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JUSTIÇA DO TRABALHO
3ª REGIÃO
BIÊNIO 2008/2009
Desembargador Paulo Roberto Sifuentes Costa
Presidente
Desembargador Caio Luiz de Almeida Vieira de Melo
Vice-Presidente Judicial
Desembargadora Maria Lúcia Cardoso de Magalhães
Vice-Presidente Administrativo
Desembargador Eduardo Augusto Lobato
Corregedor
VICE-PRESIDÊNCIA ADMINISTRATIVA
Desembargadora Maria Lúcia Cardoso de Magalhães
Assessora Jurídica
Deila Barbosa de Araújo Lucas
Assistentes 
Cláudia Márcia Saldanha
Elza Franco de Almeida Lemos
Lucilene Magalhães Penha de Carvalho Guimarães
Marta Alves Dias
Patrícia Calábria Silveira
Diretor Judiciário
Eliel Negromonte Filho
Assessor de Precatórios
José Ariceu Pereira 
Juizo Auxiliar de Conciliação de Precatórios
Juíza Érica Aparecida Pires Bessa
Marco Antonio Rosa - Diretor
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Assessora Jurídica – Deila Barbosa de Araújo Lucas
Cláudia Márcia Saldanha
Lucilene Magalhães Penha de Carvalho Guimarães
Marta Alves Dias
Patrícia Calábria Silveira
COLABORAÇÃO ESPECIAL
Juíza Érica Aparecida Pires Bessa
APRESENTAÇÃO
O Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região por sua Vice-Presidência 
Administrativa, tendo em vista a competência delegada (Portarias 01 e 88, ambas do 
ano de 2008) edita o presente Manual de Procedimentos da Execução contra a Fazenda 
Pública. E, em face de que um dos princípios regentes da Administração Pública, consoante 
expressamente disposto na Resolução nº. 79 de 09.06.2009 do CNJ, é a publicidade, e que 
tal princípio compreende a transparência e acessibilidade às informações, incentivando 
a mesma Resolução, o fornecimento dos dados sobre o funcionamento da Justiça, em 
caráter educativo ou didático-pedagógico, com linguagem simples e acessível, o presente 
Manual de Procedimentos da Execução contra a Fazenda Pública foi formulado com o 
escopo de orientar às partes interessadas e aos servidores da Justiça do Trabalho da 
3ª. Região quanto à prática dos atos concernentes aos Precatórios e às Requisições de 
Pequeno Valor, nas órbitas Municipal, Estadual e Federal, de forma a facilitar e acelerar 
a tramitação de tais instrumentos.
A apresentação simplificada facilita a consulta rápida de conceitos doutrinários, 
fluxogramas e modelos, bem como a pesquisa da doutrina, e às normas legais ajustáveis 
a cada ato processual da execução, levando à racionalização das rotinas internas das 
secretarias das Varas do Trabalho da 3ª. Região, de forma a alcançar a celeridade e 
a garantia a todos da razoável duração do processo, tudo em observância ao direito 
constitucional ínsito no art. 5º, LXXVIII.
Esperamos, pois, que este Manual de Procedimentos seja de real utilidade a todos 
que labutam no Judiciário Trabalhista.
Maria Lúcia Cardoso de Magalhães
Desembargadora Vice-Presidente Administrativo do TRT 3ª Região
Este Manual encontra-se disponível para consulta no site www.trt3.jus.br
SUMÁRIO
1 EXECUÇÃO TRABALHISTA: CONCEITO E OBJETO ........................................................................11
2 LEGITIMAÇÃO PARA PROMOVER A EXECUÇÃO ............................................................................12
 2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS DE EXECUÇÃO ..............................................................................12
3 ESTRUTURA ORGÂNICA E LEGAL DA EXECUÇÃO TRABALHISTA - FASES ................................13
 3.1 QUANTIFICAÇÃO OU LIQUIDAÇÃO .............................................................................................13
 3.1.1 FLUXOGRAMA DA LIQUIDAÇÃO POR SIMPLES CÁLCULO .................................................14
 3.2 CONSTRIÇÃO................................................................................................................................15
 3.2.2 FLUXOGRAMA DA FASE DE CONSTRIÇÃO..........................................................................15
 3.3 EXPROPRIAÇÃO - ATOS DE ALIENAÇÃO ...................................................................................15
 3.3.1 FLUXOGRAMA DA FASE DE EXPROPRIAÇÃO ......................................................................16
4 EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA ....................................................................................17
 4.1 DIFERENÇA ENTRE A EXECUÇAO TRABALHISTA E A EXECUÇÃO CONTRA A 
FAZENDA PÚBLICA ...................................................................................................................................17
 4.2 PRECATÓRIO JUDICIAL: CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA .............................................18
 4.2.1 FLUXOGRAMA DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
PRECATÓRIO REGULAR ..........................................................................................................................20
 4.3 PROCEDIMENTOS NA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA .........................................21
 4.3.1 PROCEDIMENTOS ADOTADOS PELO TRIBUNAL EGIONAL DO TRABALHO 
DA 3ª REGIÃO ...........................................................................................................................................21
 4.3.1.1 Procedimentos Executados Pela Assessoria De Precatórios ..............................................23
 4.4 FLUXOGRAMA DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA – 
PANORAMA GERAL SINTÉTICO ..............................................................................................................24
 4.5 EXECUÇÃO DE CRÉDITOS DE PEQUENO VALOR CONTRA A 
FAZENDA PÚBLICA - RPV’S ...................................................................................................................25
 4.5.1 PROCEDIMENTOS DAS REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR .........................................28
 4.5.2 FLUXOGRAMAS DAS REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR ................................................28
 4.5.2.1 Fluxograma da União Federal Administração Direta e Indireta. .............................................28
 4.5.2.2 Fluxogramas das Requisições de Pequeno Valor dos Correios – ECT ................................29
 4.5.2.3 Fluxograma das Requisições de Pequeno Valor contra o Estado de Minas Gerais 
Administração Direta e Indireta. .................................................................................................................30
 4.5.2.4 Fluxograma das Requisições de Pequeno Valor dos Municípios 
Administração Direta e Indireta ..................................................................................................................31
 4.6 INADIMPLEMENTO DA DÍVIDA DE PEQUENO VALOR NO PRAZO LEGAL ...............................32
5 INSTRUMENTOS DO CREDOR DA FAZENDA PÚBLICA NA HIPÓTESE DE 
INADIMPLEMENTO DOS PRECATÓRIOS ..............................................................................................32
 5.1 SEQUESTRO ..................................................................................................................................33
 5.1.1 PRETERIMENTO DO DIREITO DE PRECEDÊNCIA ................................................................33
 5.2 INTERVENÇÃO ................................................................................................................................34
6 JUÍZO AUXILIAR DE CONCILIAÇÃO DE PRECATÓRIOS .................................................................36
7 CONCLUSÃO .......................................................................................................................................39
8 ÍNDICE GERAL DA LEGISLAÇÃO E VERBETES JURISPRUDENCIAIS APLICÁVEIS AOS 
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR .....................................................................41
9 LEGISLAÇÃO E VERBETES JURISPRUDENCIAIS APLICÁVEIS AOS PRECATÓRIOS E 
REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR ...................................................................................................4310 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................99
11
EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA NA 
JUSTIÇA DO TRABALHO - 3ª REGIÃO
PRECATÓRIOS
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR
NOÇÕES BÁSICAS
1 EXECUÇÃO TRABALHISTA: CONCEITO E OBJETO
Antes de se adentrar ao estudo da Execução contra a Fazenda Pública se faz 
necessário um breve relato dos conceitos relativos ao próprio processo de execução.
Os processos judiciais se originam da necessidade de resolução dos conflitos que 
são inerentes à vida social. O Estado na sua função jurídica decide o conflito entre as partes 
litigantes declarando a certeza do direito, mediante prolação de sentença ou acórdão.
A prestação jurisdicional se dá por diversos procedimentos, notadamente por três 
categorias de ações, quais sejam: conhecimento, execução e também as cautelares, 
que têm sido hoje interpretadas ampliativamente, incluindo-se, por exemplo, as 
mandamentais. 
Conforme preleciona Araken de Assis (2007, p. 71) no processo de conhecimento 
o órgão jurisdicional atua “conhecendo” a lei e o conflito, a fim de proferir o juízo. O objetivo 
principal desta espécie de processo consiste em outorgar certeza às partes.
Doutrina antiga reduzia o processo cautelar em mero capítulo da execução. Hoje, 
os autores consideram o processo cautelar como classe autônoma.
De acordo com Manoel Antônio Teixeira Filho (2009, p. 1872,1873)
conquanto o processo cautelar tenha como escopo nuclear a preventividade, 
ele se faz dotado, em muitos casos, de atos característicos dos processos 
de cognição (o proferimento da sentença v.g.) e de execução (apreensão e 
depósito de bens do devedor). Essa presença de atos próprios da cognição e da 
execução não lhe retira a marcante autonomia e especificidade quanto aos fins. 
Não se imagine que haja um processo cautelar de conhecimento e um processo 
cautelar de execução, porquanto isso implicaria negar a estrutura unitária desse 
processo. (...) O processo cautelar integra o elenco das denominadas tutelas de 
urgência, destinadas ao pronto atendimento de direitos colocados em situação 
de periclitância, por ato de outrem. 
No procedimento de execução em geral se torna efetivo o cumprimento da decisão, 
visando atingir o resultado prático da sentença, ou seja, forçar o réu ao cumprimento da 
norma legal declarada no processo de conhecimento, ou do título executivo. 
