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MONOGRAFIA “Sistemática de Apuração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica nas modalidades Real e Presumido”

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1 INTRODUÇÃO
	O presente trabalho monográfico tendo como tema “Sistemática de Apuração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica nas modalidades Real e Presumido”. Deu-se origem a partir da experiência direta com o trabalho do contador de tributação, tendo como objetivo de demonstrar as formas de empregabilidade deste imposto na legislação específica deste tributo.
	Dentre a vontade do constituinte em obter uma sistemática que contribua para que possa ter uma melhor carga tributária, então se elaborou um exame especificamente na legislação que rege este tributo, para verificar na prática se as empresas estão obtendo benefícios conforme sua atividade exercida e sua opção de apuração.
	O interesse por este assunto surgiu por perceber que existem contrariedades nos valores do imposto, conforme a forma de apuração realizada. Por ser um ramo de atividade de grande oscilação, a escolha do método de apuração do Imposto de Renda poderá ser determinante para o aumento ou redução da carga tributária da empresa ocasionando economia financeira no período?
Todas as Pessoas Jurídicas deverão escolher qual o método de apuração do Imposto de Renda no inicio do exercício, obedecendo aos limites estipulados em lei, onde a opção pelo regime de apuração adequada poderá influenciar no aumento ou redução da carga tributária da empresa no final do exercício. Dependendo da escolha feita pela empresa o regime será para todo o exercício, neste caso, o método escolhido afetará o resultado da empresa, tendo em vista que os tributos representam um percentual bastante elevado do total dos custos da empresa.
No entanto, para que fosse possível uma confirmação e clareza maior sobre este trabalho, foi utilizado várias leituras na legislação, informativos fiscais, regulamentos, boletins eletrônicos, buscando o ponto de vista dos autores, e também outras fontes como: site de internet, jornais, revistas, afim de verificar diversas maneiras de se trabalhar com Imposto de Renda da empresas.
Teve-se como objetivo demonstrar a melhor forma de tributação, levando em consideração os dois regimes e a menor carga tributária para a empresa.
	O texto é composto de três partes. Sendo que na primeira trata sobre o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, quanto a seu conceito e sua competência; e das pessoas jurídicas obrigadas a contribuição. A segunda apresenta as formas de apuração e seus confrontos com a legislação. Já na terceira é apresentada a forma que é desenvolvida a apuração, de acordo com o ramo da atividade exercida.
	Portanto, este tema é muito importante para Contabilidade, pois é na pratica que o contador precisa desenvolver seus conhecimentos para que o profissional tenha uma melhor atuação com estas sociedades.
2 TRIBUTOS
	Neste capítulo, inicialmente, buscou-se reconsiderar quanto aos aspectos gerais da legislação brasileira, trazendo o conceito de tributos, a sua função e verificando que existem vários tipos, contudo o que será analisado neste trabalho é o imposto de renda da pessoa jurídica, trazendo sua definição e esclarecendo quem serão os contribuintes deste imposto.
2.1 Conceito Tributos
Atualmente, no Brasil, fala-se muito em tributos dado o fato de sempre o poder público estar com a legislação sempre em mudanças, fazendo com que muitos confundem o seu significado. No Código Tributário Nacional o tributo é definido como:
Art. 3 Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.(MATO GROSSO, SEFAZ, 2009)
	 Após esta definição exposta pelo Código Tributário Nacional se entende que o tributo é uma obrigação da pessoa física ou jurídica de contribuir em valor monetário (dinheiro), ao poder público que é o órgão competente para recolhê-lo. Será determinado por lei como deverá ser cobrado.
2.1.1 Função do Tributo 
O tributo como vimos é obrigatório, mais se questiona para que serve o recolhimento deste tributo. Segundo Chimenti (2005, p. 45) conceitua que “A principal função do tributo é gerar recursos financeiros para o Estado.”
Percebe-se que a principal função do tributo é que ele foi uma forma que o Estado encontrou para arrecadar verbas para custear com os gastos sociais.
2.1.2 Tipos de Tributos
	Existem várias espécies de tributos, que são as taxas, impostos e contribuições de melhoria, mas por ser extenso suas definições somente estaremos focando neste trabalho serão os impostos, especificamente o imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza.
2.1.3 Imposto de Renda 
O Imposto de Renda é um imposto que desde sua criação tornou-se muito importante para o país, pelo montante arrecadado. Como cita Young (2008, p. 23) que em 1.922 foi editada a Lei 4.625, onde foi criada primeira lei do Imposto de Renda, com disposição de arrecadação em 1.924, onde era regido pelo art. 31 desta lei.
O imposto é um determinado tipo de tributo, mas encontram-se dúvidas quanto ao que é este tipo de tributo e quem é obrigado a arrecadá-lo. Conforme define o Código Tributário Nacional “Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.”
 Entende-se que o imposto será o valor incidirá sobre os lucros e rendimentos obtidos pelo contribuinte, também a produção do que foram fabricados, ou circulação de bens que seria a mudança de bens para outro tipo de estado ou país.
Verifica-se também que quanto a responsabilidade de pagamento do imposto, será determinada conforme cada tipo de contribuinte e sua atividade realizada. Segundo Chimenti (2005, p. 100) “Impostos “diretos”, ou “que não repercutem”, são aqueles cuja carga econômica é suportada pelo próprio realizador do fato imponível.” Compreende-se que quem irá arcar com o pagamento destes impostos serão as empresas que tiveram um resultado positivo, ou seja, obterem um lucro ou rendimento, pois somente assim poderá ocorrer a existência do imposto.
Se perceber que existe competência quanto a que tipo de poder público deve recolher os impostos. Conforme cita a Constituição Federal de 1988 em seu “Art. 153. Compete a União instituir imposto sobre: [...] III – renda e proventos de qualquer natureza;[...]” entende-se que a União é quem possui o poder de editar, alterar a lei e fiscalizar se o recolhimento do imposto esta sendo efetuado corretamente, se todos os que devem contribuir estão contribuindo devidamente e cobrar conforme o valor estipulado em lei, em caso de não pagamento correto poderá recorrer ao contribuinte para que cumpra seus deveres. 
Deste modo terá então a União que recolher da administração pública o imposto que incidir sobre os rendimentos econômicos, ganhos e lucros obtidos pelo contribuinte, sendo ele o Imposto de Renda.
Devido à existência desta competência, é possível verificar que a União não será somente responsável pelo recolhimento das rendas e proventos de qualquer natureza mais também verificar, como ocasionou o fato gerador destes, conforme se refere o Código Tributário Nacional: “Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza, tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:[...]”. É visto que a ocorrência do fato gerador para que possa existir a contribuição do imposto de renda, será a aquisição de disponibilidade econômica, ou seja, que não é preciso ser o rendimento que o contribuinte tenha adquirido, mais também pode ser o direito de crédito sobre este, que será então a disponibilidade jurídica.
Determina-se o que se enquadra nesta renda que o contribuinte adquirir, como define o Código tributário em seu Art. 43 a renda é “[...] de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;[...]”. Compreende-se queserá aceita como renda, quando ela vier de um produto do capital e do trabalho, ou seja, os lucros e ganhos que tiverem origem em um período permanente, sendo eles todos os rendimentos que ocorrem constantemente ou não, mas não pode se confundir com proventos.
Também se conceitua quanto ao que seriam estes proventos, haja visto que eles são diferentes da renda e de não poder ser confundido com ela, e o Código tributário em seu Art. 43 define que “[...]II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.[...]”. Esta segunda forma de aquisição, que são os proventos de qualquer natureza, refere-se quando a pessoa jurídica possui patrimônios e estes, teve a ocorrência de acréscimo patrimonial.
É possível compreender que tanto a renda como os proventos de qualquer natureza não poderão existir sem que haja aumento no seu patrimônio, ou seja, somente suas origens serão de maneiras diferentes, mas terão o mesmo objetivo que é o de aumentar economicamente seu patrimônio, surgindo assim à disponibilidade de contribuição com o imposto de renda.
2.1.4 Contribuintes do Imposto de Renda 
Contribuintes poderão ser as pessoas jurídicas que serão tributadas, e obrigadas ao pagamento de seus impostos. Muitos podem ser os contribuintes ao imposto de renda, e o Regulamento Imposto de Renda – RIR (Decreto 3000/1999), traz em seu art. 146 os que são obrigados ao pagamento deste imposto:
Art. 146. São contribuintes do imposto e terão seus lucros apurados de acordo com este decreto (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 27): I – as pessoas jurídicas (Capítulo I); II - as empresas individuais (Capítulo II). (MATO GROSSO, SEFAZ, 2009)
	Como se percebe é instituído pelo RIR que todas as pessoas jurídicas deverão contribuir com o Imposto de Renda, ou seja, independente para que fim foi constituído a pessoa jurídica, todas elas deverão apurar seus lucros que forem obtidos, e assim serão contribuintes do imposto de renda.
	Também se compreende que quem será considerada como pessoa jurídica para que assim possa contribuir com o imposto de Renda, conforme afirma Latorraca (2000, p. 111) são consideradas pessoas jurídicas e por conseqüência são contribuintes do imposto sobre a renda as sociedades que tenham suas instalações sediadas no país, podendo elas estarem registradas ou não, e também inclui-se as sociedades em cotas de participação.De um modo geral todas as sociedades, que independente de estarem ou não registradas em algum órgão público competente, serão consideradas como pessoas jurídicas, em virtude de estas terem fins econômicos, fazendo com que assim sejam obrigadas a contribuir com o imposto sobre a renda.
	
