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★ Apendicite É a inflamação do apêndice. Ele fica na região retro cecal. A apendicite é mais comum em jovens até 30 anos pois tem maior produção de tecido linfóide e então maior reação do SI. O processo inflamatório é sempre agudo → neutrófilos → vasodilatação → hiperemia → sai do vaso células inflamatórias + exsudato DOR DIFUSA → Esses mediadores sensibilizam os neurônios e acometem T8, T9 e T10 gerando uma dor difusa → dor periumbilical e epigástrica. Pode acometer o peritônio → peritonite → acelera os movimentos peristálticos → diarreia ou constipação. Pode estimular o esfíncter pilórico e gerar vômitos. O que gera a apendicite? Uma obstrução! Pode ser por vermes, hiperplasia linfóide, tumor, restos de alimentos. Obstrução → proliferação de baterias → resposta inflamatória → muco pelas cel. caliciformes → aumenta a pressão lumen→ comprime os vasos → retorno venoso comprometido → baixa oxigenação → isquemia → hipóxia → necrose isquêmica → gangrena ★ Esofagites, DRGE, gastrites ☆ Gastrite Aguda Inflamação → descamação da mucosa gástrica → erosão da mucosa → sangramento/hemorragia (pode levar a anemia) Etiologia: medicamentosa, etilismo, bacteriana, psicogênica, uremia (presença de ureia no sangue, DRC), pacientes oncológicos (devido aos quimioterápicos que diminuem a taxa mitótica e como a mucosa prolifera muito ele fica prejudicada) Sintomatologia: náuseas, vômito,pirose, soluços, perda de apetite, perda de peso. Uso contínuo de anti inflamatorios nao esteroidais inibe a prostaglandina → responsável pela produção de muco gástrico → gastrite ☆ Gastrite crônica Causada pelo Helycobacter pylori que coloniza o epitélio glandular, secreta urease → forma amônia e co2, que formam bicarbonato e a bactéria alcaliniza o estômago para sobreviver melhor e prejudicando a digestão de alimentos. Pode predispor a linfoma gástrico → Linfócito B + T ficam cronicamente ativados → até que essa ativação perde sua efetividade e pode gerar uma neoplasia linfóide. Enzimas/toxinas da bactéria → inflamação intensa da mucosa gástrica → resposta imune → neutrófilos /linfócitos H. Pylori → Tem atrações pelas junções intercelulares e desmossomos → inibe a produção de muco → perda do revestimento gástrico → suco gástrico lesiona a mucosa ☆ Doença do refluxo gastroesofágico Caracterizada pela volta do conteúdo do suco gástrico que deveria ficar restrito ao estômago para as partes proximais ao esofago. Ocorre devido a abertura do esfíncter esofágico. O sinal clínico mais característico do paciente é a pirose. Características da pirose: - frequência, início súbito, agravada pela postura (quando deita após refeição) - extensão da lesão X intensidade da dor - dor torácica → pode se confundir com angina - eructação (arroto) - sintomas respiratórios com tosse crônica, sibilos e rouquidão. → devido a agressão da mucosa pois quando o suco gástrico sobre até a traqueia pode prejudicar a fonação do paciente. Fatores de risco: obesidade central, idade avançada e predisposição genética. Barreira anti refluxo na junção gastroesofágica: esfíncter esofágico; diafragma crural; ângulo de His; ligamento frenoesofágico Fisiopatologia Contato prolongado com o suco gástrico → lesão da mucosa → Hiperemia/ Inflamação → Edema → Erosão da mucosa esofágica ☆ Esofagite Esofagite eosinofílica Mais comum em pessoas que já tem predisposição a contato com alérgenos (dermatite atópica, rinite alérgica, asma). sinais clínicos: dispepsia, disfagia, impactação, dor torácica Achados: polimorfos, exsudato, fibrina, dor, rubor, calor, perda de função Esofagite medicamentosa Composição externa e interna dos medicamentos, necessita contato prolongado com a mucosa Sintomas: odinofagia, ulceração ★ Síndrome edemigênica Edema: aumento do volume de líquido no espaço intersticial ou em cavidades P.hidrostática aumentada, P..oncótica diminuída e aumento da permeabilidade vascular Edema → diminuição do volume intravascular → rim percebe ativa SRAA e receptores carotídeos liberam