Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

�PAGE �
�PAGE �2�
EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE NO BRASIL
Shirley Mary Goulart Todt
Thabata Louise Dutra Santos Schreiber
Tutor (a) Externo(a)- Tiago Cornelli
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
 Ciências Contábeis - Bacharelado (CTB00365) -Prática Módulo II
20/05/2017
RESUMO 
Este trabalho apresenta a evolução da Contabilidade no Brasil, desde a época Colonial até os dias atuais. Neste artigo são relatadas importantes datas, além de leis e decretos que ajudaram no desenvolvimento do tema preposto, visando transmitir o conhecimento da história da Contabilidade brasileira. Contabilidade é uma ciência social que tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades (ou a azienda, que é o patrimônio mais a pessoa que o administra) seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo quanto no qualitativo, registrando os fatos e atos de natureza econômico-financeira que o afetam e estudando suas consequências na dinâmica financeira. De acordo com a doutrina oficial brasileira (organizada pelo Conselho Federal de Contabilidade), a contabilidade é uma ciência social da mesma forma que a economia e a administração. Esta ciência surgiu em decorrência de necessidade, quando a sociedade produzia excedentes que necessitavam ser contabilizados.
 
Palavras - chave: História. Contabilidade. Conselhos.
1INTRODUÇÃO
A vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados, um melhor aparato fiscal. Para tanto, constitui-se o Erário ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias da Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal. Hoje a função do contabilista não se restringe ao âmbito meramente fiscal, tornando-se, num mercado de economia complexa, vital para empresas, informações mais precisas possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores.
O interesse pela pesquisa histórica contábil, existe no país, motivado por dois fatores: o aumento do número de programas Stricto Sensu em Controladoria e Contabilidade, principalmente a partir da lei no.9394/96, e o advento das novas diretrizes curriculares nacionais para os cursos de Ciências Contábeis, com o parecer CNE/CES no.289/2003, e da Resolução CNE/CES no.10/2004, que propugnam a formação de profissionais dotados de competências profissionais que reflitam a heterogeneidade. 
 Um aspecto perceptível nos trabalhos históricos desenvolvidos a partir do século XXI é a importância do ensino e de suas condições de oferta, para atender à crescente demanda por profissionais mais qualificados, para atuar numa economia que ao longo do século XIX ensaiou seus primeiros passos e, desde o século XX, busca sua consolidação.
Saes e Cytrynowicz (2001, p.37-59) analisaram como o ensino comercial contribuiu para a origem dos cursos superiores de Economia, Administração e Contabilidade no País. Tomaram a criação da Aula de Comércio por D.João VI, em 1808, como marco de pesquisa, e estenderam a análise até a criação de tais cursos superiores. Apontaram que, para o ensino comercial identificado com a formação do Contador, havia um aprendizado formal de técnicas de gestão de negócios e que os três cursos eram um desdobramento do ensino comercial. Concluíram sua pesquisa evidenciando que a distinção entre os cursos é recente e muitas funções exercidas por tais profissionais possuem sobreposições até os dias atuais. Bacci (2002) estudou a evolução da Contabilidade no Brasil, enfatizando a influência da legislação na profissão contábil, os esforços para o reconhecimento da profissão e para a criação dos órgãos de classe. Apontou como consequência da legislação sobre a profissão a padronização das demonstrações contábeis, a necessidade da fiscalização do exercício da profissão pelos órgãos de classe e a criação no século XX dos cursos técnicos profissionalizantes e superiores.
2 A CONTABILIDADE NO CONTEXTO SOCIAL
A observação do comportamento histórico da contabilidade demonstra a constante participação desta nas relações sociais. Desde a antiguidade são utilizados registros e controles contábeis para orientar os negócios e avaliar o desenvolvimento das entidades. Na medida em que a sociedade evoluiu, as transações empresariais ganharam em complexidade e competitividade, surgindo assim, as grandes empresas, os grandes grupos empresariais, etc. Essa nova realidade trouxe, para o profissional da Contabilidade, maiores exigências quanto ao tipo de serviço ele deveria prestar. Nos dias de hoje, com toda a evolução tecnológica experimentada pela humanidade e, principalmente, pelo envolvimento cada vez maior entre empresa e comunidade, torna-se imprescindível a participação da Contabilidade como fonte geradora de informações. 
