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01_Estrutural_ [Modo de Compatibilidade]

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Instituto Federal do Espírito Santo - IFES
Campus Cachoeiro de Itapemirim
Geologia Estrutural
Luiz José Cruz Bezerra
Geólogo, M.Sc.
Cachoeiro de Itapemirim – ES 1
 A geologia estrutural é uma das disciplinas com maior importância na
geologia, devido seu vasto campo de aplicações, como na geotecnia, risco
ambiental, geologia econômica, evolução crustal, geotectônica,
geodinâmica etc.
Na geotecnia e risco ambiental, é o conhecimento das estruturas Na geotecnia e risco ambiental, é o conhecimento das estruturas
geológicas que vai determinar o quanto de peso o terreno vai suportar,
quer seja para construção de edifícios, pontes, portos, barragens ou
construções em áreas de encostas ou taludes.
 Na geologia econômica, sabe-se que a maioria das mineralizações tem
controle estrutural, se concentrando nas estruturas como zonas de
cisalhamento, fraturas, falhas e eixos de dobras.
2
 Na crosta há um dinamismo motivado por esforços resultantes de forças
endógenas (movimentos tectônicos) que deslocam maciços. As
espessuras em regiões continentais são de cerca de 30 Km e podem
variar de 5 Km, nas regiões oceânicas a 70 Km nas cadeias orogênicas –
ver perfil do planeta).
 • Os movimentos tectônicos produzem nas rochas as modificações de
posição, atitude, forma e volume. Isto é que define a deformação, cujos
resultados são as estruturas tectônicas ou secundárias.
 • O termo Geologia Estrutural foi cunhado por CHARLES LYELL (1873,
no livro "Princípios de Geologia“), para se referir ao estudo das estruturas
maiores. Com a evolução da ciência geológica os estudos se estenderam
às estruturas menores, visíveis em afloramentos ou amostras de rochas e
até em lâminas delgadas microtectônica).
3
 A GEOLOGIA ESTRUTURAL estuda as deformações da crosta terrestre,
(porção envoltória do manto, acima da Descontinuidade de Mohovicic -
MOHO). Ocupa-se com as estruturas e a morfologia de sua formação. São
também objetos de seus estudos os mecanismos, os processos de
deformação e os produtos gerados.
 Os estudos estruturais focam os corpos rochosos de forma global: suas
estruturas (geometria e/ou morfologia), sua movimentação (cinemática) e
a origem desta movimentação (dinâmica).
 A Primeira Lei de Newton (“todo o corpo persiste em seu estado de
repouso ou de movimento uniforme, a menos que seja compelido a
mudar seu estado por uma força aplicada a ele” ) é bem representada por
esse escopo da ciência geológica, pois a grande presença de falhas e dobras
na crosta sugere que as rochas foram submetidas a forças que modificaram
seu estado original.
4
 É o ramo da Geologia que estuda os processos deformacionais
ocorrentes na litosfera a partir das estruturas presentes nas rochas e
que são decorrentes destas deformações.
5Litosfera= crosta terrestre + manto superior = placas tectônicas !
 Definição: É a ciência que estuda a atitude, geometria e a anatomia dos 
corpos rochosos e da forma com que o corpo reage frente a força 
dominante.
 Na geologia estrutural investigaremos e responderemos as seguintes 
perguntas:perguntas:
 Qual é a estrutura investigada?
 Quando ela se desenvolveu (se formou)?
 Em quais condições ela se formou?
6
 A Geologia estrutural descreve e analisa um corpo 
geológico de 3 maneiras:
 1 – Análise Geométrica (Geometria)
 2 – Análise Cinemática (Strain = Deformação)
 3 – Análise Dinâmica (Stress = Tensão ou Pressão)
7
 Parte descritiva ou qualitativa da geologia estrutural e implica no estudo do
tamanho, da forma e orientação das estruturas.
