consoante este princípio, a atividade do poder público 
deve ser apropriadapara a consecução dos objetivos pretendidos pela Constituição 
Federal. 
• Princípio da exigibilidade ou da necessidade: Este princípio determina que o 
Estado deve sempre escolher o meio igualmente eficaz e menos oneroso para o 
cidadão. 
• Princípio da proporcionalidade em sentido estrito: Exige que o Estado procure 
sopesar as vantagens e desvantagens da medida tomada, e, assim, decidir pela 
tomada ou não do ato. Este princípio só deverá ser analisado após a observância dos 
dois outros anteriormente mencionados, pois, as vezes, apesar de a medida ser 
adequada e exigível, poderá não ser proporcional em sentido estrito. 
 
Gabarito: Letra D 
 
9 – (FCC 2012 TRF 5ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária) A Lei federal 
no 9.985/2000, que regulamenta dispositivos constitucionais atinentes ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado e institui o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação, dispunha, originalmente, em seu art. 36, § 1o : 
 
“Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo 
impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com 
fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o 
empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de 
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conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e 
no regulamento desta Lei. 
 
§ 1o O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para esta finalidade 
não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação 
do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador,de 
acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento.” 
 
Referido dispositivo legal foi objeto de ação direta de inconstitucionalidade, perante 
o Supremo Tribunal Federal, que, ao final, decidiu, por maioria de votos, pela 
“inconstitucionalidade da expressão ‘não pode ser inferior a meio por cento dos 
custos totais previstos para a implantação do empreendimento’, no § 1o do art. 36”. 
Em voto vencido, um Ministro divergiu, para consignar que se deveria “manter a 
norma em vigor e o dispositivo com essa expressão, (...) entendendo-se que a 
administração ambiental não poderá fixar percentual superior a meio por cento. Se 
o legislador não fixou patamar superior, penso que o administrador não poderá fazê-
lo” (ADI 3.378, j. 9/4/2008). 
 
No caso em tela, o Supremo Tribunal Federal procedeu à 
a) interpretação conforme a Constituição, ao passo que o voto divergente procedia à 
declaração parcial de inconstitucionalidade, sem redução de texto. 
b) declaração de inconstitucionalidade, com redução do alcance normativo, ao passo 
que o voto divergente procedia à declaração de constitucionalidade, com redução do 
alcance normativo. 
c) declaração parcial de inconstitucionalidade, com redução de texto, ao passo que o 
voto divergente procedia à interpretação conforme a Constituição. 
d) interpretação conforme a Constituição, ao passo que o voto divergente procedia à 
declaração parcial de inconstitucionalidade, com redução de texto. 
e) declaração parcial de inconstitucionalidade, com redução de texto, ao passo que 
o voto divergente procedia à declaração parcial de inconstitucionalidade, sem 
redução de texto. 
 
Esse tema realmente é complicado porque não há um entendimento único sobre 
interpretação conforme a constituição e declaração de inconstitucionalidade parcial. 
Enquanto alguns autores não diferenciam os institutos, outros os consideram técnicas 
de controle de constitucionalidade apontando diferenças entre ambos, outros 
(Alexandre de Moraes) consideram os institutos complementares, sendo a 
interpretação conforme uma técnica interpretativa e a declaração de 
inconstitucionalidade parcial uma técnica de decisão judicial. Aí vem o STF e mistura 
tudo, mesmo tendo o Gilmar Ferreira Mendes como Ministro, que diferencia os 
institutos. Por tudo isso, acredito ser difícil dar uma resposta simples para essa 
questão da FCC. 
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A questão nos dá duas situações para serem analisadas: a decisão final e o voto 
vencido. 
Na decisão final, foi utilizada a declaração parcial com redução de texto. Isso porque 
a maioria dos ministros considerou determinado trecho do parágrafo inconstitucional 
(parte inconstitucional = redução de texto). Com a retirada desse trecho é possível 
obter uma interpretação constitucional do parágrafo. Quando se fala em declaração 
parcial de inconstitucionalidade há uma expressa exclusão por inconstitucionalidade 
de determinadas hipóteses de aplicação do programa normativo. E na decisão houve 
essa expressa exclusão. 
Já no voto vencido, houve interpretação conforme a Constituição. Gilmar Mendes 
sustenta que na interpretação conforme a constituição a lei será constitucional com 
a interpretação que lhe é conferida pelo órgão, e é isso que ocorre nesse caso, pois 
o Ministro vencido determina que a administração ambiental não poderá fixar 
percentual superior a meio por cento, visto que isso não foi fixado pelo legislador. 
 
