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* * * Aula: Construção Social da Realidade Referência: BERGER, Peter & LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. Petrópolis (RJ): Vozes, 1974. Cap. II: A sociedade como realidade objetiva. 1-) Institucionalização * * * A relação entre os animais, seu equipamento biológico e o ambiente em que vivem é mais “fechada” que a do homem, cuja relação com o ambiente caracteriza-se pela abertura para o mundo. “Natureza humana”: >>Embora seja possível dizer que o homem tem uma natureza, é mais significativo dizer que o homem constrói sua própria natureza, ou, mais simplesmente, que o homem se produz a si mesmo.<< * * * A auto-produção do homem só é possível em conjunto com outros homens em um ambiente humano. Todo fenômeno especificamente humano é social. A questão que se coloca é: de que maneira surge a ordem social? As atividades humanas, de um modo geral, estão sujeitas ao hábito, à padronização. As rotinas e sub-rotinas habituais constituem-se assim num acervo geral de conhecimentos. * * * Institucionalização: tipificação de certas ações habituais. Essas tipificações são compartilhadas e acessíveis aos membros do grupo social; a própria instituição tipifica os atores a as ações individuais. Além disso, as instituições possuem uma história e mecanismos de controle. Previsibilidade das ações do outro: eliminação da surpresa e do perigo potencial que ele poderia representar. Sedimentação da divisão social do trabalho e possibilidade do surgimento de inovações. * * * As biografias individuais se inscrevem, se localizam, na história das instituições previamente consolidadas. Exteriorização + objetivação + interiorização Necessidade da legitimação institucional para os indivíduos: modos pelos quais a instituição pode ser “explicada” e justificada. A mesma história deve ser contada a todos, criando uma cobertura protetora de interpretações cognoscitivas e normativas. * * * Desejo de redefinição das instituições pelos indivíduos é contrabalançada pela existência de sanções. Previsibilidade da ação dos indivíduos/restrição às alternativas aos “programas institucionais”/preservação da instituição. Indivíduos: organização das ações vivenciadas separadamente num todo coerente no contexto da sua biografia. O “conhecimento” que se possui da instituição se torna peça fundamental para a análise da ordem institucional em questão. * * * >> Desta maneira, o conhecimento relativo à sociedade é uma realização no duplo sentido da palavra, no sentido de apreender a realidade social objetivada e no sentido de produzir continuamente esta realidade.<< Idéia de sedimentação: apenas uma pequena parte das experiências humanas é retida pela consciência e passíveis de reconhecimento e de lembrança. Quando vários indivíduos participam de experiências comuns que constituem um acervo de conhecimento podemos falar de sedimentação intersubjetiva. * * * A transmissão do significado de uma instituição para os potenciais atores dessas ações institucionalizadas envolve algum tipo sistemático de processo “educacional” __ mesmo que incorpore, em alguma medida, meios coercitivos. >> Os objetos e as ações físicas podem ser invocados como auxílios mnemotécnicos. Toda transmissão de significados institucionais implica obviamente procedimentos de controle e legitimação. Estes ligam-se às próprias instituições e são ministrados pelo pessoal transmissor.<< * * * Papéis: tipificação dos desempenhos dos indivíduos possibilita a comparação e o intercâmbio desses desempenhos sociais. Necessidade do sentido objetivo das formas de ação (objetivação lingüística) permitindo que o sentido da ação possa ser apreendido a parte dos desempenhos individuais e dos elementos subjetivos presentes. >>Em outras palavras, um segmento da personalidade objetiva-se em termos de tipificações socialmente válidas. Este segmento é o verdadeiro “eu social” que é subjetivamente experimentado como distinto do eu em sua totalidade, chegando mesmo a defrontar-se com este. << * * * Relação indivíduo/instituições a partir dos papéis: >>As instituições incorporam-se à experiência do indivíduo por meio dos papéis. Estes, lingüisticamente objetivados, são um ingrediente essencial do mundo objetivamente acessível de qualquer sociedade. Ao desempenhar papéis, o indivíduo participa de um mundo social. Ao interiorizar estes papéis, o mesmo mundo torna-se subjetivamente real para ele. << Estoques comuns de conhecimentos incluem os padrões esperados de desempenho de papéis. Esses padrões são reforçados socialmente, esperando-se dos indivíduos uma “aderência” aos mesmos.
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