Segundo Candido Rangel Dinamarco, a certeza é um objetivo da cognição e um 
ponto de partida na execução, devendo ser destacado também o conceito proposto por 
Manoel Antônio Teixeira Filho para quem a execução forçada no processo do trabalho
é a atividade jurisdicional do Estado, de índole essencialmente coercitiva, 
desenvolvida por órgão competente, de ofício, ou mediante iniciativa do 
interessado, com o objetivo de compelir o devedor ao cumprimento da 
obrigação contida na sentença condenatória transitada em julgado, acordo 
judicial inadimplido ou em título extrajudicial, previsto em lei. ( g.n., 2009, 
p. 1845)
Vale, a propósito, destacar precioso conceito de Execução Processual formulado 
12
também por Giuseppe Chiovenda (1998, p.346) para quem a execução processual é 
a atuação prática, da parte dos órgãos jurisdicionais, de uma vontade concreta da lei 
que garante a alguém um bem da vida e que resulta de uma verificação, constituindo a 
execução o complexo dos atos coordenados a esse objetivo.
 Ensina ainda, Chiovenda, que há execução no processo toda vez que órgãos 
jurisdicionais agem contra um particular obrigado, a fim de obter para o vencedor um 
bem que lhe é devido, ou a fim de atuar uma sanção aplicada em conseqüência do 
inadimplemento, utilizando as medidas que a lei permite para pôr em prática os meios a 
fim de obter que o credor logre o bem a que tem direito.
Esses meios executivos podem dividir-se em meios de coação e de sub-
rogação. 
Dizem-se meios de coação os com que os órgãos jurisdicionais tendem a fazer 
conseguir para o credor o bem a que tem direto com a participação do obrigado, e, pois, 
se destinam a influir sobre a vontade do obrigado para que se determine a prestar o que 
deve. Tais são as multas, o arresto pessoal e os seqüestros com função coercitiva. 
 Os meios de sub-rogação dizem-se aqueles com que os órgãos jurisdicionais objetivam, 
por sua conta, fazer conseguir para o credor o bem a que tem direito independentemente 
de participação e, portanto, da vontade do obrigado. Tais a apreensão direta das coisas 
determinadas a que o credor tenha direito; a apreensão das coisas móveis ou imóveis do 
devedor para convertê-las em dinheiro com o fim de satisfazer os créditos; a realização 
direta da atividade devida pelo devedor, se fungível; o emprego da força para impedir que 
o devedor realize uma atividade em contraste com a obrigação de não fazer.
Deve-se ressaltar que nosso ordenamento jurídico também permite, ao lado da 
execução forçada, a execução de título extrajudicial. Sendo esta execução a coerção do 
Estado, com dispensa de atividade cognitiva, visto que o título já traz em si a certificação 
do direito, que é à vontade das partes, sujeitos da relação jurídica
2 LEGITIMAÇÃO PARA PROMOVER A EXECUÇÃO
O artigo 878 da Consolidação das Leis do Trabalho legitima:
a) as partes
b) o órgão do Ministério Público do Trabalho
c) o juiz competente ex officio
A tentativa de conciliação não é obrigatória na fase de execução. Mas, não 
há impedimento legal para que seja realizada.
2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS DE EXECUÇÃO
Segundo Araken de Assis (2007, p.91) os atos de execução podem ser classificados 
da seguinte forma:
a)”atos de apreensão”, ou de constrição (Verstrickung), de que são exemplos 
nítidos a primeira etapa da penhora ( art. 475-j, caput, c/c art. 652, § 1º, e art. 664 
do CPC) e a do desapossamento (art. 625), que têm por fito tanto coisas, móveis 
e imóveis – v.g.,o explicitamente disposto no art. 625-, quanto, o desapossamento, 
pessoas (art. 839 do CPC);
b)”atos de transformação”, exemplificados na tormentosa atividade prática da 
execução do facere fungível (art. 633 do CPC), às vezes de extraordinária 
complexidade: a prestação que toca ao empreiteiro de lavor, como a construção 
de uma casa, apresenta proporções inauditas e variações tão intrincadas quanto 
múltiplas;
13
c)”atos de custódia”, como o depósito da coisa penhorada (art. 664 do CPC) e 
prisão do executado (art. 733, § 1º CPC.);
d)”atos de dação”, a exemplo da entrega do dinheiro produzido pela expropriação 
(art. 708, I,do CPC) e da imissão na posse (art. 625);
e)”atos de transferência”, em que direitos são, compulsoriamente, transladados da 
esfera jurídica do executado, como ocorre na arrematação (art. 693 do CPC) e,
f)”atos de pressão”, servindo de exemplo conspícuo a cominação da pena 
pecuniária (arts. 287, 461, parágrafos 5º. e 6º., c/c 645, 621, parágrafo único,e 
644 do CPC) e da prisão (art.733, caput) ao executado, constrangendo sua 
vontade.
 A teor do disposto no art. 598 Código de Processo Civil, aplicam-se subsidiariamente 
à execução as disposições que regem o processo de conhecimento. 
3 ESTRUTURA ORGÂNICA E LEGAL DA EXECUÇÃO TRABALHISTA - 
FASES
Consoante Manoel Antonio Teixeira Filho (2009, p. 1874) 
“vista pelo ângulo de sua estrutura orgânica, a execução trabalhista baseada 
em título judicial apresenta-se lógica, pois integrada por três fases distintas e 
sequentes, subordinadas ao objetivo comum de realizar concretamente o preceito 
sancionatório contido no título exeqüendo; são elas as de: 
a) quantificação;
b) constrição; e 
c) expropriação”:
3.1 QUANTIFICAÇÃO OU LIQUIDAÇÃO 
 É a fase em que se confere liquidez à quantia objeto da condenação. É a parte da 
estrutura orgânica da execução onde vai ser fixado o montante da obrigação imposta. Asnormas legais aplicáveis à liquidação da sentença estão no art. 879 da CLT e disposições 
do CPC, aplicadas subsidiariamente (art. 475-A e seguintes), com as devidas adaptações 
ao processo do trabalho. 
Nos termos do art. 879 da CLT a liquidação pode dar-se por: 
a) simples cálculos: exige-se meras contas aritméticas (CPC, art. 475-B e CLT, 
art. 879, parágrafo 1º.B);
b) por artigos: requer produção de prova para quantificação dos elementos 
que estão fora dos autos (CPC, art. 475-E);
c) por arbitramento: os elementos ou dados estão dentro dos autos, mas há 
exigência de um levantamento técnico de mensuração ou avaliação aproximada 
(CPC, art. 475-C e 475-D).
14
3.1.1 FLUXOGRAMA DA LIQUIDAÇÃO POR SIMPLES CÁLCULO 
LIQUIDAÇÃO POR SIMPLES CÁLCULO
15
3.2 CONSTRIÇÃO 
Feita a conta e tornado líquido o título judicial, será o devedor citado a satisfazer a 
obrigação, no prazo de 48 horas (CLT, art. 880), sob pena de penhora dos bens, tantos 
quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros 
de mora, segundo dicção do art. 883 da CLT. Portanto, o devedor sofre uma constrição no 
seu patrimônio para saldar a obrigação contida no título executivo. As regras aplicáveis à 
constrição são as constantes dos art. 880 a 883 da CLT. O devedor pode opor embargos 
à execução (art. 884 CLT), depois de garantida a execução.
3.2.2 FLUXOGRAMA DA FASE DE CONSTRIÇÃO
3.3 EXPROPRIAÇÃO - ATOS DE ALIENAÇÃO 
 Mantida a penhora, os bens penhorados e avaliados serão submetidos à praça 
ou leilão para serem expropriados do patrimônio do devedor (art. 647 CPC), por meio de 
procedimento de:
a) Arrematação - venda efetuada em hasta pública a quem oferecer maior 
preço (CPC art. 690, CLT art. 888).
b) Adjudicação - ato que consubstancia a aquisição de bens do devedor pelo 
próprio credor, servindo-se do privilégio que lhe assegura a legislação trabalhista 
(CPC art. 685-A, CLT, art. 888 § 1º).
c) Remição - devedor resgata o patrimônio que garante a execução oferecendo 
pagamento total da obrigação (CPC art. 651).
16
3.3.1 FLUXOGRAMA DA FASE DE EXPROPRIAÇÃO
17
4 EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
Fazenda Pública – Definição: Segundo Plácido e Silva (2008, p. 604) “Fazenda 
Pública é sempre tomada, em amplo sentido, significando toda soma de interesse de 
ordem patrimonial da União, dos Estados Federados ou do Município, pois que, sem 
distinção, todas se compreendem na expressão”.
A Fazenda Pública compreende o erário, em todos os níveis, tanto da administração 
direta como indireta, designa bens, riquezas ou interesses de ordem financeira pertencente 
à União, Estados e Municípios.
4.1 DIFERENÇA ENTRE A EXECUÇÃO TRABALHISTA E A EXECUÇÃO 
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
Preleciona José Augusto Rodrigues Pinto (1998 p. 210, g.n.) que 
a execução contra a Fazenda Pública distingue-se da execução trabalhista 
em geral, no que diz respeito aos atos de constrição e de alienação na 
estrutura processual.
A razão determinante da distinção reside na impossibilidade jurídica absoluta que 
sempre se admitiu haver de garantir-se o cumprimento da coisa julgada pelas 
pessoas jurídicas de Direito Público, através da constrição sobre seu patrimônio, 
que não é de seu domínio absoluto. 
