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Atividade Estruturada Cardiologia 1

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Centro Universitário Estácio de Belo Horizonte
Fisioterapia Cardiovascular - 
Atividade Estruturada
Belo Horizonte
 
Rev Bras Cir Cardiovasc 2007; 22(3): 297-302
Influência da prática da atividade física no resultado da cirurgia de revascularização miocárdica.
A atividade física é um fator importante na prevenção primária e secundária, bem como no tratamento das várias doenças cardiovasculares. A inatividade física tem sido considerada um fator de risco importante das doenças cardiovasculares. de risco importante das doenças
cardiovasculares . Estudos têm demonstrado que pacientes com doenças cardíacas, que participam de
programas de treinamento físico regular, e que recebem orientação sobre controle dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, apresentam menor número de eventos pós-operatórios e de reinternações hospitalares, além de redução da mortalidade.
Em 1986, Shephard realizou uma revisão abrangente destes estudos observacionais envolvendo atividade física e doenças cardiovasculares. A grande maioria deles revelou uma menor taxa de DAC e mortalidade por todas as causas, específica para idade nos grupos mais ativos. Na maioria dos casos, registrou-se um risco duas a três vezes maior associado a um estilo de vida sedentário.
A atividade física tem sido incorporada como uma conduta terapêutica no tratamento do paciente portador de cardiopatia, associado ao tratamento medicamentoso e às modificações de hábitos alimentares e comportamentais.
Foi confirmado o efeito benéfico da reabilitação cardíaca independente do diagnóstico da doença arterial coronariana, do tipo de reabilitação e da dose de intervenção do exercício. Foi ainda evidenciado que programas baseados no treinamento físico reduzem a mortalidade cardíaca.
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da prática da atividade física no prognóstico de pacientes submetidos à CRM e a modificação do hábito da frequência da prática da atividade física dos pacientes
submetidos à CRM.
Em uma série de casos, todos os pacientes submetidos à CRM, num hospital de referência cardiológica, no período de agosto a setembro de 2005, que tinham condições de responder ao questionário estruturado foram convidados a ingressar no estudo. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética de pesquisa do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul.
A atividade física foi avaliada por meio de um questionário recordatório dos 12 meses anteriores à cirurgia, o nível de prática foi classificado pelo gasto energético em equivalente metabólico.
Grupo 1 (sedentários): Aqueles que não praticavam atividade física ou praticavam atividade física leve 
Grupo 2 (atividade moderada): Aqueles que praticavam atividade física por um tempo < 30 minutos, com frequência de duas vezes por semana com gasto energético .
Grupo 3 (fisicamente ativos): Aqueles que praticavam atividade física por um tempo maior do que 30 minutos, com frequência de três vezes por semana .Sessenta e três pacientes foram submetidos a CRM, dos quais oito foram a óbito no período pós-operatório de um ano. As características dos 55 pacientes, que consentiram em participar do estudo, distribuídas pela frequência da prática da atividade física. As complicações observadas no pós-operatório foram fibrilação atrial, reinternação por qualquer causa, nova CRM ou realização de angioplastia coronariana transluminal percutânea, infarto do miocárdio. Os pacientes submetidos a CRM apresentaram uma modificação favorável do hábito da prática da atividade física no pós-operatório. Esse estudo mostrou um benefício da prática da atividade física pré-operatória, nos pacientes submetidos à CRM, influenciando favoravelmente o prognóstico cirúrgico. Concomitantemente, observou-se um efeito positivo da cirurgia cardíaca na promoção de hábitos de vida saudáveis em relação à prática da atividade física que passou a ser realizada mais frequentemente depois da cirurgia. O melhor desempenho do grupo de pacientes ativos no pós-operatório de CRM foi caracterizado por um período de internação mais curto e menor número de complicações pós-operatórias.
