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24/02/2013 1 INTRODUÇÃO A VIROLOGIA Prof. Roney R. Guimarães Histórico • Primeira Vacina – variolação; • Doenças virais começaram a ser registradas nas civilizações egípcias e greco-romanas; • Doenças contagiosas em plantas – fluidum vivum contagiosum; • Felix d`Herelle – pai da Virologia Moderna – Bacteriófago; • Nomenclatura dos Vírus. Prof. Roney R. Guimarães 2 Taxonomia Viral • Nomenclatura Oficial – Primeira letra da palavra pra designar família, subfamília e gênero deve ser maiúscula e impressa em itálico ou sublinhada; – A nomenclatura não usa dois nomes latinizados. • Família Herpesviridae, subfamília Alphaherpesvirinae, gênero Simplexvirus, herpesvírus humano 2. • Família Picornaviridae, gênero Enterovírus, poliovírus 1. • Ordem Mononegavirales, família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, vírus da raiva. Prof. Roney R. Guimarães 3 • Nomenclatura Vernacular –Os grupamentos taxonômicos podem ser escritos sem o uso de maiúsculas ou itálico; –No uso informal, o nome não precisa estar com os sufixos referentes e pode vir da seguinte maneira: • Família picornaviridae • Gênero enterovírus Prof. Roney R. Guimarães 4 24/02/2013 2 Classificação Internacional dos Vírus proposta pelo Iternational Committee on Taxonomy of Viruses (ICTV) • Morfologia – Tamanho e forma do vírion; presença ou não de glico- proteínas; presença ou não de envelope e simetria estrutural do capsídeo. • Propriedades Físico-químicas – Massa molecular do vírion; coeficiente de sedimentação; estabilidade a variações de ph, calor, íons divalentes, detergentes e radiação; tipo e tamanho do ácido nucléico (DNA ou RNA); tipo de fita de ácido nucléico (dupla ou simples, circular ou linear), polaridade do ácido nucléico. • Proteínas – Número tamanho e atividade das proteínas estruturais e não estruturais. Prof. Roney R. Guimarães 5 • Lipídeos e carboidratos – Composição e teor dos lipídeos e açúcares existentes. • Replicação viral e organização gênica – Tipo de ácido nucléico, estratégia de replicação viral, número e posição das seqüências de leitura aberta ( open read frames – ORFs). • Propriedades antigênicas – Relação sorológicas obtidas de centros de referências. • Propriedades biológicas – Hospedeiro natural, modo de transmissão na natureza, vetores, distribuição geográfica, patogenicidade, tropismo, patologias e histopatologias. Prof. Roney R. Guimarães 6 Classificação • Ordem Viral – Representam agrupamentos de famílias de vírus que compartilham características comuns. As ordens são reconhecidas pelos sufixos – virales. • Família e Subfamília Viral – As famílias são representadas como um grupamento de gêneros virais que compartilham características comuns e distintas de outros membros de outras famílias. Reconhece-se a família pelo sufixo – viridae. – As subfamílias foram introduzidas devido a um reconhecimento de uma complexidade filogenética maior entre seus membros. As subfamílias são reconhecidas pelo sufixo – virinae. • Gênero Viral – Representam um agrupamento de espécies que compartilham características comuns e que são distintas de outros membros de outros gêneros. O gênero é reconhecido pelo sufixo – virus. • Espécie Viral – As espécies são consideradas mais importantes dentro da classificação hierárquica, mas, pelo menos para os vírus, são as mais difíceis de definir. Os grupos de estudo do ICTV, mas claramente, determinaram propriedades mais específicas para definir a espécie viral, enfatizando as diferenças genômicas ou estruturais, físico-químicas ou sorológicas. O nome é acompanhado do termo “vírus”. Prof. Roney R. Guimarães 7 Propriedades Gerais dos Vírus - Os vírus são muito pequenos, menores que bactérias, não podem ser vistos em microscopia ótica e passam através de poros de filtros esterilizantes, usados para remoção de bactérias e outros contaminantes; - Não podem ser cultivados em meio artificial. Essa característica não é exclusiva dos vírus, pois existem bactérias que não podem ser cultivadas em nenhum meio sintético; Prof. Roney R. Guimarães 8 24/02/2013 