Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TRABALHO EM GRUPO – TG Aluno(s): Maria Aparecida Lopes Silva RA 1710581 Larissa Najara Maciel da Silva RA 1720999 Fabiane José Pereira RA 1744805 Amanda Cristina Pereira Linhares RA 1731708 Unaí-Mg 2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................3 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................4 CONCLUSÃO .....................................................................................................................9 REFERÊNCIAS ................................................................................................................10 INTRODUÇÃO Este trabalho atende à exigência da cadeira Estudos Disciplinares III, curso de Letras/Inglês, ministrada e solicitado pela professora Palma Rigolon, e tem por objetivo dar exemplos justificados acerca do trabalho com textos literários em sala de aula. DESENVOLVIMENTO Não é novidade a importância da Literatura na formação dos indivíduos, como já dizia Antônio Cândido, “a literatura deveria constar nos direitos humanos”. No processo de aprendizagem da língua inglesa, a leitura é um auxilio valioso, pois é necessário primeiramente um conhecimento básico das palavras referentes à língua inglesa e seus significados correspondentes na língua mãe do aprendiz. No estudo da língua inglesa, os trabalhos direcionados à leitura ainda não abrangem esta habilidade. O curto tempo de aula, a falta de interesse muitas vezes dos alunos e a falta de incentivo e capacitação dos professores, juntamente com a falta de material didático adequado acabam classificando a leitura de textos em inglês como uma atividade desinteressante e cansativa. Tão importante quanto à literatura é o letramento. A UNESCO sugere que o letramento é um direito fundamental para o ser humano e o fundamento para uma aprendizagem vitalícia. No mesmo raciocínio, Kramsch (2010) defende que: Ser letrado não significa apenas a capacidade de codificar ou decodificar a palavra escrita, ou fazer análises requintadas do texto; o letramento é a capacidade de entender e manipular os significados sociais e culturais da linguagem impressa em pensamentos, sentimentos, e ações. (tradução livre) (KRAMSCH, 2010, p.56). Seguindo essa linha no ensino de inglês, é importante ensinar ao aluno utilizar a língua socialmente, dessa forma a linguagem literária permite a conexão entre conteúdos e disciplinas bem como aspectos linguísticos e culturais, ampliando o horizonte e o vocabulário, atraindo à atenção e o interesse dos alunos, estimulando à capacidade criativa e intelectual, tornando assim as aulas mais significativas e prazerosas. No exemplo do texto retirado do livro “Pride and Prejudice” de Jane Austen 1813 CHAPTER I OCTOBER 1811 It is a truth universally acknow-ledged, that a single man in possession of a good fortune, must be in want of a wife. However little known the feelings or views of such a man may be on his first entering a neighbourhood, this truth is so well fixed in the minds of the surrounding families, that he is considered the rightful property of some one or other of their daughters. “My dear Mr. Bennet,” said his lady to him one day, “have you heard that Netherfield Park is let at last?” Mr. Bennet replied that he had not. “But it is,” returned she; “for Mrs. Long has just been here, and she told me all about it.” Mr. Bennet made no answer. “Do you not want to know who has taken it?” cried his wife impatiently. “You want to tell me, and I have no objection to hearing it.” This was invitation enough. “Why, my dear, you must know, Mrs. Long says that Netherfield is taken by a young man of large fortune from the north of England; that he came down on Monday in a chaise and four to see the place, and was so much delighted with it, that he agreed with Mr. Morris immediately; that he is to take possession before Michael-mas, and some of his servants are to be in the house by the end of next week.” “What is his name?” “Bingley.” “Is he married or single?” “Oh! Single, my dear, to be sure! A single man of large fortune; four or five thousand a year. What a fine thing for our girls!” “How so? How can it affect them?” “My dear Mr. Bennet,” replied his wife, “how can you be so tiresome! You must know that I am thinking of his marrying one of them.” “Is that his design in settling here?” “Design! Nonsense, how can you talk so! But it is very likely that he may fall in love with one of them, and therefore you must visit him as soon as he comes.” “I see no occasion for that. You and the girls may go, or you may send them by