3 FORMAS DE TRIBUTAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS
Existem quatro formas de apuração do imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ), mas somente serão esclarecidas a tributação pelo lucro real e o lucro presumido, sendo estas, cada uma regulamentada pela legislação.
 O Lucro Real é um sistema de tributação que é regulamentado nos artigos 246 e 515 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR (Decreto 3.000/99).
Já o Lucro Presumido é um sistema de tributação que é regulamentado pelos artigos 516 a 528 do RIR. (Decreto 3.000/99).
3.1 Lucro Real
	Este tipo de sistema de tributação quer dizer é o lucro que é real de fato, sendo este usado como base de cálculo para o imposto de renda.
	O lucro real é que irá estabelecer esta base de cálculo para apurar o imposto de renda das pessoas jurídicas, podendo assim dizer que se originou realmente o acréscimo do patrimônio, no período em que foi determinado.
Conforme expõe Teixeira e Zanluca (2005, p. 26) “Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensação prescritas ou autorizado pelo Regulamento (Decreto-lei 1.598/77, art. 6).” Desta forma compreende-se que o lucro real é apurado conforme as normas tributárias, e esta apuração se dá através do lucro líquido do período que é ajustado, e para calcular este lucro líquido se utiliza o valor das receitas da empresa e diminui-se as despesas e custo da empresa, sendo estes aceitos pela lei comercial, e por meio de escrituração contábil de todos os fatos com implicações patrimoniais.
É visto que neste regime de apuração é um pouco complexo por causa do grande trabalho que este traz, principalmente para os contabilistas. Conforme Young (2005, p. 15) diz que o lucro real é uma das formas de apuração do resultado que possui mais complexidade por causa dos ajustes ao lucro liquido, e estes ajustes serem diferenciados de empresa para empresa em decorrer do objeto social de cada uma. 
Compreende-se então que a complexidade neste regime é graças aos ajustes que deverão ser realizados, como veremos mais adiante, e também porque neste tipo de sistema à tributação ser realizada sobre o lucro líquido que vier a obter a pessoa jurídica. No entanto, pode-se afirma que esta forma de tributar um lucro é a mais adequada, pois são levados em consideração todos os ajustes dedutíveis ou adicionais que na lei são estabelecidos.
 Esta é uma forma de apuração que exige muitas burocracias, uma vez que a empresa necessita de uma estrutura de organização de médio a grande porte e devendo manter a sua escrituração contábil totalmente de acordo com o que é determinado com a legislação.
3.1.1 Pessoas Jurídicas Obrigadas ao Lucro Real
Existem empresas que são obrigadas a apurar pelo regime do lucro real, onde será levado em consideração vários critérios, entre eles o ramo de atividade desenvolvida, o valor do seu faturamento. Pode-se verificar que para a pessoa jurídica optar pela sua apuração no regime do lucro real, poderá ser ela por opção, ou também por obrigação. 
A partir de 1999 estão obrigadas ä apuração do Lucro Real as pessoas jurídicas (Lei 9.718, art. 14):
I – cuja receita bruta total, no ano calendário anterior, seja superior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicados pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses (limite fixado pela lei 10.637/2002); (TEIXEIRA; ZANLUCA, 2005, p.24).
	 Nesta obrigação se entende que é estipulado um valor de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou seja, se ocorrer de uma empresa ter sua renda bruta e esta ultrapassar este valor estipulado, ela já será obrigada a fazer sua apuração do imposto de renda pelo regime do lucro real.
E também estará obrigada quando sua receita bruta for proporcional, ou seja, ultrapassar R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais), e a pessoa jurídica tiverem exercido sua atividade em um período menor que 12 (doze) meses, terá então que multiplicar este valor pela fração de meses que foi exercida esta atividade.
3.1.2 Apuração do Imposto de Renda pelo Lucro Real
A apuração do imposto de renda pelo lucro real tem suas regras e normas. Young (2005, p. 15), diz que optando pelo regime de tributação, ou seja, o regime que o contribuinte optou no começo do ano, deverá adotá-lo até o final do ano calendário. Pode-se verificar então que dependendo do tipo de regime que o contribuinte optar, se este estiver sendo favorável ou não para sua empresa, o contribuinte não poderá mudá-lo até o término do ano calendário da opção, onde se percebe a grande importância de se obter uma opção correta e favorável para esta empresa.
Conforme se refere (Teixeira; Zanluca, 2005) quando o contribuinte optar pela apuração através do Lucro Real poderá ele escolher qual das duas modalidades de recolhimento irá utilizar para pagamento de seu IRPJ, que são estas:
1ª - Real Trimestral: que é uma modalidade que o pagamento e o balanço é efetuados trimestralmente.
2ª - Estimativa – que é uma modalidade que o pagamento e o balanço é levantado mensalmente ou também anualmente.
	Estas duas formas distintas possuemduas desigualdades a primeira sendo o pagamento, que a apuração pelo sistema real trimestral é realizado o pagamento a cada trimestre, já a por estimativa é mensalmente, e a segunda é quanto ao levantamento do balanço onde a apuração trimestral seu balanço será levantado todo trimestre e já a por estimativa poderá ser anual ou mensal.
 Conforme expõe (Teixeira; Zanluca, 2005) muitas empresas, por comodidade, escolhem a apuração do lucro real na modalidade trimestral, mais há uma desvantagem. No planejamento tributário quanto esta opção de modalidade de lucro trimestral, haja vista que as restrições de compensação dos prejuízos fiscais que são apurados nos próximos trimestres. Desta forma percebe-se que muitas empresas preferem a apuração trimestral dado o fato da opção de compensar prejuízos fiscais se acaso ocorrerem. 
3.1.2.1 apuração trimestral
Afirma-se que neste tipo de apuração, após o pagamento do imposto, não poderá a pessoa jurídica mudar sua opção, mesmo que ela não esteja adequada a se tributar nele.
É estipulado um período para apurar, conforme expõe Young (2005, p. 19) “O período de apuração trimestral corresponde ao trimestre civil, que é encerrado em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário”.
Desta forma, é entendido que a apuração será feita pelo resultado líquido que for obtido deste, e será determinado através do levantamento do balanço no final de cada trimestre, onde eles serão encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 dezembro do ano-calendário. 
Quanto ao prazo e forma de recolhimento do IRPJ, é exposto que:
“O IRPJ apurado com base no lucro real trimestral, será recolhido até o último dia útil do mês seguinte ao encerramento do trimestre. Este pagamento será efetuado em quota única, sendo facultada a opção de pagamentos em até três quotas mensais, e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que corresponderem.” (YOUNG, 2005, p. 27).
É visto que é determinado como deverá ser pago este IRPJ, que terá que ser apurado todo trimestre e ainda podendo ser pago em quota única no mês seguinte ao trimestre sem que haja nenhum acréscimo, ou então poderá pagar em três quotas mensais, que terão como prazo de pagamento até o último dia dos próximos três meses, conforme Young (2005, p. 27).
As quotas sofrerão os seguintes acréscimos:
1ª quota – valor original;
2ª quota – valor original + 1%;
3ª quota – valor original, acrescido da taxa Selic do mês anterior + 1% referente ao mês de pagamento.
Sendo assim se compreende que a opção pela forma de pagamento em três quotas será acrescida de juros equivalente à taxa SELIC que será acumulada mensalmente, e será calculado a partir do dia do segundo mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do pagamento. 
Entretanto, exemplificando, que se o pagamento for em três quotas, verifica-se que o pagamento de abril não terá nenhum acréscimo, já no mês de maio terá o acréscimo de 1% de juros, e junho terá este mesmo 1% de juros e mais os juros da SELIC.
E ainda é possível verificar que se o valor do imposto devido sobre o lucro do primeiro trimestre for pago em quota única no mês de abril, a empresa em maio e junho não terá pagamentos a fazer do IRPJ.
	