Contabilidade e sua principal e mais característica manifestação – a conta – é tão antiga quanto à civilização construída pelos homens. Dessa forma, a história da Contabilidade é, em certo ponto, uma consequência da história da civilização, de suas vicissitudes às mais altas manifestações, sobretudo no campo econômico. MELIS (1950, p.3)
3 HISTÓRIA DA CONTABILIDADE NO BRASIL
3.1 Primórdios e Regulamentações
Por incrível que pareça, já em 1500 com a descoberta do Brasil, o país já iniciava os primeiros passos da história da área de contabilidade. Mas foi somente no século XVIII, no ano de 1770, para ser mais preciso que foi criada a primeira regulamentação da profissão contábil no Brasil. Esta regulamentação foi expedida por Dom José, rei de Portugal, onde exigia obrigatoriamente o registro de matricula daqueles que trabalhavam na área. Neste momento o profissional contábil recebia o nome de guarda-livros, termo este que foi utilizado até a metade dos anos de 1970. No ano de 1870, é realizada a primeira regulamentação do Brasil para a profissão contábil, através do Decreto Imperial n°4.475. Sendo assim a profissão de Guarda-Livros é avaliada como a primeira ocupação liberal regulamentada no Brasil para os profissionais contábeis.
 3.2 Aperfeiçoamento na área contábil.
O aprimoramento na área logo foi dado com a sua regulamentação. Nesta ocasião só eram contratados guarda-livros que tivessem no currículo o curso de comércio. A profissão determinava um modo multidisciplinar. Para se ter uma ideia, para ser um guarda-livros, era necessário conhecer bem a língua portuguesa e francesa e possuir uma caligrafia perfeita. Com a chegada da máquina de escrever, começou-se a exigir o domínio dos processos datilográficos.
 3.3 Desenvolvimento da profissão:
 Em 1915 ocorre a fundação do Instituto Brasileiro de Contadores Fiscais. Logo depois surgem a Associação dos Contadores de São Paulo e o Instituto Brasileiro de Contabilidade no Rio de Janeiro. Em 1924 acontece o 1° Congresso Brasileiro de Contabilidade, onde são difundidas campanhas para a regulamentação de contador e a reforma do ensino comercial no país.
 Aumenta-se o desenvolvimento da profissão contábil, de modo que em 1927 é inaugurado o Conselho Perpétuo, o início do que seria, já no século XXI, os sistemas: Conselho Federal e Conselho Regional de Contabilidade. Era conferida já nesta instituição a matricula para os novos profissionais habilitados para as atividades na área de contabilidade. 
 Foi neste período onde muitos problemas políticos começam a surgir, entre elas a chegada de Getúlio Vargas à posse no ano de 1930. No ano consequente ocorre a primeira conquista da classe contábil, onde é admitido o Decreto Federal nº 20158, regulamentando-se a profissão e organizando o ensino comercial. Neste tempo é criado o curso de contabilidade, onde eram formados dois tipos de profissionais: o primeiro era os guarda-livros, que realizavam o curso em dois anos e os perito-contadores, que realizavam o curso em três anos.No transcorrer dos anos muitas conquistas foram obtidas pela classe. No ano de 1932 é sancionado o Decreto n°21.033, onde se institui novas condições para o registro de contadores e guarda-livros. A partir desta lei, foram decididos os problemas existentes pelos profissionais da área, que exibiam somente o conhecimento prático. Sendo assim foram determinados os prazos e as condições para os registros dos profissionais desta área. Foi então nesta ocasião, que o exercício da profissão contábil começou a ser conectada à preparação escolar, assim sendo, aqueles que desejassem seguir a carreira na área da contabilidade, teriam que estudar para isso.
 Em seguida o caminho da profissão cresceu no país, onde é criado o Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Uma das primeiras medidas alcançadas pelo Conselho Federal foi à criação de condições para o funcionamento e a disposição dos Conselhos Regionais. 
 Logo depois é aprovada a Resolução n°1/46, que dispõe sobre a organização dos Conselhos Regionais de Contabilidade, onde são criadas as primeiras regras para a profissão. Atualmente existe um Conselho de Contabilidade em cada estado do país. O registro de profissionais foi a primeira ação alcançada pelos Conselhos Regionais. Depois de um tempo iniciou-se as atividades de fiscalização, que até é muito discutida presentemente em todas as reuniões do sistema.
 Hoje, além da fiscalização e do registro dos profissionais, os Conselhos Regionais possuem parcerias com o Conselho Federal e universidades, permitindo aos profissionais da área condições de se qualificarem, devido às cobranças do mercado de trabalho, além de apresentar para a sociedade serviços de qualidade.