A atividade física aumenta a capacidade funcional e reduz a demanda de oxigênio pelo miocárdio, diminui a pressão sistólica e diastólica, aumenta a performance física, o limiar da angina em pacientes com DAC sintomáticos e melhora a perfusão miocárdica. Os dados obtidos mostraram que quatro semanas de treinamento reverteram parcialmente a disfunção endotelial no conduto de vasos coronários de humanos com DAC. A força de relação entre a mudança no pico da velocidade média do fluxo sanguíneo e a duração diária de treinamento sugeriu que a melhora da função endotelial está estreitamente ligada à energia empregada durante a atividade física.
Concluímos assim, que a prática de atividade física na fase pós-operatória da cirurgia de revascularização miocárdica influencia, favoravelmente, o prognóstico dos pacientes operados, diminuindo o tempo de internação e complicações no período de um ano. A cirurgia muda o hábito de vida dos pacientes aumentando a prática de atividade física. 
 
Critica: No presente estudo , foi verificado uma excelente melhora no habito de vida após exercícios físicos após um ano da cirurgia. Na atividade estruturada acompanhamos o paciente Jose Rodrigues , que foi realizado treinamento funcional na esteira ergométrica por 20 minutos durante 2x por semana ,aonde o mesmo teve uma excelente melhora na escala de borg pois após completar os 20 minutos na esteira ele ainda relata esta ‘’levemente cansado, ou seja teve um aumento na capacidade funcional do paciente, consequentemente tendo um melhor habito de vida.
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Vol 15 — No 2 — Março/Abril de 2005 
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO PARA PORTADORES DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES QUE FAZEM USO DE BETABLOQUEADORES.
Estudos demonstram que a prática regular de exercício físico aeróbio está associada à redução significante da morbidade e da mortalidade cardiovasculares.
O exercício físico tem sido utilizado como coadjuvante ao tratamento farmacológico em pacientes com doenças cardiovasculares. Deve-se tomar bastante cuidado quanto a intensidade, duração e frequência do exercício físico porque esses indivíduos, na maior parte das vezes, apresentam capacidade funcional reduzida e anormalidades eletrocardiográficas, o que os torna mais suscetíveis a intercorrências cardiovasculares durante a realização do exercício físico. Por isso, avaliações pré-teste de esforço, como a anamnese, são imprescindíveis, pois permitem avaliar o histórico familiar e doenças pregressas.
Como a prescrição do exercício físico é realizada tomando-se como indicador de intensidade do treino a frequência cardíaca, cabe à equipe multidisciplinar, principalmente ao médico cardiologista, averiguar se o indivíduo, ao iniciar um programa de condicionamento físico, faz uso de medicamentos que modifiquem os valores de frequência cardíaca, tanto em repouso como durante a realização do exercício físico. O uso desses medicamentos modificará sensivelmente a prescrição do exercício físico.
Alguns cuidados devem ser tomados antes do teste de esforço, é importante a realização da anamnese, que permite ao profissional conhecer o histórico médico do avaliado. O histórico médico deve conter informações tais como
qualquer tipo de problema clínico, sintomas, medicamentos utilizados ou informações referentes a testes realizados anteriormente. Além disso, informações como o histórico de atividade física pregressa e o histórico familiar para doenças cardiovasculares e metabólicas devem fazer parte das informações obtidas na anamnese.
É indicado também, repouso algumas horas antes do teste, ressaltando a necessidade de não interromper a medicação quando o teste tem como objetivo a prescrição de exercício físico. Os testes de tolerância ao esforço têm por objetivo avaliar a condição física do indivíduo, assimcomo possíveis anormalidades cardiovasculares detectáveis durante o esforço físico. Esses testes podem ser ergométricos ou ergoespirométricos. O teste ergométrico informam a frequência cardíaca e alterações no ritmo cardíaco do individuo durantes o esforço. Já no teste ergoespirométrico é obtida a análise metabólica, como o consumo de oxigênio e a produção de gás carbônico que nos auxiliam na detecção dos limiares ventilatórios usados para determinação da intensidade do exercício físico a ser realizado.