themselves, which perhaps will be still better, for as you are as handsome as any of them, Mr. Bingley may like you the best of the party.” “My dear, you flatter me. I certainly have had my share of beauty, but I do not pretend to be anything extraordinary now. When a woman has five grown-up daughters, she ought to give over thinking of her own beauty.” “In such cases, a woman has not often much beauty to think of.” “But, my dear, you must indeed go and see Mr. Bingley when he comes into the neighbourhood.” “It is more than I engage for, I assure you.” “But consider your daughters. Only think what an establishment it would be for one of them. Sir William and Lady Lucas are determined to go, merely on that account, for in general, you know, they visit no newcomers. Indeed you must go, for it will be impossible for us to visit him if you do not.” “You are over-scrupulous, surely. I dare say Mr. Bingley will be very glad to see you; and I will send a few lines by you to assure him of my hearty consent to his marrying whichever he chooses of the girls; though I must throw in a good word for my little Lizzy.” “I desire you will do no such thing. Lizzy is not a bit better than the others; and I am sure she is not half so handsome as Jane, nor half so good-humoured as Lydia. But you are always giving her the preference.” “They have none of them much to recommend them,” replied he; “they are all silly and ignorant like other girls; but Lizzy has something more of quickness than her sisters.” “Mr. Bennet, how can you abuse your own children in such a way? You take delight in vexing me. You have no compassion for my poor nerves.” “You mistake me, my dear. I have a high respect for your nerves. They are my old friends. I have heard you mention them with consideration these last twenty years at least.” “Ah, you do not know what I suffer.” “But I hope you will get over it, and live to see many young men of four thousand a year come into the neighbourhood.” “It will be no use to us, if twenty such should come, since you will not visit them.” “Depend upon it, my dear, that when there are twenty, I will visit them all.” CAPÍTULO I OUTUBRO DE 1811 É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro, possuidor de uma grande fortuna, deve estar em busca de uma esposa. Embora pouco conhecidos talvez sejam os sentimentos ou opiniões de tal homem quando ele adentra, pela primeira vez, em uma vizinhança, essa verdade está tão fixada nas mentes das famílias ao seu redorque ele é considerado a propriedade de direito de alguém ou de uma de suas filhas. “Meu caro Sr. Bennet”, disse-lhe sua esposa um dia, “você soube que Netherfield Park foi alugada, finalmente?” O Sr. Bennet respondeu que não. “Mas foi”, ela retornou; “pois a Sra. Long esteve lá há pouco e me contou tudo”. O Sr. Bennet nada respondeu. “Você não quer saber quem a ocupou?”, disse sua esposa com impaciência. “Você quer me contar e eu não tenho nenhuma objeção em ouvir.” Era convidativo o suficiente. “Ora, meu querido, você deve saber, a Sra. Long diz que Netherfield foi alugada por um jovem homem de grande fortuna, do norte da Inglaterra; ele chegou na segunda-feira em uma carruagem, com mais quatro pessoas, para ver a propriedade e ficou tão satisfeito com ela que fechou negócio com o Sr. Morris imediatamente; ele deve ocupá-la antes de Michaelmas e alguns de seus criados deverão estar na casa ao final da semana que vem.” “Qual é o nome dele?” “Bingley”. “Casado ou solteiro?” “Oh! Solteiro, meu querido, esteja certo! Um homem solteiro de grande fortuna; quatro ou cinco mil por ano. Que grande coisa para nossas filhas!” “Como assim? De que maneira isso as afeta?” “Meu caro Sr. Bennet”, replicou sua esposa, “como pode ser tão cansativo! Você deve saber que estou pensando em que uma delas o despose!” Ele planeja se instalar aqui?” “Planejar! Bobagem, como você pode falar assim! Mas é bem provável que ele possa se apaixonar por uma delas e, portanto, você deve visitá-lo assim que ele chegar”. “Não vejo ocasião para isso. Você e as garotas podem ir, ou pode fazer com que elas vão sozinhas, o que talvez seja melhor, pois como é tão bela quanto qualquer uma delas, o Sr. Bingley pode achá-la a melhor da festa”. “Meu caro, você me bajula. Certamente tive minha porção de beleza, mas não finjo ser nada de extraordinário agora. Quando uma mulher tem cinco filhas crescidas, ela deve desistir de qualquer pensamento sobre a sua própria beleza”. “Em tais casos, uma mulher não tem mesmo muito a pensar sobre beleza”. “Mas, meu caro, você realmente deve ir ver o Sr. Bingley quando ele chegar à