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07/06/2011 1 BIOLOGIA CELULAR Citoesqueleto Angel Roberto Barchuk –Instituto de Ciências Biomédicas Ramal 1300 - Email: barchuk@unifal-mg.edu.br Forma celular Posição de organelas Organização geral do citoplasma Movimento celular Citoesqueleto Componente intracelular dinâmico responsável por Citoesqueleto Componente intracelular dinâmico constituído por Três tipos fundamentais de filamentos protéicos Filamentos de actina Filamentos intermédios Microtúbulos Proteínas acessórias Filamentos de actina 7nm diâmetro Moléculas de actina G (globular) polimerizam para formar filamentos de actina Actina G Actina F 7nm diâmetro Extremidade (-) Extremidade (+) Nucleação Monômero de actina (G) e sua polimerização em filamentos 07/06/2011 2 Modelo espacial da organização da actina F Os 14 monômeros de actina G estão representados em cores diferentes Polimerização reversível de filamentos de actina O equilíbrio entre associação e dissociação de subunidades de actina no filamento é alcançado quando Kd= Cc x Ka Os monômeros de actina-ATP se associam mais rapidamente à extremidade mais dos filamentos que os de actina-ADP à extremidade menos. O processo de dissociação segue um padrão inverso, o qual permite a ocorrência do fenômeno de treadmilling Extremidade (-) Extremidade (+) Ao redor de 20 proteínas acessórias regulam a organização dos filamentos de actina Estabilização de filamentos Quebra de filamentos União de filamentos ou cross-links Proteínas de polimerização e despolimerização Proteínas de intercâmbio de nucleotídeos A actina e sua relação com outros componentes e processos celulares O início da polimerização de moléculas de actina G num filamento (nucleação) é promovido por um dímero da proteína formina Nucleação 07/06/2011 3 Os Complexos Arp2/3 possibilitam a nucleação ramificante Extremidade (-) Extremidade (+) Resumindo as três vias de nucleação para a polimerização de actina globular Goode and Eck (2007) Annu. Rev. Biochem. A proteína cofilina (da família das actin depolymerizing factors) pode atuar na despolimerização de filamentos de actina e também ... Extremidade (-) Extremidade (+) ... na quebra de filamentos de actina Extremidade (-) Extremidade (+) A organização dos filamentos de actina 07/06/2011 4 A polimerização de actina pode formar feixes e redes, o que dá origem a estruturas tridimensionais complexas Filamentos de actina Proteína de união Isolada primeiramente a partir das microvilosidades das células absortivas do intestino, a fimbrina, uma proteína com 3 domínios fundamentais, é um exemplo de proteína de união a actina q forma feixes de espaçamento curto A proteína alfa-actinina, por outro lado, é uma proteína de união a actina que possibilita a formação de feixes de espaçamento longo, no caso, permitindo a contração celular Dímeros de filamina possibilitam a formação de redes de actina, as que normalmente se encontram sob a membrana plasmática, dando suporte celular Domínio de dimerização Domínio de união a actina Domínio espaçador tipo folha-beta pregueada Mediante os chamados contatos focais, regiões da membrana plasmática ancoram-se na matriz extracelular com a participação de feixes de actina (fibras de estresse) no lado citosólico e das proteínas de membrana integrinas Feixes de filamentos de actina A união das fibras de estresse à membrana plasmática nos contatos focais 07/06/2011 5 Nas junções de adesão, as células interagem mediante a participação de proteínas transmembrana denominadas caderinas, que se ligam intracelularmente a filamentos de actina através de proteínas acessórias como cateninas e vinculinas As microvilosidades de células absortivas como as intestinais possuem esqueleto de filamentos de actina entrelaçados por proteínas acessórias como a vilina e a fimbrina. A ancoragem dos filamentos de actina à membrana plasmática está mediada por miosina I e calmodulina. Membrana plasmática Filamentos de actina Complexo miosina I e calmodulina Vilina e fimbrina Rede terminal Organização de uma micro- vilosidade Nas células epiteliais do intestino delgado de mamíferos, as microvilosidades se manifestam citologicamente na forma de uma borda estriada Pseudopódios, lamelipódios e filopódios são estruturas celulares dinâmicas formadas com esqueleto de filamentos de actina Actina, miosina e movimento celular A proteína miosina é um motor molecular, capaz de converter energia química, na forma de ATP, em energia mecânica, gerando força e movimento A contração das células musculares está determinada pela interação entre os componentes de um complexo protéico, entre