3.1.2.2 recolhimento por estimativa 
O recolhimento por estimativa é um outro tipo de apuração pelo regime do lucro real, segundo Young (2005, p. 39) a pessoa jurídica que estiver sujeita à tributação pelo lucro real também poderá escolher o pagamento do seu imposto e adicional em cada mês, onde a sua base de cálculo será determinada por estimativa. Sendo assim, se escolher que o pagamento do IRPJ seja por estimativa, haverá então que se calcular este imposto sobre um determinado valor que será estimado.
Desta forma, o RIR explica como será o pagamento do IRPJ “Art. 221.  A pessoa jurídica que optar pelo pagamento do imposto na forma desta Seção deverá apurar o lucro real em 31 de dezembro de cada ano (Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º, § 3º).” Após esta opção as pessoas jurídicas ficarão assim obrigadas à apuração anual do lucro real que ocorrerá em 31 de dezembro, onde será feito o cálculo do imposto anual e será determinado o valor que deverá ser pago, compensado ou restituído, mesmo que ocorra de não estarem mais obrigadas por algum motivo à apuração do lucro real.
Quanto à base de cálculo, segundo Young (2005, p. 39) ela será determinada através da soma de um percentual aplicado sobre a receita bruta do mês. Então é visto que a base de cálculo para o imposto de renda será o resultado obtido da soma de um percentual que é aplicado sobre a receita bruta do mês e onde poderá ainda acrescentar receitas, resultados positivos e ganhos de capital, e menos os ganhos ou rendimentos das aplicações financeira que foram tributados.
Para efetuar o recolhimento por estimativa deverá a pessoa jurídica, segundo Young (2005, p. 39) efetuar antecipações mensais, em decorrência disso poderá fazer um ajuste por período ou anual, e ainda optar por suspensão ou redução do pagamento. Devido o recolhimento do IRPJ ser estimado, é obrigatório o pagamento antecipado, ou seja, antes do fechamento do mês e após este que poderá fazer um ajuste ou no período ou no final do ano.
3.1.3 Suspensão e Redução
Poderá, então, a pessoa jurídica conforme Young (2005, p. 39) por ter realizado pagamentos antecipados, e acontecer de já estar com valores acumulados ultrapassados ao valor do imposto, inclusive adicionais que forem calculados com base no lucro real do período em curso, poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido, mas para isso deverá demonstrar através de balanços ou balancetes mensais. Desta forma, somente poderá então a pessoa jurídica suspender ou reduzir o pagamento do seu imposto se fizer o levantamento do balanço e balancete dos meses anteriores.
Já na suspensão, ocorre dado ao fato de suspender o pagamento do imposto e somente poderá ser realizada, com a seguinte ocorrência: 
I – suspender o pagamento do imposto desde que demonstre que o valor do imposto devido, calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma do imposto de renda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado;ou (YOUNG 2005, p. 58).
 
Então será suspenso o pagamento do imposto quando a pessoa jurídica fizer o levantamento do seu balanço e balancete, e se o valor do imposto a pagar, calculado com base no lucro real deste ano em curso, for inferior ou igual às somas dos impostos pagos nos meses anteriores correspondente a este mesmo ano.
A redução do valor do imposto somente poderá acontecer quando:
II – reduzir o valor do imposto ao montante correspondente à diferença positiva entre o imposto devido no período em curso e a soma do imposto de renda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado.[...] (YOUNG, 2005, p. 58).
Então para que possa reduzir o valor do imposto a pagar ao montante correspondente à diferença positiva do imposto devido sobre o ano em curso, até o mês em que se levantar o balanço ou balancete, e assim somando-se o imposto pago, referente aos meses anteriores do mesmo ano em curso.
3.1.4 Ajustes do Lucro Líquido 
	Os ajustes ao lucro líquido ocorrerão em um determinado período, através da escrituração, onde estes ajustes serão as adições, as exclusões ou as compensações, onde estes serão prescritos e autorizados de acordo com a legislação vigente.
3.1.4.1 Adições
	As adições é um tipo de ajuste que é obrigatório e produz efeito definitivo. Conforme Young (2005, p. 107) “[...] Adições são ajustes obrigatórios que têm por finalidade aumentar o imposto.[...]”. Sendo assim percebe-se que, as adições irãoter como o objetivo de aumentar o imposto. Tem-se como principais adições os custos e as despesas que sejam vistos como não sendo necessários a atividade exercida da pessoa jurídica.
3.1.4.2 Exclusões
	As exclusões são ajustes que também possui efeito definitivo, e tem o objetivo de não aumentar a base de cálculo do imposto, pois o lucro líquido da pessoa jurídica aumentaria com as receitas, e a legislação define que não deverá ser tributável. Segundo Young (2005, p. 107) “[...] Exclusões são ajustes facultativos que tem por finalidade diminuir a base de calculo do imposto.[...]”. Então assim irão se excluir com o objetivo de diminuir a base de calculo do imposto. Temos como exemplo de exclusões a depreciação/amortização acelerada incentivada.
Na receita bruta ocorrerá exclusões conforme diz Young (2005, p. 48) Serão excluídas da receita bruta as vendas canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos. Desta forma, observa-se que somente será considerado como receita bruta vendas líquidas, ou sejam, as que realmente foram realizadas. 
3.1.4.3 Compensações de prejuízos fiscais
	