 Esse tipo de análise envolve interpretação de imagens aéreas, modelos digitais
de relevo, interpretação de perfis geofísicos e estratigráficos, observações e
obtenção de atitudes estruturais de campo, análise da deformação em
laboratório, estudos petrográficos. Necessita-se levar em conta a escala delaboratório, estudos petrográficos. Necessita-se levar em conta a escala de
trabalho.
 Em grande parte do trabalho em laboratório (ou escritório) utiliza-se o
Estereograma Estrutural (stereonet), que se trata de ferramenta qualitativa de
fácil uso para a inserção de pontos e vetores em um sistema de projeção de
coordenadas tridimensionais.
 O estudo dos movimentos que geram as diversas estruturas rochosas é chamado
de cinemática e o estudo das forças que causam o movimento é chamado de
dinâmica. A física e a matemática que envolve a Geologia Estrutural são
equacionadas para estudar a cinemática e a dinâmica
8
9
Análise geométrica: estuda a deformação por meio das formas resultantes
da modificação das formas originais de estratos e/ou de maciços.
 requer tratamento matemático. É a descrição quantitativa
do “caminho” que as rochas percorrem durante sua
deformação.
 Também descreve a posição relativa de dois pontos durante Também descreve a posição relativa de dois pontos durante
a deformação rochosa que podem alterar sua posição pela
translação conjunta, rotação um ao redor do outro ou pela
alteração da distância entre si.
 Costuma-se chamar esta descrição de “mapeamento da
deformação”.
10
11
Deformação de corpo de prova submetido a uma tensão (seta em vermelho)
 Interpreta as tensões (forças e pressões) responsáveis pela formação das
estruturas. É a mais interpretativa da análise estrutural.
 Necessita o entendimento da geometria e da cinemática das estruturas.
Revela a magnitude relativa e a orientação absoluta das tensões
responsáveis pelas deformações e neste caso, inclui o estudo da reação:responsáveis pelas deformações e neste caso, inclui o estudo da reação
da rocha ao stress a que está submetida: ao stress (tensão) aplicado há
um strain (deformação) gerado
12
:
13
Deformação de um maciço submetido a uma tensão
 Textura refere-se aos grãos componentes da rocha quanto à forma,
tamanho, o arranjo entre as unidades granulares (ou cristais) e suas
relações de contato.
 Estrutura designa tanto os arranjos espaciais micro e macroscópico dos
cristais nas rochas quanto aos arranjos espaciais das unidades rochosas.
 As “unidades” rochosas podem ser heterogêneas, já que a forma, o
volume, a atitude e as relações espaciais podem variar.
 • As estruturas geológicas podem ser visualizadas em diferentes escalas
(desde um grão mineral, uma camada, um maciço rochoso, até um
continente).
 • As estruturas podem ser geradas durante a formação da rocha e
posteriormente sofrerem modificações (deformações) por ação de
esforços, contínuos ou não.
14
15
 Quanto à origem
 • Primárias: concomitantes à gênese da rocha (sedimentar – por ex. 
estratificação cruzada - ou magmática – por ex. estrutura fluidal)
 • Secundárias: posteriores à gênese da rocha.
 Podem ser atectônicas ou adiastróficas (a maioria das estruturas exógenas) 
ou tectônicas ou diastróficas (estruturas endógenas). As tectônicas, por sua 
vez, são:
 (a) coesivas ou contínuas, quando há mudança de forma, volume, atitude 
e posição, sem perda de continuidade (dobras, xistosidades)
 (b) disjuntivas ou disruptivas, quando há perda da continuidade (falhas, 
juntas).
16
17
 Quanto à geometria:
 • Planares: xistosidade, gnaissificação, falhas e acamamentos;
 • Lineares: eixos de dobras, interseções de estruturas planares;
 • Cilíndricas ou cônicas: formas especiais
 Quanto à localização no corpo rochoso:
 • Internas: circunscritas ao corpo.
