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Modelo de TCC Anhanguera 2016

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FACULDADE ANHANGUERA DE RONDONÓPOLIS
Av. Ary Coelho, nº 829 – Rondonópolis MT.
CEP 78705-050 – (66) 3411-7600
Adriel Rangel Blaszak
João Paulo Camargo
Raphael Monteiro de Barros Neitzke
GERENCIAMENTO E PREVENÇÃO DE RISCOS E ACIDENTES DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS
Rondonópolis
2017�
Adriel Rangel Blaszak
João Paulo Camargo
Raphael Monteiro de Barros Neitzke
GERENCIAMENTO E PREVENÇÃO DE RISCOS E ACIDENTES DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS
Projeto apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Instituição Anhanguera Educacional como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro
Rondonópolis
2017
GERENCIAMENTO E PREVENÇÃO DE RISCOS E ACIDENTES DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Rondonópolis, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil.
Aprovado em: ___/___/______
BANCA EXAMINADORA
					_________________________________________
Prof. Leonel Gomes da Conceição Pinto
_________________________________________
Prof. Bruno Fernandes
_________________________________________
Prof. Job Soares
AGRADECIMENTOS
Venho por meio desta agradecer a todos que colaboraram com a execução do presente trabalho, entre eles:
Daniele Monteiro de Barros Mendes Franco
Prof. Bruno Fernandes
Prof. Leonel Gomes da Conceição Pinto
Eduardo Zini, Auditor do MTE
RESUMO
O presente trabalho foi desenvolvido através de pesquisa com o intuito de demonstrar a importância normas regulamentadoras e dispositivos de proteção, na indústria da construção civil. Houve um levantamento das NRs mais relevantes e a análise de registros de acidente de trabalho, coletadas em um dos órgãos responsáveis pelo processamento destes dados na cidade de Rondonópolis, no estado do Mato Grosso.
Palavras-chave: Acidente de trabalho, Normas regulamentadoras, Segurança.
ABSTRACT
The present work was developed through research in order to demonstrate the importance of the regulatory norms and protection devices, in the construction industry. There was a survey of the most relevant NRs and the analysis of work accident records, collected in one of the agencies responsible for processing these data in the city of Rondonópolis, Mato Grosso state.
Key words: Accident at work, Regulatory norms, Safety.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO ................................................................................................. 8
2.	NORMAS REGULAMENTADORAS ............................................................. 10
2.1.	A importância do programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA) ................................................................................................................................... 10
2.2.	Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) ............. 11
2.3.	Comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) .............................. 12
2.4.	Equipamento de proteção individual (EPI) ................................................ 13
3.	ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL E NO MUNDO .......................... 15
3.1.	Dados nacionais e internacionais .............................................................. 15
3.2.	A negligência brasileira em divulgar os acidentes de trabalho .............. 15
3.3.	Dados de acidentes do estado do mato grosso e das empresas do município em estudo .............................................................................................. 16
4.	ENTREVISTA A UMA EMPRESA DO RAMO .............................................. 18
5.	CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 20
6.	METODOLOGIA ............................................................................................ 22
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 23
��
INTRODUÇÃO
	O Setor da Construção Civil cada vez mais tem apresentado altos índices de acidentes de trabalho, e desta forma uma das maiores preocupações na indústria civil, é a criação de mecanismos para evitá-los e garantir a integridade de todos os envolvidos no ambiente de trabalho.
	Nesse contexto, há a necessidade de profissionais capacitados em desenvolver orientações para implementar programas de gerência de riscos, ou seja, implantação de processos que viabilizem a diminuição do risco de acidentes através do desenvolvimento de normas técnicas e responsabilidades do empregador e dos empregados perante a causa segurança.
	O presente trabalho trata desse assunto, dada a grande negligência das empresas em comunicar os números reais de seus acidentes nos canteiros de obra e como isso afeta o desenvolvimento de mecanismos que possam, de alguma forma evita-los ou minimiza-los., trazendo assim mais segurança a todo o pessoal presente nesses ambientes.
