O HOMEM QUE NÃO TINHA NADA.docx Trabalho Fianlizado

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TRABALHO EM GRUPO – TG
Aluno(s):
Elisete Turatti RA 1636814
Deliane Bevilaqua RA 1634852
POLO
São Miguel do Oeste
2017
O HOMEM QUE NÃO TINHA NADA
Em abril de 2015 José Perreira Tiago Sabino, conhecido pelo seu nome artístico Projota (cantor de Rap), lançou o vídeo clipe “O Homem que não tinha nada”. A música faz parte de seu álbum Foco, Força e Fé. O vídeo clipe contou com a direção de Lua Voigt seguido da participação especial da cantora Negra Li. 
O vídeo clipe tem uma duração de 3 minutos e 50 segundos, contendo cenas que resumem a vida do personagem narrado na música. Estas cenas que descrevem a letra da música foram gravadas na periferia de São Paulo. Junto à narração da musica, mais precisamente no refrão, surgem cenas onde aparecem Projota e Negra Li cantando sem instrumento algum, porém, estas em preto e branco.
 A música criada pelo rapper Projota descreve a história de um típico brasileiro batalhador, morador da periferia, pai de três filhos o qual é chamado de Josué. Este leva uma vida onde acorda cedo, encarrando um trem lotado todos os dias, zela pela sua família, e ainda é envolvido de problemas como falta de dinheiro, doenças etc. Apesar de não ter nada de valioso na vida, a canção descreve que ele sempre possuí muita fé e um sorriso estampado no rosto. 
Porém no final da canção Josué acaba sendo assassinado por outro homem que segundo a música também não tinha nada, mas possuía uma faca: “O homem que não tinha nada/Encontrou outro homem que não tinha nada/Mas esse tinha uma faca/Queria o pouco que ele tinha, ou seja, nada/Na paranoia, nóia, quem não ganha te ataca.” E assim o vídeo termina, conforme a letra da musica descreve, com a família de Josué tendo que se virar sem o pai. 
Portando, o vídeo clipe é uma intertextualidade da canção, pois usa uma tipologia romântica, narrando a letra da música. Kaplan (apud UNIP/ESTUDOS DISCIPLINARES V, Artes Visuais 2/2017) descreve como se apresenta essa tipologia: “Apoia-se na narrativa, em temas como a perda/encontro, projetando relacionamentos “normais”. Descende do modelo de construção de clichês da publicidade, estetizando a vida cotidiana relacionada ás esferas afetivas.”
Encontram-se na narrativa da musica criticas a desigualdade social e a marginalidade encaixando-se em outra tipologia da pesquisadora Kaplan (1987, p.65 apud UNIP/ESTUDOS DISCIPLINARES V, Artes Visuais 2/2017) o socialmente consciente:
	
É uma mescla de elementos narrativos ou não narrativos, no entanto, é postura ideológica politicamente explicita que define o vídeo desta categoria: o vídeo socialmente consciente é, do ponto de vista de seu enunciado, o que mais próximos nós temos da tradição moderna da cultura de esquerda que, deliberadamente, se posiciona contra a dominante burguesia da sociedade.
Essas duas tipologias, romântica e socialmente consciente, que o vídeo apresenta acontecem de certa forma natural e muitas vezes nem se percebe, pois o publico se aproxima ou se identifica como a trama do vídeo, por apresentar personagens que tem uma vida simples e com a união da letra da música, enredo do vídeo clipe, tendencial musical do cantor etc. 
Desigualdade social é muitas vezes analisada como um fato normal pela sociedade, somente sendo percebida quando acontece algum crime, alguma brutalidade. O que é uma grande falha. Remetendo-nos a um clima melancólico.
Porem o refrão desta musica aborda que mesmo sendo um ato falho ainda existe a esperança, assim como o vídeo clipe apresenta que a vida segue adiante com ou sem Josué: “O ser humano é falho, hoje mesmo falhei, ninguém nasce sabendo, então me deixe tentar.”
REFERÊNCIAS
UNIVERSIDADE PAULISTA. Estudos Disciplinares V. Artes Visuais: 2/2017. Disponível em:<https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_173568_1&content_id=_1603673_1>. Acesso em: 18 abr. 2017.