os que se encontram a actina e a miosina Sarcômero 07/06/2011 6 Estrutura das células musculares As proteínas acessórias titina e nebulina A titina é uma molécula gigante de ~3.000kDa que estabiliza a movimentação dos complexos de miosina durante os ciclos de contração-relaxação A nebulina regula a polimerização dos filamentos de actina CapZ-α-actinina A base da contração muscular se encontra nos movimentos do complexo sarcomérico Fechando a cortina A miosina II forma um complexo protéico constituído por cadeias leves e pesadas Cadeia leve essencial Cadeia leve reguladora Cadeia pesada Cabeça globular Hélice de duas caudas de alfa hélices A organização dos filamentos grossos de miosina Modelo de ação da miosina II na contração muscular Proposto com base em resultados de experimentos in vitro e da determinação da estrutura tridimensional da miosina feitos por Spudich e Sheetz e Rayment et al. 07/06/2011 7 Sítios de união a miosina expostos O Ca++ liberado do retículo sarcoplásmico se liga à troponina C induzindo mudanças conformacionais no complexo troponina-tropomiosina que finalizam na interação da cabeça de miosina com as moléculas de actina As células não musculares se contraem usando também a interação actina-miosina A citocinese é um processo que também depende da interação de moléculas de actina e miosina durante a ação do anel contrátil Miosinas não musculares Além da miosina II, que está organizada em tetrâmeros com duas cabeças, existem ~13 tipos de miosinas. As miosinas não musculares, como a miosina I, não possuem caudas longas e participam da ligação de filamentos de actina com a membrana plasmática (como nas microvilosidades) ou Participam no movimento de vesículas no interior celular A miosina I transporta vesículas intracelulares interagindo com os filamentos de actina A miosina V também participa no transporte intracelular, por exemplo, de filamentos intermédios 07/06/2011 8 Formação de protrusões e movimento celular Migração de células embrionárias Invasão de tecidos por linfócitos Migração celular na cicatrização Metástase Fagocitose Extensão de projeções citoplásmicas no desenvolvimento do sistema nervoso O processo de migração celular Protrusão Adesão ao substrato Contração traseira Polimerização e ramificação de filamentos de actina Despolimerização de filamentos de actinaRamificação de filamentos de actina na frente de protrusão Most transcripts enriched in pseudopodia encode proteins with various functions, ranging from membrane traffic to cytoskeletal organization, signalling, microtubule-based transport and RNA metabolism, as well as a number of uncharacterized proteins Filamentos intermédios 8-11nm diâmetro Citoesqueleto Componente intracelular dinâmico constituído por Três tipos fundamentais de filamentos protéicos Filamentos de actina (7nm) Filamentos intermédios (8-11nm) Microtúbulos (25nm) Proteínas acessórias 07/06/2011 9 As proteínas dos filamentos intermédios Ao contrário dos filamentos de actina e dos microtúbulos, que estão formados somente por um tipo protéico, existem mais de 65 proteínas que formam filamentos intermédios Organização geral das proteínas de filamento intermédio Apesar da grande variedade, todas as proteínas do grupo possuem uma organização similar Domínio central Cabeça Cauda Montagem de filamentos intermédios Polipéptido Dímero Tetrâmero Protofilamento Filamento Organização intracelular dos filamentos de queratina Os desmossomos e hemi- desmossomos são áreas de interação entre células e entre células e matriz extracelular com a participação de filamentos intermédios de tipo queratínico queratina Nos desmossomos, a queratina interage com proteínas de união que permitem uma forte ligação intercelular Caderinas 07/06/2011 10 Nos hemi- desmossomos, a queratina interage com proteínas de união que permitem ligar a célula à matriz extracelular Filamentos intermédios e microtúbulos podem estar ligados por pontes de plectina Filamento intermédio Esclerose lateral amiotrófica (doença de Lou Gehrig), produto da acumulação anormal de neurofilamentos Stephen Hawking’s website: http://www.hawking.org.uk/home/hindex.html Citoesqueleto Componente intracelular dinâmico constituído por Três tipos fundamentais de filamentos protéicos Filamentos de actina Filamentos intermédios Microtúbulos Proteínas acessórias Microtúbulos 07/06/2011 11 Heterodímeros de tubulina α e β polimerizam em estruturas ocas denominadas microtúbulos As subunidades de β tubulina ligam GTP, que, quando é hidrolisado muda a conformação da subunidade tornando mais fraca a união inter- molecular, facilitando, assim, a despolimerização