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2 TRABALHO CÁLCULO DE VAZÃO

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CÁLCULO DE VAZÃO DO IGARAPÉ SÃO LOURENÇO DO MUNICÍPIO DE CANTÁ-RR
Figura 01: Ilustração das áreas de seções transversal ao curso d’água, em três posições, distância de 3m entre as seções.
METODOLOGIA
Local
 O local escolhido para o cálculo de vazão foi o igarapé São Lourenço localizado no município de Boa Vista/RR, por atender as condições ideais para o levantamento, ou seja, trecho reto possibilitando o dimensionamento das seções com suas respectivas distância e condições normal da água.
Coleta de Dados
 O trecho compreendido do Igarapé foi de 6 metros de comprimento por 7,0 metros de largura na seção A; 6,90 metros de largura na seção B e 6,20 metros de largura na seção C, sendo as três seções equidistantes de 3 metros, demarcado com barbante que ficaram na altura aproximada de 40 cm da superfície da água.
Etapas para a medição da Vazão
 Materiais e equipamentos utilizados no desenvolvimento do trabalho: recipiente (garrafa pet), flutuador bloco de madeira impermeabilizado, carvão, facão, prancheta, folha A4 branca para as anotações, fita métrica, fita isolante, caneta, barbante, estacas, régua graduada (mira) e cronômetro.
Cálculo da Média das Alturas e Áreas das Seções
Tabela 01 - Cálculo da Média das alturas e Área da seção A, B e C.
	Seção A
	Seção B
	Seção C
	Media (h/5)
	Altura (m)
	Media (h/5)
	Altura (m)
	Media (h/5)
	Altura (m)
	h1
	0,60
	h1
	0,14
	h1
	0,05
	h2
	0,42
	h2
	0,51
	h2
	0,46
	h3
	0,73
	h3
	0,57
	h3
	0,61
	h4
	0,71
	h4
	0,60
	h4
	0,65
	h5
	0,64
	h5
	0,69
	h5
	0,80
	h6
	0,61
	h6
	0,85
	h6
	0,31
	h7
	0,21
	h7
	0,14
	h7
	0,00
	Total
	3,92
	Total
	3,50
	Total
	2,88
	Largura
	7,00
	Largura
	6,90
	Largura
	6,20
	Media (h/7)
	0,56
	Media (h/7)
	0,51
	Media (h/7)
	0,46
	Área (Lxh)
	3,92
	Área (Lxh)
	3,50
	Área (Lxh)
	2,88
Cálculo da Área da seção A
 Área da seção A no trecho do levantamento foi calculada fazendo o produto da largura pela média da profundidade e também foi calculada fazendo o cálculo de área das figuras geométricas conforme serão explicadas.
Figura 02 – Seção transversal A do curso d’água.
 A seção A foi perfurada em sete pontos conforme a figura 02, a média de profundidade foi de 0,56 m. Fazendo o produto da largura pela média da profundidade obtém-se 3,92 m² de área para esta seção conforme tabela 01.
Cálculo da área da seção A, usando o cálculo das figuras geométricas.
 Calculou-se área A1 e A8 como um triângulo fazendo o cálculo da base x altura dividindo o resultado por dois. Continuando com os cálculos as áreas A2, A3, A4, A5, A6 e A7, foram calculadas usando a fórmula para o cálculo de área de um trapézio, base menor mais base maior vezes altura dividindo o resultado por dois. Os resultados encontram-se na Tabela 02.
Tabela 02 - Valores de profundidades em metros, medidos em diferentes pontos.
	SEÇÃO A
	Área
	Base maior
	Altura(m)
	Base menor(m)
	Área(m²)
	A1
	0,600
	0,400
	 
	0,12
	A2
	0,600
	0,800
	0,420
	0,41
	A3
	0,730
	1,125
	0,420
	0,65
	A4
	0,730
	1,125
	0,710
	0,81
	A5
	0,710
	1,125
	0,640
	0,76
	A6
	0,640
	1,125
	0,610
	0,70
	A7
	0,610
	0,690
	0,210
	0,28
	A8
	0,210
	0,510
	 
