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Segunda Revolução Industrial e Ideias sociais e políticas

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Segunda Revolução 
Industrial 
 Ideias sociais e políticas 
Neocolonialismo 
Século XIX 
2ª. Revolução Industrial 
(+-1830) 
• Ideias liberais. 
• Capitalismo financeiro e monopolista. 
• Industrialização em outros países . 
• Associação entre Ciência e produção: 
pesquisa e tecnologia. 
• Aço (c.1850); petróleo e eletricidade (c.1870); 
 
 
Século XIX - Segunda Revolução Industrial (1830-1914) 
 Inglaterra, França, Alemanha (Prússia), Itália, Rússia, Bélgica, 
Estados Unidos e Japão 
Capitalismo 
financeiro 
Urbanização 
Crescimento Demográfico 
Generalizado 
Desordenado 
Imperialismo 
neocolonialismo 
Disputa territorial 
pela África e ásia 
Questão 
Social 
Sindicatos 
Sociedade de 
Massas 
Monopólios de preços e 
produtos: 
 TRUSTES, CARTÉIS, 
HOLDINGS 
Sistema de Trabalho 
• Maquinaria e Divisão do Trabalho: tarefas 
rápidas e racionais. 
• Fordismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tempos modernos, filme de Charles Chaplin 
 
 
 
[...] 
Não temos pausa em nosso trabalho: 
A sala barulhenta da debulha não pode parar. 
Se o mestre se ausenta, os outros brincam salvo: 
Mas a sala adormecida da debulha se trai. 
Nem para se distrair do trabalho tedioso, 
E fazer sorrir docemente os minutos que passam, 
Podemos, como pastores, contar uma história alegre. 
A voz se perde, afogada pelo mangual barulhento. 
 
(Stephen Duck. A Lida do Debulhador , séc. XIX.) 
Adolphe Menzel, The Iron Rolling Mill (Modern Cyclopes), 1875. 
“(...) Foi a indústria apenas que fez com que o 
trabalhador, acabado de se libertar da servidão, 
pudesse ser utilizado de novo como coisa (...) 
Isto foi obra da indústria, exclusivamente, ela 
que não poderia existir sem estes operários, sem 
a miséria e a servidão destes operários”. 
 
A visão de Engels em A situação da classe trabalhadora 
na Inglaterra, publicado em 1845. 
OPERÁRIOS CONTRA AS MÁQUINAS 
• Os quebra máquinas ou ludistas (1779-1816): 
a máquina é um refém e a destruição dela é um 
meio de pressão (reinvindicações por melhores 
condições de trabalho e cidadania). 
 
CARTA DO POVO (CARTISMO) 
• Anos de 1830 e 1840: comícios e manifestações populares 
reúne proletariado urbano. O Parlamento inglês recusou 
negociar com o grupo  perseguições policiais e a prisão dos 
dirigentes. 
 
Carta do Povo: 
• Fim do voto censitário – voto secreto. 
• Fim do privilégio dos proprietários de terra aos cargos políticos 
eletivos - pagamento aos deputados. 
• Direito de se manifestar. 
• Direitos trabalhistas. 
Vicente Cutanda, Uma greve em Vizcaya, 1892, óleo sobre 
 tela, 275 x 550 cm, Museu do Prado, Espanha. 
Situação do Proletariado Urbano 
• Salários baixos e desemprego. 
• Miséria, fome, doenças. 
• Longas jornadas. 
• Sem direitos de trabalho. 
• “Classes perigosas”. 
• Moradias precárias. 
• Cidades poluídas. 
• O corpo é submetido ao tempo e às exigências da 
máquina. 
• Alienação. 
• Exploração da minoria sobre a maioria. 
 