Os testes de tolerância ao esforço são realizados em dois ergômetros: bicicleta ergométrica ou na esteira rolante. O fato de o teste realizado na bicicleta enfatizar principalmente membros inferiores permite que o registro tanto eletrocardiográfico como de pressão arterial seja facilitado, por diminuir as interferências provocadas pelos movimentos dos membros superiores; por outro lado, subestima a capacidade cardiorrespiratória por causar fadiga periférica precoce. A esteira rolante como ergômetro, por sua vez, apresenta a vantagem da especificidade da prática do exercício físico, na medida em que geralmente a modalidade prescrita para exercício físico em programas de reabilitação e condicionamento físico é a caminhada ou a corrida. Os critérios de interrupção de teste de esforço no teste ergométrico como no teste ergoespirométrico é importante avaliar durante o teste o nível de fadiga e dispnéia do paciente avaliado. Um critério importante de interrupção do esforço é o platô, tanto de frequência cardíaca como de consumo de oxigênio. A presença do platô durante o teste indica que o indivíduo avaliado atingiu o pico de esforço. E sinais clínicos com como dispnéia, fadiga excessiva, dores, pressão arterial elevada, assim como angina do peito ou isquemia miocárdica, representa aumento do risco ao indivíduo que está realizando o teste. Por isso, tais critérios são importantes variáveis para determinar a paralisação do teste, critérios estes que cabem à interpretação médica. A frequência cardíaca apresenta relação linear com o aumento da intensidade do exercício físico. Para uma prescrição de exercício eficaz, faz-se necessária a utilização da frequência cardíaca obtida no teste ergométrico, a partir da qual obtém-se a frequência cardíaca máxima de cada indivíduo, que, muitas vezes, pode ser superior ou inferior à predita para a idade. Além disso, em casos de testes positivos (como, por exemplo, isquemia) a frequência a ser utilizada como máxima para prescrição deve ser a de positivação do teste. Por isso, o teste de esforço é altamente recomendável e indispensável para portadores de doenças cardiovasculares.
Para indivíduos portadores de doença cardiovascular são indicadas sessões com duração de 30 a 60 minutos e com frequência de três a cinco vezes por semana para que se otimizem os benefícios cardiovasculares ao longo do período de condicionamento físico. Os betabloqueadores, por meio do bloqueio dos receptores beta-adrenérgicos, reduzem a frequência cardíaca e são bastante utilizados no tratamento da hipertensão arterial, pois, ao diminuírem a frequência cardíaca, reduzem o débito cardíaco e controlam os níveis pressóricos. Pode-se afirmar, portanto, que o conhecimento dos mecanismos deletérios que envolvem a estimulação adrenérgica no coração favorece o conceito de que o bloqueio do sistema adrenérgico pelos betabloqueadores poderia melhorar o prognóstico das cardiopatias, prevenindo sua evolução por meio de vários mecanismos, como, por exemplo, menor consumo de oxigênio pelo miocárdio, melhora da função diastólica, aumento do fluxo coronariano e redução de isquemia, arritmias ventriculares e morte súbita. O fato dos betabloqueadores serem bastante utilizados para o tratamento de diversas cardiopatias, a prescrição do exercício físico para os usuários desses medicamentos deve ser feita sempre com muita cautela. Como a prescrição da intensidade do exercício físico utilizada em programas de prevenção e reabilitação cardíacas baseia-se principalmente na frequência cardíaca como indicador de intensidade de esforço, deve-se ter maior cuidado com usuários de betabloqueadores, pois estes atuam diretamente na frequência cardíaca, ou seja, a frequência cardíaca máxima em um teste ergométrico e a frequência cardíaca de repouso de usuários de betabloqueadores estão sempre diminuídas. Além disso, a competência cronotrópica durante o exercício físico também está diminuída.
Logo, podemos concluir que a prescrição de treinamento para portadores de doenças cardiovasculares não é tão simples e que para uma prescrição eficaz é necessário uma boa anamnese, determinação correta do ergômetro e teste a ser realizado. É também bastante importante a realização do teste de esforço sob o uso dos betabloqueadores.