do microtúbulo Assim como no caso dos filamentos de actina, nos microtúbulos também acontece o fenômeno de treadmilling, onde GTP-tubulina são associados à extremidade mais e GDP-tubulina dissociados da extremidade menos, gerando o estado de instabilidade dinâminca Uma maior disponibilidade de GTP- tubulina induz o crescimento do microtúbulo Baixa disponibilidade de GTP-tubulina induz o encurtamento do microtúbulo, devido à despolimerização das GDP-tubulina na extremidade mais As proteínas acessórias MAP, catastrofina e estatmina, regulam a polimerização dos microtúbulos 07/06/2011 12 Organização intracelular dos microtúbulos Primeiramente descobertos por Theodor Boveri (1888), os centrossomos são os centros organizadores de microtúbulos em céls. animais Os centrossomos possuem microtúbulos com suas extremidades mais dirigidas para a periferia permitindo a polimerização Antes e... Depois ... de aplicar Colcemid às células O início da polimerização de microtúbulos (nucleação) é promovido pela γ-tubulina e mais de outras 8 proteínas nos complexos em anel dos centrossomos Os centrossomos estão constituídos por um par de centríolos e material pericentriolar Os centríolos estão formados por 9 tripletes de microtúbulos, de maneira semelhante aos corpos basais de cílios e flagelos A estrutura de um centríolo Fibra de centrina microtúbulo microtúbulo microtúbulo Triplete de microtúbulos 07/06/2011 13 O comportamento dos microtúbulos é regulado também por proteínas acessórias, denominadas MAPs (proteínas associadas a microtúbulos) MAP 1 MAP 2 MAP 4 tau Microtúbulos e polaridade neural Motores moleculares de microtúbulos Extremidade + Há 45 kinesinas em humanos N- C- Ronald D. Vale, Thomas S. Reese and Michael P. Sheetz (1985) Identification of a novel force-generating protein, kinesin, involved in microtubule-based motility. Cell 42:39-50 O transporte de vesículas pelos microtúbulos e motores moleculares é altamente específico A kinesina I transporta mRNA de actina em fibroblastos A dineína transporta mRNAs específicos no embrião de Drosophila 07/06/2011 14 A organização intracelular de organelas membranosas é responsabilidade dos microtúbulos RE Microtúbulos Modelo de ligação de organela membranosa a microtúbulo Os microtúbulos e a formação de cílios e flagelos Os flagelos de espermatozóides têm eixo de microtúbulos -Ouriço de mar- Os cílios do Paramecium ... 07/06/2011 15 34.000xhttp://www.sciencemag.org/content/vol325/issue5944/cover.dtl Cílios e microvilosidades Corte transversal de um axonema (cílio ou flagelo) Raio Túbulo A Túbulo B Nexina Membrana plasmática Par central Braço de dineína Camada interna Os corpos basais são estruturas organizadoras de axonema e possibilitam seu crescimento O movimento de microtúbulos em cílios e flagelos Os microtúbulos na divisão celular Os microtúbulos do fuso se ligam aos cromossomos condensados na metáfase 07/06/2011 16 Formação do fuso mitótico Os centrossomos se duplicam durante a interfase e migram na prófase, permitindo, após a desorganização do envelope nuclear, a ancoragem dos cromossomos na extremidade mais dos microtúbulos Compostos que afetam a organização dos filamentos de actina e dos microtúbulos Drogas que ligam actina Phalloidin binds and stabilizes filaments Cytochalasin caps filament plus ends Swinholide severs filaments Latrunculin binds subunits and prevents their polymerization Drogas que ligam tubulina Taxol binds and stabilizes microtubules Colchicine, colcemid binds subunits and prevents their polymerization Vinblastine, vincristine binds subunits and prevents their polymerization Nocodazole binds subunits and prevents their polymerization Figures from: Alberts B. et al. (2002) Molecular Biology of the cell. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/bv.fcgi?rid=mboc4.TOC&depth=2 (March 30, 2007) Cooper GM and Hausman RE (2007) The Cell. A molecular approach. Sinauer 4th edition Em células de músculo liso e em células não musculares a contração é também regulada por Ca++, mas, nestes casos este íon se une à calmodulina que forma assim um complexo com a kinase de cadeia leve de miosina, o qual fosforila à miosina permitindo a contração Na anáfase A os cromossomos são separados pelo encurtamento dos microtúbulos cinetocóricos e cromossômicos que despolimerizam Na anáfase B, os microtúbulos polares crescem e deslizam um sobre outros, permitindo a separação dos centrossomas e facilitando a posterior citoquinese. Os microtúbulos astrais encurtam-se se ancorando na membrana plasmática, ajudando na separação dos polos
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