vizinhança”. “Isso vai além dos meus esforços, posso lhe assegurar.” “Mas considere suas filhas. Apenas pense que estabelecimento seria para uma delas. Sir William e Lady Lucas somente decidiram ir por este motivo, pois, em geral, você sabe, eles não visitam recémchegados. Você realmente deve ir, pois nos será impossível visitá-lo se você não for”. “Seguramente, você é muito escrupulosa. Ouso dizer que o Sr. Bingley ficará muito feliz em vê-la; e lhe enviarei algumas linhas por você para assegurá-lo de meu entusiástico consentimento em se casar com qualquer uma das garotas que ele escolher; embora eu deva adicionar uma recomendação pela minha pequena Lizzy”. “Desejo que não faça tal coisa. Lizzy não é nem um pouco melhor do que as outras garotas; e estou certa de que ela não é nem metade tão bonita quanto Jane, nem metade tão bem-humorada quanto Lydia. Mas você sempre dá a ela sua preferência”. “Nenhuma delas pode recomendá-las muito”, ele replicou; “são todas bobas e ignorantes como as outras garotas; mas Lizzy tem um quê de agilidade mais do que suas irmãs”. “Sr. Bennet, como pode falar mal de suas filhas a esse ponto? Você tem prazer em me irritar. Não tem compaixão pelos meus pobres nervos”. “Você me interpreta mal, minha querida. Tenho muito respeito pelos seus nervos. Eles são meus velhos amigos. Ouço você mencioná-los com consideração nos últimos vinte anos, pelo menos.” “Ah, você não sabe o quanto eu sofro.” “Mas espero que você supere e viva para ver muitos jovens com quatro mil por ano chegarem à vizinhança.” “Isso nos será inútil, já que se vinte deles chegarem, você não os visitará”. “Confie, minha cara, que quando houver vinte, eu visitarei a todos”. Sr. Bennet era uma mescla tão estranha de tiradas rápidas, humor sarcástico, reserva e capricho que a experiência de vinte e três anos era insuficiente para fazer sua esposa compreender seu caráter. A mente dela era menos difícil de desenvolver. Ela era uma mulher de compreensão medíocre, pouca informação e de temperamento incerto. Quando ficava descontente, imaginava-se nervosa. O negócio de sua vida era casar suas filhas; seu consolo eram visitas e novidades. Ao apresentarmos textos literários aos alunos, devemos propor atividades que colaborem para que eles analisem os textos em diferentes contextos. Ao propor a leitura de “Pride and Prejudice” tendo ele sido escrito no inglês moderno, o vocabulário e as regras de gramática são os mesmos usados atualmente, facilitando então a leitura e interpretação do texto pelos alunos. Podemos analisar os pontos em comum dos escritores românticos do período moderno, os escritores daquela época criaram novos modelos, novos meios de criar e interpretar a realidade e a ficção. Período também em que as mulheres tornam-se leitoras assíduas e escritoras, como Jane Austen e as irmãs Charlotte, Emily e Anne Brontë. Estas trabalham com narrativas emocionais sobre os fatos e preocupações de jovens garotas de família, seus problemas pessoais, éticos e sociais, sempre envolvendo casamento: suas causas e consequências. Em um período onde a única alternativa de vida para as mulheres era o casamento no texto em questão podemos perceber que Mrs. Bennet está constantemente preocupada em casar suas filhas a qualquer custo. Deve ser levado em consideração ainda, que o texto literário colabora para a formação de conhecimento, e a compreensão dos conflitos e as transformações pelas quais as sociedades passam. Essa interação vem a ser o Letramento Literário, metodologia em que os indivíduos vão além do mero reconhecimento da linguagem, vocabulário e das estruturas gramaticais. Assim o leitor apreende um novo mundo a partir dos textos ficcionais. CONCLUSÃO Logo podemos concluir que o uso da literatura no ensino da língua inglesa, poderá promover grandes transformações no letramento dos indivíduos. Entretanto o cenário educacional brasileiro ainda é muito debilitado no ensino da língua inglesa, muitos educadores utilizam o texto literário de forma lúdica apenas na aquisição de um “pequeno” vocabulário, ou proporcionar entretenimento gratuito. Contudo sabemos que o texto literário é um valioso recurso auxiliando na formação de cidadãos capazes de analisar e julgar criticamente as informações recebidas, fazendo um paralelo entre a ficção e a realidade em que vive. REFERÊNCIAS KRAMSCH, Claire. Language and Culture. Oxford: Oxford University Press, 2010. UNESCO. Education: Literacy AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito – Pride and Prejudice, Edição bilíngue : Inglês / Português, São Paulo : Eitora Ladmark, 2010.
Compartilhar