 
Doutrinas Sociais no s. XIX 
 
• Socialistas utópicos. 
• Socialismo cientifico (Marx, Engels e “Primeira 
Internacional”). 
• Anarquistas (não estado). 
• Doutrinas sociais católicas. 
Socialismo “Utópico” 
• Primeira metade s.XIX. 
• Usar a RAZÃO levaria a uma sociedade justa. 
• A mudança dependia da vontade dos homens. 
• Não seria necessário mudar as bases 
econômicas. 
• Nova sociedade = comunidades autônomas e 
solidárias. 
• Saint-Simon; Fourier; Roberto Owen. 
Falanstério – Fourier 
EUA, XIX 
New Harmony/EUA – R.Owen 
Socialismo Científico 
Karl Marx e Engels: “A História de toda sociedade 
até hoje é a História da luta de classe”, 1848. 
• Pensar o homem em função da sociedade, nunca 
em “estado natural” (visão científica). 
• Questiona o conceito de “direitos naturais”, ombate 
a noção de propriedade privada. 
• Conceitos: Materialismo histórico, alienação, mais-
valia. 
 
Capitalismo e Socialismo 
• Liberdade econômica levará ao progresso e 
felicidade da humanidade. 
• Propriedade privada. 
• Igualdade civil. 
• Acúmulo de capital através de esforço individual. 
• Satisfazendo as necessidades de todos, a 
humanidade atingirá a felicidade. 
• Propriedade coletiva. 
• Igualdade social- garantida pelo Estado operário. 
 
Anarquismo 
• Contra toda forma de PODER: o governo, as 
hierarquias, etc. 
• Pois, para eles, o poder sempre estabelece 
relação desigual. 
Anarquismo 
• O Estado é uma instituição de poder (submete a 
sociedade através de leis e violência). Logo, o 
anar-quismo também é contra o Estado. 
• Valoriza-se o indivíduo: sua autonomia, suas 
diferenças. 
• Proudhon (1809-1865) condena a propriedade 
privada. 
• Bakunin (1814-1876). 
Doutrina social Católica 
• Condena o conflito entre as classes. 
• Reconhece a miséria. 
• A solidariedade e caridade é a solução para as desigualdades 
 
DOCUMENTO: Encíclica Rerum Novarum, papa Leão XIII 1891. 
• “Mas, e isto parece ainda mais grave, o remédio proposto está em 
oposição flagrante com a justiça, porque a propriedade particular e 
pessoal é, para o homem, de direito natural”. 
• “Esta desigualdade, por outro lado, reverte em proveito de todos, tanto 
da sociedade como dos indivíduos; porque a vida social requer um 
organismo muito variado e funções muito diversas”. 
• “Do supérfluo dai esmolas” Lucas, 11,41. 
• “Não luta, mas concórdia das classes”. 
• “Obedecendo aos preceitos do cristianismo, será no amor fraterno que 
a união se operará”. 
II Revolução industrial 
Neocolonialismo 
 
Ford, modelo A, EUA, 1903. 
Contexto Histórico pós 1850 
• 2ª Revolução 
Industrial, expansão 
do capitalismo. 
• Novos países se 
industrializando. 
• Crise de 
superprodução. 
 
Leva à busca 
por: matéria-
prima e 
consumidores 
Imperialismo 
neocolonialismo 
Contexto Histórico pós 1850 
• 2ª Revolução 
Industrial, expansão 
do capitalismo. 
• Novos países se 
industrializando. 
• Crise de 
superprodução. 
 
IGL; BÉLGICA, FRANÇA, 
EUA. 
 
ALEMANHAE ITÁLIA 
(pós unificações) 
 
JAPÃO (Era Meiji) 
Exposições Universais 
“Com que espírito é preciso visitar a 
Exposição? É preciso vê-la com o 
mesmo espírito que presidiu a sua 
organização: é preciso ve ̂-la para se 
instruir e para se divertir. Ela é para 
todo mundo, para todas as idades, 
para os sábios, assim como para os 
menos instruídos, uma incomparável 
‘lição de coisas’. O industrial aí 
encontra os modelos dos quais ele 
sabera ́ aproveitar. O simples 
passante aí toma uma ideia geral e 
suficiente das maravilhas, sempre 
em progresso da indústria moderna.” 
 
