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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Fisiologia do Exercício Fernando Braga Estevão * * * Revisão * * * Mitocôndrias São as usinas das células Possibilitam a extração de energia proveniente dos nutrientes e do O2 Presentes em todas as partes do citoplasma Varia de menos de 100 até milhares Depende do tipo e da quantidade de energia que a célula necessita * * * Mitocôndria Estrutura: Bicamada lipídica: memb. ext. e interna Cristas: enzimas oxidativas Matriz: inúmeras enzimas dissolvidas Contem DNA e são autoduplicáveis * * * * * * Características funcionais do ATP Composição: Adenina (base nitrogenada) + ribose (açúcar de 5 carbonos) + 3 radicais fosfato 2 últimos radicais fosfato ligados a molécula por ligação de alta energia (~) Libera de 7.300cal a 12.000cal por ligação * * * ATP Quando o ATP libera energia é clivado um radical de acido fosfórico formando o ADP, em seguida a energia derivada dos nutrientes celulares é utilizada para formação de outro ATP * * * ATP ATP = moeda energética da célula. Alta capacidade de turnover = alto poder de renovação * * * ATP Uso do ATP no funcionamento celular: Transporte ativo através de membranas: Transporte de íons (Na, K, Ca, etc.) Síntese de compostos químicos: PTNs e compostos orgânicos Trabalho mecânico: Contração muscular – consumo de imensas quantidades de ATP; movimento ciliar e amebóide da célula * * * Processos químicos envolvidos na formação do ATP Glicólise: Via metabólica mais primitiva Dissolução do açúcar Clivagem da molécula de glicose para formar 2 mol. de Ac. Pirúvico e 2 mol. de ATP 10 estágios de reações químicas onde cada 1 é caracterizado por uma enzima específica * * * * * * * * * Formação de ATP durante a glicólise Inúmeras reações – pequena porção de energia livre da molécula é liberada O saldo final é de apenas 2 moléculas de ATP Gasto de outras 2 moléculas de ATP para o processo * * * Traduzindo em números: 24.000 cal de energia armazenada = 43% 56.000 cal de perda na forma de calor = 57% Além das 2 moléculas de ATP formam-se 2 moléculas de Ac. Pirúvico * * * Conversão de Ac. Pirúvico em Acetil Coenzima A (Acetil-CoA) A próxima etapa na degradação da glicose consiste: Transporte facilitado do Ac. Pirúvico para matriz mitocondrial Conversão dessas 2 moléculas em 2 Acetil-CoA. * * * Nesta etapa não há formação de ATP, porém ocorre liberação de 4 átomos de hidrogênio que serão utilizados mas tarde no processo de fosforilação oxidativa. * * * Ciclo do Ácido Cítrico, ciclo de Krebs Seqüência de reações onde o radical Acetil da Acetil-CoA é degrado em CO2 e H+ Essas reações ocorrem na matriz mitocondrial * * * * * * * * * Resultado final do ciclo de Krebs: 2Acetil-CoA + 6H2O + 2ADP = 4CO2 + 16H + 2CoA + 2ATP Não há liberação de grandes quantidades de energia O principal resultado é a liberação de átomos de Hidrogênio * * * Fosforilação Oxidativa 90% do ATP formado pela degradação da molécula de glicose ocorre nesta fase do processo Oxidação do hidrogênio é efetuada por uma série de reações catalisadas nas enzimas da mitocôndrias 1 H é transformado em H+ + 1 elétron Este elétron se combina com o oxigênio para formar hidroxila (OH), que se une novamente ao H+ e forma uma molécula de água * * * Durante esta seqüência de reações oxidativas ocorre liberação de grande quantidade de energia para formação de ATP Os elétrons passam por aceptores São bombeados para camada externa da mitocôndria – alta concentração de energia * * * A Formação do ATP Conversão do ADP em ATP ATPase – molécula protéica que projeta-se da memb. interna a camada externa da mitocôndria Diferença entre cargas + e – gera fluxo de H+ para matriz mitocondrial Substância da molécula ATPase Forma-se ATP * * * * * * O produto final (ATP) é transportado