Gabarito: Letra C 
 
10 – (FCC 2012 DPE/PR – Defensor Público) Alguns autores têm criticado o que 
consideram um uso abusivo dos princípios e da ponderação como forma de aplicação 
dos direitos fundamentais. Com frequência os intérpretes dos direitos fundamentais 
acabam por transformá-los em princípios, utilizando-se em demasia do sopesamento 
na interpretação de suas inter-relações, o que ocasiona, muitas vezes, perda de 
objetividade e racionalidade na interpretação, dificultando seu controle. Sobre esse 
tema, é correto afirmar: 
a) Há elementos na interpretação com base em princípios que podem aflorar com 
mais facilidade, como a intuição e a sensibilidade, por exemplo, que permitirão ao 
bom juiz decidir de forma mais consentânea com a constituição e suas concepções 
pessoais de justiça. 
b) Não há como se eliminar totalmente toda subjetividade na interpretação e 
aplicação do direito, mas as relações de preferência simples e sem qualificativos 
devem ser eliminadas para que hajam relações de preferências fundamentadas, 
escalonadas e condicionadas sendo possível comparar grau de restrição de um direito 
fundamental com grau de realização de direito que com ele colide. 
c) Na interpretação de direitos fundamentais não há que se buscar racionalidade ou 
objetividade já que o próprio constituinte delegou ao intérprete a possibilidade de 
lhes atribuir significado conforme o momento histórico e as expectativas sociais. 
d) É justamente na criação do Direito, a partir da aplicação dos princípios, que o juiz-
intérprete supre a inexistência de legitimidade democrática na sua investidura e 
exerce plenamente suas prerrogativas constitucionais. 
e) Essa crítica é improcedente já que as normas jurídicas não são fórmulas e nem 
interpretadas por máquinas. A subjetividade, irracionalidade, impossibilidade de 
controle e ausência de previsibilidade das decisões são ônus a serem suportados pela 
sociedade ao escolher um modelo de constituição tão abrangente e irrealizável. 
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a) Há elementos na interpretação com base em princípios que podem aflorar com 
mais facilidade, como a intuição e a sensibilidade, por exemplo, que permitirão ao 
bom juiz decidir de forma mais consentânea com a constituição e suas concepções 
pessoais de justiça. 
ERRADO: A intuição e a sensibilidade destoam completamente da concepção 
de interpretação conforme a constituição, extrapolando assim os limites 
jurídicos delineados em prol da coletividade. 
 
b) Não há como se eliminar totalmente toda subjetividade na interpretação e 
aplicação do direito, mas as relações de preferência simples e sem qualificativos 
devem ser eliminadas para que hajam relações de preferências fundamentadas, 
escalonadas e condicionadas sendo possível comparar grau de restrição de um direito 
fundamental com grau de realização de direito que com ele colide. 
CORRETO: Deve-se ter por certo que a subjetividade é elemento intrínseco 
ao desenvolvimento da interpretação, mas desde que fundamentadas, 
escalonadas e condicionadas. 
 
c) Na interpretação de direitos fundamentais não há que se buscar racionalidade ou 
objetividade já que o próprio constituinte delegou ao intérprete a possibilidade de 
lhes atribuir significado conforme o momento histórico e as expectativas sociais. 
ERRADO: Por lógico, há sim de se buscar racionalidade, embora sem deixar 
de se considerar o momento histórico atual. Ou por acaso o direito é 
irracional? 
 
d) É justamente na criação do Direito, a partir da aplicação dos princípios, que o juiz-
intérprete supre a inexistência de legitimidade democrática na sua investidura e 
exerce plenamente suas prerrogativas constitucionais. 
ERRADO: Não há que se falar em inexistência de legitimidade democrática, 
pois esta existe indubitavelmente na esfera judiciária. Ainda, errada a 
assertiva ao mencionar a "criação do direito", pois tal expressão não se 
aplica à lógica do referido texto. 
 
e) Essa crítica é improcedente já que as normas jurídicas não são fórmulas e nem 
interpretadas por máquinas. A subjetividade, irracionalidade, impossibilidade de 
controle e ausência de previsibilidade das decisões são ônus a serem suportados pela 
sociedade ao escolher um modelo de constituição tão abrangente e irrealizável. 
COMPLETAMENTE ERRADA: basta ler as 4 primeiras palavras para descartá-
la, já que a crítica do enunciado é não apenas procedente, como muito 
pertinente. 
Gabarito: Letra B 
 