Guide Bleu du Figaro eu du Petit 
Journal. Paris. Exposition de 1889, p.5 
 
Exposição Universal 1853, Londres 
O historiador E. Renan afirma que as cúpulas de ferro e vidro, ao 
contrário das de Santa Sofia ou de São Pedro, parecem, “com seu 
caráter efêmero, como uma prodigiosa prodigalidade.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 apud. Benevolo, p.140. BENEVOLO, Leonardo. 
História da arquitetura moderna. São Paulo: Perspectiva, 2001. 
 
O Neocolonialismo 
• Nova colonização. 
• 1884: Conferência de Berlim: Partilha da África. 
– Posteriormente, nações europeias dividiram entre 
si também a Ásia, a Oceania e A. Latina. 
– Principais colonizadores: Inglaterra, França, 
Alema-nha, Bélgica,EUA... 
 
Neocolonialismo (1884-1914) 
Justificativas 
• Motivações capitalistas. 
• Justificativas humanistas: 
– Filantropia. 
– Humanitarismo. 
• Discurso: 
– Darwinismo social > superioridade dos 
brancos. 
– “fardo do homem branco”: A MISSÃO CIVILI-
ZADORA. 
Formas de Exploração 
• Proibição de indústrias nas colônias. 
• Confisco de terras dos nativos. 
• Colônia explorada ao máximo para beneficiar o 
colonizador capitalista. 
• Trabalhos forçados; mão-de-obra barata. 
• Política: dominação direta ou indireta 
(protetorados). 
• Violência física e ideológica. 
 
Neocolonialismo 
Colonizador 
colônia 
Matéria
- prima 
barata 
Produto 
industrializado 
preço alto 
Exemplos de importações - exportações 
País colonizado 
Potência 
imperialista 
Produtos retirados da colônia 
Argélia França Frutas, vinho 
Camarões França Café, cacau, bauxita, banana 
África do Sul Inglaterra Diamantes, lã, milho, cobre, ouro 
Angola Portugal Café, diamantes, ferro 
Indonésia Holanda Borracha, níquel e estanho 
 Colonialismo Neocolonialismo 
Época Séculos XV, XVI Seg. metade XIX 
Colonizadores Por., Esp., Hol., Ing., França 
Fra., Ing., Hol., Bél., Port., Ita., Ale., EUA, 
Japão 
Colonizados América e África África, Ásia, Oceania 
Patrocinadores Burguesia mercantilista Capitalistas industriais e financeiros 
Motivações 
Crescimento da economia, busca de matérias-
primas, mercadorias tropicais para comércio, 
metais, venda de manufaturas, cristianização, 
etc. 
Fontes de energia, matérias-primas, 
novos mercados, crescimento 
demográfico na Europa, “missão 
civilizadora” 
Conseqüências 
Difusão da cultura européia e cristianismo, 
metais na E. Ocidental, mudança do eixo 
comercial, extermínio dos indígenas, novos 
vegetais e animais... 
Europeização, portos, ferrovias, 
comunicação, ampliação do mercado 
consumidor, papel-moeda, expansão da 
agricultura comercial, epidemias, perda 
de identidades locais, movimentos 
nacionalistas... 
A ideologia do Primitivo x Civilizado 
• Século XIX: cientificismo, evolucionismo, progresso, 
conceito de raças inferiores. 
• Charles Darwin: “A origem das espécies” 1858. 
• A “missão civilizatória”, o “fardo do homem branco”. 
• Alteridade = o olhar sobre o outro, o diferente. 
– Pensar: os estereótipos dos africanos, criados no 
século XIX, são persistentes até hoje? (Jan N. 
Pieterse). 
 
Imagens tiradas do livro WHITE ON BLACK 
De Jan Nederveen Pieterse 
 
“ABC for Baby Patriots” 1889 
A is the Army 
That dies for the Queen 
It’s the very best Army 
That ever was seen 
B stands for Battles 
By which England’s name 
Has for ever been covered 
C is for Colonies 
Rightly we boast, 
That of all the great nations 
Great Britain has most 
A aproximação do negro ao animalesco, o mito do Tarzan. 
Luke, the baboon boy, 1940 
Propagandas de produtos vendidos para europeus. 
Independências na África 
anos 1960-90

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