	O estudo também busca demonstrar graficamente os índices de acidentes de trabalho e compara-los em diversos níveis, regional, nacional e internacional. O mesmo também apresenta a desatualização ocorrente nos bancos de dados de todo o país referentes aos registros de acidentes de trabalho.
1.1 pROBLEMA
	Atualmente, com todos os recursos e equipamentos existentes, será possível a elaboração de um planejamento para a prevenção de acidentes?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral:
Este estudo tem por objetivo prever, quantificar e classificar os riscos no ambiente de trabalho para que assim se possa desenvolver um plano de ação afim de prevenir, informar e conscientizar todos os envolvidos na área de construção civil em Rondonópolis.
1.2.2 Objetivos específicos:
	- Utilizar as NRs (Normas Regulamentadoras) para se demonstrar quais as melhores medidas a se tomar para se combater e prevenir acidentes de trabalho.
	- Analisar e demonstrar os dados internacionais e nacionais gerais. Também dados coletados no MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) da cidade de Rondonópolis sobre acidentes ocorridos durante um período de até 5 anos, classificando os tipos e as causas dos mesmos.
	- Buscar informações através de pesquisa de campo entrevistando alguma empresa no ramo da construção civil de Rondonópolis para propor ações que previnam acidentes no ambiente de trabalho.
1.3 juSTIFICATIVA
	O gerenciamento e a prevenção de riscos no ambiente de trabalho têm um papel fundamental para manter o bem estar de todos os envolvidos, garantindo oficinas de treinamentos e conscientização dos trabalhadores, acidentes fatais ou não, possam ser evitados. Nota-se que grande parte destes, ocorrem por imprudência do trabalhador ou do seu superior.
	Após o início da criação das Normas Regulamentadoras em 1978, o número de acidentes por ano começou a diminuir gradativamente de 1.000.000 (um milhão) para em média 400.000 (quatrocentos mil) no ano corrente.
	Pode-se assim dizer que, a partir das estatísticas citadas acima, as empresas que usam como medidas de prevenção (treinamentos e equipamentos recomendados) mantendo controle da qualidade e da quantidade, a probabilidade de que um acidente possa ocorrer será bastante reduzida.
	Empresas que não seguem as normas regulamentadoras, estão sujeitas a processos indenizatórios, com penalidades cíveis, criminais, além do desgaste da própria imagem perante a sociedade e outras consequências que podem culminar com falência da mesma.
Normas regulamentadoras
	Atualmente existem 36 NRs, todas com o objetivo de definir os requisitos técnicos e legais sobre as características mínimas de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO). São elaboradas por uma comissão formada por membros do Governo, empregadores e funcionários.
	Em geral, as normas conseguem cobrir as principais atuações empresariais do país. Aseguir estão descritas algumas das mais relevantes normas referentes a área de estudo do presente trabalho:
2.1 NR-09. O PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA).
	Como descrito na Norma Regulamentadora de nº 09 (nove), torna-se obrigatório a elaboração e implementação do PPRA. Pois com o mesmo é possível antecipadamente reconhecer, avaliar e controlar a ocorrência dos riscos ambientais aos quais os trabalhadores estarão expostos.
	Para o desenvolvimento do PPRA a NR-09 consta que se deve incluir as seguintes etapas:
- Antecipação e reconhecimento dos riscos;
- Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
- Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
- Implantação das medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
- Monitoramento da exposição aos riscos;
- Registro e divulgação dos dados.
	Desenvolvido o plano, cabe ao empregador a responsabilidade de assegurar cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa. E da mesma forma, cabe aos trabalhadores colaborar com a implantação e execução do plano, assim como seguir as orientações recebidas e informar ocorrências que possam implicar riscos a si mesmo e a outros envolvidos.
	Através de um bom plano de prevenção é possível que se evite um enorme número de acidentes de trabalho, porém o simples desenvolvimento e aplicação do plano ainda não é suficiente para que se erradique por completo os acidentes ocupacionais. Também se faz necessário a criação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) além de outras medidas que serão descritas a seguir.