Critica: No presente artigo foi citado a importância do teste de esforço e da anamnese para a eficácia do tratamento com paciente , com o paciente José Rodrigues foi realizado uma anamnese e um teste de caminhada, que é um teste de esforço sub máximo, e calculado a FCMax de treinamento, e depois calculado a porcentagem sobre o uso dos betabloqueadores , para sabermos ate onde podemos ir com paciente , sem gerar nenhuma complicação e podemos quantificar nossa melhora , no treinamento funcional na esteira. 
Rev Bras Cardiol. 2010;23(2):101-110 março/abril
Avaliação dos Efeitos da Reabilitação Cardíaca em Pacientes Pós-Infarto do Miocárdio.
No Brasil, a doença arterial coronariana é a segunda causa de óbito, perdendo apenas para a doença vascular cerebral. As ações em cardiologia preventiva são baseadas na
prevalência e nas taxas de mortalidade das síndromes coronarianas agudas. A diminuição do ônus da doença arterial coronariana, particularmente do IAM, poderia ser iniciada pela redução dos fatores de risco que, comprovada e independentemente, estejam associados com sua ocorrência. Uma das principais estratégias na abordagem da cardiopatia isquêmica, em especial após infarto agudo do miocárdio, é o programa de reabilitação cardíaca, definido como o somatório das atividades necessárias para garantir aos pacientes portadores de cardiopatia as melhores condições físicas, mentais e sociais, de forma que consigam, por seu próprio esforço,
reconquistar uma posição normal na comunidade e levar uma vida ativa e produtiva.
O diagnóstico principal da amostra foi infarto agudo do miocárdio por doença coronariana obstrutiva definida por cateterismo cardíaco A prescrição do exercício foi individual, com frequência de três vezes por semana e duração de 90 minutos por sessão. A intensidade de esforço foi determinada pelo limiar ventilatório obtido através do teste de exercício cardiorrespiratório com protocolo de rampa; a frequência cardíaca mínima de treinamento foi definida como a obtida 5% abaixo do limiar ventilatório. As sessões de exercício foram divididas em quatro etapas: exercícios aeróbios em esteira rolante , bicicleta ergométrica de frenagem elétrica - duração de 20 minutos a 40 minutos por sessão; exercícios de força prescritos e supervisionados pela equipe de professores de educação física após avaliação corporal; exercícios de flexibilidade; e exercícios de alongamento. A coleta de gases expirados foi feita por sistema aberto, utilizando-se um bocal de silicone, mantendo-se as narinas ocluídas com clipe nasal, e também uma escala visual de percepção do cansaço no sentido de o paciente expressar seu nível de cansaço muscular ou respiratório e o momento para a interrupção do esforço. Avaliações psicológicas e nutricionais foram realizadas antes da participação no programa e a cada 60 dias durante a permanência no programa, objetivando controle ponderal, melhora do perfil bioquímico, reeducação nutricional e suporte psicológico Para verificar a existência de variação significativa nos parâmetros do teste de exercício cardiorrespiratório e nas medidas laboratoriais de pré para pós-reabilitação, aplicou-se o teste t de Student pareado.
Foram selecionados e avaliados 37 pacientes com médiade idade de 56 anos, A capacidade funcional medida diretamente através do teste de exercício cardiorrespiratório mostrou um aumento de 14,3% no VO2. A frequência cardíaca (FC) foi analisada em quatro momentos do teste de exercício cardiorrespiratório: repouso, exercício submáximo, exercício máximo e recuperação. Observou-se uma elevação de 4,5% na FC de pico pré e pós-programa de reabilitação. A pressão arterial sistólica sugerindo melhora do desempenho cardíaco. A pressão arterial diastólica não se modificou. A ventilação máxima pré e pós-participação ao programa de reabilitação cardíaca, aumentou em 18,4%, demonstrando melhora na eficiência ventilatória.