Assim a principal causa do procedimento diferenciado, previsto constitucionalmente, 
para a execução contra a Fazenda Pública, além da presunção de solvência da 
Administração, repousa no regime especial dos bens do domínio público, que, por princípio 
de lei, torna inviável imediata e incondicionalmente a constrição de tais bens.
Neste sentido, o texto expresso de lei contido no artigo 100 do Código Civil:
“os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, 
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar”.
Não há, pois, na execução contra a Fazenda Pública, as fases de constrição e 
expropriação, uma vez que os bens públicos, a teor do disposto no citado artigo 100 do Código 
Civil e artigo 183, parágrafo 3º e artigo 191, parágrafo único da Constituição da República, são 
inalienáveis, só perdendo esta condição na forma e nos casos previstos em lei.
Portanto, não se submetendo à expropriação por execução forçada, os bens 
públicos são impenhoráveis, já que a finalidade da constrição seria a alienação em Juízo 
para pagamento da execução. 
Destarte, a Constituição Federal em seu artigo 100 não permite a penhora dos 
bens públicos no caso de pagamentos devidos pela Fazenda Pública Federal, Estadual 
e Municipal, em virtude de sentença judiciária, impondo o pagamento do crédito apurado 
a favor do autor, pela ordem cronológica de apresentação de precatórios, estes que são, 
na verdade, solicitação ao órgão público, por meio do Presidente do Tribunal, de valores 
necessários ao atendimento do crédito, e/ou se for o caso, por meio das requisições de 
pagamento de pequeno valor (RPVs). A apresentação dos precatórios tem como escopo 
o respeito à autoridade da coisa julgada, cumprindo o princípio da independência dos 
poderes e o princípio da impessoalidade às verbas públicas e aos créditos dos exeqüentes, 
assegurando ainda, a igualdade de tratamento, na obediência à ordem cronológica de 
apresentação dos precatórios. As RPVs por sua vez, objetivam atender as obrigações de 
pequena monta, baseando-se nos princípios da celeridade e efetividade.
18
4.2 PRECATÓRIO JUDICIAL: CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O precatório é uma forma de pagamento, na execução por quantia certa contra 
a Fazenda Pública, disciplinada pelo artigo 730, do Código de Processo Civil. É o 
instrumento para fazer cumprir o mandamento constitucional previsto no art. 100 da 
CR/88. Constitui, por assim dizer, na execução forçada de decisão judicial transitada 
em julgado. À semelhança das demais execuções, o objeto da condenação imposta ao 
ente público é submetido à prévia liquidação e após ter seu quantum debeatur apurado 
e homologado, ao revés do que de praxe ocorre, a execução contra a fazenda pública 
implica na expedição de Ofício Precatório pelo Juiz de Origem, destinado ao Presidente 
do Tribunal, a quem caberá, por seu turno, expedir o Ofício Requisitório, determinando ao 
poder público que, mediante previsão na lei orçamentária anual, proceda ao pagamento 
do valor da dívida fixada na sentença.
 Assim, o ofício encaminhado pelo Juiz da execução ao Presidente do Tribunal é 
o ofício precatório, mas aquele que será enviado pelo Presidente do Tribunal à Fazenda 
Pública é denominado ofício requisitório, porquanto ato de império que contém uma 
determinação judicial, cujo descumprimento pode acarretar penalização, com seqüestro ou 
intervenção. Os ensinamentos de José Augusto Delgado asseguram que nas ordenações 
Manuelinas e Filipinas, a execução contra a Fazenda Pública se processava da mesma 
forma como contra qualquer pessoa, inclusive com penhora.
Contudo, havia uma restrição à penhora, eis que não constituíam objeto de penhora 
os cavalos, as armas, os livros, os vestidos de seus corpos e as camas dos fidalgos, dos 
cavalheiros, dos desembargadores, de vez que outros bens não tinham. A execução recairia 
nos cavalos, nos vestidos e nas coisas sobreditas, que não lhes fossem necessárias, 
quando inexistissem outros bens móveis de raiz.
A proibição da penhora de bens da Fazenda Pública ocorreu em 10 de abril de 1851, 
quando o Directório do Juízo Fiscal e Contencioso dos Feitos da Fazenda Pública editou 
instrução, instituindo, no artigo 14, a impenhorabilidade dos bens da Fazenda Nacional. 
Depois, os Avisos da Fazenda de 1863 e de 1865, de números 120 e 395, respectivamente, 
prescreveram a impenhorabilidade dos bens provinciais e municipais. A partir de então 
nenhum bem público, independentemente de pertencer à União, Estados e Municípios, 
poderia ser penhorado (SILVA, Américo Luís Martins da, 1998, p. 36).Até 1934, a existência do precatório restringia-se ao âmbito infraconstitucional. Em 
16 de julho do referido ano, o precatório conquistou o status constitucional através da 
Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Entretanto, o texto constitucional 
dedicava-se, somente, às dívidas da Fazenda Federal. Os Estados e Municípios tinham 
liberdade de regulamentar o modo pelo qual realizariam o pagamento referente a dívidas 
sobrevindas de sentenças judiciais. Tal afirmação encontrava respaldo no artigo 182, 
deste diploma legal, in verbis: 
Art. 182 – Os pagamentos devidos pela Fazenda federal, em virtude de sentença 
judiciária, far-se-ão na ordem de apresentação dos precatórios e à conta dos 
créditos respectivos, sendo vedada a designação de caso ou pessoas nas verbas 
legais. Parágrafo único – Estes créditos serão consignados pelo Poder Executivo 
ao Poder Judiciário, recolhendo-se as importâncias ao cofre dos depósitos 
públicos. Cabe ao Presidente da Corte Suprema expedir as ordens de pagamento, 
dentro das forças do depósito, e, a requerimento do credor que alegar preterição 
na sua precedência, autorizar o seqüestro da quantia necessária para o satisfazer, 
depois de ouvido o Procurador Geral da República.
19
O artigo 95 da Constituição de 1937 concedeu tratamento idêntico ao precatório, 
apresentando, unicamente, como novidade a imprescindibilidade de inserir, no orçamento, 
a quantia suficiente para a satisfação dos credores da Fazenda Nacional, cujos créditos 
fossem originários de condenações judiciais.
O Código de Processo Civil de 1939, ao elencar os bens impenhoráveis, inicia 
pelos inalienáveis. Assim dispunha este diploma legal: 
“Art. 942. Não poderão absolutamente ser penhorados: I – os bens inalienáveis 
por força de lei”. 
Dentre estes bens, estão insertos os de natureza pública, nos termos do artigo 66, 
do Código Civil Brasileiro de 1916. O mencionado código de processo, ao disciplinar a 
execução contra a Fazenda Pública em seu artigo 918, § único, a fez de norma idêntica 
à Constituição de 1937. 
Todavia, houve a inclusão dos Estados, ainda não se inserindo os Municípios.
O CPC de 1939 alterou o sistema então vigente para incluir no precatório as 
administrações diretas Estaduais, modificação autorizada pela Constituição então vigente 
que delegou à legislação infra-constitucional a regulamentação do procedimento para as 
execuções em face das Fazendas Estaduais. 
Porém, como esclarece Américo Luís Martins da Silva (1998, p. 57) as autarquias 
e as outras entidades públicas da Administração indireta não se submetiam ao precatório. 
Este era aplicado, apenas, à Administração direta.
A Constituição de 1946 estendeu o alcance do precatório judicial às Fazendas 
municipais e ampliou a atribuição de expedir o precatório aos Presidentes do Tribunal 
Regional de Recurso e do Tribunal de Justiça, subordinando a prerrogativa ao caso 
concreto.
Só com a Constituição de 1967 e a Emenda Constitucional de 1969, se criou a 
obrigatoriedade da inserção do orçamento de verba para pagamento dos precatórios 
exibidos até primeiro de julho do ano da elaboração da proposta orçamentária. O 
descumprimento do comando constitucional ensejaria crime de responsabilidade. Também, 
transmitiu-se ao Presidente do Tribunal, que prolatou a decisão exeqüenda, a competência 
para a expedição do precatório.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, denominada Constituição 
cidadã, assegurou tratamento privilegiado aos créditos de natureza alimentícia, bem 
como instituiu a ordem cronológica de apresentação para os pagamentos e a atualização 
monetária dos valores até o dia primeiro de julho no exercício anterior ao pagamento.
Por outro lado, não se pode deixar de frisar o pensamento de Leonardo Greco (2006, 
p. 87-107) no sentido de que o artigo 730, do Código de Processo Civil, não foi revogado 
pela Lei 11.232/2005, tendo em vista a impossibilidade de instituição de penhora sobre os 
bens da Fazenda Pública. Logo, a execução por quantia certa contra a Fazenda Pública 
continuará a se desenvolver através de processo autônomo.
A obrigatoriedade de cumprimento das decisões oriundas do Poder Judiciário, 
notadamente nas hipóteses em que a condenação judicial tem por destinatário o Poder 
Público, muito mais do que simples incumbência de ordem processual, representa uma 
incontestável obrigação institucional, sem deixar de subtrair o aparelho do Estado, sob 
pena de grave comprometimento dos princípios consagrados no texto da Constituição 
da República.
20
4.2.1 FLUXOGRAMA DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA - 
PRECATÓRIO REGULAR
21
4.3 PROCEDIMENTOS NA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
A execução contra a Fazenda Pública possui também duas fases: liquidação da 
sentença e satisfação da dívida mediante precatório ou requisição de pequeno valor-RPV 
.