2.2 NR-07. PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO)
	Este programa deve ter caráter preventivo, de rastreamento e diagnóstico precoce dos possíveis agravantes à saúde dos trabalhadores.
	O PCMSO, visando um melhor acompanhamento da saúde dos trabalhadores torna obrigatório que o empregador realize os seguintes exames com seus empregados:
- Admissional;
- Periódico;
- De retorno ao trabalho;
- De mudança de função;
- Demissional.
	Dessa forma é possível que se tenha parâmetros para o acompanhamento da saúde do operário, muitas vezes prevenindo lesões físicas, problemas respiratórios, auditivos e/ou oculares.
	Os exames exigidos variam de acordo com a função de cada trabalhador, a lista de exames exigidos para cada função apresenta-se disposta na Norma Regulamentadora Nº07 (sete) bom como em seus anexos.
2.3 NR-05. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA)
	A CIPA tem por objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, a mesma é composta por representantes do empregador e dos empregados. A composição da comissão deve seguir os parâmetros descritos no Quadro I presente na Norma Regulamentadora 05.
	Os representantes da CIPA que correspondem aos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados, quanto aos representantes dos empregados e suplentes, ocorrerá um processo eleitoral, em escrutínio secreto, do qual participem exclusivamente os empregados interessados.
	O processo eleitoral observará as seguintes condições:
a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze dias;
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante;
d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;
e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato da CIPA, quando houver;
f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.
g) voto secreto;
h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão eleitoral;
i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;
j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo de cinco anos. (NR-05, 2011)
	A comissão tem por atribuição: Identificar os riscos do processo do trabalho; Elaborar o plano de trabalho de modo que possibilite a ação preventiva na prevenção de problemas; Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção; Realizar verificações de ambiente; Realizar avaliação do cumprimento das metas; Divulgar as informações relativas à segurança; Participar com SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) das discussões para avaliar os impactos de alteração de ambiente e processo de trabalho; Colabora com a implementação do PCMSO e PPRA, programas já citados acima; Divulgar e promover o cumprimento das NRs; Requisitar à empresa as cópias da CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho) emitidas.
2.4 NR-06. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) E EQUIPAMENTO CONJUGADO DE PROTEÇÃO
	Consideram-se EPI todo e qualquer dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, tendo destino a proteção de riscos e acidentes que ameaçam a segurança e saúde no trabalho; cada equipamento só poderá ser utilizado se estiver de acordo com o Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo órgão competente contido no MTE. O empregador é obrigado a fornecer equipamentos aos seus trabalhadores gratuitamente e em perfeito estado de funcionamento nas seguintes circunstâncias:
- Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
- Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
- Para atender a situações de emergência.
Abaixo seguem exemplos de equipamentos utilizados atualmente:
- Equipamentos para proteção de cabeça: Capacete;
- Equipamentos para proteção dos olhos e face: Óculos, Protetor Facial, Máscara de Solda;
- Equipamentos para proteção auditiva: Protetor Auricular;
- Equipamentos para proteção respiratória: Máscara com filtro;
- Equipamentos para proteção do tronco: Vestimentas específicas contra riscos térmicos, mecânicos, radioativos e meteorológicos;
- Equipamentos para proteção dos membros superiores: Luvas, braçadeiras, cremes protetores;
- Equipamentos para proteção dos membros inferiores: Calçados com proteção de ponta de ferro, perneiras, meias e calças;
- Equipamentos para proteção do corpo inteiro: Macacões;
- Equipamentos para proteção contra quedas de nível: Cinturão de segurança.
acidentes de trabalho no BRASIL E NO MUNDO
3.1 dados nacionais e internacionais
	Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), o Brasil, possui o último registro detalhado disposto na mesma no ano de 2000 e é o 4º colocado no ranking mundial de mortes por acidentes de trabalho, ficando atrás somente da China, EUA e Rússia.
