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Problemas Gastroenterológicos: Gastrite e Úlcera

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07/05/2017
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PROBLEMAS GASTROENTERELÓGICOS 
UNIDADE V - TEÓRICO
PROBLEMA GASTROENTEROLÓGICOS
• GASTRITE
• ÚLCERA PÉPTICA 
• APENDICITE
• DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA 
CRÔNICA
GASTRITE 
• É a inflamação da mucosa do estômago.
• TIPOS: 
• AGUDA 
• CRÔNICA 
GASTRITE AGUDA 
• Por maus hábitos alimentares ou por digestão
inadequada (má mastigação), álcool, radioterapia.
• FISIOPATOLOGIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
• Membrana mucosa gástrica edemaciada e
hiperemiada sofrendo erosão superficial, secreta
pequena quantidade de suco gástrico com pouco
ácido, mas aumento do muco;
• Pode ocorrer ulceração superficial podendo levar
a hemorragia;
GASTRITE AGUDA 
• Queixas de sensação desconfortável no abdômen e
cefaléia, cansaço, náuseas e anorexia, vômitos e
soluços;
• Em casos de hemorragia pode levar a uma cirurgia;
• Se o alimento irritante não for vomitado mas
alcançar o intestino poderão resultar em cólicas e
diarréia;
• Pode causar inapetência por 2 ou 3 dias.
GASTRITE CRÔNICA
• Inflamação do estômago por um período
prolongado, pode causar úlceras benignas e
malignas no estômago.
• FISIOPATOLOGIA: (TIPO A E TIPO B)
• TIPO A:
• Alterações nas células parietais que produzem
atrofia e infiltração celular;
• Ocorre no fundo ou no corpo do estômago;
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GASTRITE CRÔNICA
• FISIOPATOLOGIA:
• TIPO B:
• Afeta o antro (extremidade inferior do estômago
perto do duodeno)
• Associada a bactéria Helicobacter pylori
• Dieta
• Tipos de bebidas quentes
• Temperos
• Uso de medicamento
• Álcool
• Fumo
• Refluxo do conteúdo intestinal para dentro do
estômago
GASTRITE CRÔNICA
• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
• Tipo A: assintomática exceto pelos sintomas de
deficiência de VIT. B12;
• Tipo B: anorexia, azia após refeições, eructações,
gosto amargo na boca, ou náuseas e vômitos.
• AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:
• Tipo A: está associada a acloridria ou hipocloridria
(ausência ou níveis baixos de ácido clorídrico);
• Tipo B: com hipercloridria. Diagnóstico por
gastroscopia, seriografia gastrointestinal alta e
exame histológico.
GASTRITE CRÔNICA
• TRATAMENTO:
• Aguda: controle proibindo toda e qualquer
ingestão oral até regressão de sintomas; dieta leve
• Crônica: modificações dietéticas, repouso, redução
do estresse e farmacoterapia.
• Corrosiva: para neutralizar os ácidos, são usados
antiácidos comuns; para neutralizar álcalis utiliza-se
suco de limão diluído; se a corrosão for extensa ou
acentuada os eméticos e a lavagem devem ser
evitados por causa do perigo de perfuração.
GASTRITE CRÔNICA
• TRATAMENTO:
• Terapia de Apoio: cateterismo nasogástrico,
analgésicos, sedativos, antiácidos, líquidos
intravenosos e eletrólitos. Endoscopia, cirurgia para
mover tecidos gangrenosos ou perfurado;
gastrojejunostomia ou ressecção gástrica para
tratar a obstrução pilórica.
GASTRITE CRÔNICA
• Sangramento pelo TGI superior:
• Causas – gastrite e hemorragia por úlcera péptica.
• Hematêmese (vômito com sangue) e melena (fezes 
escuras com sangue); 
• Com o paciente estabilizado realiza-se uma
endoscopia para determinar a causa e o local
preciso do sangramento;
• Sinais de Sangramento: baixa na PA, taquicardia,
taquidispnéia, hipotensão, confusão mental, sede e
oligúria.