Depois de homologados os cálculos, a Fazenda Pública é citada para opor embargos, 
na forma do art. 730 do CPC. Se a Fazenda Pública não apresentar os respectivos 
embargos, segue-se a satisfação do crédito reconhecido mediante o pagamento via 
sistema de precatório-requisitório e/ou requisição de pequeno valor, para as obrigações 
assim definidas como tal pela Constituição (artigo 87 do ADCT) e legislação (Lei 10259/01, 
por exemplo)
Isto porque, como os créditos são considerados individualmente, nas ações plúrimas 
podem ser executados concomitantemente créditos de pequeno valor e outros que 
excedam o limite estipulado, desafiando, assim em um mesmo processo a instauração 
tanto do procedimento de precatório, como de RPV. 
Importante frisar, aqui, a necessidade da intimação da União, representada pela 
Procuradoria Geral da Fazenda – Órgão de Arrecadação, para se manifestar sobre as 
contribuições sociais, nos termos do artigo 879 § 3º da CLT, com redação dada pela Lei 
11.457/2007, tão logo a conta seja liquidada, antes mesmo da citação do devedor público, 
sob pena de nulidade do procedimento.
A inobservância deste procedimento acarreta a devolução do precatório ou 
da requisição de pequeno valor ao juízo de origem, para regularização, atrasando o 
pagamento ao credor. 
4.3.1 PROCEDIMENTOS ADOTADOS PELO TRIBUNAL REGIONAL DO 
TRABALHO DA 3ª REGIÃO
No Egrégio Terceiro Regional, em observação à Instrução Normativa 32/2007 
do Colendo TST, foi publicada a OS 01/2008 pela Vice-Presidente-Administrativa com 
o estabelecimento das normas de procedimento relativas à expedição de precatórios e 
requisições de pequeno valor.
A competência na Terceira Região para atuar nos processos de precatórios e 
requisições de pequeno valor, atualmente, é da Vice-Presidência Administrativa, por 
delegação da Presidência, realizada pela Portaria nº 01 de 02 de janeiro de 2008, artigo 
2º, incisos I, II, III. 
O recurso cabível contra as decisões do Vice-Presidente Administrativo proferidas 
nos autos dos Precatórios e das Requisições de Pequeno Valor é o Agravo Regimental, 
nos termos dos artigos, 135, 21, V, f e 166, I do Regimento Interno da Casa.
Pode-se, resumidamente, dar a noção do fluxo do sistema de precatórios e RPVs 
na forma como funciona neste Regional:
22
 PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO 
ORGANOGRAMA DA ASSESSORIA DE PRECATÓRIOS
 
23
4.3.1.1 Procedimentos Executados Pela Assessoria De Precatórios
24
4.4 FLUXOGRAMA DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA 
– PANORAMA GERAL SINTÉTICO 
25
4.5 EXECUÇÃO DE CRÉDITOS DE PEQUENO VALOR CONTRA A FAZENDA 
PÚBLICA - RPV’S
A Constituição da República de 1988, em sua redação original, preceituava em seu 
art. 100 que os débitos da Fazenda Pública seriam pagos somente por meio de precatórios. 
Era uma regra que não comportava qualquer exceção. 
Todavia, a legislação infraconstitucional foi sendo modificada e os juizadosespeciais, 
calcados principalmente no princípio da celeridade foram implementados. Percebeu-
se, então, que o regime dos precatórios, com seu dilatado tempo para pagamento, não 
atenderia ao objetivo desse “microssistema”. Surgiu, então, a Emenda Constitucional 
nº 20, de 15 de dezembro de 1998, que instituiu o parágrafo 3° no mencionado artigo 
100 dispensando o precatório para o pagamento das obrigações definidas em lei como 
de pequena monta. A partir daí, a Fazenda Pública passa a deter dois regimes para 
pagamentos de seus débitos: os precatórios e as requisições de pequeno valor ou, 
simplesmente, RPVs.
 Contudo, a alteração constitucional não atingiu seu escopo, pois não fixou o 
que seriam as obrigações de pequeno valor. Tampouco estabeleceu de quem seria a 
competência para regulamentar o novo dispositivo constitucional. 
A fim de suprimir uma dessas lacunas, foi promulgada a Emenda Constitucional 
nº 30, de 19 de setembro de 2000, que inseriu no artigo 100 da Carta Magna o parágrafo 
5º, segundo o qual para o fim previsto no precedente parágrafo 3º, a lei poderia fixar 
diferentes valores, segundo a capacidade de cada ente federativo. 
Contudo, apenas a União Federal, por meio da Lei 10.259, de 12 de julho de 2001, 
especificamente em seu artigo 17, parágrafo 1º, regulamentou o novo dispositivo fixando 
em 60 (sessenta) salários mínimos as obrigações de pequena monta. 
Cabe destacar que, no âmbito da Justiça do Trabalho, a fim de dirimir qualquer 
dúvida sobre a aplicação do mencionado artigo de Lei, o Tribunal Superior do Trabalho 
editou a Resolução n. 5, de 23.05.2002, recomendando aos Tribunais Regionais do 
Trabalho que “considerem como de pequeno valor os pagamentos devidos pela união, 
suas autarquias e fundações públicas federais, cujo valor não ultrapasse sessenta salários 
mínimos até que seja aprovada medida legislativa que regulamente a matéria”. 
Entretanto, as demais unidades federativas não se manifestaram, o que 
impossibilitava a concretização dessa forma simplificada de pagamento nas demais 
esferas. Isso porque, os créditos de pequeno valor não foram especificados. Assim, a 
Emenda Constitucional, uma vez mais se viu frustrada em seus objetivos. 
Somente com o advento da Emenda Constitucional nº 37, de 12 de junho 2002, 
o regime das RPVs foi dotado de plena eficácia. Esta emenda acrescentou o parágrafo 
4º ao art. 100 da Constituição e os art. 86 e 87 ao Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias, este último, in verbis: 
Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição Federal e o 
art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias serão considerados 
de pequeno valor, até que se dê a publicação oficial das respectivas leis definidoras 
pelos entes da Federação, observado o disposto no § 4º do art. 100 da Constituição 
Federal, os débitos ou obrigações consignados em precatório judiciário, que 
tenham valor igual ou inferior a: 
I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito 
Federal; 
II - trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios.
Como se depreende, diante das novas disposições constitucionais, ficou superada 
a definição de pequeno valor no tocante aos Estados e Municípios da Federação.
26
Importante frisar que estes valores não constituem tetos absolutos. Ou seja, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios poderão fixar valores maiores ou menores do que aqueles 
estabelecidos no mencionado dispositivo constitucional, bastando para tanto a edição de lei 
própria que fixe o teto para a emissão da RPV. Este é o posicionamento do Supremo Tribunal 
Federal sobre a matéria, conforme firmado no julgamento da ADI 2.868/PI: 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 5.250/2002 DO ESTADO 
DO PIAUÍ. PRECATÓRIOS. OBRIGAÇÕES DE PEQUENO VALOR. CF, ART. 
100, § 3º, ADCT, ART. 87. Possibilidade de fixação, pelos estados-membros, de 
valor referencial inferior ao do art. 87 do ADCT, com a redação dada pela Emenda 
Constitucional 37/2002. Ação direta julgada improcedente.. 
No âmbito da Justiça do Trabalho o Colendo TST ao editar a Instrução Normativa 
n. 32, de 19.12.2007, uniformizou os procedimentos para expedição de Precatórios e 
Requisições de Pequeno Valor, estabelecendo em seu artigo 3º, verbis:
Art. 3º Reputa-se de pequeno valor o crédito cuja importância atualizada, por 
beneficiário, seja igual ou inferior a: 
I – 60 (sessenta) salários mínimos, se a devedora for a Fazenda Pública 
Federal; 
II – 40 (quarenta) salários mínimos, ou o valor estipulado pela legislação local, se 
as devedoras forem as Fazendas Públicas Estadual e Distrital; e 
III – 30 (trinta) salários mínimos, ou o valor estipulado pela legislação local, se a 
devedora for a Fazenda Pública Municipal.
Registro, por oportuno, que o Estado de Minas Gerais editou a Lei n. 15.683, de 
21.07.2005, e o Decreto n. 44.136, de 25.10.2005, estabelecendo para as obrigações de 
pequeno valor o limite de R$11.000,00 por credor. Da mesma forma, vários Municípios 
do Estado de Minas Gerais promulgaram leis municipais, estabelecendo os limites das 
obrigações de pequeno valor. A título meramente ilustrativo cita-se como exemplos as 
cidades mineiras de Belo Horizonte (Lei n.9532/2007); Aimorés (Lei n. 1856/2006); Mariana 
(Lei n.1690/2002); Candeias (Lei n.1308/2003); Guaxupé (Lei n.1549/2002); Itaverava (Lei 
n.469/2003); Ituiutaba (Lei n. 3756/2005); Januária (Lei n.2095/2006); Pará de Minas ( 
Lei n.4212/2003) e várias outras. 
Daí, no mesmo sentido a redação do caput do artigo 45 da Ordem de Serviço n. 
01/2008, disciplinando a matéria:
Art. 45. Reputam-se de pequeno valor os débitos que perfaçam montante igual 
ou inferior a:
I – 60 (sessenta) salários-mínimos líqüidos por credor, se devedora a União, 
suas autarquias e fundações, bem como a Empresa Brasileira de Correios e 
Telégrafos - ECT;
II – R$ 11.000,00 (onze mil reais) por credor, se devedor o Estado de Minas Gerais, 
suas autarquias e fundações, conforme Lei nº 15.683 de 21.07.2005 e Decreto 
nº 44.136 de 25.10.2005.