4 O QUE É CFC E QUAL SUA FINALIDADE.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é uma Autarquia Especial Corporativa dotada de personalidade jurídica de direito público. Criado e regido por legislação específica, o Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, o CFC possui estrutura, organização e funcionamento regulamentados pela Resolução CFC nº 1.370, de 8 de dezembro de 2011, que aprova o Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade. O CFC é integrado por um representante de cada estado e mais o Distrito Federal, no total de 27 conselheiros efetivos e igual número de suplentes – Lei nº 11.160/05 -, e tem, dentre outras finalidades, nos termos da legislação em vigor, principalmente a de orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil, por intermédio dos Conselhos Regionais de Contabilidade , cada um em sua base jurisdicional, nos Estados e no Distrito Federal; decidir, em última instância, os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais, além de regular acerca dos princípios contábeis, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação continuada, bem como editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional. Em 2010 foi sancionada pelo Presidente da República a Lei �� HYPERLINK "http://www.cfc.org.br/uparq/lei12249.pdf" \t "_blank" 12.249 /2010, que institui a obrigatoriedade do Exame de Suficiência na área contábil.
Conselho Federal de Contabilidade atualiza cadastros com base em perícia e exames de qualificação.
Os profissionais de contabilidade que exercem papel central no desenvolvimento socioeconômico do País e são elementos essenciais na gestão das empresas estão aptos também a realizar trabalhos como peritos contábeis e auditores. De acordo com o cadastro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), existem cerca de 6,5 mil, entre os 530 mil profissionais de contabilidade do País, que atuam nessas duas modalidades.
Para obter seu registro, os profissionais precisam passar por exames de qualificação técnica e, depois de aprovados, têm de se manter atualizados por meio do Programa de Educação Profissional Continuada. Até este ano, para fazer parte do Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC), os profissionais podem escolher entre duas opções: comprovação de realização de perícia, conforme estabelece a Resolução do CFC nº 1.502/16, ou exame de qualificação técnica.
No entanto, a vice-presidência de Registro do CFC informa que, a partir de 2018, a única forma de fazer parte do CNPC será por meio da prova de conhecimentos técnicos. Já para o Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) a única forma de ingressar é por meio do exame de qualificação técnica específico.
“Ser auditor e perito é prerrogativa de qualquer contador, por isso, nós temos os cadastros para auxiliar a sociedade em suas consultas públicas sobre os profissionais. Estar cadastrado no CFC significa que o profissional cumpriu os requisitos de qualificação técnica exigidos no programa de educação continuada”, alerta o vice-presidente de Registro do CFC, Marco Aurélio de Almeida.
 5 O QUE É CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE (CRC)
O Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais, existentes em todos os estados da Federação e Distrito Federal, são entidades de registro e fiscalização do exercício profissional, criadas por meio do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946.
O CRC é o Conselho Regional de Contabilidade. Entidade que credencia o contador a exercer a profissão, mediante registro nessa entidade.
Para tornar-se um profissional habilitado e exercer a profissão de Contabilista, o interessado após concluir o Curso de Ciências Contábeis ou Curso Técnico em Contabilidade deverá dirigir-se ao CRC de seu estado.
Em nosso país, a profissão regulamentada tem na Constituição Federal, artigo 5º, inciso XIII: “É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício, ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.
A profissão contábil, portanto, é uma destas atividades a que se refere à Constituição Federal e foi regulamentada por legislação federal (Decreto-Lei 9295/46), em cujo dispositivo, dentre outras providências, foram instituídas as duas categorias profissionais até hoje existentes: a de Contador e a de Técnico em Contabilidade, com prerrogativas e atribuições bem definidas para cada caso.CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE. Código de Ética Profissional do Contabilista. 4. ed. São Paulo: Millennium, 2002.
A liberdade do exercício profissional não permite que se exerçam em algumas profissões pessoas inabilitadas.
Cabe a união determinar as condições de capacidade para o exercício de profissões que se revestem de caráter de interesse público.
No Brasil, em razão de sua estrutura jurídica, cada profissão regulamentada tem por lei o se exercício fiscalizado por um Conselho.
6 IFRS
IFRS são um conjunto de normas internacionais de contabilidade, emitidas e revisadas pelo IASB - International Accounting Standards Board (Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade), que visam uniformizar os procedimentos contábeis e as políticas existentes entre os países, melhorando a estrutura conceitual e proporcionando a mesma interpretação das demonstrações financeiras.