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GASTRITE CRÔNICA
• Sangramento pelo TGI superior:
• Tratamento:
• Determinar rapidamente a quantidade de
sangue perdido e a velocidade do sangramento;
• Corrigir a perda sanguínea;
• Realizar uma lavagem gástrica com água ou soro
fisiológico;
• Estabilizar o cliente;
• Diagnosticar e tratar a causa.
GASTRITE CRÔNICA
• Processo de Enfermagem
• Avaliação: anamnese
• sinais e sintomas antes ou após as refeições,
• hábitos alimentares, 
• ingestão de medicamentos ou álcool; 
• cirurgia pregressa, 
• exame físico (dor abdominal, turgor de pele).
ÚLCERA PÉPTICA
• É uma escavação formada na parede da mucosa
do estômago, no piloro, no duodeno ou no
esôfago.
• DESIGNAÇÕES: úlceras gástrica, duodenal ou
esofageana de acordo com sua localização.
• CAUSA:
• A erosão pode estender-se até as camadas
musculares ou através do músculo até o peritônio;
• Mais freqüentes no duodeno que no estômago;
• Podem ocorrer ao mesmo tempo
ÚLCERA PÉPTICA
• ETIOLOGIA E INCIDÊNCIA:
• Ocorrem em áreas do TGI que ficam expostas ao ac.
Clorídrico e à pepsina;
• Maior freqüência aos 40 e 60 anos.
• PREDISPOSIÇÃO:
• Dependência,
• Estresse,
• Pessoas emocionalmente tensas,
• Hereditário,
• Fumo,
• Refeições apressadas e irregulares.
ÚLCERA PÉPTICA
• FISIOPATOLOGIA:
• Ocorre principalmente na mucosa gastroduodenal,
pois esse tecido é ineficaz em suportar a ação
digestiva do ácido gástrico e pepsina;
• A erosão é devida a um aumento da atividade do
ácido e a pepsina ou diminuição da resistência
normal da mucosa;
• Uma mucosa lesada é ineficaz de secretar muco
suficiente para agir como barreira contra o ácido
clorídrico.
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ÚLCERA PÉPTICA
• SECREÇÃO GÁSTRICA - FASES
• Pode ocorrer em 3 fases, qualquer distúrbio nelas
pode ser ulcerogênica
• Cefálica (psíquica): estímulos visuais, olfato,
paladar do alimento agindo sobre receptores
corticais do cérebro;
• Gástrica: secreção é medida pelo hormônio
gastrina (estimula a produção do suco gástrico);
• Intestinal: secreção do hormônio secretina
quando o ácido clorídrico penetra no duodeno.
A secretina estimula a secreção de bicarbonato
pelo pâncreas que neutraliza o ácido inibindo
também a fase gástrica
ÚLCERA PÉPTICA
• BARREIRA MUCOSA GÁSTRICA
• Absorve a pepsina e protege contra o ácido.
• É a principal defesa do estômago e impede que o
mesmo seja digerido por suas próprias secreções.
• Outros Fatores: suprimento sanguíneo, equilíbrio
àcido-básico, integridade das células mucosas e a
regeneração epitelial.
ÚLCERA PÉPTICA
• CAUSAS:
• Hipersecreção de ácidos e pepsina;
• Uma barreira da mucosa gástrica enfraquecida
• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
• Dor: úlcera duodenal corrosiva e com queimação;
• Pirose (hipersialorréia): queimação no esôfago que
se desloca para boca, com eructação, azia;
• Vômitos: obstrução mecânica, ou por espasmo do
piloro, fibrose ou tumefação devido inflamação da
mucosa;
• Constipação e sangramento: dieta e por causa das
medicações.
ÚLCERA PÉPTICA
• AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:
• Exame físico (dor abdominal),
• Endoscopia alta,
• Exames de fezes e sangue.
• TRATAMENTO:
• Controle de secreções gástricas: sedação
apropriada, alimentos não irritantes, antiácidos,
antiespasmósdicos (diminui a peristalse);
• Repouso e redução do estresse: diminuição do
fumo;
• Dieta;
ÚLCERA PÉPTICA
• TRATAMENTO:
• Antagonistas Receptores H2: cimetidina
(Tagamet), Ranitidina (Antak);
• Antiácidos: bicarbonato de sódio;
• Anticolinérgicos: diminui a acetilcolina que
eleva a secreção gástrica;
• Intervenção cirúrgica: úlcera intratável,
hemorragia com perfuração ou obstrução
ÚLCERA PÉPTICA
• COMPLICAÇÕES:
• HEMORRAGIA:
• Manifesta-se por hematêmese, melena ou
ambos.