vasopressina (ADH). Cirrose hepática leva a hipertensão portal. Hipertensão portal → liberação de Ox. nítrico (vasodilatador) → abertura dos shunts (vasos colaterais)→ alivia a pressão → sequestro de sangue do resto do corpo → corpo acha que tem hipovolemia devido a falta de enchimento → rim ativa SRAA e hipófise secreta vasopressina → retém sódio e água → aumenta a hipertensão e o edema. Cel de ito → fica no espaço de Disse e armazena vit. A → quando tem lesão ela vira uma cel miofibroblástica e produz colágeno que ao ser depositado vira cirrose. → causa uma compressão dos vasos → hipertensão portal Os shunts se formam no esofago e região gástrica → leva a varizes esofágicas Shunt umbilical e retal → evolução da doença pois são vasos muito distantes. ★ Síndromes tromboemboligênicas Fatores de coagulação do fígado → 2, 7, 9 e 10 Fatores regulatórios dos fatores de coagulação do fígado → proteína C, S e antitrombina 3. Trombo → coágulo → pode estar parado ou andando → tromboembolismo Êmbolo → alguma coisa andando o sangue → ex. êmbolo gorduroso, gasoso A placa de ateroma facilita a produção do trombo pois a gordura se deposita na parede da artéria até que o endotélio se rompe e forma um coágulo Infarto → Um êmbolo/trombo obstruindo a nutrição arterial do local → isquemia Locais mais comuns: coração, baço, cérebro e retina Tríade de Virchow → Lesão vascular, Estase vascular e Hipercoagulabilidade ★ Doença intestinal inflamatória, Duodenite, Infarto mesentérico ☆ Retocolite ulcerativa - Processo Inflamatório contínuo com início na região retal e vai subindo - Comprometimento da Mucosa intestinal - Hemorragias puntiformes da mucosa → também chamada de petéquias Sintomas: Diarréia muco-sanguinolenta(devido ao comprometimento da absorção), Urgência evacuatória, Cólicas intestinais, Emagrecimento, Inapetência, Tenesmo, Astenia e Febre ☆ Doença de Crohn - Processo inflamatório granulomatoso → cronico com coleção de macrofagos - Progressão Lenta - Comprometimento transmural intestinal → perfuração da parede - Lesões intercaladas Tem início no ceco e íleo mas pode comprometer todo sistema digestório Manifestações gerais: diarreia, dor abdominal, emagrecimento, distúrbios eletrolíticos, mal-estar, febre baixa e ulceração da pele perineal Manifestações graves: Abscessos abdominais, formação de fístulas e obstrução intestinal Pseudopólipos →as úlceras causaram uma destruição da área e eventual fibrose gerando áreas abaixo do nível do epitélio normal → E isso faz com que a luz do tubo atrofie, ocorra uma estenose ☆ Duodenite - Inflamação da mucosa do duodeno e pode se aguda ou crônica - Associada à gastrite causada pelo H. Pylori → se não tratado - Manifestações clínicas: náuseas, anorexia, desconforto abdominal, hemorragia digestiva assintomática. O epitélio pode sofrer metaplasia e se transformar com um ep. parecido com o estômago para tentar suportar o suco gástrico. ☆ Infarto mesentérico Isquemia Aguda ou Isquemia crônica por: - trombose (aterosclerose); - embolia (Vegetações cardíacas); - vasoconstrição (choque e drogas); Fatores de risco: Idade > 60 anos; Colesterol elevados; Colite ulcerativa, doença de Crohn ou diverticulite; Câncer no sistema digestivo; ★ Colecistite aguda, pancreatite aguda e hepatite aguda ☆ Colecistite aguda Inflamação aguda da vesícula biliar ocasionada por obstrução do colo ou do ducto cístico → devido a um cálculo na vesícula biliar Caminho da bile → Ducto cístico → ducto colédoco → duodeno Pode ocorrer por isquemia, mais comum em obesos, diabéticos e mulheres Calculo pequeno → passo pelo ducto cístico e colédoco → para no esfínter de Oddi → obstrui → enzimas pancreáticas + bile não conseguem sair e ficam paradas no ducto → agridem o próprio pâncreas. Obstrução do ducto cístico → aumento da pressão intravesicular (baixo fluxo sanguíneo para a mucosa) → Inflamação ( edema/ espessamento da parede/ eritema e hemorragia subserosa) → colecistite aguda Sintomas → Dor progressiva (pela liberação de prostaglandinas), Febre, Náusease Vômito Tratamento