Para que a análise dos relatórios financeiros sejam interpretados da mesma forma pelos seus usuários (os gestores, os investidores, os analistas e as instituições) é preciso que as características qualitativas como, clareza, confiabilidade, relevância, e o equilíbrio entre custo e benefício na preparação das demonstrações financeiras, tenham os mesmos critérios.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi criado através da Resolução CFC nº 1.055/05 com o objetivo de emitir pronunciamentos técnicos visando a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais.
7 COAF- CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) é um órgão de deliberação coletiva com jurisdição em todo o território nacional, criado pela Lei n.º 9.613, de 3 de março de 1998, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, que tem por finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitasrelacionadas à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, promovendo a cooperação e o intercâmbio de informações entre os Setores Público
A partir de 1º de janeiro de 2017, a “declaração de não ocorrência” ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) poderá ser feita diretamente no sistema desenvolvido pelo Departamento de Informática (DEINF) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Conforme previsto na Resolução CFC n.º 1.445/2013, profissionais e organizações contábeis que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência que qualquer natureza, devem comunicar ao Coaf a não ocorrência de eventos suspeitos de lavagem de dinheiro ou financiamento ao terrorismo.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é uma autarquia de natureza corporativa, criado pelo Decreto-Lei n.º 9295/46, que tem por finalidade, entre outras, disciplinar, regular e fiscalizar o exercício da profissão contábil por intermédio dos Conselhos Regionais de Contabilidade. Em função da obrigação legal introduzida pela Lei n.º 12.683/12 aos profissionais e organizações contábeis, o CFC, em conjunto com o Ibracon e a Fenacon, desenvolveu estudos junto ao Coaf de modo a regulamentar a aplicação da Lei no âmbito da classe contábil brasileira. Ressalta-se ainda, que não obstante o Conselho Federal ter regulamentado a matéria em busca de atender aos dispositivos da Lei, o Ministério Público Federal interpelou o CFC a se pronunciar quanto às providências tomadas para a regulação e a aplicação dos dispositivos da Lei n.º 12.683/12, no que se refere aos profissionais e organizações contábeis. Diante da imposição da Lei e seu respectivo cumprimento, o CFC editou a Resolução CFC n.º 1.445/13, resultado de um longo trabalho que buscou adequar à Lei e a Resolução Coaf n.º 24/13, de forma a atender, exclusivamente, as atividades e a prestação de serviços da profissão contábil. Ressalta-se que outras profissões regulamentadas e atividades também foram contempladas no cumprimento de ações decorrentes da Lei n.º 9.613/98. Nesse sentido, a regulamentação visou delimitar e adequar as comunicações à realidade dos profissionais da Contabilidade. Assim, com o objetivo de esclarecer e orientar aos profissionais e organizações contábeis quanto à aplicação da Lei n.º 9.613/98 e da própria Resolução CFC n.º 1.445/13 nos aspectos da prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro, a Comissão do CFC, a parti r de perguntas recebidas de profissionais, formulou as respostas de modo que venham a facilitar, esclarecer e auxiliar a aplicação da Lei por meio da Resolução n.º 1.445/13, como segue: Lei n.º 9.613/98.
8 EXAME DE SUFICIÊNCIA
Instituído pela resolução CFC n° 853/99 de 28 de julho de 1999, estabeleceu o Conselho Federal de Contabilidade, o exame de suficiência como pré-requisito para a habilitação profissional, com a finalidade de comprovar a obtenção de conhecimento médio por parte dos egressos de cursos de Ciências Contábeis e adotando programas de educação continuada por parte dos Conselhos Regionais por meio de cursos de aperfeiçoamento, seminários ou fóruns de estudos, esses procedimentos de exames fizeram partes de uma série de ações voltadas para a melhoria e aperfeiçoamento da qualidade dos profissionais, associados às necessidades mercadológica, com a ótica de que novos tempos exigem profissionais muito bem qualificados e que necessitem aprender sempre e a cada momento novidades tecnológicas, já que se tornaram obsoletos muitos dos conhecimentos anteriormente adquiridos. Este exame visa algumas vantagens, pois, o profissional, avaliado e aprovado, certamente terá melhores oportunidades no mercado de trabalho, além de traçar uma radiografia do ensino, mostrando para as instituições educacionais onde estas estão falhando.
O exame de suficiência foi realizado em março de 2000 à 2006, neste período em que foi aplicado o exame, 158 mil candidatos se inscreveram e apenas 68 mil foram aprovados o que evidencia a sua importância. Durante muitos anos, a classe contábil reivindicou a implantação do exame; ao consegui-la, a ela juntou-se a opinião pública, francamente favorável à avaliação das categorias profissionais.