• Ocorre também em 10 a 20% dos clientes
com uma taxa de mortalidade de 30 a 40%;
• Avaliação: sintomas precoces de desmaio e
vertigem, náuseas, sinais vitais alterados
taquicardia, PA baixa, taquidispnéia),
hematócrito e hemoglobina, fezes, registro
do débito urinário das 24 horas.
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ÚLCERA PÉPTICA
• COMPLICAÇÕES:
• HEMORRAGIA:
• Tratamento:
• Realizar hidratação venosa periférica
(sangue e líquidos) atentando para sinais
flogísticos;
• Atentar para exames laboratoriais
(sangue, fezes, eletrólitos);
• Realizar balanço hidroeletrolítico;
• Realizar cateterismo nasogástrico;
• Administrar antiácidos e analgésicos
mediante prescrição médica;
ÚLCERA PÉPTICA
• COMPLICAÇÕES:
• HEMORRAGIA:
• Tratamento:
• Realizar oxigenioterapia;• Manter o cliente em decúbito dorsal para
prevenir choque hipovolémico;
• Realizar sinais vitais.
ÚLCERA PÉPTICA
• COMPLICAÇÕES:
• Terapia endoscópica:
• Com laser através da coagulação sanguínea,
injeção de medicamentos, sondas térmicas.
• Cirúrgica (caso perdure a complicação):
• Perfuração com dor abdominal, alta, brusca e
intensa;
• Dor que pode irradiar-se para o ombro
direito por causa da irritação neurofrênica do
diafragma;
ÚLCERA PÉPTICA
• COMPLICAÇÕES:
• Cirúrgica:
• Vômitos e colapso (desmaio);
• Abdômen extremamente sensível (em tábua)
e rígido;
• Choque;
• Peritonite química e/ou bacteriana
APENDICITE: apêndice é uma pequena
formação digitiforme com cerca de 10cm ligado
ao ceco abaixo da válvula íleocecal.
Não possui função definida;
-O alimento enche o apêndice e sai dele com a
mesma regularidade do ceco;
-- O esvaziamento ineficaz e sua luz é pequena,
razão pela qual fica obstruído possui propensão
a infecções (apendicite).
-Definição: é uma inflamação do apêndice
localizada na fossa ilíaca direita da cavidade
abdominal.
APENDICITE
Fisiopatologia
- O apêndice fica inflamado e edemaciado em virtude do
acotovelamento ou oclusão causada por fezes
endurecidas, tumor, ou corpo estranho;
-A inflamação eleva a pressão intraluminal, dor
abdominal elevada ou generalizada;
-- O apêndice inflamado se enche de pus e passa a correr
risco de perfuração (apêndice supurado).
APENDICITE
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-Manifestações Clínicas:
-- Queixas álgicas no baixo ventre, febre, náuseas,
vômitos;
Se supurado pode ocorrer perda do apetite, dor
difusa, distensão abdominal e ileo paralítico
(piora);
Complicação:
perfuração podendo levar a peritonite ou na
formação de um abscesso.
APENDICITE
Avaliação Diagnóstica:
1) Exame Físico:
- Rigidez muscular, ruídos intestinais presentes,
hipersensibilidade local e de rechaço (produção ou
aumento da dor ao remover pressões);
- Sinal de Rovsing: palpação do quadrante inferior
esquerdo que faz a propagação da dor para o
quadrante inferior direito;
- Sinal de Psoas +: flexão do quadril direito (manobra
de proteção) com irritação do músculo psoas pelo
apêndice inflamado.
2) Hemograma: Elevação da febre, leucositose
importante.
Tratamento:
Cirurgia - acesso venoso periférico, antipiréticos (AAS),
antibioticoterapia;
Pós-Operatório: analgésicos, posição de Fowler,
monitorar sinais de obstrução intestinal (dor abdominal,
ausência de defecação) e hemorragia. Atentar para
fístulas fecais (pelo dreno), se ocorrer notificar o médico
com urgência.