tardio → pode romper e causar sepse Pancreatite → cálculo pequeno → pois passa pelo ducto e obstrui → necrose gordurosa Colecistite → calculo grande → obstrui direto a vesícula → necrose isquêmica ☆ Pancreatite aguda Lesão reversível do parênquima pancreático associado a inflamação → causada por um cálculo Pancreatite crônica → ligada ao álcool, etilismo A aguda → álcool mas seria na ressaca Obstrução pâncreas no esfíncter de oddi → gera edema intersticial → enzimas começam a degradar o ducto (ativação do tripsinogênio) → fluxo sanguíneo fica lento → hipóxia, isquemia e inflamação → lesão das células acinares → necrose Sintomas: Dor abdominal, por vezes na parte superior das costas, Anorexia, Náuseas, Vômitos Plasma: é encontrado amilase e lipase ☆ Hepatite aguda Hepatite é o termo genérico para designar inflamação hepática, a qual pode se apresentar como forma aguda ou crônica. Assintomática Aguda: HAV e HBV: eventos subclínicos na infância Sintomática Aguda (4 fases): Período de incubação → Pré-ictérica sintomática → Ictérica sintomática → Convalescença Transaminases → enzimas → quando está elevada significa lesão porém não é específica para fígado, pode ser também músculo, cérebro A cel. infectada pelo vírus é morta pelo linfócito T citotóxico (killer) (CD8) Hepatite A - Saneamento básico, alimentos Benigna e autolimitada com PI: 3-6 semanas → não evolui para cronica - IgM contra HVA e IgG anti HVA: vitalício Hepatite B - Transfusões sanguíneas, vertical e sexual - IgM anti HBc (antígeno central da HB) - HBsAg (antígeno de superfície da hepatite B) - HBeAg (antígeno “e” da HB) → se alto indica que o vírus está se replicando Cura: resposta CD4+, CD8+ produtoras de interferon γ Lesão hepática: célula T CD8+ citotóxica agride a célula contaminada Pode desencadear a hepatite fulminante → morte do fígado → ocorre devido a alteração na coagulação (hemorragia frequente) e deposição de material no encéfalo (pois o fígado metaboliza nitrogênio e sem ele tem acúmulo de nitrogênio no encéfalo) Hepatite C - Assintomático (sem icterícia) e severidade é rara porém evolui para cronica - Histórico de transfusão sanguínea + Usuários de drogas - Colestase → diminuição ou interrupção do fluxo biliar. - Células T CD4+ e CD8+ Hepatite D, E e G - D: co-infecção com HBV - E: animais, mortalidade de gestantes alta - G: não eleva aminotransferases séricas, co-infecção com HIV ★ Diarréias, Vôlvulo colônico e Proctites ☆ Proctite Inflamação da mucosa do reto - Infecciosas: comuns em imunocomprometidos após relações sexuais. - Radiação: Causa prejuízo a mucosa → comum em pacientes oncológicos - Isquêmica: comum em idosos; causa mais comum é cirúrgia - Doença celíaca: ao consumir alimentos com glúten ocorre diarréia e inflamação da mucosa gastroentérica - Por desvio: desvio de um segmento do trato gastrointestinal - Doença de Crohn: doença inflamatória intestinal que pode acometer desde a boca até o reto Temperatura corpórea elevada, hipotensão e frequência cardíaca elevada → indícios de choque; Perda de peso significativa, presença de marcas, presença de massas, dor, linfonodos aumentados → pode indicar doença de caráter sistêmico ou viral Sintomas→ Diarréia aguda com urgência, Sangramento ou Corrimento, Cólica, Tenesmo(desejo contínuo de evacuar) e Defecação dolorosa Sinais → Febre, Mal-estar, Perda de peso, Vômitos Mais comuns → Proctite ulcerativa idiopática, Proctite infecciosa, Doença de Crohn ☆ Diarreia - Três ou mais evacuações de fezes soltas ou líquidas em 24 horas - Evacuações mais frequentes - Peso das fezes superior a 200 g/dia. Aguda (≤14 dias), Persistente (>14 dias), Crônica (>4 semanas) É um aumento da motilidade e diminuição da absorção. → Maioria dos casos autolimitada → Casos graves: hipovolemia, hemorragia, febre, idade, status imunológico, + de 4 evacuações/dia, histórico de viagem/alimentação inadequada Exames diagnósticos: Exame de fezes, Coprocultura, Endoscopia, PCR e Hemograma ☆ Inflamatória - presença de sinais inflamatórios, histologia anormal e Frequência