para o citoplasma por difusão facilitada (memb. interna) e depois por difusão simples (memb. externa) * * * Resumo 1 – Glicólise: 4 ATP com consumo de 2 ATP = 2 ATP 2 – Ciclo do Ac. Cítrico: 2 ATP 3 – Fosforilação Oxidativa: 30 ATP 4 – 4 ATP pela liberação dos íons das NAD Total = 38 moléculas de ATP 456.000 cal em ATP num total de 636.000 cal da mol de glicose 66% de energia em ATP e 34% perdidas em forma de calor * * * Transferência e utilização de energia em sistemas biológicos Energia: Capacidade de realizar trabalho Trabalho – aplicação de uma força através de uma distância Energia mecânica – manifesta-se no movimento humano Fonte de energia humana – transformação do alimento em energia química dentro do nosso organismo, transformando-se em energia mecânica * * * Adenosina Trifosfato – ATP Energia liberada durante a desintegração do alimento - ATP: É armazenado em todas as células musculares. Molécula transportadora de energia da célula. Fonte imediata de energia para a contração muscular e outros processos biológicos. A célula só consegue realizar trabalho especializado a partir da energia liberada pela desintegração do ATP. As ligações entre os dois últimos grupos fosfatos terminais representam as denominadas ligações de alta energia. * * * Obs Adenosina= adenina + ribose As ligações dos grupos fosfato podem ser desfeitas na presença de água (hidrólise) Remoção de 1 mol de fosfato são liberadas de 7 a 12 quilocalorias (Kcal) de energia e são formados adenosina difosfato (ADP) mais fosfato inorgânico (Pi). * * * Fontes de ATP A hidrolise (desintegração ou racionamento) do ATP libera energia para contração muscular Em qualquer momento, existe uma quantidade limitada de ATP em uma célula muscular e que o ATP está sendo utilizado e regenerado constantemente. A regeneração do ATP requer energia. * * * Processos comuns produtores de energia para elaboração de ATP: SISTEMA ATP-PC (ou sistema de fosfagênio) GLICOSE ANAERÓBICA SISTEMA AERÓBICO * * * A energia liberada pela desintegração dos alimentos e a energia liberada quando PC é desfeita é utilizada para refazer novamente a molécula de ATP. * * * Sistema ATP-CP (do fosfagênio) A desintegração da fosfocreatina (PC) em Pi (fosfato inorgânico) + C (creatina) fornece energia para a ressíntese de ATP A energia liberada da desintegração de PC torna-se imediatamente disponível e será acoplada bioquimicamente ao ADP + Pi, resultando em ressíntese de ATP PC → Pi + C + ENERGIA + ADP + Pi → ATP Enzima que cataliza a desintegração do PC = creatina quinase O aumento de ADP e AMP ativa as enzimas responsáveis, tanto para o sistema de fosfagênio quanto para a glicólise. * * * PC pode ser formada novamente a partir de Pi e C é pela energia liberada pela desintegração do ATP Isso ocorre durante a recuperação após um exercício, com a fonte primária de ATP provindo daquela obtida pela desintegração das substâncias alimentares * * * Qual a quantidade de ATP disponível apartir do Sistema ATP-CP (fosfagênio) 1 kg de músculo esquelético armazena uma média de 19 a 23 mmol de fosfagênio total (ATP-PC) → 0,190 0,230 mol Homem com média de 70 Kg tem aprox. 30 Kg de músculo = 570 a 690 mmol (0,570 a 0,690 mol) fosfagênio armazenado 1 mol de ATP(503g/mol) → 7 a 12 kcal (média 10 kcal) 0,570 e 0,690 multiplicado por 10 kcal/mol = 5,7 a 6,9 kcal de energia ATP. As reservas de fosfagênio nos músculos ativos seriam esgotadas após apenas os primeiros três a cinco segundos de um exercício exaustivo, como dar um pique de 100 metros. * * * Obs 1 mol de ATP = 503g 1 mol de glicose (C6H12O6) = 180g 1 mol de ácido lático (C3H6O3) = 90g 1 mol de fosfocreatina = 235g O armazenamento de PC é 3 a 5 vezes maior no músculo que o ATP. * * * Importância do Sistema ATP-CP ou do Fosfagênio Responsável pelos movimentos rápidos