 III – 30 (trinta) salários-mínimos líqüidos por credor, se devedora a Fazenda 
Pública Municipal, exceto se houver lei local estabelecendo outro limite.
Vale lembrar que este E. Tribunal, atento às alterações introduzidas pelas Emendas 
Constitucionais, bem como à necessidade de instaurar procedimentos para alcançar 
o objetivo das reformas inseridas pela Lei Maior, qual seja, saldar a dívida pública de 
maneira mais célere, aprovou em sessão plenária na data de 29.11.2001, a Resolução 
Administrativa n. 149/01. Esta disciplinou no âmbito jurisdicional da Justiça do Trabalho 
da Terceira Região, a realização de conciliação e seqüestro nas execuções constantes 
27
dos precatórios expedidos contra a fazenda pública municipal, no limite de até 60 
salários mínimos por credor. Isso ocorreu pela aplicação analógica do teto fixado para as 
execuções de pequeno valor federais (Lei 10259/01 e Resolução 05 do C. TST), uma vez 
que, conforme mencionado, a reforma constitucional ainda não o tinha feito e tampouco 
os entes federativos.
Promulgada a Emenda Constitucional n. 37/2002, estabelecendo os limites para as 
execuções de pequeno valor, esta Corte editou, em: 13.09.2002, a Resolução Administrativa 
n.136/02 alterando a RA n. 149/01, reduzindo de sessenta para trinta salários mínimos, 
o limite previsto quanto aos débitos em precatórios dos municípios mineiros, em face 
dos termos do artigo 87, inciso II, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
O textualmente disciplinado, ali, autorizou ainda, o Juízo Auxiliar de Conciliação de 
Precatórios, criado pela Resolução Administrativa nº 79/2000, a inserir em pauta, para 
tentativa de acordo e conseqüente pagamento, todos os precatórios expedidos contra o 
Estado de Minas Gerais, inclusive suas autarquias e fundações, desde que se referissema execução trabalhista de importância inferior a quarenta salários mínimos, limite este 
então vigente para as obrigações de pequeno valor estaduais, com total preferência e 
precedência aos precatórios de valor superior.
Na esfera federal, tendo em vista as mencionadas alterações constitucionais, a Lei 
n º 10.266/2001, de 24.07.2001, LDO de 2002, dispôs em seu art. 23, parágrafo 8º, pela 
primeira vez, sobre a previsão do pagamento das requisições de pequeno valor, traçando 
as diretrizes básicas para seu adimplemento, nos seguintes termos:
§ 8º As requisições dos créditos de pequeno valor, de qualquer natureza, nos 
termos do § 3º do art. 100 da Constituição, como previsto no art. 7º, XI, serão feitas 
pelo juiz da execução diretamente ao Tribunal competente, que, para a efetivação 
do pagamento, organizará as requisições em ordem cronológica contendo os 
valores discriminados por beneficiário e natureza alimentícia e não-alimentícia”
A partir daí o Col. TST editou a aludida Resolução nº 5 fixando em sessenta salários 
por credor o limite para as execuções de pequena monta, implementando no ano de 
2002 os primeiros repasses de crédito para quitação das execuções cujos valores se 
enquadrassem no referido limite.
Por outro lado, este Regional, por meio do ofício circular nº 39, datado de 05.12.2002, 
traçou diretrizes para a requisição de pequeno valor no âmbito das três esferas. A novidade 
foi o procedimento relativo à Fazenda pública municipal, uma vez que a competência para 
cobrança foi atribuída ao próprio Juízo da execução, por aplicação analógica do artigo 
17 da Lei nº 10.259/01.
Mas as inovações constitucionais trazidas pela Emenda Constitucional nº 37/2002 
foram ainda maiores. O parágrafo único do já mencionado art. 87 do ADCT faculta à 
parte credora a renúncia do crédito excedente ao limite do pequeno valor, para que assim 
possa receber sem a formalidade do precatório, de forma mais célere, especificando a IN 
nº 32/2007 do C. TST em seu art. 4º, parágrafo 2º, que:
§ 2º. Na hipótese de crédito de valor aproximado ao de pequeno valor legalmente 
previsto, o Presidente do Tribunal ou o Juízo Auxiliar de Conciliação de Precatórios 
consultará o credor quanto ao interesse em renunciar parcialmente ao crédito de 
modo a afastar a necessidade de expedição do precatório” 
Contudo, importante destacar que, a simplificação para a expedição da ordem de 
pagamento e dispensa da expedição de precatório não implicam, de modo algum, a 
supressão da citação e da oportunidade de oposição de embargos pela Fazenda Pública 
executada, atos necessários num processo de execução que devem regularmente ser 
implementados.
28
4.5.1 PROCEDIMENTOS DAS REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
A requisição do pagamento, propriamente dita, nas execuções de pequeno valor, 
para se concretizarem nas diferentes esferas da Fazenda Pública desafiam, ao final, 
procedimentos diferentes. Ou seja, ainda que no curso da execução o procedimento 
seja o mesmo, a competência para requisitar o pagamento e a maneira pela qual ele é 
implementado difere para Municípios, Estado e União.
Neste estudo, especificamente, interessa como a matéria encontra-se regulada no 
âmbito deste Regional e as diretrizes traçadas pelo c. Tribunal Superior do Trabalho, o 
que se passa a demonstrar por meio dos fluxogramas seguintes:
4.5.2 FLUXOGRAMAS DAS REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR 
4.5.2.1 Fluxograma da União Federal Administração Direta e Indireta. 
29
4.5.2.2 Fluxogramas das Requisições de Pequeno Valor dos Correios – ECT
Devolução dos autos à origem para 
pagamento ao credor. 
30
4.5.2.3 Fluxograma das Requisições de Pequeno Valor contra o Estado de 
Minas Gerais Administração Direta e Indireta.
31
4.5.2.4 Fluxograma das Requisições de Pequeno Valor dos Municípios 
Administração Direta e Indireta
Nota: As requisições de pequeno valor municipais são processadas e quitadas pela 
própria Vara de origem
32
4.6 INADIMPLEMENTO DA DÍVIDA DE PEQUENO VALOR NO PRAZO 
LEGAL 
 A hipótese de seqüestro de dinheiro público em virtude do não pagamento da dívida 
de pequeno valor no prazo legal está prevista na Lei n. 10.259/01, que dispõe, em seu 
artigo 17, que o pagamento da dívida de pequeno valor será efetuado pela Administração 
Pública no prazo de sessenta dias, contados da entrega da requisição, estabelecendo no 
§ 2º do dispositivo mencionado, que “desatendida a requisição judicial, o Juiz determinará 
o seqüestro do numerário suficiente ao cumprimento da decisão”.
 Nesse sentido a Orientação Jurisprudencial n. 1 do Tribunal Pleno do TST, publicado 
em dezembro/03:
 “Precatório. Crédito trabalhista.Pequeno valor. Emenda Constitucional n. 
37/02. Há dispensa da expedição de precatório na forma do art. 100, § 3º, da 
CF1988, quando a execução contra a Fazenda Pública não exceder os valores 
definidos provisoriamente, pela Emenda Constitucional n. 37/02, como obrigações 
de pequeno valor, inexistindo ilegalidade, sob esse prisma, na determinação de 
seqüestro da quantia devida pelo ente público”.
 
Ao contrário do previsto para a hipótese de preterimento do direito de precedência, 
o seqüestro em foco independe de requerimento do credor, devendo ser determinado de 
ofício pelo juiz da execução, ou seja, sequer há participação do Tribunal nessa medida.
O procedimento referente ao seqüestro na hipótese de não-pagamento da dívida 
de pequeno valor no prazo legal encontra-se previsto nos artigos 44 a 54 da OS 01/2008 
da VPAdm.
5 INSTRUMENTOS DO CREDOR DA FAZENDA PÚBLICA NA HIPÓTESE DE 
INADIMPLEMENTO DOS PRECATÓRIOS.
Existem dois mecanismos paralelos que auxiliam o adimplemento da obrigação, 
no caso de execução contra a Fazenda Pública: o “seqüestro” da quantia necessária 
à satisfação do crédito, na hipótese de infração à ordem cronológica das requisições, 
(art.100, § 2º, da Constituição) e a “intervenção” no Estado-membro, no Distrito Federal 
e, no plano estadual, no Município, na hipótese de suspensão do “pagamento da dívida 
fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior” (art. 34, V, a, 
da CF/1988).
O Supremo Tribunal Federal, em esclarecedor julgado, resumiu as vantagens da 
fórmula constitucional:
A exigência constitucional pertinente a expedição de precatório com a conseqüente 
obrigação imposta ao Estado de estrita observância da ordem cronológica de 
apresentação desse instrumento de requisição judicial de pagamento - tem 
por finalidade (a) assegurar a igualdade entre os credores e proclamar a 
inafastabilidade do dever estatal de solver os débitos judicialmente reconhecidos 
(b) impedir favorecimentos pessoais indevidos e (c) frustrar tratamentos 
discriminatórios, evitando injustas perseguições ditadas por razões de caráter 
político-administrativo(1ª. T. do STF, RE 132.031, 15.09.95, Rel. Min. Celso de 
Mello,DJU 19.04.96, p. 12220).
33
Somente na hipótese de requisições consideradas de pequeno valor na forma da 
lei, não se expedirá o precatório. A respeito de tal matéria e em face da ambígua redação 
do caput do art. 100 da CF/88, onde se ressaltou que “à exceção dos créditos de natureza 
alimentícia...”, a jurisprudência se firmou defendendo a existência de duas classes de 
precatório: alimentares e comuns. 
