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O Populismo; A República Liberal; Período Democrático. (1946 – 1964) Aula 12 – Apostila 6C Aula 13 – Apostila 7C Aula 14 – Apostila 7C Constituição de 1946 Princípios Básicos: Regime político: Democracia, Forma de governo: República, Forma de Estado: Federação e sistema de Governo: Presidencialismo. Cinco anos de mandato para o presidente; Garantia de liberdade de expressão; Voto secreto e universal (excluindo-se analfabetos, soldados e cabos). Direitos Trabalhistas: Legislação da Era Vargas foi preservada; Sindicatos atrelados ao governo – restrições a greves. Governo Dutra (1946-1950) Contexto: Guerra Fria e anticomunismo. Promulgação da Constituição de 1946; Abertura econômica; Alinhamento internacional com os EUA (Guerra Fria): Rompimento de relações com URSS. 1947 – cancelamento do PCB. Liberalismo econômico – facilidades para importações. Esgotamento de reservas financeiras. Retração da indústria nacional. Endividamento. Arrocho salarial = Redução do poder de compra dos salários; Descontentamento de trabalhadores. Governo Dutra (1946-1950) Estabelecimento do Plano SALTE; Política de investimentos em setores públicos considerados prioritários: Saúde, Alimentação, Transporte e Energia. Sem dinheiro suficiente e competência administrativa, o governo realizou pouco dos objetivos. Conclusão da rodovia Rio-São Paulo, denominada Rodovia Presidente Dutra. A Volta de Vargas: 1951-1954. Nacionalismo econômico e política trabalhista. Getúlio (48,7%) venceu Eduardo Gomes (29,7%) da UDN. Procurou apagar a imagem de ditador e construiu uma nova: de homem democrático: Eleito pelo voto direto – “nos braços do povo”. Oposição de Getúlio: UDN (União Democrática Nacional): Segunda maior força política. Antigetulistas. Contra a intervenção do Estado na economia. Contra as leis trabalhistas. Apoiavam o liberalismo e o alinhamento com os EUA. Banqueiros, grandes empresários ligados aos EUA, donos de veículos de comunicação. Exemplos: Carlos Lacerda, Assis Chateaubriand, Júlio Mesquita, família Marinho, José Sarney, Antônio Carlos Magalhães. NACIONALISMO: Para Vargas, era preciso atacar a exploração das forças internacionais para que o país conquistasse sua independência econômica. Nacionalismo era combatido por representantes do EUA e de empresas estrangeiras instaladas no Brasil. Muitos adeptos desta política atuavam na mídia e no Congresso, ficaram chamados de Internacionalistas ou entreguistas. NACIONALISMO: Campanha o Petróleo é nosso! Os nacionalistas queriam que a extração do petróleo fosse realizada por uma empresa estatal brasileira, seus oponentes defendiam a exploração por grupos internacionais. Campanha favorável aos nacionalistas, com a fundação em 1953 da Petrobrás. Governo ainda propôs a Lei dos Lucros Extraordinários (1953); Limitando a remessa de lucros da empresas estrangeiras ao exterior. Lei foi barrada no Congresso, devido a pressão de grupos internacionais. Campanha “O petróleo é nosso” e criação da Petrobras Outras realizações: Criação do BNDE - investimentos industriais nacionais. Criação da Eletrobrás. TRABALHISMO: Aumento de 100% para o salário mínimo (MAI/1954). Atendendo à proposta do Ministro do Trabalho João Goulart (Jango). Reforço do sindicalismo; Apoio aos trabalhadores. Crise política: Críticas generalizadas da oposição. UDN (Carlos Lacerda), empresários ligados aos EUA, setores das forças armadas (ESG) e dos meios de comunicação (Assis Chateaubriand). Denúncias de corrupção! Atentado da Rua Toneleros, no Rio de Janeiro (05/08/1954). Lacerda escapou com vida, mas o major da aeronáutica Rubem Vaz morreu. República do Galeão = Investigações conduzidas pela aeronáutica indicaram que o assassino cumpria ordens do chefe da guarda presidencial (Gregório Fortunato). Atentado contra Carlos Lacerda Crise política: O crime teve grande repercussão, a oposição multiplicava os ataques ao governo federal e tramava derrubar o presidente. 