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Fisioterapia Motora no paciente crítico

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Fisioterapia Motora no paciente crítico
 O exercício terapêutico é considerado um elemento principal na maioria dos planos de assistência da fisioterapia, com o objetivo de aprimorar a funcionalidade física e reduzir incapacidades. Entre os objetivos podemos Inclui uma ampla gama de atividades que previnem complicações como encurtamentos, fraquezas musculares e deformidades osteoarticulares e reduzem a utilização dos recursos da assistência de saúde durante a hospitalização ou após uma cirurgia. Estes exercícios aprimoram ou preservam a função física de pacientes ou o estado de saúde dos indivíduos sadios e previnem ou diminui futuras intercorrências, a perda da funcionalidade ou a incapacidade (SILVA et al; 2010).
 O atendimento fisioterapêutico na unidade é caracterizado tanto pela assistência respiratória quanto pela reabilitação motora. A reabilitação motora consiste na prática de exercícios de membros superiores e inferiores e de tronco, nas modalidades passiva, ativa e resistida. Os exercícios podem ser realizados com o paciente deitado no leito, em sedestação no leito ou em sedestação na poltrona, de acordo com a capacidade do indivíduo e a critério do fisioterapeuta. Além disso, exercícios em ortostatismo e deambulação ao redor do leito e no corredor também eram orientados (LIMA et al; 2010).
 O desenvolvimento de fraqueza generalizada ligada ao paciente crítico é uma complicação importante e comum em muitos pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Sua incidência ocorre em 30% a 60% dos pacientes internados em UTI. Inflamações sistêmicas, uso de alguns medicamentos, como por exemplo: corticóides, sedativos e bloqueadores neuromusculares, descontrole glicêmico, desnutrição, hiperosmolaridade, nutrição parenteral, duração da ventilação mecânica e imobilidade prolongada são alguns fatores que podem gerar a ocorrência de fraquezas (SILVA et al; 2010).
 Em muitos hospitais espalhados pelo mundo, principalmente países desenvolvidos, a fisioterapia é vista como importante parte integrante do tratamento de pacientes nas unidades de terapia intensiva (UTI). Sintomas dos mais variados como: Imobilidade, descondicionamento físico e fraqueza muscular são problemas comuns em pacientes com insuficiência respiratória aguda na ventilação mecânica (VM). Estas complicações relacionadas à VM prolongada e podem ser de diversas causas. A imobilidade no leito, doenças como a sepse e a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS), déficit nutricional e outros fatores podem afetar o status funcional e consequentemente resultar em maior período de intubação orotraqueal e internação hospitalar (BORGES et al; 2010).
 A mobilização precoce nesses pacientes tem mostrado com o tempo que houve uma redução no tempo para desmame da ventilação e é a base para a recuperação funcional. Atualmente tem-se dado mais atenção para a atividade física como uma contribuição segura em pacientes com estabilidade neurológica e cardiorrespiratória. A mobilização precoce inclui atividades terapêuticas progressivas, como exercícios motores na cama, sedestação a beira do leito, ortostatismo, transferência para a cadeira e deambulação. Os exercícios passivos, ativo-assistidos e resistidos visam manter a movimentação da articulação, o comprimento do tecido muscular, da força e da função muscular e diminuir o risco de tromboembolismo. Ainda há pouca informação atualmente sobre o melhor tipo de atividade para beneficiar os pacientes criticamente doentes durante período hospitalar, alguns autores descreveram que há bons efeitos na mobilização passiva contínua de uma perna em pacientes criticamente doentes com insuficiência respiratória com a perna contralateral servindo de controle. E segundo outros autores, é inconvenientes a imobilidade prolongada em pacientes de UTI ventilados mecanicamente, e muitos especularam sobre os possíveis benefícios da atividade física nestes pacientes (BORGES et al; 2010).
 Pacientes críticos possuem como característica se encontrarem instáveis, com prognóstico grave, e sob alto risco de morte. A fisioterapia tem como meta e finalidade de dar assistência na manutenção da vida desses pacientes que muitas vezes não tem estimativa de alta hospitalar. Assim, a imobilidade, o descondicionamento físico e a fraqueza muscular acabam sendo problemas frequentes e que estão associados à maior incapacidade e à reabilitação prolongada (PINHEIRO, CHRISTOFOLETTI; 2012).
 No Brasil, os fisioterapeutas estão cada vez mais presente nas UTI’S com atuação cada vez mais importante. Sempre promovendo o bem estar a todos os pacientes críticos. (ALVES; 2015)
BORGES, Vanessa Marcos et al. Fisioterapia motora em pacientes adultos em terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 21, n. 4, p. 446-452, 2010.
SILVA, Ana Paula Pereira da; MAYNARD, Kenia; CRUZ, Mônica Rodrigues da. Efeitos da fisioterapia motora em pacientes críticos: revisão de literatura. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 22, n. 1, p. 85-91, 2010.
PINHEIRO, Alessandra Rigo; CHRISTOFOLETTI, Gustavo. Motor physical therapy in hospitalized patients in an intensive care unit: a systematic review. Revista Brasileira de terapia intensiva, v. 24, n. 2, p. 188-196, 2012.
LIMA, Natália Pontes et al. Mobility therapy and central or peripheral catheter-related adverse events in an ICU in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 41, n. 3, p. 225-230, 2015.
ALVES, Andréa Nunes. A importância da atuação do fisioterapeuta no ambiente hospitalar. Ensaios e Ciência: C. Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 16, n. 6, 2015.

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