Mas, o exame de suficiência para aquisição da habilitação profissional na área contábil foi extinto por ordem judicial em agosto de 2006, segue abaixo o trecho, retirado do site do Conselho Federal de Contabilidade, declarado pela presidente, Maria Clara Cavalcante Bugarim:
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) comunica a todos os interessados que, por força de decisão judicial proferida quanto aos processos  nº 2005.34.00.006.208-4, da 14ª Vara Federal do Distrito Federal (DF), e nº 2004.72.00.015564-0, da Justiça Federal de Florianópolis (SC), os Conselhos Regionais de Contabilidade passarão a registrar os profissionais nas categorias Técnico em Contabilidade e Contador. Esse registro será dado independente de aprovação em Exame de Suficiência, resguardada as demais exigências previstas na legislação específica.
Portanto, a partir de agosto de 2006 até os dias atuais, não há a exigência do exame de suficiência para a habilitação do profissional contábil no Brasil, como citado no trecho acima.
Algumas atividades, dada a sua importância no âmbito social, foram recepcionadas pela Constituição Federal, a nossa Carta Magna, norma maior do ordenamento jurídico brasileiro prevê no capítulo que trata dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, as limitações para o exercício das profissões regulamentadas, cujas atividades para serem exercidas, terão que obedecer à legislação específica de cada caso (CF, art. 5.º, inciso XIII). CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE. Código de Ética Profissional do Contabilista. 4. ed. São Paulo: Millennium, 2002.
Segundo Sá (2004, p.189) sobre honestidade, assim se manifesta: 
Se algo é confiado a alguém, seja o que for, passa a requerer a fiel guarda, a lealdade, a sinceridade e um propósito firme de intransigente probidade. Tudo isto se consubstancia no respeito para com o que é de terceiros, como tributo à confiança que é depositada; tais atos, quando praticados no campo da virtude, caracterizam a honestidade.
Neste contexto Franco (1999, p. 86) comenta que:
O fim do curso de graduação, por si só, não garante o sucesso profissional. Muito pelo contrário, é o início de uma longa caminhada, que tem como pressuposto básico a educação continuada. Afinal as empresas estão procurando profissionais cada vez mais especializados, que possuam uma visão generalista e sejam capazes de conectar fatos, acontecimentos em várias áreas e ajudar as empresas na consecução dos seus objetivos.
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente trabalho mostrou que o inicio da história da Contabilidade do Brasil esteve ligada com o desenvolvimento da sociedade colonial, e a necessidade de controle dos gastos públicos com a chegada da família Real portuguesa. Como o país era colônia, seu desenvolvimento contábil era herdado de Portugal, a exemplo da implantação do método das partidas dobradas e das aulas de comércio. 
No Brasil, os profissionais de contabilidade em geral são chamados de contabilistas. Aqueles que concluem os cursos de nível superior de ciências contábeis recebem o diploma de bacharel em ciências contábeis. Recebem a titulação de contador os bacharéis aprovados no exame de suficiência do Conselho Federal de Contabilidade. Recebem o título técnico de contabilidade os profissionais que têm formação de nível médio/técnico e que tenham obtido seu registro até 01/06/2015.
O profissional contábil está ganhando reconhecimento no mundo atual, pois este é imprescindível na tomada de decisões das empresas merecendo destaque em várias áreas de atuação.
O desafio do trabalho foi demonstrar o quanto evoluiu e está evoluindo a Contabilidade no Brasil, apesar das dificuldades de encontrar registros e materiais que indicassem este desenvolvimento.
10 REFERÊNCIAS
BACCI, J. Estudoexploratório sobre o desenvolvimento contábil brasileiro: uma contribuição ao registro de sua evolução histórica. 2002. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade Estratégica). Centro Universitário Álvares Penteado, São Paulo, SP.
 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE. Código de Ética Profissional do Contabilista. 4. ed. São Paulo: Millennium, 2002.
 
MELIS, F.. Storia della ragioneria – contributo alla conoscenza e interpretazione delle fonti piú significative della storia econômica. Itália: Bologna - Dott. Cesare Zuffi – Editore, 1950.
     
RODRIGUES, A. A. Pesquisa sobre a evolução do ensino comercial, contábil, atuarial, administrativo e econômico no Século XIX. Revista Paulista de Contabilidade, n. 467, p. 50-54,1984.
SAES, F. A. M.; CYTRYNOWICZ, R. O ensino comercial na origem dos cursos superiores de economia, contabilidade e administração. São Paulo, Revista Álvares Penteado, v. 3, n. 6, p. 37-59, junho/2001