 • Externas: situadas fora do corpo, em sua superfície.
18
 Penetratividade
Distribuição regular de uma estrutura qualquer por todo o maciço rochoso, numa
certa escala de observação. Utiliza-se também o termo pervasidade.
Se a distribuição não é regular, a estrutura é pouco penetrativa ou não
penetrativa (linhas vermelhas) ou bastante penetrativas (linhas amarelas).
19penetrativa (linhas vermelhas) ou bastante penetrativas (linhas amarelas).
Estruturas primárias de rochas sedimentares mais comuns
(a) Acamamento plano-paralelo: estratificações planares paralelas entre si
(b) Acamamento plano-cruzado: retrabalho de sedimentos em ambientes de rios 
meandrantes
20
(c) Estratificações rítmicas: alternância de finas camadas, repetidas 
sucessivamente
(d) Estrutura gradacional: variação granulométrica gradual, mais grossa na base
até a mais fina no topo
(e) Marcas de onda: simétricas (marca o topo da camada), assimétricas (não
permite a observação do topo da camada)
(f) Fendas de ressecamento: geralmente preenchidas com material arenoso
21
(f) Fendas de ressecamento: geralmente preenchidas com material arenoso
(g) Estruturas convolutas: a camada de cima desliza sobre a camada inferior que 
funciona como uma camada lubrificante
(h) Camadas basais: camadas arenosas penetram nas camadas argilosas devido às 
pressões de suas camadas superiores
(i) Discordâncias: camadas inferiores apresentam tectonismo, enquanto as mais 
22
(i) Discordâncias: camadas inferiores apresentam tectonismo, enquanto as mais 
jovens ocorrem intactas. A discordância pode
ser angular ou paralela
23
Estruturas primárias mais comuns das rochas ígneas são formadas quando o 
magma está se consolidando
(a) Forma dos corpos Tabulares (diques e sills), cilíndricos (chaminés
vulcânicas), circulares (intrusões graníticas e outros), irregulares (batólitos
e stocks)
24
(b) Relações de contatos Contato abrupto (corpos próximos à crosta ou
extravasantes); contato gradacional (rocha ígnea que passa gradativamente às
características da rocha encaixante); contato concordante (sills); Contato
discordante (diques).
25
(c) Estruturas Internas
• Fluidais: o fluxo laminar da massa ígnea determina orientação
planar dos minerais.
• Estruturas vesiculares: localizadas no topo de um derrame.
26
• Sistemas de fraturas atectônicas: sucessão de esforços internos ou
externos. Por ex., fraturas paralelas à estrutura fluidal ou motivadas pelo
resfriamento.
• Sistemas de fraturas marginais: ocorrem à margem do contato.
27
28
 TECTÔNICA:
 Investiga a morfologia e a associação específica das estruturas, e a força 
que a formou.
APLICAÇÃO NA GEOTECTÔNICA: APLICAÇÃO NA GEOTECTÔNICA:
 Na geotectônica regional, que pesquisa a distribuição regional e a 
história estrutural de zonas deformadas.
 Na geotectônica geral que envolve a geodinâmica, que estuda a 
dinâmica dos movimentos gerais;
 Na geotectônica histórica, que estuda a história dos movimentos 
tectônicos
 Na geotectônica teórica
29
30
 As rochas possuem propriedades elásticas e plásticas concomitantes, 
dependendo das condições físicos/químicos atuantes.
 Qualquer corpo na natureza possui:
1 – Pressão Confinante e Litostática: todos os corpos sofrem pressão  1 – Pressão Confinante e Litostática: todos os corpos sofrem pressão 
confinante associado a um sistema.
 2 – Temperatura
 3 – Quantidade e Quimismo dos Fluidos.
 4 – Anisotropia e Heterogeneidade
 5 - Tempo
31
Ocorrem normalmente próximas à superfície do terreno.
(a) Compactação: arqueamento e compactação das camadas inferiores devido 
ao peso isostático.