3 –Contêm um tipo de ácido nucléico; –A curva de crescimento do vírus, em cultura de células, é forma logarítmica na base de 10, ao passo que as bactérias se reproduzem em forma binária; – Fora de uma célula, o vírus é incapaz de se “reproduzir.” Prof. Roney R. Guimarães 9 Prof. Roney R. Guimarães 10 Morfologia Viral / Composição • Um virion é uma partícula viral completa, composta por um ácido nucléico envolto por uma cobertura protéica que o protege do meio ambiente; Prof. Roney R. Guimarães 11 • Ácido Nucléico - os vírus possuem, como material genético, apenas um tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA; • Capsídeo – O ácido nucléico dos vírus é envolvido por uma cobertura protéica; Prof. Roney R. Guimarães 12 24/02/2013 4 • Envelope – em alguns vírus, o capsídeo, é coberto por um envelope que, normalmente consiste de uma combinação de lipídeos, proteínas e carboidratos. Prof. Roney R. Guimarães 13 Morfologia Viral Prof. Roney R. Guimarães 14 Características • Vírus = veneno ou fluído venenoso (Latim). • Acelulares/ Partículas Infecciosas • Composição química de nucleoproteínas (DNA ou RNA+Proteínas) Prof. Roney R. Guimarães 15 • Parasitas Intracelulares obrigatórios altamente específicos • Os vírus como partículas extracelulares, não têm atividades metabólicas independentes e são incapazes de reprodução por cissiparidade Prof. Roney R. Guimarães 16 24/02/2013 5 Morfologia Viral Prof. Roney R. Guimarães 17 Morfologia Viral • Cada tipo de vírus possui uma forma característica, mas todos eles são extremamente pequenos, geralmente muito menores do que as menores bactérias. Apresentam uma grande variedade de forma e de tamanho. Prof. Roney R. Guimarães 18 • O vírus da varíola é o maior vírus humano que se conhece (300x250x100 nm), enquanto que o da poliomielite é o menor vírus humano (20 nm de diâmetro). Prof. Roney R. Guimarães 19 Morfologia Viral Os vírus podem ser classificados em vários tipos morfológicos diferentes, com base na arquitetura do capsídeo. • Vírus Helicoidais; • Vírus Envelopados; • Vírus Poliédricos; • Vírus Complexos. Prof. Roney R. Guimarães 20 24/02/2013 6 Morfologia (a) Morfologia de um vírus helicoidal envelopado; (b) Microfotografia de um Influenzavirus. Notar o halo de espículas de projetando da superfície externa do envelope. Prof. Roney R. Guimarães 21 Morfologia (a) Morfologia de um vírus poliédrico não-envelopado; (b) Microfotografia de um Mastadenovirus, um adenovírus. São visíveis os capsômeros individuais da cobertura protéica. Prof. Roney R. Guimarães 22 Morfologia a) Morfologia de um vírus helicoidal. Foram removidas várias fileiras de capsômeros para expor o ácido nucléico. (b) Microfotografia do vírus Ebola, um filovírus, mostrando os bastões helicoidais. Prof. Roney R. Guimarães 23 Morfologia (a) Morfologia de um vírus complexo. Diagrama e microfotografia de um bacteriófago. Prof. Roney R. Guimarães 24 24/02/2013 7 Morfologia - O vírus da hepatite C e sua estrutura genômica estão bem caracterizados e é composto por uma molécula linear de RNA, de hélice simples, contendo mais ou menos 10.000 nucleotídeos e organização genética semelhante a do flavivírus e pestivírus Prof. Roney R. Guimarães 25 Bacteriófago - Morfologia Prof. Roney R. Guimarães 26 Invasão Celular Prof. Roney R. Guimarães 27 Referências Bibliográficas - Brooks, G. F.; Butel, J. S. & Morse, S. A. – Microbiologia Médica. 21ª edição. Ed. Guanabara Koogan. 2000. Rio de Janeiro.- JAWETZ, E.; MELNICK, J. L.; ADELBERG, G. F.; BUTEL, J. S. &ORNSTON, N. Microbiologia Médica. Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 1995. - Levinson, W. & Jawetz, E. – Microbiologia Médica e Imunologia. 4ª edição. Ed. Guanabara Koogan. 1998. Rio de Janeiro. - Murray, P. R.; Rosenthal, K. S.; Kobayashi, G. S. & Pfaller, M. A. – Microbiologia Médica. 3ª edição. Ed. Guanabara Koogan. 2000. Rio de Janeiro. - Tortora, G. J.; Funke, B. R. & Case, C. L. – Microbiologia. 6ª edição. Ed. Artes Médicas Sul Ltda. 2000. Porto Alegre. Rio Grande do Sul. Prof. Roney R. Guimarães 28
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