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Avaliação Cinético Funcional:
Diagnósticos
Prof. Thiago Dantas
Aula 2
Diagnóstico
• Conceito: diagnóstico é o ato de determinar e 
conhecer a natureza de uma doença pela 
observação dos seus sintomas e sinais. 
Corresponde ao nome com que o médico 
qualifica a doença de acordo com os sinais 
detectados, isto é, é o nome dado à conclusão 
em si mesma.
• Função: Fornecer informações que possa 
direcionar ao tratamento
Diagnóstico
• Modelo Clínico Tradicional da Medicina: 
Sequência linear de raciocínio: ETIOLOGIA > PATOLOGIA > SINTOMATOLOGIA
• Características:
– Modelo etiopatológico
– Atenção especial à doença = tratamento monodisciplinar
– Paciente: papel essencialmente passivo
– Não considera as consequências das doenças
Diagnóstico
• Modelo Médico das Repercussões das Doenças
Sequência: DOENÇA > DEFICIÊNCIA > INCAPACIDADE > DESVANTAGEM
• Características
– Cria níveis diferentes de conseqüências da doença na 
vida do indivíduo
– Permite verificar os motivos do contato do indivíduo 
com o sistema de saúde
• Observação: O diagnóstico elaborado pelo 
fisioterapeuta baseia-se na repercussão das 
consequências da doença na vida da(s) pessoa(s).
Diferenças do Diagnóstico elaborado 
pelo Médico e pelo Fisioterapeuta
• Bases Fundamentais para o Diagnóstico Médico
– O exercício da medicina baseia-se na Classificação (CID)
– Objetivo do exame médico: Estabelecer diagnóstico para 
prescrever tratamento
– Em muitos casos, o diagnóstico encerra o conhecimento da 
respectiva fisiopatologia.
– Quando baseado na presença de uma síndrome 
musculoesquelética dolorosa conduz ao alívio por 
medicação ou cirurgia
– Inadequação para descrever ou orientar o tratamento das 
origens biomecânicas de síndromes dolorosas 
(SAHRMANN, 2005).
Diferenças do Diagnóstico elaborado 
pelo Médico e pelo Fisioterapeuta
• Necessidade de Classificação na Fisioterapia
– Fisioterapia: programas adequados, mas individuais sem base em 
esquemas diagnósticos amplamente aceitos ou reconhecidos. 
– Esquemas contemporâneos de elaboração de diagnósticos
– Esquemas conceituais desenvolvidos sob a concepção sociomédica da 
incapacidade fundamentado no Esquema Nagi - elaborado em 1979 
pelo sociólogo NAGI como modelos teóricos explicativos da 
incapacidade. 
– Pressuposto - a doença não opera num vácuo social, não são apenas 
os fatores médicos que interagem no processo, mas há também a 
contribuição dos fatores sociais que aumentam ou minimizam a 
incapacidade (ALVES, L.C et al, 2008).
– O esquema NAGI fundamentou a elaboração da primeira classificação 
de incapacidade desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS): ICIDH- International Classification of Impairments, Disabilities
and Handicaps (1980) e posterior e atual versão denominada CIF
(2001).
A Lógica do Esquema de Incapacidade 
de NAGI
PATOLOGIA ATIVA: provoca a interrupção ou interfere no processo normal de
funcionamento do organismo humano e inclui esforços que o organismo
faz para retornar ao estado normal / infecção, trauma, desequilíbrio
metabólico.
DEFICIÊNCIA: perda ou anormalidade anatômica, fisiológica, mental ou
emocional.
LIMITAÇÃO FUNCIONAL: de natureza orgânica e reflete no desempenho do
indivíduo como um todo.
INCAPACIDADE: limitação no desempenho social definido em papéis e tarefas
que correspondem ao esperado pela sociedade.
Conceito de diagnóstico cinesiológico-
funcional
• Alteração da função do movimento em órgãos
e sistemas do corpo, com repercussão na
funcionalidade humana, sob a influência de
fatores ambientais e que pode ser corrigida
com recursos da terapêutica física.
Conceito de diagnóstico cinesiológico-
funcional
• O diagnóstico cinético funcional foi descrito pela primeira vez por 
Sahrmann em 1988 e consiste na conclusão emitida sobre conjunto 
de informações acerca da funcionalidade do corpo humano, 
baseado na série de sinais e sintomas relevantes associados à 
disfunção primária para qual o fisioterapeuta direciona o 
tratamento.
• Disfunção: identificada com bases nas informações obtidas a partir 
da história, sinais, sintomas, exames complementares e testes 
específicos a partir da Anamnese e Exame Físico (identificação de 
limitações e disfunções).