22 e 23 de agosto manifestações de oficias e militares que exigiam a renúncia de Getúlio Vargas. Isolado politicamente, escreveu uma carta-testamento ao povo brasileiro e, em seguida, suicidou-se com um tiro no coração no dia 24 de agosto de 1954. Suicídio de Vargas A MORTE DE VARGAS: O FINAL DO MANDATO DE VARGAS (1954 – 1956): Café Filho (PSD – vice): aproximação com UDN. Afastamento por doença. Carlos Luz (PSD - Presidente do Congresso Nacional) assume: Tentativa de golpe. Impedido pelo Marechal Henrique T. Lott Nereu Ramos (Presidente do Senado) completa o mandato (de 11 de novembro de 1955 a 31 de janeiro de 1956). Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) PSD + PTB Democrata, hábil politicamente. “Presidente Bossa Nova”. Clima de liberdade política. Desenvolvimentismo. “50 anos em 5” Plano de Metas – ênfase na indústria. Mas prometia investimentos na produção de energia, transportes, alimentos, indústria de base e educação. Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) Construção de 20 mil km de estradas entre elas Belém-Brasília Usinas: Furnas e Três Marias. Implantação da Industria automobilística, que produzia mais de 300 mil veículos por ano Ampliação da produção de petróleo de 2 milhões para 5,4 milhões de barris; Criação do Conselho Nacional de Energia Nuclear; Criação da SUDENE Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste. Tentativa de desenvolver o Nordeste (fracasso). Construção de Brasília: Plano urbanístico traçado por Lúcio Costa e os projetos arquitetônicos coordenados por Oscar Niemayer. Três anos de obras, milhares de trabalhadores (Candangos) envolvidos dia e noite. Inauguração 21 de abril de 1961. UMA NOVA CAPITAL SURGE DO NADA Consequências da política desenvolvimentista: Urbanização intensa e desordenada, o Oeste e o Sudeste passaram ser o destino de milhares de brasileiros. Em 1960, 45% da população total do país vivia nas cidades. Empréstimos – endividamento externo. Multinacionais controlaram importantes setores da indústria (eletrodomésticos, automóveis, produtos químicos, farmacêuticos e cigarros). Inflação e concentração de renda, aumento das disparidades regionais. 1960 – Rompimento com FMI. Emissão monetária. A cultura nos anos 1950 e 1960 no Brasil: Anos Dourados: Início da Televisão no Brasil; Conquistas do futebol brasileiro; Surgimento da Bossa Nova. Governo Jânio Quadros (1961): Jânio Quadros do PTN (apoiado pela UDN) PTN (Partido Trabalhista Nacional), de representação inexpressiva. venceu o marechal Henrique Teixeira Lott candidato PTB-PSD. João Goulart, do PTB, foi eleito para vice. Herdeiro político do getulismo; Vassoura: símbolo da campanha eleitoral: Jânio chegou à presidência da república coroando uma carreira política rápida e repleta de sucessos. Fenômeno político; Político personalista e carismático; Defesa da austeridade nos gastos públicos; Combate à inflação; Apoio da classe média e do proletariado; Governo Jânio Quadros (1961): Política interna: conservadorismo econômico Congelamento de salários. Corte de subsídios para o trigo e o petróleo. Inflação. Moralismo: Proibição de brigas de galo. Proibição de corridas de cavalo em dias úteis. Proibição do uso do biquíni. Governo Jânio Quadros (1961): Política externa “independente” não alinhamento. Reatou relações diplomáticas com URSS, CHINA e CUBA. Em 19 de agosto de 1961 condecorou Ernesto “Chê” Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Diante de tais atitudes, a UDN rompeu com o governo. Também fica sem apoio dos grandes empresário e dos grupos que dominavam a Imprensa. Em 25 de agosto de 1961, uma atitude inesperada: a Renúncia! Ernesto “Chê” Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul. A Crise para a posse: João Goulart (1961-1964) João Goulart estava em visita oficial à China comunista, A presidência foi entregue ao Presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli. Forte oposição dos militares e de setores conservadores (UDN e grandes empresários nacionais e estrangeiros); MEDO DO COMUNISMO!! Formação da campanha da legalidade ou Frente Legalista: Liderada por Leonel Brizola (governador RS) e o comandante do III Exército, Gen. Machado Lopes. defesa pelo direito de posse de Jango; Líderes sindicais, trabalhadores, profissionais liberais, O confronto parecia encaminhar para um Guerra Civil. Para que isso não ocorresse, foi negociado a Implementação do Parlamentarismo (1961); Jango assumiria a presidência com poderes limitados e vigiados pelo Congresso Nacional. Tancredo Neves era o primeiro-ministro. Realização do plebiscito de 1963: vitória do presidencialismo; A Crise para a posse: João Goulart (1961-1964) João Goulart (1961-1964) Adoção de uma política nacionalista e reformista; Plano Trienal de Desenvolvimento. Organizado por Celso Furtado. Desapropriar latifundios improdutivos, encampar as refinarias particulares de petróleo, reduzir a dívida externa, diminuir a inflação e manter o crescimento econômico sem sacrificar os trabalhadores. Atuação intensa dos movimentos sociais: Ligas Camponesas ( de Francisco Julião); (UNE) União Nacional dos Estudantes, (JUC) Juventude Universitária Católica, (CGT) Central Geral dos Trabalhadores. Reivindicações sociais populares com a intenção de transformar o Brasil numa sociedade mais justa e igualitária. João Goulart (1961-1964) Manifestação das Ligas Camponesas criadas por Francisco Julião, no município de Vitória de Santo Antão em 1955 em Pernambuco. www.memoriaviva.com.br Movimentos Sociais: Forte oposição: da UDN; Políticos de oposição recebiam verbas para as campanhas e depois de eleitos, eram subornados para votar contra Jango. Em oposição aos movimentos sociais surgem associações políticas, financiadas por empresários brasileiros e estrangeiros. IBAD – Instituto Brasileiro de Ação Democrática; IPEAS – Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais. Propaganda contra o governo por meio de: Livros, jornais,revistas, rádio e televisão. Em 13 de maio de 1964, comício da Central do Brasil. Presença de 300 mil pessoas. Anunciou as Reformas de Base: AGRÁRIA: facilitar o acesso à terra e melhorar a condição de vida no campo. EDUCACIONAL: Matricular todas as crianças brasileiras e combater o analfabetismo. ELEITOAL: Dar analfabeto o direito TRIBUTÁRIA: Corrigir as desigualdades sociais na distribuição dos deveres entre ricos e pobres, patrões e empregados. Lei de Remessa de Lucros: Descontentamento dos EUA e da oposição ligada a UDN. João Goulart (1961-1964) Comício da Central do Brasil Marcha da família com Deus e pela Liberdade; Manifestação organizada no dia 19 de março de 1964, em São Paulo. Contrária ao governo. Participaram: 500 mil pessoas. Entre 19 de março a 8 de junho de 1964, 49 marchas pelo país. Agitação política e social tomava corpo no país: Rebelião dos sargentos (em Brasília) que exigiam o direito de voto; Crescente número de greves: Militares responsabilizaram o governo pelo “clima de desordem”. João Goulart (1961-1964) GOLPE DE 1964 Em 31 de março de 1964 eclodiu a rebelião das forças armadas contra o governo de João Goulart. O movimento contou com o apoio dos governadores: Adhemar de Barros (São Paulo), Magalhães Pinto, (Minas Gerais), e Carlos Lacerda (estado da Guanabara). Sem condições de resistir, João Goulart deixou Brasília rumo ao Uruguai como exilado político História Prof. Msc. Daniel Alves Bronstrup BLOG: profhistdaniel.blogspot.com @danielbronstrup 3ão 2012
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