Deve ser ressaltado, por oportuno, que cada ente público estadual ou municipal 
fixa por lei o limite do pequeno valor.
A propósito da necessidade de expedição de precatórios, em razão de sua 
natureza, o STJ consagrou pela Súmula 144 o seguinte entendimento: “Os créditos 
de natureza alimentícia gozam de preferência, desvinculados os precatórios da ordem 
cronológica dos créditos de natureza diversa”.
O Excelso STF por sua vez, pontificou pela Súmula 655 que: “A exceção prevista no 
art. 100 caput da Constituição em favor dos créditos de natureza alimentícia, não dispensa 
aexpedição de precatório, limitando-se a isentá-la da observância da ordem cronológica 
dos precatórios decorrentes de condenação de outra natureza”.
Desta forma, como já dito, apenas as requisições de pagamento de dívidas de 
pequeno valor, alimentares ou não, escapam da subordinação à execução mediante 
precatório, consoante estipulou o parágrafo 3º do art. 100 da CF.
5.1 SEQUESTRO
Para a satisfação da execução contra a Fazenda Pública são previstas duas 
hipóteses de seqüestro de dinheiro: uma geral, no caso de preterimento do direito de 
precedência do credor, e outra específica, no caso de não-pagamento da dívida de 
pequeno valor no prazo legal.
5.1.1 PRETERIMENTO DO DIREITO DE PRECEDÊNCIA
Na esfera da execução da Fazenda Pública, como preceituado no art. 100 
da Constituição da República, o seqüestro equivale a uma medida administrativa de 
competência de presidente de tribunal, a requerimento do credor, objetivando restabelecer a 
ordem cronológica no pagamento dos débitos judiciais nas ações em que é devedora.
Possui legitimidade para pleitear essa medida assecuratória o credor preterido, 
ainda que não seja o primeiro na ordem de recebimento. Esse seqüestro não pode ser 
efetuado por iniciativa do juiz, uma vez que depende do requerimento do credor, que só 
poderá formulá-lo quando haja “preterimento do seu direito de precedência”. 
O Excelso Supremo Tribunal Federal firmou entendimento, com efeito vinculante, de 
que o seqüestro somente é possível em caso de preterição, a ele não se equiparando a não-
inclusão no orçamento ou não-pagamento da dívida no prazo legalmente estabelecido.
Assim, o Tribunal Pleno do Col. TST editou, em 09/12/2003, a Orientação 
Jurisprudencial n. 03 que preceitua:
“PRECATÓRIO. SEQÜESTRO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 30/00. 
PRETERIÇÃO. ADIN 1662-8. ART. 100, § 2º, DA CF/1988.
O seqüestro de verbas públicas para satisfação de precatórios trabalhistas só 
é admitido na hipótese de preterição do direito de precedência do credor, a ela 
não se equiparando as situações de não inclusão da despesa no orçamento ou 
de não-pagamento do precatório até o final do exercício, quando incluído no 
orçamento”.
Nessa mesma linha, a Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, fez constar na 
Consolidação dos Provimentos o textualmente disciplinado no artigo 99 que assim dispõe:
34
“Os Tribunais Regionais do Trabalho devem se abster de autorizar o seqüestro da 
quantia necessária à satisfação do crédito, quando não houver a inclusão no orçamento 
das verbas relativas a precatórios, e quando houver pagamento a menor, sem a devida 
atualização, ou fora do prazo legal”.
O procedimento referente ao seqüestro encontra-se previsto nos artigos 37 a 40 
da OS 01/2008 da VPAdm, a saber:
A Vice-Presidência Administrativa, desde que requerido pela parte interessada 
e depois de ouvido o Ministério Público do Trabalho, determinará o seqüestro 
de verba do devedor, exclusivamente na hipótese de preterição do direito de 
precedência do credor.
 Parágrafo único. Não se configura preterição as situações de não-inclusão 
da despesa no orçamento do devedor ou de não-pagamento até o final do exercício, 
quando incluído o débito no orçamento.
A única hipótese a autorizar o seqüestro de verbas para pagamento da dívida, na Justiça 
do Trabalho, no caso, os precatórios, é a quebra da ordem cronológica de apresentação, 
consoante expresso no art. 14 da Instrução Normativa 32/2007 do Col. TST. 
Tal entendimento se fixou com a decisão do STF na ADin no. 1662, afastando as 
possibilidades de seqüestro nos casos de não pagamento do precatório no prazo legal; 
não inclusão no orçamento; ou pagamento a menor sem a devida atualização.
Dessa forma, o STF criou uma situação paradoxal, em que os créditos trabalhistas, 
de evidente natureza alimentar, não podem ser satisfeitos através do seqüestro de dinheiro 
público nas hipóteses de vencimento do prazo legal para quitação da dívida ou de não-
inclusão do valor correspondente no orçamento da entidade pública devedora, como 
ocorre com outros créditos, supostamente menos privilegiados.
Neste sentido a Instrução Normativa n. 32/2007 do Col. TST no referido artigo 14:
“O presidente do Tribunal, exclusivamente na hipótese de preterição 
do direito de precedência do credor, fica autorizado a proceder ao 
seqüestro da verba do devedor, desde que requerido pelo exeqüente 
e depois de ouvido o Ministério Público”. 
5.2 INTERVENÇÃO
A intervenção, palavra de origem latina, tem como acepção comum “a ingerência de 
uma pessoa em negócios de outrem” e no âmbito do Direito Público Interno decorre do não-
pagamento de dívida consolidada e implica na intromissão, autorizada constitucionalmente, 
do governo central na administração dos Estados e destes nos respectivos Municípios. 
Esclareça-se, aqui, que ainda que não haja previsão de intervenção na União, cabe ao 
Congresso Nacional o dever de fiscalizar os atos do Poder Executivo, como disposto no 
inciso X do artigo 49 da Lei Maior.
Nessa linha de idéias, tem-se que o ato da intervenção decorre do exercício 
da soberania da União no restabelecimento do equilíbrio administrativo e político na 
“subunidade federativa” (PLÁCIDO E SILVA, 2008 p. 446), tendo em vista a ordem 
pública, na forma consagrada nos artigos 34, inciso VI, e 35, inciso IV, da Constituição 
da República, como se vê:
artigo 34 - A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto 
para:
(...)
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial
(...)
35
artigo 35 - O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios 
localizados em Território Federal, exceto quando:
(...)
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a 
observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a 
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial..”
Saliente-se, assim, que a requisição de intervenção é a única alternativa do credor-
exeqüente, quando não preenchidos os pressupostos legais do seqüestro, na busca do 
recebimento das parcelas discriminadas no título executivo oriundo de sua reclamação 
trabalhista.
 Desse modo, a partir da inadimplência da Fazenda Pública, quer pela não-inclusão 
da dívida em exame no orçamento, quer pela não-liberação do valor devido, o prejudicado 
poderá requerer a intervenção no ente público que incorreu na falta. Ressalte-se que 
além das normas constitucionais anteriormente mencionadas, o disposto nos art. 19 a 22 
da Lei 8038/90 orienta a forma procedimental para a interposição desse pleito perante o 
Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça.
Na seara trabalhista, a Instrução Normativa n. 32/2007 do Col. TST, de 19/12/2007, 
em consonância com o preceituado no Título XXIX da Consolidação dos Provimentos da 
Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, estabeleceu os seguintes procedimentos a 
serem observados em relação ao pedido de intervenção, veja-se:
(...)
Artigo 22. O Presidente do Tribunal deverá fundamentar a decisão relativa ao 
encaminhamento do pedido de intervenção, justificando a necessidade da adoção 
da medida excepcional.
Artigo 23. O pedido de intervenção deverá ser instruído, obrigatoriamente, com 
as seguintes peças:
a) petição do credor, dirigida ao Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, 
requerendo o encaminhamento do pedido de intervenção ao Supremo Tribunal 
Federal ou ao Tribunal de Justiça, conforme o caso;
b) impugnação do ente público ao pedido, se houver;
c) manifestação do Ministério Público do Trabalho da Região;
d) decisão fundamentada do Presidente do Tribunal Regional do Trabalho relativa 
à admissibilidade do encaminhamento do pedido de intervenção; e
e) ofício requisitório que permita a verificação da data de expedição do precatório 
e o ano de sua inclusão no orçamento.
Parágrafo único. O pedido de intervenção em Estado-membroserá encaminhado 
ao Supremo Tribunal Federal por intermédio da Corregedoria-Geral da Justiça 
do Trabalho, enquanto o pedido de intervenção em município será enviado 
diretamente pelo Presidente do Tribunal Regional do Trabalho ao Tribunal de 
Justiça do respectivo Estado.
Neste Regional, tais procedimentos foram inseridos na Ordem de Serviço n. 
01/2008, consoante disposto em seus artigos 41 a 43, em face do descumprimento da 
decisão judicial. 
6 JUÍZO AUXILIAR DE CONCILIAÇÃO DE PRECATÓRIOS
No final da década de 90, no âmbito do TRT da 3ª Região, a situação da dívida 
pública inscrita nos precatórios estava cada vez mais preocupante. O número dos 
precatórios pendentes de pagamento crescia a cada ano. Os mecanismos legais para 
obrigar a Fazenda Pública ao pagamento se mostravam extremamente limitados.