	0,05
	Área Total
	3,78
Cálculo da Área da seção B
 A seção B foi perfurada em sete pontos conforme a figura 02, a média de profundidade foi de 0,51 m. Fazendo o produto da largura pela média da profundidade obtém-se 3,50 m² de área para esta seção conforme tabela 01.
Figura 03 – Seção transversal B do curso d’água.
Cálculo da área da seção B, usando o cálculo das figuras geométricas.
 Calculou-se área A1 e A8 como um triângulo fazendo o cálculo da base x altura dividindo o resultado por dois. Continuando com os cálculos as áreas A2, A3, A4, A5, A6 e A7, foram calculadas usando a fórmula para o cálculo de área de um trapézio, base menor mais base maior vezes altura dividindo o resultado por dois. Os resultados encontram-se na Tabela 03.
Tabela 03 - Valores de profundidades em metros, medidos em diferentes pontos.
	SEÇÃO B
	Área
	Base maior
	Altura(m)
	Base menor(m)
	Área(m²)
	A1
	0,140
	0,450
	 
	0,03
	A2
	0,510
	0,750
	0,140
	0,24
	A3
	0,570
	1,125
	0,510
	0,61
	A4
	0,600
	1,125
	0,570
	0,66
	A5
	0,690
	1,125
	0,600
	0,73
	A6
	0,850
	1,125
	0,690
	0,87
	A7
	0,850
	0,510
	0,140
	0,25
	A8
	0,140
	0,690
	 
	0,05
	Área Total
	3,43
Cálculo da Área da seção C
 A seção C foi perfurada em sete pontos conforme a figura 02, a média de profundidade foi de 0,46 m. Fazendo o produto da largura pela média da profundidade obtém-se 2,88 m² de área para esta seção conforme tabela 01.
Figura 04 - Seção transversal C do curso d’água.
Cálculo da área da seção C, usando o cálculo das figuras geométricas.
 Calculou-se área A1 e A8 como um triângulo fazendo o cálculo da base x altura dividindo o resultado por dois. Continuando com os cálculos as áreas A2, A3, A4, A5, A6 e A7, foram calculadas usando a fórmula para o cálculo de área de um trapézio, base menor mais base maior vezes altura dividindo o resultado por dois. Os resultados encontram-se na Tabela 04.
Tabela 04 - Valores de profundidades em metros, medidos em diferentes pontos.
	SEÇÃO C
	Área
	Base maior
	Altura(m)
	Base menor(m)
	Área(m²)
	A1
	0,050
	0,530
	 
	0,01
	A2
	0,460
	0,320
	0,050
	0,08
	A3
	0,610
	1,125
	0,460
	0,60
	A4
	0,650
	1,125
	0,610
	0,71
	A5
	0,800
	1,125
	0,650
	0,82
	A6
	0,800
	1,125
	0,310
	0,62
	A7
	0,310
	0,430
	 