(b) Deslizamentos de terras: parecem falhas mas na realidade são erosão das 
encostas por movimentos rotacionais.
32
encostas por movimentos rotacionais.
(c) Creep: movimentos lentos do solo que tendem a arquear a encosta.
(d) Expansão de argilas: as argilas em estado plano tendem a dobrar-se para 
aumentar sua superfície de contato e volume pela saturação de água.
(e) Deslizamentos sub-aquáticos: “dobras” atectônicas e fraturas atectônicas.
(f) Arrasto pelo gelo: os movimentos de geleiras podem arrastar e dobrar uma 
camada em estado horizontal, fazendo com que esta camada fique irregularmente 
dobrada. Também pode haver cisalhamento em estado frio.
(g) Astroblemas, ou crateras geradas por impactos de meteoritos
33
MOVIMENTOS GLOBAIS
• Eustasia - termo que designa as variações do nível do mar. Movimentos
eustáticos podem ser positivos (quando há transgressão marinha) ou negativos
(regressão marinha).
34
MOVIMENTO LOCAIS
• Isostasia - termo que explica que a
superfície do Planeta sempre tende ao
equilíbrio isostático, isto é, à
compensação das pressões: havendo
carga na região haverá subsidência,
havendo erosão haverá ascensão.
Praias geradas devido 
a movimento eustático
35
MOVIMENTOS REGIONAIS
Epirogênese - movimentos
de ascenção ou descenso de
grandes áreas da crosta
terrestre, de modo lento. É um
36
terrestre, de modo lento. É um
reajustamento isostático
abrangente (extensas regiões)
sem afetar de forma
significativa estruturas antigas.
Orogênese - conjunto de fenômenos que
levam à formação de cadeias de
montanhas, produzidas pelo diastrofismo
(falhas e ou dobras) em zonas de
subducção.
Taxas atuais de subsidência e
ascenção nos EUA
37
Levantamento causado pela remoção de capa de gelo
38
Seção esquemática em áreas com domos e bacias
Ascenção é causada por levantamento da pluma mantélica e subsidência por 
extensão e resfriamento.
39
 Reologia: estuda o comportamento físico das rochas, mediante a 
aplicação de forças e tensões (stress).
As propriedades mecânicas da rocha refletem aspectos das forças e dos
movimentos que os corpos experimentaram. As rochas possuem
propriedades elásticas e plásticas concomitantes.
40
Xisto do Complexo Setuva, Vale do
Ribeira – PR. Foto: E. Salamuni
Os métodos de estudos são:
1 – Dinâmico: que investiga a natureza e os tipos de tensões aplicadas nas 
rochas durante a deformação.
41
rochas durante a deformação.
2 – Cinemático: as relações geométricas e de simetria em relação a um 
plano de movimento são estabelecidas nas análises da trama rochosa. 
3 – Analítico: ensaios teóricos de resistência de materiais, tais como metais 
agregados cerâmicos e concretos. As condições são simuladas em 
laboratório.
Modelo Reduzido: constroem-se modelos em escala das estruturas e 
deformações a fim de se descobrir as tensões regionais envolvidas. 
42
• O estado de tensão propicia deformação/movimentação (cinemática) e resulta 
na forma final (geometria) da rocha.
• Força ou tração: agente responsável elos movimentos das rochas
submetendo-as a solicitações diversas. Caso a solicitação seja tangencial
ocorre o cisalhamento, que pode ser subdividido em componente normal (α n) e
43
ocorre o cisalhamento, que pode ser subdividido em componente normal (α n) e
componente de cisalhamento (α s).
A intensidade da força (ou tração) depende da área da superfície por onde é
distribuída.
STRESS E STRAIN
Stress significa “tensão“ ou “esforço” . A tensão é a força/área (N/m2)
necessária para produzir deformação (strain).
Strain significa “deformação". É uma grandeza escalar medida somente pelo 
comprimento.