A implantação de programas de reabilitação cardíaca na abordagem de pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio está bem estabelecida em vários trabalhos científicos, assim como sua influência positiva sobre a redução da mortalidade. Efeitos agudos de exercício físico regular e as adaptações crônicas observadas em médio prazo são de grande importância na manutenção da saúde dessa população, atuando de forma favorável sobre os fatores de risco: hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes, obesidade, sedentarismo, insegurança e depressão. A reabilitação cardíaca é fundamental para mudanças no estilo de vida e evitam novos eventos cardiovasculares. O VO2 pico é especialmente eficaz na avaliação da capacidade funcional quando associado à medida do metabolismo anaeróbio15 obtido através do teste de exercício cardiorrespiratório, estratégia adotada neste estudo. O exercício físico representa um estímulo importante para o sistema respiratório e o transporte de oxigênio, requerendo uma interação deles para suportar o aumento da demanda metabólica e de trocas gasosas. A prescrição dos exercícios deve ser cercada dos mesmos cuidados que tem a prescrição de medicamentos. É necessário que a prescrição contenha a dose eficaz do estímulo sem desencadear efeitos colaterais significativos. A utilização de uma escala de percepção subjetiva do cansaço é também um modo de se prescrever a intensidade de exercício, existindo boas correlações entre a sensação subjetiva e as variáveis fisiológicas, como a frequência cardíaca.
Durante a realização de exercícios gradativamente crescentes, o metabolismo humano produz energia predominantemente aeróbia até um certo momento, a partir do qual começa a haver aumento do lactato sanguíneo conhecido como limiar anaeróbio. Esse momento pode ser identificado de forma direta através de amostras seriadas de sangue (gasometria arterial). As limitações desse estudo foi o limiar anaeróbio representa o maior consumo de oxigênio atingido sem acidose láctica sustentada, podendo ser determinado em teste de esforço com carga crescente através da coleta de sangue (gasometria arterial) com a dosagem de lactato. O nível de consumo de oxigênio imediatamente antes do início do acúmulo de lactato é chamado limiar de lactato quando determinado por esse método.
Logo, podemos concluir que a reabilitação pós infarto do miocárdio (IAM) é benéfica submetidos na fase aguda à revascularização miocárdica. Os pacientes tiveram um aumento no VO2 de Pico, evoluindo a classe funcional de 2 para 1, também obtivemos aumento no pulso de oxigênio e ventilação máxima obtidos pelo pico do exercício.
 A análise dos parâmetros bioquímicos demonstraram um efeito favorável do programa de reabilitação representado por uma redução no colesterol total, LDL-colesterol e níveis séricos de glicose; e aumento da fração HDL-colesterol.
Critica: No presente artigo citado uma melhora no VO2 de pico , no paciente Jose Rodrigues no treinamento funcional na esteira ele começava com a velocidade 3.9 na esteira, após uma melhora no condicionamento físico e consequentemente no V02 de pico , ele passou a começar da velocidade 4.5 na esteira ergométrica , ou seja o limiar de lactato dele subiu.
Arq Bras Cardiol 2010; 95(3) : 399-404 
Aptidão Cardiorrespiratória e Qualidade de Vida Pós-Infarto em Diferentes Intensidades de Exercício.
Indivíduos que sofreram infarto agudo do miocárdio (IAM) apresentam déficits de condições fisiológicas, sociais e baixa qualidade de vida.
A reabilitação cardíaca é um conjunto de medidas profiláticas e terapêuticas que visam a reduzir o impacto físico e psicossocial das condições limitantes do indivíduo. Objetiva aumentar a capacidade funcional, melhorar a Qualidade de Vida e o prognóstico e, se possível, regredir o desenvolvimento da doença arterial coronária.
Na Reabilitação Cardíaca, pode-se observar uma redução de 20% da mortalidade em geral e de 26% da mortalidade em relação a transtornos cardíacos após dois a cinco anos do evento cardíaco.