A compensação de prejuízos fiscais será permitida dependendo da opção do contribuinte pelo lucro real podendo ser a apuração trimestral ou anual. 
Na determinação da base de cálculo do imposto de renda, o lucro real, depois de apuradas as adições e exclusões ao lucro líquido, em sentido positivo, poderá ser compensado com prejuízos fiscais apurados e, exercícios anteriores do mesmo ano-calendário. (YOUNG, 2005, p. 122)
Na apuração trimestral pelo lucro real é estabelecido que não seja compensado com o prejuízo fiscal no próximo trimestre, mesmo que seja ele do mesmo ano em curso.
Para realizar a compensação existe um limite conforme Young (2005, p.122) “A compensação poderá ser total ou parcial, em um ou mais períodos de apuração, à opção do contribuinte, observado o limite de 30% do lucro.” Sendo assim, este prejuízo fiscal que estiver sido apurado em um determinado trimestre, terá um limite de 30% (trinta por cento) deste, a ser compensado nos trimestres seguintes.
Haverá também a possibilidade de ser compensado o prejuízo não operacional de um trimestre nos posteriores, desde que tenha os lucros da mesma natureza.
Já no regime de pagamento mensal, o que irá predominar será apuração anual, onde os resultados obtidos sendo eles positivos ou negativos serão compensados automaticamente.
3.1.5 Alíquota do IRPJ, Adicional, Deduções e Retenções.
No lucro real como diz Young (2005, p. 16) a alíquota do imposto de renda sobre a base de calculo será de 15% (quinze por cento) independente da atividade que a pessoa jurídica desenvolver e qualquer que seja o período de apuração (trimestral ou anual).
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o Regulamento. (TEIXEIRA e ZANLUCA, 2005, p.21).
	Todas as pessoas jurídicas optantes pelo lucro real, sendo elas de direito Civil ou Comercial, terá que pagar o seu imposto com a alíquota de 15% (quinze por cento) sobre seu lucro e esta apuração deve ser realizada de acordo com o RIR.
A parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento). (TEIXEIRA; ZANLUCA, 2005, p.21).
	O lucro real tem uma parcela máxima de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por mês, por ano será R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), se acontecer de passar deste valor, se acrescentará um adicional que é de 10% (dez por cento) de alíquota sobre esta apuração de imposto, se for trimestral a apuração, o valor da parcela máxima será de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).
	A alíquota do imposto de 15% (quinze por cento) e o adicional é de 10% (dez por cento) que é acrescentado à apuração do imposto no que venha a exceder ao valor do resultado, e daí serão pagos juntamente.
3.2 Lucro Presumido
	O lucro presumido é conceituado segundo Hoog (2007, p. 143) como sendo o lucro que o fisco presume, onde é aplicado um coeficiente sobre o volume de vendas, uma figura do direito tributário que calcula através de um coeficiente quanto deve ser tributada uma empresa e estima-se quanto de lucro esta teria obtido. 
Pode-se dizer então que o imposto de renda neste tipo de sistema é apurado com base em um percentual, que é estabelecido, que é calculado sobre o valor das receitas, ou seja, vendas realizadas, independentemente da apuração do lucro.
Segundo Teixeira e Zanluca (2005, p. 53) Lucro Presumido “É a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL).” Entende-se que a tributação do lucro presumido é mais simples e possui uma facilidade quanto aos cálculos.
	A forma de apuração do lucro presumido conforme diz YOUNG (2005, p. 42) passou a ser calculada a partir de 01.01.97, trimestralmente nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário ou então quando ocorrer extinção da pessoa jurídica deverá ser apurado na data que ocorreu esta no curso do ano-calendário. E somente se considera esta extinção na data que foi dado o encerramento da sua liquidação, ou seja, a total destinação do seu acervo líquido. 
	
3.2.1 Pessoas Jurídicas Autorizadas a Optar pelo Lucro Presumido
Para que a empresa seja optante pelo sistema do lucro presumido, O RIR de 1999 define que:
Art. 516.  A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a vinte e quatro milhões de reais, ou a dois milhões de reais multiplicado pelo número de meses de atividade no ano-calendário anterior, quando inferior a doze meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido (Lei nº 9.718, de 1998, art. 13). (BRASIL, RIR, 1999)
	Ao contrário do regime do lucro real as pessoas jurídicas poderão optar pela tributação com base no lucro presumido quando sua receita bruta total no ano-calendário anterior, menor ou igual R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) ou que vierem a obter o limite proporcional de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) que serão multiplicados pelo número de meses de atividades no ano, se for menor que a doze meses. 
	Quanto ao período de duração da tributação pelo sistema do lucro presumido será conforme RIR 1999 em seu art. 516 “ [..] § 1º  A opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em relação a todo o ano-calendário (Lei nº 9.718, de 1998, art. 13, § 1º).”. Portanto, a pessoa jurídica que optar pela sistemática do lucro presumido será definido em relação a todo o ano-calendário, será considerado como opção quando iniciar o pagamento do imposto com base no lucro presumido, não será admitido que mude para o regime do lucro real no mesmo ano.
Por isso as empresas devem fazer a escolha de uma forma de tributação correta, pois não há possibilidades de mudança, até o término do ano-calendário.
O art. 516 do RIR 1999 ainda diz que “[...] § 3º  A pessoa jurídica que não esteja obrigada a tributação pelo lucro real (art. 246), poderá optar pela tributação com base no lucro presumido [...]”. Então, a pessoa jurídica que não esteja dentro da obrigação pelo sistema do lucro real, estará autorizada a optar pelo lucro presumido.
A opção poderá se dar através do pagamento do imposto conforme o art. 516 do RIR 1999:
§ 4º  A opção de que trata este artigo será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário (Lei nº 9.430, de 1996, art. 26, § 1º). (BRASIL, RIR, 1999)
	Deverá então a pessoa jurídica que der início à sua atividade no segundo trimestre, fazer o pagamento da primeira quota ou quota única do imposto no começodo trimestre que entrou em atividade, estará ela optando pela apuração através do lucro presumido.
	