	Em 2008 a China registrou 83.196 acidentes fatais, nos Estados Unidos foram 5071 e no Brasil 2757. Comparados a países desenvolvidos como a Suiça, que apresentou o registro de 1780 acidentes fatais, percebe-se o quanto é falho a preocupação com a vida e as condições de trabalho em países em desenvolvimento.
	Tratando de acidentes não fatais, a Suíça apresentou em 2000, 7041 acidentes, na área de construção, para cada 100 mil habitantes. No Brasil esse número foi de 2037 na mesma proporção, porém cabe lembrar que a população brasileira na época era de aproximadamente 175 milhões de pessoas e na Suíça de 7,1 milhões. O que torna os números brasileiros mais preocupantes.
3.2 A NEGLIGÊNCIA BRASILEIRA EM DIVULGAR OS ACIDENTES DE TRABALHO
	É fato amplamente conhecido e divulgado os números recordes de acidentes de trabalho que o Brasil acumula, estando entre os campeões dessas estatísticas há décadas. E nãomenos conhecido é o fato de que existe uma enorme subnotificação desses acidentes.
	Abaixo, na tabela 1, seguem os dados coletados em 2013 pelo IBGE comparados aos dados do Ministério da Previdência Social:
	Tabela 1 - Distribuição de pessoas com 18 anos ou mais de idade estimadas na PNS que referiram ter sofrido acidente de trabalho nos últimos 12 meses e número de acidente de trabalho registrados na Previdência Social, segundo faixa etária, em 2013.
	Faixa Etária
	PNS
	%
	Previdência
	%
	Razão
	18 a 29 anos
	1.676.000
	33,87
	248.689
	34,64
	 6,74 
	30 a 39 anos
	1.417.000
	28,64
	220.061
	30,65
	 6,44 
	40 a 59 anos
	1.572.000
	31,77
	234.579
	32,68
	 6,70 
	60 anos ou mais
	283.000
	5,72
	14.582
	2,03
	 19,41 
	Total
	4.948.000
	100,00
	717.911
	100,00
	 6,89 
	Fonte: IBGE (2013) e PNS (2013)
	A pesquisa mostrou que a Pesquisa Nacional de Saúde aponta números quase 7 vezes maiores que os da Previdência.
	Para quem tinha dúvidas, o fosso da subnotificação é grande. O que certamente está relacionado à baixa taxa de formalização do emprego, principalmente nas regiões norte e nordeste.
3.3 DADOS DE ACIDENTES DO ESTADO DO MATO GROSSO E DAS EMPRESAS DO MUNICÍPIO EM ESTUDO
	Abaixo segue a tabela 2, com o número de acidentes registrados no estado de Mato Grosso nos anos de 2011 a 2014:
	Tabela 2 - Número de acidentes registrado sem e com CAT no estado de Mato Grosso entre os anos de 2011 e 2014
	Ano
	Acidentes Totais
	Com CAT
	Sem CAT
	2011
	13437
	9755 (72,6%)
	3682 (27,4%)
	2012
	13372
	9909 (74,1%)
	3463 (25,9%)
	2013
	14015
	10718 (76,9%)
	3237 (23,1%)
	2014
	13751
	11001(80,0%)
	2750 (20,0)
	Fonte: O autor (2016).
	No portal da previdência não constam as estatísticas dos anos de 2015 e 2016 pois a atualização destes dados ocorre a cada 03 (três) anos.
	Visitado o Ministério do Trabalho e Emprego da cidade de Rondonópolis foi possível que fossem coletados dados do ano de 2016 referentes ao registro de acidentes e doenças do trabalho no município e cidades vizinhas.
	Apesar de muitas empresas do município deixarem de reportar os acidentes de trabalho de condição grave ou gravíssima, foi possível, graças ao Auditor Fiscal do Ministério, recolher dados suficientes para a realização da tabela 3, que segue abaixo:
	Tabela 3 - Acidentes registrados, com e sem CAT, em empresas de construção civil na cidade Rondonópolis, MT.