O exercício aeróbio, reconhecido como importante ferramenta na Reabilitação Cardíaca, além de ter um baixo custo, reduz os fatores de risco para a doença arterial coronariana e, consequentemente, melhora a qualidade de vida do indivíduo, além da aptidão cardiorrespiratória, um dos parâmetros cardiovasculares mais importantes na determinação do prognóstico em pacientes coronariopatas. Tanto a capacidade funcional (VO2 pico) como a avaliação da percepção da qualidade de vida têm se mostrado importantes na definição da estratégia de tratamento e do prognóstico da doença arterial coronariana.
o objetivo deste estudo foi comparar o efeito de diferentes intensidades de exercício aeróbio sobre VO2 pico e a qualidade de vida em pacientes pós-IAM. Trata-se de um estudo prospectivo no qual inicialmente foram avaliados pacientes residentes na grande Florianópolis que sofreram IAM nos últimos 12 meses. Os 98 pacientes selecionados atendiam aos critérios de inclusão: adultos (18 anos ou mais), sexo masculino, sedentários por 12 meses ou mais, IAM prévio nos últimos 12 meses, sendo distribuídos em três grupos. Os sujeitos realizaram um teste cardiopulmonar em esteira ergométrica Utilizou-se o protocolo de Ellestad de cargas múltiplas e escalonado, indicado para provas diagnósticas e de avaliação funcional. Esse protocolo é composto por seis estágios, iniciando com uma velocidade de 1,7 milhas por hora e inclinação de 10%, com duração de três minutos, com posterior incremento de carga na ordem de dois equivalentes metabólicos por estágio, até finalizar com velocidade de 6,0 milhas por hora e 15% de inclinação. As medidas antropométricas utilizadas foram a estatura (cm), mensurada por meio de um estadiômetro, a frequência cardíaca foi mensurada durante todas as sessões de exercício por meio de cardiofrequencímetro. Os grupos foram distribuídos em um programa de exercício aeróbio de alta intensidade, de moderada intensidade e controle. Para o programa de exercício aeróbio de aIta intensidade, os pacientes realizaram exercício a uma frequência cardíaca em torno de 85% da FC máx. atingida no teste de esforço, enquanto o programa de moderada intensidade foi realizado a uma frequência cardíaca em torno de 75% da FC máx. Os pacientes exercitaram-se cinco vezes por semana, 45 minutos por sessão de exercícios aeróbios, seguidos de 15 minutos de exercícios de alongamento e de resistência muscular. Os pacientes do grupo controle seguiram sem se exercitar. Os três grupos foram orientados para manter a dieta usual.
Em relação às características antropométricas o IMC revelou que os grupos de moderada intensidade e apresentam sobrepeso , e o grupo de alta intensidade obesidade de acordo com a classificação da OMS. A relação cintura-quadril ainda mostrou-se acima dos valores de referência e assim ficando em risco a amostra. Verificou-se que a prática de exercícios independente da intensidade proporciona melhoras na qualidade de vida do paciente no grupo controle, mas já comparando o de alta intensidade e moderada intensidade influenciou bastante a melhora. 
Estudos que relacionam exercícios físicos e saúde têm contribuído para a compreensão da influência de hábitos sedentários na incidência de doenças cardiovasculares. O presente trabalho mostrou que pacientes submetidos a exercício aeróbio de altaintensidade têm aptidão cardiorrespiratória e qualidade de vida superiores àqueles que se exercitaram em moderada intensidade e àqueles sedentários. Parece que o exercício físico aeróbio de alta intensidade melhora a função endotelial e a circulação coronária associada à aterosclerose coronária não estenótica e que a provável causa seria o recrutamento de vasos colaterais e o possível aumento do fluxo sanguíneo nas áreas isquêmica do miocárdio.