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11 – (FCC 2012 T.R.E./PR Analista Judiciário – Área Judiciária) Em outubro de 2011, 
ao apreciar Recurso Extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da 
exigência formulada em lei federal de aprovação em exame da Ordem dos Advogados 
do Brasil para exercício da profissão de advogado, o Supremo Tribunal Federal (STF) 
considerou que referido exame tem por fim assegurar que atividades de risco sejam 
desempenhadas por pessoas com conhecimento técnico suficiente, para evitar danos 
à coletividade. No julgamento, salientou-se que, quanto mais arriscada a atividade, 
maior o espaço de conformação deferido ao Poder Público; sob essa ótica, o exercício 
da advocacia sem a capacidade técnica necessária afeta tanto o cliente, indivíduo, 
como a coletividade, pois denega Justiça, a qual é pressuposto da paz social. 
 
Nesse caso, o STF 
a) reconheceu a eficácia limitada da norma constitucional que assegura a liberdade 
profissional, sujeitando seu exercício à autorização prévia do Poder Público. 
b) exerceu interpretação criativa e extrapolou o papel de guardião da Constituição, 
uma vez que se substituiu ao legislador, ao analisar o mérito da exigência legal. 
c) deu à exigência legal interpretação conforme à Constituição, para o fim de excluir 
do alcance da norma a possibilidade de exercício profissional sem a prévia aprovação 
em avaliação promovida pelo Poder Público 
d) procedeu à interpretação teleológica da norma constitucional segundo a qual é 
livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer. 
e) restringiu o alcance da norma constitucional segundo a qual o advogado é 
indispensável à administração da Justiça, ao condicionar o exercício profissional à 
aprovação prévia em avaliação promovida pelo Poder Público. 
 
A) ERRADA: a norma contida no art. 5º, XIII, é de eficácia CONTIDA, não 
limitada como afirma a assertiva. 
 
B) ERRADA: o STF não exerceu interpretação criativa, pois interpretou a norma 
dentro dos seus ditames constitucionais; tanto que a questão afirma que o STF 
entendeu que "referido exame tem por fim assegurar que atividades de risco 
sejam desempenhadas por pessoas com conhecimento técnico suficiente.... o 
exercício da advocacia sem a capacidade técnica necessária afeta tanto o cliente, 
indivíduo, como a coletividade". Consentindo com o disposto no art. 5º, XIII. 
 
C) ERRADA: não há interpretação conforme à Constituição. A interpretação 
conforme à Constituição tem lugar quando há normas plurissignificativas ou 
polissêmicas (que possuem mais de uma interpretação); devendo-se preferir a 
interpretação que mais se aproxime da Constituição. No caso, a norma analisada 
pelo STF não possui várias interpretações, cabendo apenas a interpretação que 
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corrobora com o fato de "assegurar que atividades de risco sejam desempenhadas 
por pessoas com conhecimento técnico suficiente". 
 
D) CORRETA: a interpretação teleológica é aquela que busca a FINALIDADE da 
norma. Assim o STF procedeu de modo a buscar o fim a que se destina a norma 
contida no art. 5º XIII, tanto que o enunciado afirma: "referido exame tem por 
fimassegurar que atividades de risco sejam desempenhadas por pessoas com 
conhecimento técnico suficiente, para evitar danos à coletividade". A finalidade de 
se ter uma capacidade técnica é é para proteção do indivíduo e da coletividade 
como um todo: "o exercício da advocacia sem a capacidade técnica necessária 
afeta tanto o cliente, indivíduo, como a coletividade, pois denega Justiça, a qual é 
pressuposto da paz social". 
 
E) ERRADA: o entendimento do STF restringiu a norma do art. 5º, XIII, em 
relação ao exercício da advocacia e não o alcance da norma em relação à 
indispensabilidade do advogado à administração da justiça. 
 
 
Gabarito: Letra D 
 
 
Bom pessoal, 
Essa foi nossa aula para “degustação”. Só para vocês “saborearem” e 
conhecerem como será a sistemática do nosso curso. 
Sempre trarei um resumo sistematizado do tópico, seguido de questões 
comentadas que é, ao meu ver, a melhor forma de estudo. 
Após os comentários, colocarei sempre a lista das questões apresentadas na 
aula. Destaco a importância de refazerem as questões sem olhar o gabarito. 
Isso possibilita avaliarem o desempenho e descobrirem onde precisam se 
dedicar mais. 
Direito Constitucional é uma disciplina que precisa ser gabaritada. Não 
podemos perder pontos nessa matéria. 
A minha proposta é essa: GABARITAR DIREITO CONSTITUCIONAL. 
Venham fazer o curso comigo? 
Um beijo carinho. 
Professora Lorena  
 
5. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADASNA AULA 
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1 – (CESPE 2014 MDIC – Agente Administrativo) Com referência à CF, aos direitos e 
garantias fundamentais, à organização político-administrativa, à administração 
pública e ao Poder Judiciário, julgue os itens subsecutivos. 
 