3.2.2 Apuração e Base de Cálculo
	A apuração do lucro presumido será realizada por cada trimestre, o art. 516 do RIR 1999:
§ 5º  O imposto com base no lucro presumido será determinado por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, observado o disposto neste Subtítulo (Lei nº 9.430, de 1996, arts. 1º e 25). (BRASIL, RIR, 1999)
	Assim, entende-se que no lucro presumido a apuração do imposto será realizada trimestralmente que terá encerramento nos períodos de 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro do referente ano-calendário.
	A base de cálculo do lucro presumido para a apuração do imposto de renda das pessoas jurídicas conforme Young (2005, p. 55) será realizada através do percentuais sobre a receita bruta auferida no trimestre. Desta forma irá se multiplicar estes percentuais, que serão definidos de acordo com o tipo ramo que é desenvolvido pela empresa, sobre a receita bruta do trimestre e ainda acrescentando outros ganhos, rendimentos e receitas obtidas.
	Segundo o RIR de 1999 Art. 518 “ § 3o  No caso de atividades diversificadas, será aplicado o percentual correspondente a cada atividade (Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, § 2º).”Entende-se então se a empresa tiver exercendo vários tipos de operações, para cada um será aplicado o seu percentual correspondente, sendo assim, quando for apurar a base de cálculo, terá que separá-las para obter seus valores correspondentes.
3.2.3 Prejuízos Fiscais
	
	O lucro presumido possui uma desvantagem, pois não pode neste tipo de regime compensar prejuízos fiscais caso a empresa obtiver. Como o próprio nome do regime diz presumido, quer dizer que sempre terá lucro a empresa, sendo assim ela sempre terá imposto a pagar.
3.2.4 Alíquotas do IRPJ, Adicional, Deduções e Retenções
	Para encontrar a base de cálculo para o IRPJ será utilizado percentuais sobre a receita bruta. Existem vários tipos de percentuais, mas cada um depende do tipo de atividade que a empresa desenvolve, mas como a que está sendo examinada é a de revenda de combustíveis, seu percentual será diferenciado. Na tabela a seguir apresentado os diversos tipos de percentuais para cada tipo de atividade desenvolvida.
Tabela 01 – Lucro Presumido - Percentuais 
	Atividade
	Perc. de Presunção
	Alíquota do IR
	Percentual Direto
	Revenda de Combustíveis
	1,6%
	15%
	0,24%
	Venda de mercadorias, industrialização por encomenda
	8%
	15%
	1,2%
	Prestação de serviços hospitalares
	8%
	15%
	1,2%
	Transporte de cargas
	8%
	15%
	1,2%
	Transportes de passageiros
	16%
	15%
	2,4%
	Serviços em geral (*)
	32%
	15%
	4,8%
	Serviços prestados por sociedade civil de profissão legalmente regulamentada
	32%
	15%
	4,8%
	Intermediação de negócios (*)
	32%
	15%
	4,8%
	Administração, Locação ou Cessão de Bens Imóveis, Móveis e direitos de qualquer natureza, como por exemplo: franchising, factoring, etc. (*)
	32%
	15%
	4,8%
	Bancos Comerciais, Bancos de Investimentos, Caixas Econômicas, etc.
	16%
	15%
	2,4%
	Loteamento, incorporação, venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda
	8%
	15%
	1,2%
	Construção por administração ou por empreitada, unicamente de mão-de-obra (*)
	32%
	15%
	4,8%
	Construção por administração ou por empreitada com fornecimento de materiais e mão-de-obra
	8%
	15%
	1,2%
Fonte: http://www.assecon.com.br/tabelas.php
 	
Neste quadro e verificado que sobre a receita bruta irá se aplicar o percentual podendo ser ele direto ou de presunção.
Nas seguintes atividades o percentual de presunção será de: I – 1,6% sobre a receita bruta auferida na revenda, para consumo, de combustíveis derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; (YOUNG, 2005, p.39).
	É visto então que na atividade de revenda de combustíveis o percentual que deverá ser aplicado sobre a receita bruta que foi obtida pelas vendas é de 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento). 
Empresas revendedoras de combustível. Base de cálculo para pagamento por estimativa. No cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição sobre o lucro mensal por estimativa, nas atividades de revenda de combustíveis, a base de cálculo do imposto e da contribuição será determinada mediante a aplicação do respectivo percentual sobre a receita bruta mensal, assim entendida como o produto da venda das mercadorias adquiridas para revenda. (Câmara Superior de Recursos Fiscais – CSRF – Primeira Turma – ACÓRDÃO CSRF/01-02.699 em 11.05.1999 – DOU 16.08.1999). (YOUNG 2005, p. 48).(destaque do autor)
Entretanto, verifica-se que aplicando o percentual de 1,6% sobre a receita bruta mensal, poderá então se obter o valor do imposto de renda a ser pago por este tipo de ramo de atividade de revenda de combustíveis. 
Também se entende que este percentual será aplicado sobre a receita bruta para determinar a base de cálculo do imposto de renda, e será o mesmo para o pagamento do imposto de renda das pessoas jurídica que for estimado mensalmente com base no lucro real anual e também para a apuração pelo lucro presumido.
	Após obter a base de cálculo para o IRPJ aplica-se a alíquota conforme Young (2005, p. 77) 15%sobre a base de cálculo. Então será calculado sobre o lucro total obtidos, que é o valor presumido mais as receitas, rendimento e ganhos obtida do lucro total, o percentual de 15 % (quinze por cento).
	Já o adicional do lucro presumido segundo Young (2005, p. 78) “Em 2005, o IRPJ terá um adicional de 10% sobre o excedente do lucro presumido trimestral de R$ 60.000,00, devendo ser acrescido ao IRPJ normal. Sendo assim, entende-se que a parcela que exceder R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) trimestral, terá um adicional de 10% (dez por cento) que será multiplicado pelo valor que excedeu as estes sessenta mil reais do trimestre.
	 
Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica somente poderá deduzir o imposto devido no período de apuração, o imposto de renda pagou ou retido na fonte sobre as receitas que integram a base de calculo do imposto devido inclusive de aplicações, vedada qualquer dedução a titulo de incentivo fiscal. (YOUNG 2005, p. 80)
		Como explica a autora não é permitida a dedução de incentivos fiscais, mais poderá ser diminuídas as retenções na fonte do imposto devido.
3.3 Vantagens do Lucro Real e o Lucro Presumido
	Entretanto, há necessidade de demonstrar as vantagens que existe na escolha do Lucro Real ou na escolha do Lucro Presumido, conforme no quadro a seguir:
	LUCRO REAL
	LUCRO PRESUMIDO
	- Terá uma carga tributária menor, somente quando o percentual de lucro for abaixo de 32%;
	- Terá uma carga tributária menor somente quanto o percentual de lucro for maior que 32%;
	- Pode deduzir os incentivos fiscais
	- Falta de escriturações contábeis;
	- Existe a possibilidade de compensar os prejuízos fiscais no período ou em períodos posteriores
	- É aplicado o planejamento tributário para tributar as receitas financeiras e operacionais através do regime de caixa.
QUADRO 01 - PRINCIPAIS VANTAGENS DO LUCRO REAL E DO LUCRO PRESUMIDO
Fonte: Elaboração Aline C. Quarantani, com dados das pesquisas bibliográficas. 
Como é visto, tanto o Lucro real como o Lucro presumido, possuem suas vantagens. Também podemos observar neste quadro que será mais vantajoso para o contribuinte a escolha de um regime de apuração, se ele estiver enquadrado em algum destes dois tipos de sistemáticas de apuração.
Então é possível afirmar que estas vantagens apresentadas serão umas das principais formas de contribuição para quando a pessoa jurídica for escolher que tipo de regime deverá optar.
3.4 A Importância do Planejamento Tributário
Quando se quer fazer um planejamento tributário ele será nada mais que um projeto ou estudo que é realizadopreviamente, a partir deste planejamento poderá verificar os efeitos jurídicos e econômicos que pode trazer para a pessoa jurídica e cabe ao contador orientá-la, informando se será viável optar ou não, pelo regime. Conforme relata Campos (1987, p. 25) O planejamento tributário é o processo onde pode ocorrer a escolha de ação ou descumprimento de algo legal não simulada, e é realizado anteriormente a ocorrência do fato gerador, e tenha como objetivo indiretamente ou diretamente à economia de tributos.
Hoje, por temos em nosso país um sistema tributário muito complexo, o planejamento tributário vem como um importante papel na estratégia das empresas, mas é visto que nem todas possuem condições de realizá-lo. 
Entende-se, então, que o planejamento tributário Segundo NETO (1981, P.164) será um processo de racionalização de decisões, que irá apresentar alternativas estratégicas para o desenvolvimento da empresa. Após executar as estratégias selecionadas, a empresa terá um mecanismo permanente, que será necessário para interagir com a dinâmica social e indispensável quanto às modificações de metas e rumos que vier a atribuir a realidade da empresa.
Para que a empresa possa escolher o melhor regime para sua tributação, será avaliado o tipo de atividade que desenvolve as normas que a legislação obrigar, tanto quanto ao seu porte, e muitos outros critérios que serão necessários para se fazer um correto planejamento tributário, somente após este, que poderá ser definido o tipo de tributação que será melhor para calcular os seus tributos.
 Comparação entre o Lucro Real e o Lucro Presumido
	Há necessidade de se comparar o que é utilizado e a forma que é realizado a apuração do imposto de renda pelo lucro real ou pelo lucro presumido, porque existem dúvidas quanto ao que existe como norma no lucro real e também no lucro presumido.
	
	LUCRO REAL 
	LUCRO PRESUMIDO 
	Apuração IRPJ 
	Anual ou trimestral 
Opção definitiva p/o ano 
	Trimestral 
Opção definitiva p/o ano 
	Base e pagamento do IRPJ 
Alíquota
	
IRPJ 15% + adicional 
	
Idem
	Base de cálculo 
	Lucro da empresa
	Faturamento trimestral x % 
da atividade 
	Pagamento
	Mensal pelo regime 
estimativa e faz ajuste no 
final do ano ou paga 
trimestralmente 
	Por trimestre 
	Reconhecimento da 
receita 
	Regime de competência, 
ou seka, a receita é 
reconhecida 
independentemente do 
seu recebimento 
	Regime de competência, ou 
seka, a receita é 
reconhecida 
independentemente do seu 
recebimento 
	Custos e despesas 
	Computar todos os 
custos e despesas 
incorridas na atividade 
	Não pode computar 
nenhum valor 
	Deduções no IRPJ
	Retenções de IR na fonte
	Retenções de IR na fonte
	Prejuízo fiscal – IRPJ 
	Pode compensar nos 
períodos seguintes, 
limitado a 30% 
	Não pode compensar 
	Escrituração fiscal 
	Obrigatória a 
escrituração contábil 
completa 
	Nível federal (obrigatório livro caixa e livro de inventário) 
Nível previd/estadual/municipal 
(livros obrigatórios exigidos por legislação específica)
	Retenção na fonte do IR
	Sujeito ao desconto 
sobre as receitas de 
serviços profissionais, 
c/direito a compensação 
	Sujeito ao desconto sobre 
as receitas de serviços 
profissionais, c/direito a 
compensação 
	Juros sobre capital 
próprio 
	Dedutível na apuração 
do Lucro Real 
Sofre IR Fonte de 15% 
	A sua distribuição não traz 
reflexo na apuração do 
lucro presumido. 
Sofre IR Fonte de 15% 
QUADRO 02 – LUCRO REAL X LUCRO PRESUMIDO
Fonte: Alterações elaboradas por Aline C. Quarantani, realizadas no quadro comparativo da Apostila do Prof. Jessé K. Ferreira Mendes.
	Neste quadro é demonstrado, as diferenças e principais pontos utilizados para as devidas apurações. Foi elaborado de uma forma para facilitar o entendimento da legislação e os dois tipos de regime, onde estes diferenciais são apresentados neste quadro resumo, onde muitos profissionais de contabilidade elaboram-no para uma melhor compreensão e percepção das diferenças. Dentre elas temos como as mais importantes a apuração do IRPJ que no lucro real tem duas formas que é anual e trimestral e no lucro presumido somente a trimestral.
	Tem-se também a alíquota onde ambos são 15% (quinze por cento), e na base de cálculo verifica-se q no real é o lucro da empresa já no presumido é o faturamento multiplicado pelo percentual da atividade, quanto ao pagamento do IRPJ no real podendo ser mensal se for por estimativa ou por trimestre se for trimestral, e no presumido será sempre pelo trimestre.
	Um aspecto também muito importante nas diferenças, é quanto aos prejuízos fiscais que no lucro real pode ser compensados no percentual de 30% (trinta por cento) já no presumido não pode compensar.
	
4 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA E ANÁLISE DOS RESULTADOS
	Neste capítulo serão apresentados os resultados, o tipo de pesquisa e os métodos usados junto ao escritório de contabilidade, o qual possui como cliente uma empresa que tem como o ramo de atividade a revenda de combustíveis, ambos de Campo Verde/MT, com objetivo principal de verificar qual melhor método de apuração para este tipo de empresa.
4.1 Pesquisa
A presente pesquisa foi realizada através da pesquisa quantitativa que foi realizada graças a coleta de dados que foram os números e valores reais referentes ao patrimônio da empresa. 
4.2 Método
	O método utilizado foi o de análise documental, onde foram observadas as diversas demonstrações contábeis referente ao processo de apuração de imposto de renda da pessoa jurídica. Dentre eles verificou-se a análise dos balancetes e balanços, e se verificou determinados valores.
 4.3 Ambiente da Empresa
O local de estudo foi o escritório de contabilidade, localizado em Campo Verde/MT, está situado em uma sala comercial, no centro da cidade, em funcionamento a mais de 01 (um) ano, possui somente uma funcionária como auxiliar contábil, não existe a divisão de setores. Possui em média de 30 (trinta) empresas as quais é prestado seus serviços contábeis, onde entre elas existe uma empresa de revenda de combustíveis.
4.4 Apresentações de Dados
A coleta de dados foi realizada no decorrer do mês de abril e maio do ano de 2009, onde foram apresentados a partir da observação de documentos e registros existentes da empresa de revenda de combustíveis no ano de 2008, na localidade do escritório contábil. Analisaram-se arquivos, livros de escrituração, demonstrações contábeis como balanços e balancetes, e todo documento que pudesse orientar, ou apresentar informações sobre a apuração do IRPJ da empresa, e foram adquiridos os seguintes valores:
	APURAÇÃO DO LUCRO REAL TRIMESTRAL
	