Vetor é um quantitativo que possui magnitude e direção. Tensor é um quantitativo
44
Vetor é um quantitativo que possui magnitude e direção. Tensor é um quantitativo
usado para descrever a propriedade física de um material.
Tanto o stress quanto o strain são materializados por elipsóides utilizados para
representação espacial da tensão e da deformação, cujos eixos são
inversamente proporcionais.
Tensão x Deformação (Profundidade)
Um corpo rochoso está submetido a dois esforços, o litostático (similar à 
força da gravidade) e o tectônico. Ambos podem ser representados por 
elipsóides de tensão.
Elipsóide de tensão (stress)
Em geral no interior de um grande corpo geológico, a orientação do stress varia de
lugar para lugar, dependendo de vários fatores(espessura da crosta, reologia do
material, natureza de estruturas pretéritas, existência de descontinuidades). Essa
variação é conhecida como campo de tensão, que pode ser representado e
45
variação é conhecida como campo de tensão, que pode ser representado e
analisado pelo digrama da trajetória de stress.
Nestes diagramas as linhas mostram a contínua variação na orientação do stress 
principal, considerando que α1 (Smax) sempre é perpendicular a α3 (Smin).
Assim, em cada ponto do objeto geológico o campo de tensão é representado
por um sistema de eixos nominados pela letra (grega) "α“ SIGMA, onde α1 > α2
> α3 (ordem decrescente de tensão).
46
O campo de tensão é
caracterizado pelos eixos σ1,
σ2 e σ3, cuja representação
gráfica é o elipsóide de tensão.
(lembrete: é um campo físico,
portanto não representa um objeto
concreto)
Elipsóide de deformação (strain)
Eixos de deformação são representados pelas letras “x","y","z“, cuja relação é 
x>y>z, ou seja, mostra ordem decrescente de deformação.
O elipsóide de tensão é inversamente proporcional ao elipsóide de deformação. 
Numa comparação aproximada:
47
Numa comparação aproximada:
Σ1<>Z /σ2<>Y /σ3<>X
Os eixos dos elipsóides variam de acordo com o stress aplicado na superfície 
rochosa. Desta forma os eixos podem sofrer,
(a) estiramento/encurtamento/encurtamento
(b) estiramento/encurtamento/estiramento
(c) encurtamento/estiramento/estiramento
O campo de deformação é caracterizado pelos 
eixos X, Y e Z, cuja representação gráfica é 
uma elipsóide.
48
O elipsóide de deformação é um objeto 
concreto, podendo se tratar de um grão 
de um mineral (quartzo, feldspato etc.) 
estirado numa rocha.
49
Comparação entre os elipsóides e de tensão e de deformação.
50
 Científico: 
 - Possibilita o melhor entendimento dos processos 
geológicos e tectônicos ocorrentes na Terra.
 - Permite realizar uma reconstrução da história geológica 
das rochas e das placas tectônicas.
 Prático: a determinação ...
 - De jazidas minerais, de reservas de hidrocarbonetos e de 
água subterrânea.
 - Dos melhores métodos de lavra a serem adotados.
 - De locais propensos e de melhores métodos de obras 
ligadas a engenharia civil.
51
 Deformação (Strain): processo que resulta na alteração da 
posição e/ou da forma das rochas em resposta a esforços 
(Stress), os quais são gerados por forças.
52
 “Entidade física que altera, ou tende a alterar, o estado 
de repouso de um corpo ou seu movimento retilíneo 
uniforme, em resposta a atuação de esforços (Stress)!”
 Existem dois tipos fundamentais de forças que afetam os Existem dois tipos fundamentais de forças que afetam os
 corpos geológicos:
 - Força de corpo/volume: atuam sobre a massa de um 
corpo.. Ex: força gravitacional
 - Força de contato: atuam empurrando ou puxando 
determinado corpo ao longo de uma superfície 
imaginária, como uma fratura. Ex: forças tectônicas.