A CF é classificada como escrita, promulgada, analítica, formal e semirrígida. 
 
2 – (Cespe 2013 FUNASA – Todos os cargos) No que diz respeito aos direitos e 
garantias fundamentais, julgue os itens seguintes, com base no que dispõe a 
Constituição Federal de 1988 (CF). 
 
Embora possua um núcleo imutável, também chamado de cláusulas pétreas, a CF é 
classificada como semirrígida, dada a possibilidade de alteração de seu texto por 
meio de emenda. 
 
3 – (CESPE 2013 STF – Tecnologia da Informação) Acerca dos direitos e garantias 
fundamentais, dos direitos sociais, dos princípios que regem a 
administração pública e da disciplina constitucional dos servidores públicos, 
julgue os itens que se seguem. 
 
A norma constitucional que trata do direito de greve do servidor público é considerada 
pela literatura e pela jurisprudência como norma de eficácia limitada. 
 
4 – (CESPE 2013 TRF 1ª Região – Juiz Federal) Considerando a hermenêutica 
constitucional, assinale a opção correta com base na doutrina de referência. 
a) Norma constitucional de eficácia contida incide direta e imediatamente sobre a 
matéria respectiva. 
b) Norma constitucional de eficácia limitada ou reduzida somente produz efeitos 
mediante intervenção do Poder Judiciário. 
c) Norma constitucional de eficácia plena tem aplicação direta e imediata, mas não 
integral. 
d) A aplicação de norma constitucional de eficácia reduzida prescinde de lei em 
sentido material. 
e) Norma constitucional de eficácia plena exige lei reguladora, ou integradora, para 
produzir efeitos jurídicos. 
 
5 – (MPDFT 2013 Promotor de Justiça) Sobre a teoria da Constituição, 
é INCORRETO afirmar: 
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a) O constitucionalismo moderno resultou da união das ideias medievais de Leis 
Fundamentais com o projeto universalista de soberania popular da República romana 
tardia. 
b) A maioria das manifestações constituintes originárias na Europa e no Brasil, no 
curso de Século XX, não seguiu rigorosamente as características de absolutez, 
ilimitação e incondicionalidade. 
c) A Ética Material dos Valores, originalmente, e a emulação constitucional, em 
seguida, influenciaram a adoção do princípio da ponderação dos bens 
constitucionais. 
d) A democracia constitucional visa compatibilizar, para uns, ou equacionar, para 
outros, a soberania popular com a defesa dos direitos fundamentais, mediados pela 
separação dos poderes. 
e) O princípio da razoabilidade pode ser definido, de modo exemplificativo, como 
manifestações jurídicas do senso comum ou da natureza das coisas reguladas. 
 
6 – (CESPE 2013 DPE/DF – Defensor Público) Em relação aos direitos e deveres 
individuais e coletivos, ao habeas data e aos princípios de interpretação das normas 
constitucionais, julgue os itens subsequentes. 
 
Na hipótese de eventual conflito aparente de normas constitucionais decorrente da 
implantação de um empreendimento empresarial que possa vir a causar danos ao 
meio ambiente, aplica-se o princípio da unidade constitucional, pelo qual as normas 
que consagram princípios - como o da livre iniciativa, inserido no capítulo dos 
princípios gerais da ordem econômica - devem prevalecer sobre as que disponham 
sobre interesses de ordem prática, como os relacionados à defesa da fauna e da flora. 
 
7 – (UEG 2013 PC GO – Delegado de Polícia) O Supremo Tribunal Federal, em suas 
decisões, tem enfatizado o princípio hermenêutico da interpretação conforme a 
Constituição, o qual aponta para uma diretriz de prudência por 
a) recomendar que diante de normas de significados múltiplos o intérprete eleja o 
sentido que as torne constitucionais e não aquele que as torne inconstitucionais. b) 
indicar a presunção de inconstitucionalidade das leis, determinando sua 
constitucionalização pelo ato do intérprete, no caso sub judice. 
c) determinar que o intérprete deve constitucionalizar a lei por força da interpretação, 
e não afastá-la do ordenamento, salvando-a às custas da Constituição. 
d) reconhecer a presunção de constitucionalidade da lei, determinando interpretação 
conforme a constituição de acordo com o significado da lei. 
 