	Janeiro
	Fevereiro
	Março
	Abril
	Maio
	Junho
	Julho
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Novembro
	Dezembro
	VENDAS
	R$ 1.595.265,35
	R$ 1.717.783,56
	R$ 3.539.325,69
	R$ 5.248.109,25
	(-) Custos
	(-) R$ 1.369.238,34
	(-) R$ 1.105.567,32
	(-) R$ 3.036.262,20
	(-) R$ 4.656.386,55
	(-) Desp. Operacional
	(-) R$ 336.856,25
	(-) R$ 363.362,58
	(-) R$ 326.482,29
	(-) R$ 300.840,41
	(-) Desp. ADM
	(-) R$ 26.458,75
	(-) R$ 56.358,23
	(-) R$ 23.331,60
	(-) R$ 37.860,56
	(-) Desp. Depreciação
	(-) R$ 98.502,34
	(-) R$ 98.502,34
	(-) R$ 158.434,91
	(-) R$ 138.434,91
	(-) Desp. Tributária
	(-) R$ 18.231,21
	(-) R$ 25.862,30
	(-) R$ 11. 214,55
	(-) R$ 25.475,45
	TOTAL EXCLUSÕES
	(-) R$ 1.549.286,89
	(-) R$ 1.649.652,77
	(-) R$ 3.555.726,15
	(-) R$ 5.158.997,88
	(+) VENDAS 
(-) EXCLUSÕES =
	R$ 45.978,46
	R$ 68.130,79 
	R$ 33.599,54
	R$ 89.111,37
	PREJUÍZO FISCAL 30%
	(-) R$ 0,00
	(-) 20.439,24
	(-) R$ 10.079,86
	(-) R$ 26.733,41
	BASE DE CALCULO P/ IR
	R$ 45.978,46
	R$ 47.691,55 
	R$ 23.519,68
	R$ 62.377,96
	15 % IR - A PAGAR
	R$ 6.896,76
	R$ 7.153,73
	 R$ 3.527,95
	R$ 9.356,69Tabela 02 – Apuração pelo Lucro Real Trimestral
Fonte: Aline Cabral Quarantani, 2009.
	Esta tabela representa as apurações realizadas pelo lucro real verifica-se como é realizado, o ajuste do lucro líquido através das exclusões, e assim se obtêm a base de cálculo para apurar o imposto de renda da pessoa jurídica. 	
	TOTAL LUCRO LIQUIDO
	R$ 45.978,46
	R$ 47.691,55 
	R$ 23.519,68
	R$ 62.377,96
	VALOR EXC. TRIMESTRAL
	(-) R$ 60.000,00
	(-) R$ 60.000,00
	(-) R$ 60.000,00
	(-) R$ 60.000,00
	BASE DE CALCULO P/ AD. 10%
	(-) R$ 14.021,54
	(-) 12.308,45
	(-) 36.480,32
	R$ 2.377,96
	ADICIONAL DE 10% DO IR A PAGAR
	0,00
	0,00
	0,00
	R$ 237,79
Tabela 03 – Apuração do Adicional de 10% do Lucro Real
Fonte: Aline Cabral Quarantani, 2009.
	Nesta (tabela 03) é visto que devido nesta empresa, ter ultrapassado o limite que é fixado no valor da parcela máxima do adicional de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), incidirá então o adicional de 10% (dez por cento), que será pago juntamente com o valor do imposto de renda obtido no mesmo trimestre.
	APURAÇÃO LUCRO PRESUMIDO
	
	Janeiro
	Fevereiro
	Março
	Abril
	Maio
	Junho
	Julho
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Novembro
	Dezembro
	VENDAS
	R$ 1.595.265,35
	R$ 1.717.783,56
	R$ 3.539.325,69
	R$ 5.248.109,25
	PERCENTUAL DIRETO DE 0,24% - IRPJ A PAGAR
	
R$ 3.828,64
	R$ 4.122,68
	R$ 8.494,38
	R$ 12.595,46
Tabela 04 – Apuração pelo Lucro Presumido Trimestral pelo Percentual Direto
Fonte: Aline Cabral Quarantani, 2009.
	
Já, na tabela 04 é colocada a apuração do lucro presumido pelo percentual direto. Este cálculo que é desenvolvido pelo profissional contábil da empresa do ramo de atividade de revenda de combustíveis que pela legislação é fixado um percentual como foi exposto na tabela 01, daí é aplicado o percentual da atividade de revenda de combustíveis, sendo o percentual direto de 0,24%.
	APURAÇÃO LUCRO PRESUMIDO
	
	Janeiro
	Fevereiro
	Março
	Abril
	Maio
	Junho
	Julho
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Novembro
	Dezembro
	VENDAS
	R$ 1.595.265,35
	R$ 1.717.783,56
	R$ 3.539.325,69
	R$ 5.248.109,25
	PERCENTUAL DE PRESUNÇÃO 1,6 % - REVENDA DE COMBUSTÍVEIS
	
R$ 25.524,25
	R$ 27.484,54
	R$ 56.629,21
	R$ 83.969,75
	15 % IR – A PAGAR
	
R$ 3.828,64
	R$ 4.122,68
	R$ 8.494,38
	R$ 12.595,46
Tabela 05 – Apuração pelo Lucro Presumido Trimestral pelo Percentual de Presunção
Fonte: Aline Cabral Quarantani, 2009.
	Na tabela 05, é apurado conforme a aplicação do percentual de presunção, que é apresentado na tabela 01, que na atividade de revenda de combustíveis é utilizado o percentual de 1,6% sobre a receita bruta, e após obtido a base de cálculo aplica-se 15% (quinze por cento) do imposto de renda.
Tabela 06 – Apuração do Adicional de 10% do Lucro Presumido 
	BASE DE CÁLCULO P/ AD. 10%
	R$ 25.524,25
	R$ 27.484,54
	R$ 56.629,21
	R$ 83.969,75
	ADICIONAL DE 10% DO IR A PAGAR
	R$ 2.552,43
	R$ 2.748,45
	R$ 5.662,92
	R$ 8.396,98
Fonte: Aline Cabral Quarantani, 2009.
	Quanto à tabela 06, realizou-se a apuração do adicional de 10% (dez por cento), tendo como base de cálculo o resultado da aplicação do percentual de presunção de 1,6% sobre a receita bruta, logo a aplicação do percentual do adicional.
4.5 Análise dos Resultados
As tabelas com as apurações do lucro real e do lucro presumido foram elaboradas através dos dados levantados na empresa, que foi realizado no escritório de contabilidade desde os lançamentos do movimento até análise dos balancetes e balanços, e como é realizada na prática a apuração do imposto de renda da pessoa jurídica.
Na tabela 02 que é realizada pela apuração pelo lucro real, constata-se os valores das receitas obtidas de todos os trimestres e seus devidos ajustes, que são adições e exclusões. E é possível compreender que no primeiro trimestre não há compensação do prejuízo fiscal, mas nos 03 (três) trimestres seguintes houve a compensação do prejuízo fiscal. Conforme relata Young (2005, p.122) poderá compensar o prejuízo fiscal no limite de 30% (trinta por cento) do lucro já ajustado. Conforme os valores apurados do lucro real verifica-se o valor total do ano calendário referente ao ano de 2008.
	LUCRO REAL IMPOSTO DE RENDA
	LUCRO REAL ADICIONAL DO IR
	1º Trimestre – R$ 6.896,76
	 1º Trimestre – 0,00
	2º Trimestre – R$ 7.153,73
		2º Trimestre – 0,00
	3º Trimestre – R$ 3.527,95
		3º Trimestre – 0,00
	4º Trimestre – R$ 9.356,69
		4º Trimestre	- R$ 237,79
	Total anual de IR = R$ 26.935,13
	Total anual Adicional IR - R$ 237,79
	Valor IR R$ 26.935,13 + Valor Adicional R$ 237,79 = IRPJ A PAGAR R$ 27.172,92
QUADRO 03 – IRPJ E ADICIONAL DO ANO DE 2008 – REGIME DO LUCRO REAL
Fonte: Aline Cabral Quarantani, 2009.
	