Após oito semanas de prática de exercício aeróbio, duas vezes por semana, a 65% da FC máx., houve o retorno do paciente à vida produtiva, a melhora do estado emocional, a redução da ansiedade e a tolerância ao exercício, quando comparado ao grupo controle Outro estudo demonstrou que oito semanas de exercícios físicos em pacientes pós-IAM, com intensidade de 70 a 85% da FC máx., melhorou a percepção subjetiva da qualidade de vida e a tolerância ao esforço em todas as faixas etárias.
Logo, podemos concluir que ouve uma melhora na capacidade funcional e da qualidade de vida. E é melhor quando há prescrição de exercícios com maior intensidade. E já para melhorar a qualidade de vida não precisa de uma intensidade certa. 
Critica: No presente artigo , foi citado uma grande melhora na qualidade de vida e na capacidade funcional. No Paciente José Rodrigues tivemos uma grande melhora na qualidade de vida, pois foi relatado pelo mesmo uma melhora no condicionamento físico , após o uso da esteira e fortalecimento de tríceps sural , e paciente relatou que não tem mais dificuldades para efetuar a marcha .
Arq Bras Cardiol. 2016; 106 (4):311-318
Exercício Aeróbio após Infarto do Miocárdio: Remodelamento Avaliado por Ressonância Magnética Cardíaca.
Os benefícios da prática de exercício no aumento da capacidade aeróbia, assim como em outras alterações hemodinâmicas, acham-se bem documentados. Entretanto, os efeitos do exercício na função miocárdica e no remodelamento VE após IM ainda são controversos. Alguns estudos sugeriram que o exercício após IM deteriora ainda mais a função cardíaca devido ao estresse adicional na área infartada, à expansão do infarto, à formação de aneurisma e à redução da fração de ejeção. O remodelamento ventricular esquerdo após infarto do miocárdio (IM) é um processo complexo e multifatorial com implicações prognósticas e terapêuticas.
Este estudo visou a avaliar os efeitos do exercício aeróbio de intensidade moderada, realizado por pacientes após IAM, na função cardíaca através de ressonância magnética cardíaca, uma técnica padrão-ouro bem reconhecida para a quantificação de volume e massa miocárdica ventriculares.
Para a inclusão foram selecionados pacientes do sexo masculino e todos apresentaram IAM, e os pacientes tinham que estar estáveis do ponto de vista clínico, em ritmo sinusal e não ter sido previamente incluídos em programa de reabilitação cardíaca. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética local.
Foi realizada uma avaliação funcional e após 3 meses de exercício aeróbio, incluindo frequência cardíaca (FC) de repouso, teste de esforço e RMC. A FC de repouso foi obtida a cada batimento, usando-se uma derivação de eletrocardiograma modificada. Os voluntários permaneceram em repouso na posição supina por 15 minutos e na posição sentada por 8 minutos. Foram orientados a manter a postura relaxada, sem mexer braços nem pernas, e sem falar ou dormir. Os pacientes foram submetidos ao teste de esforço na esteira. Foi utilizado também o protocolo de Balke modificado, com incrementos na velocidade e na inclinação da esteira a cada minuto, selecionados conforme a capacidade física esperada para cada paciente. E na ressonância magnética todas as imagens foram obtidas usando-se uma unidade 1.5T. 
O treinamento aeróbio foi prescrito com base na FC de pico ou FC no limiar isquêmico obtido durante o teste de esforço. A intensidade do exercício foi determinada a 50%70% da FC reserva (equação de Karvonen). Os pacientes do GT participaram de uma sessão supervisionada em esteira de 30 minutos, duas vezes por semana, pela manhã, por pelo menos 3 meses. Cada sessão foi precedida por um aquecimento de 5 minutos e seguida por período de 5 minutos de recuperação.