Estas forças atuam em conjunto!
53
 Além das forças atuantes, a deformação 
(Strain) depende:
- Da natureza da rocha - Da natureza da rocha
 - Das condições ambientais: T e P
 Todos os fatores que condicionam a 
deformação atuam em conjunto!
54
 Natureza da rocha:
 - Tipos de rochas:
 Rochas mais dúcteis (plásticas): mármores, ardósias, filitos, xistos.
 Rochas mais rúpteis (frágeis): arenitos, quartzitos e rochas ígneas 
em geral.em geral.
 Mineralogia:
 Minerais mais dúcteis: halita, calcita, dolomita, filossilicatos (micas).
 Minerais menos dúcteis: tectossilicatos (quartzo e feldspato), granada 
e olivina.
 Minerais de ductibilidade mediana: inossilicatos (anfibólios e 
piroxênios).
55
 A deformação (Strain) é causada por forças 
geradas a partir de movimentos ocorrentes 
nos limites das placas tectônicas.
 Existem 3 tipos principais de forças 
tectônicas:
 - Forças compressivas
 - Forças extensionais/distensivas
 - Forças de cisalhamento.
56
57
58
 Deformação “reversível”: o material volta a sua forma e 
volume original quando cessa a força aplicada.
 - Cada material apresenta um limite de elasticidade. Quando há 
aumento na deformação e este limite é alcançado, passa-se aumento na deformação e este limite é alcançado, passa-se 
a ter um comportamento rúptil ou dúctil predominante.
 - Ex: Expansão térmica das rochas: não envolve quebra ou 
ruptura do corpo, apenas alongamento (dilatação) e
 encurtamento (contração e expansão).
 - OBS: Terremoto só quebra/contorce as rochas quando sua 
vibração ultrapassa o limite de elasticidade.
59
Terremoto em São Paulo (22/04/2008
Moradores de São Paulo sentiram um tremor de terra por volta das 21h 
desta terça-feira. O tremor foi sentido em todas as regiões da cidade e 
algumas áreas da Grande São Paulo.
60
O epicentro do terremoto ocorreu a cerca de 215 km de São Vicente, no 
litoral sul de São Paulo e atingiu 5,2 graus na escala Richter. O tremor 
ocorreu a aproximadamente 10 km de profundidade.
"É um terremoto raso. Pela escala, toda cidade de São Paulo e a região 
metropolitana deve ter sentido. Em todo raio de 300 km do evento ele 
pode ser sentido", disse George Sand, professor-doutor do laboratório. 
Segundo ele, não há como prever novos tremores.
Fonte: Folha de São Paulo 
 Ambas estão associadas a níveis estruturais.
Nível estrutural: região caracterizada por um
mesmo mecanismo de deformação. 
61
- Tem haver com a profundidade onde ocorrem
as forças atuantes.
Deformação rúptil
Deformação dúctil
Deform. rúptil
62
Deform. dúctil
Fusão Parcial
Fusão Total
 pequena profundidade (até 40 km)
 Baixa T e baixa P .
- Estruturas associadas: falhas e fraturas. - Estruturas associadas: falhas e fraturas.
63
64
65
 Grande profundidade (≥ 40 km).
 Alta T e alta P
 Deformação dúctil: resulta no “dobramento, estiramento e  Deformação dúctil: resulta no “dobramento, estiramento e 
 cisalhamento” da rocha.
 - Neste nível estrutural, pode haver fusão parcial.
 - Estruturas associadas: dobras
66
67
 O que é Geologia Estrutural e seus objetivos.
 O que gera a deformação das rochas.
 Quais são as forças que geram a deformação.
 Quais os tipos de deformação
68
Instituto Federal do Espírito Santo - IFES
Campus Cachoeiro de Itapemirim
Geologia Estrutural
Luiz José Cruz Bezerra
Geólogo, M.Sc.
Cachoeiro de Itapemirim – ES 69

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