	Empresa
	Acidentes Totais
	Com CAT
	Sem CAT*
	Const. Farias
	10
	1
	9
	Profit
	12
	0
	12
	Const. Kolling
	5
	1
	4
	Concresul
	6
	2
	4
	Fonte: O autor (2016).
*Alguns documentos de CAT (Comunicações de Acidente do Trabalho) foram registrados com atraso após conhecimento do INSS
	Como pôde ser verificado na tabela acima, algumas empresas evitam comunicar os acidentes para não prejudicar sua imagem, mostrando quão perigosas são e assim reduzindo seus valores de mercado.
eNTREVISTA A UMA EMPRESA DO rAMO
	Em busca de um levantamento de dados afim de demonstrar o índice de acidentes no ambiente de trabalho (canteiro de obra) foi realizado uma entrevista com a sócio fundadora da empresa A3 Arquitetura e Engenharia, uma empresa do ramo de construção civil da cidade de Rondonópolis.
	Stace Konno, arquiteta, reportou que a empresa possui um canteiro de obras ativo no município, que compreende à execução de uma residência de nível térreo e médio padrão.
	A empresa faz questão de que os funcionários, desde a contratação, recebam o treinamento para o correto uso e manutenção dos EPIs fornecidos pela construtora.
	Outra ação tomada pela empresa que busca a redução da possibilidade de um acidente é a disposição de um carro para o transporte dos funcionários, dessa forma é possível evitar a exposição dos mesmos a um possível acidente de trajeto.
	Em visita ao canteiro de obras ativo da empresa foi possível perceber a importância com a limpeza e a organização do canteiro de obras. Todas as ferramentas têm seu lugar especifico de armazenamento.
	Os materiais para a obra são armazenados em um container, exceto pela areia e pedra que estão dispostos a céu aberto, porém isolados em baias de madeira provisórias.
Quanto aos equipamentos, apenas os profissionais devidamente habilitados para tal podem operá-los. A máquina de solda, por exemplo, só pode ser operada pelo funcionário contratado para tal a função de soldador.
	A obra, apesar de pequena, consta também com avisos sobre a importância do uso de EPIs, cuidado com os materiais e a lembretes quanto a limpeza e organização do canteiro.
	A empresária ainda informou o seguinte: “Apesar de possuir menos de 2 anos de funcionamento, possuímos também outros canteiros de obra ativos na cidade de Pedra Preta, nos quais buscamos entregar sempre o melhor, com o mínimo de atrasos ou problemas.”.
	Nenhum funcionário da empresa, até o momento da elaboração deste trabalho, sofreu quaisquer tipos de acidente ou doença relacionada ao trabalho.
	considerações finais
	A indústria da construção civil, cresceu muito nos últimos anos, aumentando por consequência a necessidade de mão de obra qualificada. Muitas empresas tendem priorizar lucros e negligenciam a segurança de seus colaboradores.
	A falta de capacitação, treinamento e equipamentos de segurança, ocasionam um índice cada vez maior de acidentes nos canteiros de obra do país. Além do custo humano, existe também a sobrecarga nos custos de previdência para com esses funcionários.
	A NR09, trata do PPRA, um programa que precisa ser implantado e que facilita o reconhecimento, avaliação e controle dos riscos, assim reduzindo muito a possibilidade de um acidente no ambiente de trabalho.
	Outras normas de extrema importância e que se aplicam em quase todo tipo de obra no país são as NRs 05, 06 e 07 foram comentadas anteriormente. A aplicação dessas normas reduz o número de acidentes e também minimizam os danos caso estes inevitavelmente aconteçam.
	Os dados analisados mostram que as empresas brasileiras estão entre as principais responsáveis por acidentes fatais no mundo, ficando atrás da China, Estados Unidos e Rússia.