aumentada de evacuações - Causas: infecciosa, física, imune ☆ Não- Inflamatória - Sem tenesmo, febre e sangue - 10 a 20 evacuações/dia Secretória - Desequilíbrio iônico → leva a um aumento da motilidade e secreção de líquidos e eletrólitos no trato gastrointestinal e diminuição da absorção. - Causas: Enterotoxinas(vibrio cholerae), Hormônios, Laxantes, Cirurgia - As toxinas não deixam absorver e começam a secretar → inverte o mecanismo de absorção Osmótica Solutos não/mal-absorvidos (açúcares) → são secretados mas não são absorvidos - Má-digestão: insuf. hepática, deficiência da lactase → - Má-absorção: celíacos, disbiose, cirurgia ☆ Vôlvulo colônico Do latim volvere → dar a volta. Mais comum é o volvulo sigmoide. Pedículo mesentérico mantém o cólon fixo e o cólon se torce em volta dele → Causas - crianças: má-rotação → mal assentamento das alças intestinais na formação - Adultos: adesões, aumento do cólon (Doença de Chagas), cirurgias, infecção/lesões, gestação Mas geralmente é espontâneo → Aspectos clínicos: Abdominalgia, aumento da temperatura e êmese --- Disenteria → diarreia com presença de muco, sangue e pus GECA → gastroenterocolite aguda → infecção de todo aparelho digestivo → estômago, intestino e cólon gastroenterite → só estômago e intestino enterite → apenas o intestino Diarréia secretora: Resulta da hipersecreção de água e eletrólitos pelo enterócito, promovida por enterotoxinas bacterianas, hormônios e outros secretagogos; → vibrio cholerae Diarréia osmótica: Resulta da presença de conteúdo hiperosmolar que determina a passagem de líquido para a luz intestinal; → intolerância à lactose Diarréia motora: Resulta de alterações motoras que levam ao trânsito intestinal acelerado ou por redução da área absortiva; → hipertireoidismo Diarréia exsudativa: Resulta de enfermidades causadas por lesões da mucosa decorrentes de processos inflamatórios ou infiltrativos; → entamoeba histolytica ★ Sistema digestório processos fisiopatológicos crônicos ☆ Esofago de Barret Devido a constante exposição ao ácido gástrico, por causa do refluxo, o esofago sofre uma metaplasia de ep. estratificado pavimentoso para ep. colunar especializado, glandular (intestinal ou gástrico). É um processo crônico que leva anos para se formar. → cel mononucleares. Tem início em um processo agudo → esofagite com pirose (sintomas de DRGE) → pode virar um esofago de barret. E a metaplasia pode virar uma displasia e então um carcinoma se não for tratado ☆ Acalásia Distúrbio da motilidade esofágica →alteração dos movimentos peristálticos. Plexo mioentérico percebe quando engolimos → sensibilização do neurônio sensorial → estimula os movimentos peristálticos → abertura do esfíncter esofágico. Porém na doença o neurônio motor inibitor fica destruído → ele relaxa a musculatura, sem ele só tem o excitatório → o esfíncter esofágico inferior fica fechado, contraído. O alimento fica preso no esofago → pode aspirar e gerar um pneumonia ou infecção Geralmente ocorre nos 2 terços inferiores do esofago e após degenerado o processo é irrevesivel. ☆ Úlcera péptica Processo persistente que pode acometer estômago e duodeno → H. pylori do estômago desce para o duodeno e coloniza. Forma uma falsa membrana de fibrina → pseudomembrana → ocorre se o tec. conjuntivo for exposto Agentes causadores → H. pylori, AINES, álcool e cigarro AINES → desequilíbrio da harmonia do estômago → inibe as COX interferindo na produção de prostaglandina → a úlcera não tem estímulo para fechar e fica mais tempo aberta, também diminui a produção de muco. Pode surgir de gastrites frequentes e têm sempre início agudo. H. Pylori → quebrar a barreira do muco gástrico → altera o pH produzindo urease → transforma ureia em amônia + CO2 → alcaliniza o estômago Ele adere nos desmossomos(proteínas de adesão) das células. Os altamente virulentos predispõe o indivíduo a proliferação maligna → estimula a cel. a liberar mediadoresquímicos inflamatórios gerando degeneração do epitélio (úlcera)
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