36
Acresça-se a esse quadro a controvérsia instaurada entre credores e poder público 
acerca dos valores consolidados dos débitos, mormente na fazenda pública estadual, 
então a maior devedora dos precatórios, além, é claro, da crescente insatisfação dos 
exeqüentes com a demora pelo pagamento, flagrante contra-senso com a natureza 
alimentar do crédito trabalhista.
O panorama da dívida pública era grave e punha em cheque o próprio poder 
judiciário trabalhista que se via impotente ante o descumprimento reiterado de suas 
decisões pelo poder público. Os jurisdicionados clamavam por uma solução efetiva que 
conseguisse fazer com que o crédito a que tinham direito fosse satisfeito. Cabia ao judiciário 
encontrá-la balizando-se, pelos princípios da legalidade e moralidade.
Pois bem. Foi com este panorama que no dia 16 de março do ano de 2000, o 
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, aprovou a Resolução Administrativa 79/00, 
proposta pelo então Vice-Presidente da Casa, Exmo. Desembargador Antônio Miranda de 
Mendonça, instaurando em vanguarda o Juízo Auxiliar de Conciliação de Precatórios.
No dia 8 de maio de 2000 mesmo ano, foi realizada a primeira audiência do Juízo 
de Precatórios, iniciando Minas Gerais de forma pioneira no país uma das mais bem 
sucedidas experiências desta Justiça Especializada de todos os tempos. O sucesso da 
medida foi tão grande que serviu de modelo para futuras implantações do mesmo gênero 
em outros regionais sendo elogiada e recomendada não só pelo Tribunal Superior do 
Trabalho, como também pelo próprio CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Os números estatísticos não deixam qualquer dúvida.
Entre União, Estado e Municípios na época da criação do Juízo Auxiliar existiam 
aproximadamente mais de 8.000 precatórios pendentes. 
Contudo, o problema da dívida federal já vinha sendo solucionado pela chamada 
descentralização dos recursos públicos com constantes inovações trazidas pelas Leis 
de Diretrizes Orçamentárias (LDO), bem como a de Orçamento Anual (LOA), que a 
partir de 1998 passou a determinar que os recursos financeiros para saldar os débitos 
judiciais federais, fossem eles provenientes da Administração Direta ou Indireta, seriam 
descentralizados aos Tribunais Regionais de origem, pondo fim à inadimplência das 
autarquias e fundações.
A grande questão concentrava-se nas outras duas esferas, sobretudo a estadual 
que na época da criação do juízo auxiliar, como já mencionado, era a maior devedora. 
Existiam, somente em desfavor do Estado de Minas Gerais, 4236 precatórios pendentes de 
pagamento. Após, aproximadamente, 5 anos e meio de iniciados os trabalhos, precisamente 
em 30 de novembro de 2005, foi realizada a audiência do precatório 4000.
No período de 2000 a 2006 foram quitados pelo Estado de Minas Gerais, 4173 
precatórios, atingindo o montante de R$218.667.587,27, contemplando 12 mil e 500 
exequentes. Em igual período, foram pagos 1822 precatórios municipais, somando o valor 
de R$102.364.549,85, beneficiando 2.995 exequentes.
Hodiernamente inexistem precatórios estaduais em atraso, sendo os números 
igualmente bastante expressivos. Todavia o foco mudou e os trabalhos vêm sendo 
desenvolvidos para a resolução da dívida pública municipal, na atualidade, detentora da 
maior dívida.
Não há como negar que a iniciativa inédita da Justiça do Trabalho mineira 
consolidou-se em todo o país como um modelo de agilidade e eficiência na solução dos 
débitos públicos judiciais. Com a adoção de medidas simples, renovadoras e criativas 
as dívidas trabalhistas do Estado de Minas Gerais e de vários Municípios mineiros foram 
quitadas com segurança e transparência entre as partes envolvidas, tendo sempre em 
mira a ética, os princípios da moralidade e da legalidade e o respeito à cidadania dos 
credores.
37
O sucesso do Juízo Auxiliar foi tamanho que criado em um primeiro momento para 
atender apenas ao Poder Público estendeu sua atuação junto a alguns entes de direito 
privado, com inequívoca repercussão social. À guisa de ilustração, citamos a reunião das 
execuções trabalhistas em face da Santa Casa de Misericórdia, maior hospital filantrópico 
do Estado, que com grave dificuldade financeira, não conseguia manter em dia suas 
obrigações com o pessoal da ativa, e tampouco saldar a dívida decorrente das decisões 
judiciais. A reunião das execuções permitiu a uniformidade de procedimento e a efetiva 
garantia do Juízo para efetivo cumprimento das decisões judiciais, através de depósitos 
mensais e bens dados em garantia conforme Termo de Compromisso firmado pelos 
seus administradores. Assim criou-se o Juízo Auxiliar de Execuções da Santa Casa, e, 
posteriormente, do Hospital Dom Bosco, do Clube Atlético Mineiro e da extinta CUCO.
A conciliação sempre foi um dos princípios mais peculiares desta Justiça 
Especializada, sendo sempre uma constante na rotina do Judiciário Trabalhista desde 
sua implantação há mais de 60 anos.
O Juízo Auxiliar nada mais é que o aperfeiçoamento desta prática. 
Pautado não só pelo princípio da conciliação, mas também pelos princípios 
da celeridade e da instrumentalidade o juízo auxiliar têm seus rituais marcados pela 
simplicidade. O Juiz conciliador designado pelo Presidente do TRT-3ª Região inclui em 
pauta os precatórios, em ordem cronológica estabelecida pelos ofícios requisitórios, intima 
os interessados – o credor do precatório assistido por seu advogado, quando existente e 
o representante (procurador) do Estado ou Município - sempre em rigorosa observância 
à ordem cronológica estabelecida pelos ofícios requisitórios, e busca a construção de 
um acordo ou a viabilização do pagamento integral em patamares estabelecidos pelas 
partes. Naquele juízo, dá-se, ainda, o controle da legalidade da transação firmada antes da 
homologação. Importante frisar que para o credor que não aceita a conciliação permanecerá 
na ordem cronológica como credor, impedindo que qualquer outro precatório conciliado 
seja passado à sua frente. Não sofrerá, portanto, prejuízo, embora a via conciliatória muitas 
vezes permita o pagamento mais célere e a pronta resolução do conflito.
No âmbito do Juízo Auxiliar, os entes públicos que possuam precatórios pendentes 
de pagamento são intimados a comparecer em Juízo, previamente intimados com lista 
dos créditos trabalhistas não pagos, valor de face e ordem cronológica. 
Verificando não haver quebra na ordem cronológica, caso que implicaria em 
seqüestro de valores, conforme já exposto, o Juízo Auxiliar inicia tratativas visando o 
pagamento dos precatórios. 
O ente público formula e apresenta a sua proposta em Juízo, às vezes mediante 
pagamento único, outras quitando-se um precatório de cada vez e em conformidade com 
os valores apurados. Frequentemente o pagamento é feito através de depósitos mensais 
em valores previamente avençados ou estabelecidos, a serem efetuados pelo Estado ou 
Municípios, ou bloqueados junto ao Fundo de Participação do Município por ordem do 
Juízo Auxiliar, a serem revertidos para o pagamento dos precatórios. A proposta é lavradaem Termo de Compromisso e trasladada para os precatórios, a fim de atribuir publicidade, 
dando-se vista aos exeqüentes. 
Muitas vezes o ente público opta por autorizar o mero bloqueio de valores mensais 
junto ao Fundo de Participação dos Municípios, abstendo-se de proceder, ele mesmo, os 
depósitos mensais.
Atingido determinado aporte financeiro para quitação dos precatórios, a estrutura do 
Juízo Auxiliar desloca-se à sede da Vara de Origem e efetua o pagamento aos credores, 
demonstrando o seu caráter itinerante.
Neste ano de 2009 a grande maioria de municípios executados foram intimados a 
comparecer no Juízo Auxiliar ou na sede da Vara de Origem visando a revisão dos valores 
dos depósitos mensais.
38
A medida possibilitará pagamento mais célere dos créditos trabalhistas.
Desde 2008 encontram-se no site do TRT da 3ª. Região os dados de todos os 
precatórios em ordem cronológica, possibilitando aos advogados, partes e interessados 
consulta rápida e eficaz. A publicidade decorrente dessa iniciativa permite, ainda, ampla 
fiscalização por parte dos próprios credores quanto à ordem cronológica e dos entes 
públicos quanto aos pagamentos em trâmite no Juízo Auxiliar.
A conciliação promove a paz social e traz vantagens não só para as partes 
envolvidas no litígio, mas também para o próprio Poder Judiciário, que resolve de forma 
eficaz e célere as demandas instauradas impedindo que se avolumem nos tribunais. O 
exeqüente não corre mais o risco de esperar anos pelo pagamento do crédito proveniente 
de um precatório, recebe-o imediatamente após a conciliação. Em contrapartida a fazenda 
pública encerra definitivamente não só a execução, mas aquele processo, sobretudo 
evitando ultrapassar o prazo legal para pagamento e, a partir daí, pagar juros que poderiam 
ser decotados se observado o orçamento em que o precatório foi inserido.
Deve ser ressaltado, por oportuno, que às vezes a conciliação dos precatórios 
ocorre apenas quanto ao parcelamento dos valores, quitando-se integralmente o crédito. 
Outras vezes, as partes conciliam-se reduzindo a quantia para viabilizar a quitação, até 
mesmo pelo porte do ente público. Contudo, em qualquer hipótese em que a conciliação 
ocorra são observados os aspectos legais, notadamente para que o crédito trabalhista 
não seja precarizado.