	A falta de comunicação dos acidentes aos órgãos responsáveis é outro grande problema. O número de acidentes chega a ser quase 7 vezes maior do que o notificado no Ministério da Previdência Social. Esses dados inconsistentes atrapalham o desenvolvimento de ferramentas e mecanismos que possam contribuir para a prevenção de problemas com a segurança dos colabores.
	É perceptível que as empresas do Estado de Mato Grosso e do município de Rondonópolis têm procurado formas de melhorar as condições de trabalho de modo geral, evitando danos provisórios e permanentes ao trabalhador, bem como reduzindo o ônus previdenciário e jurídico com pensões e indenizações.
	Conclui-se ainda que a maioria dos acidentes são de percurso e nem sempre são responsabilidade direta do trabalhador ou da empresa envolvida.
	A ampla divulgação destes dados poderia contribuir para um maior empenho dos governantes, da sociedade civil, empregadores, no sentido de ampliar políticas públicas de conscientização, educação, fiscalização, priorizando a vida, a segurança de todos os envolvidos, reduzindo custos e garantindo que o trabalhador desempenhe suas funções integralmente, durante todo o seu período produtivo.
	Por fim, conclui-se que se tem aumentado, ao longo dos anos, a preocupação com as normas de segurança e uso dos vários mecanismos capazes de melhorar a produtividade gerando cada vez menos riscos aos indivíduos envolvidos em todo o processo da indústria de construção civil. Apesar de estarmos longe dos padrões habitualmente encontrados em países desenvolvidos como a Suíça, já se iniciou um processo de investimentos no âmbito da segurança do trabalhador e fica a esperança que num futuro próximo, tenhamos melhores resultados. 
	
Metodologia
	Este trabalho foidesenvolvido a partir de uma revisão crítica literária, ou seja, de uma pesquisa bibliográfica que trabalhou com dados secundários sobre a gerencia e prevenção de riscos e acidentes de trabalho na construção civil na cidade de Rondonópolis.
	Segundo a compreensão de Marconi e Lakatos (2009) a execução de todo o estudo científico necessita de um estudo bibliográfico inicial e, no caso deste trabalho isto foi executado de forma a permitir o conhecimento do tema.
	Além das Normas Regulamentadores usadas para o conhecimento dos métodos e sistemas de gestão e prevenção de riscos e acidentes, foi realizada uma pesquisa, junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, do histórico de acidentes na área da construção civil na cidade de Rondonópolis, tais dados serão avaliados perante o uso das normas para poder estabelecer parâmetros de correção e prevenção de possíveis acidentes.
	Foi entrevistada também uma empresa do ramo de construção civil para que fossem analisados que medidas preventivas e corretivas a empresa toma a acerca do risco de acidentes e também foi questionado se na empresa havia algum histórico de acidentes, se foi comunicado e que ações foram tomadas sobre.
	Dessa forma, é possível perceber que em áreas em que existe uma maior preocupação em se desenvolver e zelar pelos sistemas de prevenção, o número e gravidade de acidentes no trabalho pode reduzir drasticamente.
REFERÊNCIAS
Portaria SIT n.º 247, NR-05: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. 2011;
Portaria MTE n.º 505, NR-06: Equipamentos de Proteção Individual. 2015;
Portaria MTE n.º 1.892, NR-07: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 2013;
Portaria MTE n.º 1.471, NR-09: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 2014.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PREVIDÊNCIA SOCIAL. Dados Abertos - Saúde e Segurança do Trabalhador. Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/dados-abertos-sst>. Acesso em: 30 de out. 2016.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. - Estatisticas principais (anual). Disponível em: <http://laborsta.ilo.org/STP/guest>. Acesso em: 03 de dez. 2016.
SAFETY|NEWS ALERT - Worker fatalities: How does China compare to U.S. Disponível em: <http://www.safetynewsalert.com/worker-fatalities-how-does-china-compare-to-u-s/>. Acesso em: 03 de dez. 2016.
ÁREASEG - Estatísticas de Acidentes de Trabalho (1970-2008). Disponível em: <http://www.areaseg.com/estatisticas>. Acesso em: 03 de dez. 2016.

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