e vigorosos que sem esse sistema não poderiam ser realizados → essas atividades exigem muito mais um fornecimento rápido do que uma grande quantidade de energia. * * * O sistema fosfagênio representa a fonte mais rapidamente disponível de ATP que vai ser utilizada pelos músculos esqueléticos. Razões: 1. Tanto ATP quanto PC são armazenados diretamente dentro do mecanismo contrátil do músculo; 2. Não depende de uma longa série de reações químicas e, 3. Não depende do transporte de oxigênio que respiramos para os músculos ativos * * * Sistema de Glicose Anaeróbica Glicólise = fracionamento da glicose Anaeróbica = ausência de oxigeno Glicólise anaeróbica → envolve uma desintegração incompleta de uma das substâncias alimentares, o carboidrato (açúcar), para ácido lático. * * * Sistema de Glicose Anaeróbica Obs: Glicose – pode ser utilizada imediatamente ou armazenada no fígado e nos músculos como forma de glicogênio. A glicólise anaeróbica ocorre no citosol (líquido intracelular) da célula muscular e tem como produto o ácido lático. * * * Requer uma série 12 reações químicas seqüenciais Fase de investimento de energia: * * * * * * Glicólise Anaeróbica Fase de geração de energia * * * * * * * * * Atenção Apenas 3 ATP são produzidos a partir de 1 mol de glicogênio (180g) Durante o exercício, a produção de ATP por glicólise anaeróbica é inferior aos 3 moles de ATP (3 ATP) Os músculos só conseguem tolerar o acúmulo de apenas cerca de 60 a 70 g para massa muscular total (ou 2,0 a 2,3 g por kg de músculo), de ácido lático antes de surgir fadiga * * * Atenção Se todos os 180 g de glicogênio fossem desintegrados anaerobicamente durante o exercício seriam formados 180 g de ácido lático Na prática apenas 1 a 1,2 mol de ATP pode ser ressintetizado totalmente a partir da glicólise anaeróbica durante um exercício extenuante antes de o ácido lático alcançar níveis exaustivos * * * Importância da Glicólise Anaeróbica Proporciona um fornecimento rápido de ATP durante exercícios com ritmo máximo, entre 1 a 3 min. RESUMO DA GLICÓLISE ANAERÓBICA: 1) Resulta na formação de fadiga 2) Não requer a presença de oxigênio 3) Utiliza apenas carboidratos (glicogênio e glicose) como seu combustível alimentar 4) Libera energia suficiente para a ressíntese de apenas alguns poucos moles de ATP * * * Obs Se houver suficiência, de O2 o NADH lança para dentro da mitocôndria o H+ contribuindo na glicólise aeróbica. Se houver insuficiência de O2 o ácido pirúvico aceita os H+ transformando-se em ácido lático. * * * Fontes Aeróbicas de ATP – Metabolismo Aeróbico Glicólise aeróbica (a partir da glicose ou glicogênio) Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico Sistema de Transporte de Elétrons Na presença de oxigênio 01 (um) mol de glicogênio é transformado em CO2 e H2O, liberando energia suficiente para ressintetizar 39 moles de ATP. Pela glicose – 38 moles de ATP * * * Glicose Aeróbica Na presença de oxigênio suficiente, ocorre uma inibição da produção de ácido lático, pois o ácido pirúvico é desviado para o sistema aeróbico (ciclo de krebs) 1 mol de glicogênio é transformado em 2 moles de ácido pirúvico, liberando 3 moles de ATP 2 NAD+ são reduzidos para 2 NADH, e transferidos para Sistema de Transporte de Elétrons (STE) formando 6 moléculas de ATP (3 para cada molécula de NADH) Formação de ATP = 9 ATP ( Glicogênio) e 8 ATP (Glicose) * * * Ciclo de Krebs O ciclo de Krebs completa a oxidação dos carboidratos, gorduras ou proteínas. · Produz CO2. · Fornece elétrons que são passados pela cadeia respiratória. Para cada molécula de glicogênio – dois piruvatos= 2 voltas no ciclo. 3 NADH = 6 NADH (X3ATP) = 18 ATP. 1 FADH = 2 FADH (X2 ATP) = 4 ATP 1 ATP pelo GTP = 2 ATP Total pelo Ciclo de Krebs = 24ATP * * * OBRIGADO
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