8 – (FCC 2012 MPE/Al – Promotor de Justiça) Certo governo estadual, tendo em vista 
o aumento do número de crianças nas ruas, decide intensificar programas de 
institucionalização, sob o argumento de que esta ação protegerá crianças em situação 
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de risco com mais eficácia do que o investimento em programas de atendimento 
social a famílias carentes. O Ministério Público do Estado respectivo pretende acionar 
o Judiciário para que se pronuncie sobre a compatibilidade da decisão governamental 
com a disciplina dos direitos fundamentais da criança e do adolescente e fundamenta 
sua petição em princípio de hermenêutica constitucional, denominado princípio ......, 
tecendo o seguinte raciocínio: 
 
I. Sob o prisma da ......, conclui-se que a opção do governo não é idônea para os fins 
que busca, já que a principal causa do abandono reside no desajuste social das 
famílias. Assim, a institucionalização não atingiria a raiz do problema e não seria 
capaz de diminuir o número de crianças nas ruas. 
 
II. No entanto, ainda que o Judiciário entenda que a medida é idônea, sob o prisma 
da ......, conclui-se que a opção do governo não é a melhor escolha possível, pois 
existem outras políticas públicas menos gravosas para a garantia da proteção integral 
da criança, capazes, inclusive, de gerar melhores resultados do que a política de 
institucionalização. 
III. Todavia, ainda que o Judiciário entenda que a medida é idônea e se materializa 
na melhor escolha possível, sob o prisma da ......, conclui-se que a opção do governo 
não é equilibrada e não gera mais vantagens para a sociedade, na medida em que a 
institucionalização transforma-se em uma espécie de punição à criança que se 
encontra em situação de pobreza, imputando-lhe uma carga demasiadamente 
onerosa para suportar. 
 
Os termos jurídicos que completam corretamente as lacunas do texto são, 
respectivamente, 
a) do efeito integrador; idoneidade; proporcionalidade em sentido estrito; 
efetividade. 
b) da conformidade funcional; adequação; integração; proporcionalidade. 
c) da unidade da Constituição; proporcionalidade; adequação; justeza. 
d) da proporcionalidade; adequação; necessidade; proporcionalidade em sentido 
estrito. 
e) da máxima efetividade; necessidade; razoabilidade; efetividade. 
 
9 – (FCC 2012 TRF 5ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária) A Lei federal 
no 9.985/2000, que regulamenta dispositivos constitucionais atinentes ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado e institui o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação, dispunha,originalmente, em seu art. 36, § 1o : 
 
“Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo 
impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com 
fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o 
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empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de 
conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e 
no regulamento desta Lei. 
 
§ 1o O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para esta finalidade 
não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação 
do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador,de 
acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento.” 
 
Referido dispositivo legal foi objeto de ação direta de inconstitucionalidade, perante 
o Supremo Tribunal Federal, que, ao final, decidiu, por maioria de votos, pela 
“inconstitucionalidade da expressão ‘não pode ser inferior a meio por cento dos 
custos totais previstos para a implantação do empreendimento’, no § 1o do art. 36”. 
Em voto vencido, um Ministro divergiu, para consignar que se deveria “manter a 
norma em vigor e o dispositivo com essa expressão, (...) entendendo-se que a 
administração ambiental não poderá fixar percentual superior a meio por cento. Se 
o legislador não fixou patamar superior, penso que o administrador não poderá fazê-
lo” (ADI 3.378, j. 9/4/2008). 
 
No caso em tela, o Supremo Tribunal Federal procedeu à 
a) interpretação conforme a Constituição, ao passo que o voto divergente procedia à 
declaração parcial de inconstitucionalidade, sem redução de texto. 
b) declaração de inconstitucionalidade, com redução do alcance normativo, ao passo 
que o voto divergente procedia à declaração de constitucionalidade, com redução do 
alcance normativo. 
c) declaração parcial de inconstitucionalidade, com redução de texto, ao passo que o 
voto divergente procedia à interpretação conforme a Constituição. 
d) interpretação conforme a Constituição, ao passo que o voto divergente procedia à 
declaração parcial de inconstitucionalidade, com redução de texto. 
e) declaração parcial de inconstitucionalidade, com redução de texto, ao passo que 
o voto divergente procedia à declaração parcial de inconstitucionalidade, sem 
redução de texto. 
 