Complicações:
1- PERITONITE: Observar hipersensibilidade abdominal,
febre, vômito, rigidez abdominal e taquicardia
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- Utilizar sucção nasogástrica constante; 
-Corrigir desidratação; 
-Administrar antibioticoterapia prescrita. 
2- ABSCESSO PÉLVICO OU LOMBAR: 
Avaliar para anorexia, calafrios, febre e transpiração; 
Observar para diarréia (pode indicar abscesso pélvico); 
Preparar cliente para exame retal; 
Preparar cliente para procedimento de drenagem operatória. 
3- ABSCESSO SUBFRÊNICO (ABAIXO DO DIAFRAGMA): 
Avaliar cliente com calafrios, febre e transpiração; 
Preparar para exames radiológicos; 
Preparar para drenagem cirúrgica do abscesso. 
4- ÍLEO PARALÍTICO E MECÂNICO:
Avaliar ruídos intestinais;
Avaliar entubação nasogástrica;
Repor líquidos e eletrólitos por via intravenosa;
Atentar para exames laboratoriais (eletrólitos);
Preparar para cirurgia.
A) DOENÇA DE CROHN:
Fisiopatologia:
- Ocorre em adolescentes e adultos jovens;
- Áreas mais comuns: íleo distal e cólon;
- Pode ocorrer em qualquer local do TGI e se
estende a inflamação por toda a parede intestinal;
- É responsável pela formação de fístula, fissuras e
abscessos;
- Lesões são características descontínuas ou
separadas, ocorrendo granulomas;
- Na progressão da doença a luz intestinal se
estreita e aumenta a obstrução.
DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA
CRÔNICA
Manifestações Clínicas:
-Dor abdominal, diarréia, perda ponderal, cólica,
diminuição da luz;
- Dor em cólica comum após alimentação (evita se
alimentar), desnutrição e anemia;
- Perfuração, melena e a síndrome da má absorção e febre.
Avaliação Diagnóstica:
-Constrição de um dos segmentos do Intestino delgado;
proctossigmoidoscopia;
-exames de fezes para sangue oculto e esteatorréia;
-ruídos intestinais elevados, leucocitose.
B) COLITE ULCERATIVA: 
Fisiopatologia: 
Doença ulcerativa inflamatória recidivante do cólon do 
reto com acometimento do ramo íleo dista;
Complicações sistêmicas:
afeta a mucosa superficial do cólon e se caracteriza por 
múltiplas ulcerações, inflamações difusas e descamações 
do epitélio colônico; 
Lesões são contínuas e se espalham por todo intestino 
grosso;
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O intestino sofre estreitamento (mais curto e espesso
em virtude da hipertrofia muscular e da deposição de
gordura).
Manifestações Clínicas: diarréia, tenesmo (vontade de
evacuar), dor abdominal, sangramento retal, anorexia,
perda ponderal, febre, vômito e desidratação, cólicas,
necessidade urgente de defecar; hipocalcemia e
anemia.
Avaliação Diagnóstica: exames de fezes e sangue,
anemia, baixa de PTNs plasmáticas (devido a disfunção
hepática), desequilíbrio hidroeletrolítico,
sigmoidoscopia, Rx, catárticos são evitados (pode
aumentar os sinais e sintomas levando a megacólon).
Tratamento Clínico dos Distúrbios Intestinais
Inflamatórios:
Estimular dieta pobre em resíduos e rica em PTNs,
vitaminas e reposição de ferro;
Realizar balanço e reposição hidroeletrolítica;
Realizar terapia intravascular para corrigir
desidratação;
Promover repouso;
Evitar fumo;
Administrar sedativos, antiinflamatórios, antibióticos.
Tratamento Cirúrgico dos Distúrbios Intestinais
Inflamatórios:
Colectomia Total (retirada de todo cólon com
ileostomia);
Colectomia segmentar (remoção de um segmento do
cólon) com anastomose;
Colectomia subtotal (remoção de quase todo cólon) com
anastomose íleo retal.
Processo de Enfermagem: -
Avaliação: Histórico (Início, dor abdominal, diarréia,
anorexia, perda ponderal, estresse, dieta, ruídos
intestinais, inspeção e palpação.
Obrigado!

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