	0,07
	A8
	0,000
	0,420
	0,000
	0,00
	Área Total
	2,91
Cálculo do tempo
 Obs.: Cada objeto foi liberado 3 metros antes da seção A para que ganhasse aderência a velocidade da água. 
Tabela 05 - Recipiente de Plástico Fechado com água (30%).
	Tempo
	Seção (A - B)(s)
	Seção (B - C)(s)
	T1
	5,71
	5,14
	T2
	6,13
	5,01
	T3
	7,46
	5,85
	T4
	6,42
	5,32
	T5
	7,69
	6,22
	MÉDIA ( Ttotal/5 )
	6,68
	5,51
 O cronometro foi acionado quando o objeto passou pela seção A e de acordo com a tabela 02 obteve uma média de tempo de 6,68s até a seção B. Ainda analisando a tabela 02 observa-se que o objeto tem um tempo médio de 5,51s segundos entre as seções B e Seção C. O experimento foi repetido cinco vezes. 
Tabela 06 - Objeto de Madeira.
	Tempo
	Seção (A - B)(s)
	Seção (B - C)(s)
	T1
	5,84
	6,29
	T2
	6,90
	5,54
	T3
	6,59
	5,17
	T4
	6,99
	5,41
	T5
	6,69
	4,74
	MÉDIA ( Ttotal/5 )
	6,60
	5,43
 O cronometro foi acionado quando o objeto passou pela seção A e de acordo com a tabela 03 obteve uma média de tempo de 6,60s até a seção B. Ainda analisando a tabela 03 observa-se que o objeto tem um tempo médio de 5,43s segundos entre as seções B e Seção C. O experimento foi repetido cinco vezes. 
Tabela 07 - Objeto de Carvão.
	Tempo
	Seção (A - B)(s)
	Seção (B - C)(s)
	T1
	6,00
	6,00
	T2
	6,08
	5,58
	T3
	6,00
	5,74
	T4
	6,99
	5,31
	T5
	6,51
	5,70
	MÉDIA ( Ttotal/5 )
	6,32
	5,67
 O cronometro foi acionado quando o objeto passou pela seção A e de acordo com a tabela 04 obteve uma média de tempo de 6,32s até a seção B. Ainda analisando a tabela 04 observa-se que o objeto tem um tempo médio de 5,67s segundos entre as seções B e Seção C. O experimento foi repetido cinco vezes. 
Comparação entre o cálculo de vazão usando uma garrafa de plástico, usando um objeto de madeira e um objeto de carvão.
Tabela 08 - Dados Usando Garrafa de Plástico.
	Seção 
	Comprimento(m)
	T(s)
	V(m/s)
	 
	A
	
	
	
	 
	B
	3
	6,68
	0,45
	 
	C
	6
	5,51
	0,54
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Seção
	Área (m²)*
	Vazão (m³/s)*
	Área (m²)**
	Vazão (m³/s)**
	A
	3,92
	
	3,78
	 
	B
	3,50
	1,57
	3,43
	1,54
	C
	2,88
	1,57
	2,91
	1,59* Calculo usando a média das alturas
	** Cálculo figuras geométricas
Tabela 09 - Dados Usando Objeto de Madeira.
	Seção 
	Comprimento(m)
	T(s)
	V(m/s)
	 
	A
	
	
	
	 
	B
	3
	6,60
	0,45
	 
	C
	6
	5,43
	0,55
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Seção
	Área (m²)*
	Vazão (m³/s)*
	Área (m²)**
	Vazão (m³/s)**
	A
	3,92
	
	3,78
	 
	B
	3,50
	1,59
	3,43
	1,56
	C
	2,88
	1,59
	2,91
	1,61
	 
	* Calculo usando a média das alturas
	** Cálculo figuras geométricas
Tabela 10 - Dados Usando Objeto de Carvão.
	Seção 
	Comprimento(m)
	T(s)
	V(m/s)
	 
	A
	 
	 
	 
	 
	B
	3
	6,32
	0,47
	 
	C
	6
	5,67
	0,53
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Seção
	Área (m²)*
	Vazão (m³/s)*
	Área (m²)**
	Vazão (m³/s)**
	A
	3,92
	 
	3,78
	 
	B
	3,50
	1,66
	3,43
	1,63
	C
	2,88
	1,52
	2,91
	1,54
	 
	* Calculo usando a média das alturas
	** Cálculo figuras geométricas
 As tabelas 08, 09 e 10 mostram que as várias formas aplicadas para o cálculo da vazão matem valores aproximados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Diante do trabalho exposto e dos resultados obtidos pode-se considerar satisfatório o cumprimento de todas as atividades desenvolvidas. Tendo em vista que para trabalhos futuros a comparação de resultados com equipamentos de precisão é fundamental para conhecimento aproximado de valores corretos de vazão.
 A relação para minimizar erros resultantes de velocidade da água nas margens, fundo e superfícies, faz-necessários experimentos futuros para relacionar coeficientes que corrigem o cálculo de vazão.

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