Desta forma, percebe-se que o valor anual do IR de R$ 26.935,13 (vinte e seis mil, novecentos e trinta e cinco reais e treze centavos) juntamente com o valor do adicional do IR anual de R$ 237,79 (duzentos e trinta e sete reais e setenta centavos), obtivemos o valor de R$ 27.172,92 (vinte e sete mil, cento e setenta e dois reais e noventa e dois centavos) de IRPJ referente ao ano calendário de 2008 da empresa pesquisada.
Também foi elaborada a apuração no lucro presumido que é representada na (tabela 04) pelo percentual direto, e na (tabela 05) pelo percentual de presunção e obtiveram-se seguintes valores:
	LUCRO PRESUMIDO DO IMPOSTO DE RENDA PELO PERCENTUAL DIRETO
	LUCRO PRESUMIDO DO IMPOSTO DE RENDA PELO PRECENTUAL DE PRESUNÇÃO
	LUCRO PRESUMIDO ADICIONAL DO IR
	1º Trimestre – R$ 3.828,64
	1º Trimestre – R$ 3.828,64
	1º Trimestre – R$ 2.552,43
	2º Trimestre – R$ 4.122,68
	2º Trimestre – R$ 4.122,68
	2º Trimestre – R$ 2.748,45
	3º Trimestre – R$ 8.494,38
	3º Trimestre – R$ 8.494,38
	3º Trimestre – R$ 5.662,92
	4º Trimestre – R$ 12.595,46
	4º Trimestre – R$ 12.595,46
	4º Trimestre – R$ 8.396,98
	Total anual de IR = R$ 29.041,16
	Total anual de IR = R$ 29.041,16
	Total anual Adicional IR – R$ 19.360,78
	Valor IR R$ 29.041,16 + Valor Adicional R$ 19.360,78 = IRPJ A PAGAR R$ 48.401,94
QUADRO 04 – IRPJ E ADICIONAL DO ANO DE 2008 – REGIME DO LUCRO PRESUMIDO
Fonte: Aline Cabral Quarantani, 2009.
Conforme foi colocado neste (quadro 04) entende-se que ambas as apurações obtiveram-se o mesmo valor, é possível observar também, que estas somente se diferenciam quanto à praticidade e forma na aplicação do percentual. Também foi levantado o valor do adicional de 10% (dez por cento) devido à empresa ter excedido o valor limite que é fixado pela legislação. 	
Obteve-se o valor do IR anual que é de R$ 29.041,13 (vinte e nove mil, quarenta e um reais e treze centavos), e mais o adicional de 10% (dez por cento) de R$ 19.360,78 (dezenove mil, trezentos e sessenta reais e setenta e oito centavos) durante o período do ano-calendário. Após esta análise verifica-se que no ano de 2008, o IRPJ a pagar é o valor de R$ 48.401,94 ( quarenta e oito mil, quatrocentos e um reais e noventa e quatro centavos).
	Através desta apuração e analisando os dados verifica-se que no regime do lucro real e no lucro presumido, ocorreram diferenças em seus valores do IRPJ a pagar, onde o lucro presumido teve uma carga tributária maior que o lucro real.
	Então, analisa-se que a diferença do valor do IRPJ entre o lucro presumido e o lucro real foi de R$ 21.229,02 (vinte e um mil duzentos e vinte e nove reais e dois centavos). Finalmente, compreende-se que o lucro real será uma ótima opção para esta empresa de revenda de combustíveis.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Evidenciou-se através deste estudo que possui o tema “Sistemática de Apuração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica nas modalidades Real e Presumido” que buscou como objetivo compreender como é realizada a apuração do IRPJ e são aplicadas através de um contador com base na legislação tributária, concluiu-se queo tipo de regime a ser escolhido de um determinado tipo empresa depende basicamente do tipo de atividade que esta desenvolver, e foi possível descobrir que a escolha do método tem grande influência quanto ao valor do IRPJ a ser pago, podendo ele ser maior ou então reduzi-lo.
Desta forma, existe a necessidade de se fazer um planejamento tributário, devido que quando se optar por um regime o período do ano-calendário, este será determinante até o término do mesmo, e neste planejamento irá demonstrar a empresa qual método irá lhe trazer uma economia financeira. 
	O objetivo principal foi trazer a hipótese do projeto monográfico e se verificou como uma empresa pode ser afetada com a opção de um regime de tributação e como pode este lhe trazer resultados positivos ou negativos, devido os tributos terem um percentual alto quanto aos custos da empresa. Estes resultados positivos podem ser uma economia tributária e a escolha correta pela modalidade de apuração, já como negativos temos uma carga tributária alta a pagar devido a escolha incorreta do tipo de regime.
Portanto, através dos estudos realizados, quanto às analises documentais da empresa até a sua apuração do lucro real e do lucro presumido, pode-se confirmar a hipótese com muito aprendizado, quanto a este tipo de empresa que tem a atividade de revenda de combustíveis. 
Foi possível então, verificar que no regime do lucro presumido trouxe uma carga tributária maior para esta empresa, já no regime do lucro real trouxe uma redução, fazendo com que esta obtivesse uma economia financeira no pagamento do seu imposto de renda referente ao período do ano-calendário de 2008. O motivo que faz com que o lucro real seja a melhor opção, é devido à compensação dos prejuízos fiscais, que já no lucro presumido não é possível realiza-lo. 
Verificou-se que no lucro real para que a empresa tenha êxito terá que a mesma ter um grande fluxo de operações, ou seja, suas despesas sejam muitas para deduzir da base de cálculo, e ainda temos a complexidade de apuração desta modalidade. Quanto ao lucro presumido existe sua simplicidade e facilidade de apuração, mais nem sempre é viável para determinados tipos de atividade. 
Por isso existe a necessidade de verificar vários aspectos, antes de se optar a um tipo de tributação e esta capacidade exige de um profissional especialista na área de contabilidade para que manifeste seu posicionamento técnico-científico sobre as apurações do imposto de renda das empresas, tendo em vista a grande expansão da carga tributária em nosso país.
REFERÊNCIAS
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