10 – (FCC 2012 DPE/PR – Defensor Público) Alguns autores têm criticado o que 
consideram um uso abusivo dos princípios e da ponderação como forma de aplicação 
dos direitos fundamentais. Com frequência os intérpretes dos direitos fundamentais 
acabam por transformá-los em princípios, utilizando-se em demasia do sopesamento 
na interpretação de suas inter-relações, o que ocasiona, muitas vezes, perda de 
objetividade e racionalidade na interpretação, dificultando seu controle. Sobre esse 
tema, é correto afirmar: 
a) Há elementos na interpretação com base em princípios que podem aflorar com 
mais facilidade, como a intuição e a sensibilidade, por exemplo, que permitirão ao 
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bom juiz decidir de forma mais consentânea com a constituição e suas concepções 
pessoais de justiça. 
b) Não há como se eliminar totalmente toda subjetividade na interpretação e 
aplicação do direito, mas as relações de preferência simples e sem qualificativos 
devem ser eliminadas para que hajam relações de preferências fundamentadas, 
escalonadas e condicionadas sendo possível comparar grau de restrição de um direito 
fundamental com grau de realização de direito que com ele colide. 
c) Na interpretação de direitos fundamentais não há que se buscar racionalidade ou 
objetividade já que o próprio constituinte delegou ao intérprete a possibilidade de 
lhes atribuir significado conforme o momento histórico e as expectativas sociais. 
d) É justamente na criação do Direito, a partir da aplicação dos princípios, que o juiz-
intérprete supre a inexistência de legitimidade democrática na sua investidura e 
exerce plenamente suas prerrogativas constitucionais. 
e) Essa crítica é improcedente já que as normas jurídicas não são fórmulas e nem 
interpretadas por máquinas. A subjetividade, irracionalidade, impossibilidade de 
controle e ausência de previsibilidade das decisões são ônus a serem suportados pela 
sociedade ao escolher um modelo de constituição tão abrangente e irrealizável. 
 
11 – (FCC 2012 T.R.E./PR Analista Judiciário – Área Judiciária) Em outubro de 2011, 
ao apreciar Recurso Extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da 
exigência formulada em lei federal de aprovação em exame da Ordem dos Advogados 
do Brasil para exercício da profissão de advogado, o Supremo Tribunal Federal (STF) 
considerou que referido exame tem por fim assegurar que atividades de risco sejam 
desempenhadas por pessoas com conhecimento técnico suficiente, para evitar danos 
à coletividade. No julgamento, salientou-se que, quanto mais arriscada a atividade, 
maior o espaço de conformação deferido ao Poder Público; sob essa ótica, o exercício 
da advocacia sem a capacidade técnica necessária afeta tanto o cliente, indivíduo, 
como a coletividade, pois denega Justiça, a qual é pressuposto da paz social. 
 
Nesse caso, o STF 
a) reconheceu a eficácia limitada da norma constitucional que assegura a liberdade 
profissional, sujeitando seu exercício à autorização prévia do Poder Público. 
b) exerceu interpretação criativa e extrapolou o papel de guardião da Constituição, 
uma vez que se substituiu ao legislador, ao analisar o mérito da exigência legal. 
c) deu à exigência legal interpretação conforme à Constituição, para o fim de excluir 
do alcance da norma a possibilidade de exercício profissional sem a prévia aprovação 
em avaliação promovida pelo Poder Público 
d) procedeu à interpretação teleológica da norma constitucional segundo a qual é 
livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer. 
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e) restringiu o alcance da norma constitucional segundo a qual o advogado é 
indispensável à administração da Justiça, ao condicionar o exercício profissional à 
aprovação prévia em avaliação promovida pelo Poder Público. 
 
 
 
 
Gabaritos 
 
1 – E 2 – E 3 – C 4 – A 5 – A 
6 – E 7 – A 8 – D 9 – C 10 – B 
11 – D 
 
 
3. Bibliografia 
Alexandre Mazza. Manual de Direito Administrativo. ed.2°. editora Saraiva. 
Flavia Cristina Andrade, volume 8, Editora Impetus 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, Direito Administrativo Descomplicado, pag. 444 
e 445, ed.19ª, editora método. 
MARINELA, Fernanda, Direito Administrativo, Editora Impetus, 6ª ed, 2012. pg 177. 
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