39
7 CONCLUSÃO
O presente Manual de Execução contra a Fazenda Pública visa orientar 
os servidores, advogados, jurisdicionados e todos aqueles que têm interesse 
em conhecer os meandros dos procedimentos previstos na legislação e na 
jurisprudência aplicáveis a este tipo de execução no Processo do Trabalho.
Em virtude das prerrogativas instituídas pelo legislador, a Fazenda Pública 
é tratada de forma diferenciada quando em Juízo e tal tratamento se justifica 
exclusivamente com o objetivo de preservar o interesse coletivo que ela representa, 
ou seja, para garantir a supremacia do interesse público sobre o particular.
A Instrução Normativa nº 32/2007 do C. TST uniformizou as normas a 
serem observadas para a execução contra a Fazenda Pública e no TRT da 3ª 
Região foi publicada a OS 01/2008 com o estabelecimento dos procedimentos 
relativos à expedição de precatórios e requisições de pequeno valor bem como 
dos instrumentos necessários para a satisfação da execução, ou seja, o seqüestro 
e a intervenção. 
Ademais, para agilizar a execução contra a Fazenda Pública já foi 
implementada, neste Regional, via internet, ampla publicidade das listas de ordem 
cronológica de apresentação dos precatórios, a fim de possibilitar a fiscalização pelos 
interessados já que a transparência é uma das metas da atual Administração. 
Finalmente, o Juízo Auxiliar de Conciliação de Precatórios no TRT da 3ª 
Região, criado pela Resolução Administrativa n. 79/2000, vem realizando um 
trabalho exemplar, conferindo maior celeridade à execução contra a Fazenda 
Pública e dando maior efetividade e credibilidade à Justiça do Trabalho cuja missão 
é dar maior dignidade ao trabalhador e valor ao seu trabalho.
41
8 - ÍNDICE GERAL DA LEGISLAÇÃO E VERBETES JURISPRUDENCIAIS APLICÁVEIS AOS 
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (Art.100) ...................43
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS (Arts. 86 a 87) ....................44
LEI Nº 11.768, DE 14 DE AGOSTO DE 2008 – (LDO-2009 Arts.26 a 31).................................45
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (CPC- Arts.730 a 731) ...........................................................48
LEI Nº 9.494, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997 (Arts.1ºD a 1ºF) ...............................................49
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT- Arts.878 a 908) .......................................50
LEI 11.457, DE 16 DE MARÇO DE 2007 (Art.16).......................................................................57
LEI Nº 10.259, DE 12 DE JULHO DE 2001 (Art.17) ...................................................................58
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 32/2007 (TST) ...........................................................................59
RESOLUÇÃO Nº 05, DE 23 DE MAIO DE 2002 (CSJT) ...........................................................62
REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 
DA 3ª REGIÃO (Art.122 a 135) ................................................................................................63
RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 79/2000 (TRT 3ª REGIÃO) .............................................66
RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 149/2001(TRT 3ª REGIÃO) ...........................................67
RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 136/2002 (TRT 3ª REGIÃO) ..........................................69
OFÍCIO CIRCULAR Nº 39, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2002 (TRT 3ª REGIÃO) ....................70
RESOLUÇÃO Nº 02, DE 11 DE OUTUBRO DE 2005(TRT 3ª REGIÃO) ................................71
RESOLUÇÃO GP/GCR/DGJ Nº 02/2005 ..................................................................................72
RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 36/2008 (TRT 3ª REGIÃO) ............................................76
RESOLUÇÃO Nº 01, DE 03 DE ABRIL DE 2008 .....................................................................76
ORDEM DE SERVIÇO Nº 01, DE 14 DE OUTUBRO DE 2008 (TRT 3ª REGIÃO) ..................82
SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS ACERCA DE PRECATÓRIO ...............94
SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) ........................................................94
SÚMULAS DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) ..................................................94
SÚMULA DA ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO (AGU) ..........................................................94
ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO PLENO DO TRIBUNAL SUPERIOR 
DO TRABALHO (TST) ..............................................................................................................95
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................97
43
9 - LEGISLAÇÃO E VERBETES JURISPRUDENCIAIS APLICÁVEIS AOS 
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
(...)
Art. 100. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda 
Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na 
ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida 
a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais 
abertos para este fim.
§ 1º - É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária 
ao pagamento de seus débitos constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, 
data em que terão atualizados seus valores, fazendo-se o pagamento até o final do exercício 
seguinte.
§ 2º - As dotaçõesorçamentárias e os créditos abertos serão consignados ao Poder Judiciário, 
recolhendo-se as importâncias respectivas à repartição competente, cabendo ao Presidente do 
Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o pagamento, segundo as possibilidades 
do depósito, e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para o caso de preterimento 
de seu direito de precedência, o seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito.
§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária 
ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de 
precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do 
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 30, de 2000)
§ 1º-A Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, 
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e 
indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença 
transitada em julgado.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)
§ 2º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder 
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o 
pagamento segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do credor, e 
exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o seqüestro da quantia 
necessária à satisfação do débito.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)
§ 3° O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de precatórios, não se aplica 
aos pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, 
Estadual ou Municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 3º O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de precatórios, não se aplica 
aos pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, 
Estadual, Distrital ou Municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)
§ 4º São vedados a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor pago, bem 
como fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução, a fim de que seu pagamento 
não se faça, em parte, na forma estabelecida no § 3º deste artigo e, em parte, mediante expedição 
de precatório. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
§ 5º A lei poderá fixar valores distintos para o fim previsto no § 3º deste artigo, segundo as diferentes 
capacidades das entidades de direito público. (Parágrafo incluído pela Emenda Constitucional nº 
30, de 2000 e Renumerado pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
§ 6º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar 
a liquidação regular de precatório incorrerá em crime de responsabilidade. (Parágrafo incluído pela 
Emenda Constitucional nº 30, de 2000 e Renumerado pela Emenda Constitucional nº 37, de 
2002)(...)
44
TÍTULO X
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
(...)
Art. 86. Serão pagos conforme disposto no art. 100 da Constituição Federal, não se lhes aplicando 
a regra de parcelamento estabelecida no caput do art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias, os débitos da Fazenda Federal, Estadual, Distrital ou Municipal oriundos de sentenças 
transitadas em julgado, que preencham, cumulativamente, as seguintes condições: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
I - ter sido objeto de emissão de precatórios judiciários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
37, de 2002)
II - ter sido definidos como de pequeno valor pela lei de que trata o § 3º do art. 100 da Constituição 
Federal ou pelo art. 87 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
III - estar, total ou parcialmente, pendentes de pagamento na data da publicação desta Emenda 
Constitucional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
§ 1º Os débitos a que se refere o caput deste artigo, ou os respectivos saldos, serão pagos na 
ordem cronológica de apresentação dos respectivos precatórios, com precedência sobre os de 
maior valor. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
§ 2º Os débitos a que se refere o caput deste artigo, se ainda não tiverem sido objeto de pagamento 
parcial, nos termos do art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, poderão ser 
pagos em duas parcelas anuais, se assim dispuser a lei.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 
37, de 2002)
§ 3º Observada a ordem cronológica de sua apresentação, os débitos de natureza alimentícia 
previstos neste artigo terão precedência para pagamento sobre todos os demais. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição Federal e o art. 78 deste 
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias serão considerados de pequeno valor, até que 
se dê a publicação oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da Federação, observado 
o disposto no § 4º do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações consignados em 
precatório judiciário, que tenham valor igual ou inferior a: (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 37, de 2002)
I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito Federal; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
II - trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 37, de 2002)
Parágrafo único. Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido neste artigo, o pagamento 
far-se-á, sempre, por meio de precatório, sendo facultada à parte exeqüente a renúncia ao crédito 
do valor excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o precatório, da forma 
prevista no § 3º do art. 100. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)(...)
45
LEI Nº 11.768, DE 14 DE AGOSTO DE 2008 – LDO-2009
Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução 
da Lei Orçamentária de 2009 e dá outras providências.
(...)
Seção II
Das Disposições sobre Débitos Judiciais
Art. 26. A Lei Orçamentária de 2009 somente incluirá dotações para o pagamento de precatórios 
cujos processos contenham certidão de trânsito em julgado da decisão exeqüenda e pelo menos 
um dos seguintes documentos: 
I - certidão de trânsito em julgado dos embargos à execução; 
II - certidão de que não tenham sido opostos embargos ou qualquer impugnação aos respectivos 
cálculos. 
Art. 27. A inclusão de dotações na Lei Orçamentária de 2009, destinadas ao pagamento de 
precatórios parcelados, tendo em vista o disposto no art. 78 do ADCT, far-se-á de acordo com os 
seguintes critérios: 
I - serão objeto de parcelamento créditos superiores a 60 (sessenta) salários mínimos, na forma 
dos incisos seguintes; 
II - as parcelas serão iguais, anuais, sucessivas e não poderão ser inferiores ao valor referido no 
inciso I deste artigo, excetuando-se o resíduo, se houver; 
III - os créditos individualizados por beneficiário serão parcelados em até 10 (dez) vezes, observada 
a situação prevista no inciso II deste artigo;
IV - os créditos individualizados por beneficiário originários de desapropriação de imóvel residencial 
do credor, desde que comprovadamente único à época da imissão na posse, serão divididos em 
2 (duas) parcelas; 
V - será incluída a parcela a ser paga em 2009, referente aos precatórios parcelados a partir do 
exercício de 2001; 
VI - os juros legais, à taxa de 6% a.a. (seis por cento ao ano), serão acrescidos aos precatórios 
objeto de parcelamento,

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