• Outros componentes relevantes para elaboração do diagnóstico 
cinético funcional:
– Avaliação Isocinética (força, torque, potência, velocidade angular, 
amplitude de movimento, resistência à fadiga e trabalho muscular), 
Composição Corporal, Questionários de qualidade de vida e de 
Capacidade Funcional. 
Conceito de diagnóstico cinesiológico-
funcional
• RESULTADO DO DIAGNÓSTICO: agrupamento e análise de 
dados resultam numa conclusão do estado funcional do 
indivíduo
Você sabia quais são os fatores chave para evolução da nossa 
profissão?
-> Criação de diagnósticos para guiar o tratamento
-> Conhecimento e tratamento dos movimentos e respectivas 
disfunções e identificação da fisiopatologia associada
->Necessidade da prática clínica baseada em evidências / pesquisas 
(SAHRMANN, 2010).
Conceito de diagnóstico cinesiológico-
funcional
• Importante destacar que:
– O diagnóstico médico encaminhado ao fisioterapeuta 
não fornece subsídios suficientes para fundamentar o 
processo terapêutico funcional
– O Fisioterapeuta não identifica a doença no sentido da 
patologia básica, mas por grupos de sinais e sintomas 
relacionados a comportamentos motores e limitações 
funcionais físicas do cliente.
– Com o diagnóstico cinético funcional é possível:
• Prescrever e elaborar programas de exercícios mais seguros 
e confiáveis nos períodos pré e pós-operatório, pré e pós-
reabilitação e pré e pós-treinamento
AVALIAÇÃO
EXAME
DIAGNÓSTICO
PROGNÓSTICO
INTERVENÇÃO
RESULTADOS
Processo dinâmico no 
qual o fisio faz juízos 
clínicos baseado em 
dados coletados no 
exame
Processo de obtenção da 
história, realização de 
revisões relevantes dos 
sitemas e seleção de 
aplicação de testes e 
medidas para obtenção de 
dados
Incluem correção da limitação 
funcional e incapacidade, 
otimização da satisfação do 
cliente e prevenção primária 
ou secundária
Tanto o processo como o resultado final das 
informações de avaliação obtidas a partir do 
exame e organizados em grupos, síndromes 
ou categorias que auxiliam na determinação 
de estratégias de intervenção apropriadas
Determinação do nível ótimo 
de melhora que poderia ser 
conseguido pela intervenção 
e tempo requerido para 
alcance de tal nível
Interação objetiva e hábil do 
fisioterapeuta com o cliente e /ou 
com demais profissionais 
envolvidos no cuidado utilizando 
métodos e técnicas para produzir 
mudanças na condição ,coerentes 
com diagnóstico e prognóstico
ESTRATÉGIAS PARA A ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO 
CINESIOLÓGICO FUNCIONAL
Elementos da Abordagem Paciente/Cliente levando a Resultados Ótimos
Diferenças de Tipos de Diagnósticos 
ao longo do tempo: 
• Foco no sintoma:
– Combater a inflamação do tecido resolverá o 
problema
– O estresse inespecífico, agente da irritação deve-se a 
fadiga.
– A estrutura sujeita a ação prolongada desse estresse 
anormal resulta em destruição tecidual
– Conduta – eliminar o estresse destrutivo por meio do 
repouso, prescrição de anti- inflamatórios pelo 
médico e programa de exercícios para fortalecer 
tecidos afetados após o desaparecimento dos 
sintomas.
Diferenças de Tipos de Diagnósticos 
ao longo do tempo: 
• Foco no sintoma e tecidos que apresentam restrição:
– Tratamento da sede dos sintomas e na restrição dos 
tecidos subjacentes
– EX:. Tendão doloroso do Supraespinhoso no interior 
do espaço subacromial reduzido em tamanho
– Conduta: correção dos tecidos restritivos/ Mobilizaçãoe Manipulação 
Diferenças de Tipos de Diagnósticos 
ao longo do tempo: 
• Foco na causa dos sintomas e fatores contribuintes:
– Os movimentos seguintes continuarão a ser normais e sintomas 
aliviados quando mobilidade articular acessória voltar aos limites 
normais e articulação ficar livre de dor 
– Presume-se que o problema tenha ocorrido porque padrões de 
movimentos já estavam prejudicados antes que os movimentos 
articulares se tornassem dolorosos e sofressem restrição
– A restrição dos movimentos é a conseqüência e não causa
– Exemplo: A restrição dos movimentos da escápula durante a flexão e 
abdução do ombro diminui o espaço subacromial provocando a 
irritação do tendão
– Embora a dor seja na glenoumeral deve-se examinar todo o complexo 
da cintura escapular
– Conduta: Combater a origem mecânica do problema
– O tratamento visa o controle muscular da escápula e não apenas aos 
elementos do ombro. É importante identificar os fatores contribuintes 
para limitação dos movs. da cintura escapular – alinhamento e 
desempenho neuromuscular

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