Durante cada sessão, foram registradas intensidade do exercício (velocidade e inclinação da esteira), FC, pressão arterial e classificação do esforço BORG. Este estudo arrolou 26 pacientes do sexo masculino (52,9 ± 7,9 anos) que atenderam aos critérios . Não houve diferença estatisticamente significativa na condição basal entre os grupos quanto à FC de repouso, que, no GT, mostrou uma redução na posição sentada de 62,4 ± 9,1 para 55,1 ± 5,9 bpm (p < 0,0001) e, na posição supina, de 61,6 ± 9,7 para 54,3 ± 6,5 bpm (p < 0,0001). No GC, nenhum participante teve dor torácica no teste de esforço na condição basal, mas, no segundo teste, essa foi a razão de interrupção para um participante. No teste de esforço não houve diferença entre eles quanto à FC máxima ou à pressão arterial sistólica na condição basal.No final do protocolo de treinamento, observou-se, no GT, um aumento estatisticamente significativo na carga máxima da esteira, expressa pelos valores de velocidade e inclinação.
O presente artigo mostrou que o treinamento aeróbio determinou remodelamento VE positivo, como avaliado por RMC, e modificação dos fatores de risco cardiovascular em uma amostra de indivíduos do sexo masculino após o primeiro IM agudo. Houve aumento significativo no consumo de oxigênio de pico no GT. Esse aumento foi associado a um aumento na força de pico durante o exercício, como mostrado pelos valores maiores de velocidade e inclinação na esteira alcançados após o período de treinamento.
Alguns estudos documentaram um aumento no consumo de oxigênio de pico, de 10% para 46%, após IM em pacientes submetidos a programa de reabilitação cardíaca, sendo que esse aumento foi de acordo com a intensidade do treinamento. O tratamento de pacientes após IAM tem por objetivo o controle ou a inibição do remodelamento cardíaco. A MVE diminuiu no GT e aumentou discretamente no GC. Como as características de IM foram semelhantes nos dois grupos, parece razoável levantar a hipótese de que esse padrão oposto deva-se à intervenção de exercício aeróbio.
Há evidência de que os benefícios do exercício na função e no remodelamento cardíacos após IAM sejam devidos a mecanismos como a melhora da função endotelial, redução da resistência vascular sistêmica, redução da précarga, redução da FC e da pressão arterial no repouso e nas cargas submáximas, e redução do estresse na parede VE.
Logo, podemos concluir que este estudo mostrou os benefícios do treinamento aeróbio na capacidade funcional e na função cardíaca dos pacientes após IAM, e o remodelamento positivo no GT, como indicado pelo aumento no tamanho diastólico VE associado com uma redução na MVE. Tudo foi obtido com treinamento aeróbio de intensidade moderada, que foi efetivo para melhorar o consumo de oxigênio de pico e diminuiu os fatores de risco.
Critica: No presente artigo, foi citado uma excelente melhora no consumo de oxigênio de pico diminuindo os fatores de risco. No paciente José Rodrigues uma das queixas principais dele eram a sensação de cansaço nos mínimos esforços, após treinamento funcional na esteira ergométrica por 20 minutos durante 2x na semana , ele relatou uma excelente melhora na qualidade vida , condicionamento físico, e na escala de borg tivemos uma grande melhora, pois ao chegar nos 20 minutos ele ainda esta se sentindo levemente cansado .
Rev Bras Cir Cardiovasc 2010; 25(2): 224-228
Alterações na capacidade funcional de pacientes após dois anos da cirurgia de revascularização do miocárdio.
A cirurgia de revascularização miocárdica pode diminuir os sintomas, melhorar a função cardíaca e diminuir a recorrência de eventos adversos cardíacos maiores em subgrupos selecionados de pacientes. Estudos sugerem que prática da atividade física é benéfica, tanto na prevenção quanto no tratamento dos pacientes portadores de cardiopatiaisquêmica, devendo ser recomendada para aqueles submetidos à Cirurgia de revascularização do miocárdio. Então, a manutenção da prática da atividade física nos pacientes operados deve ser preconizada. Um ensaio clínico controlado avaliou a reabilitação cardiopulmonar em pacientes de CRM composta por exercícios musculares e ventilatórios, além de educação no pré-operatório, por no mínimo 5 dias, e pós-operatório até a alta hospitalar. Foi observada expressiva redução nas complicações pulmonares, significativa diferença na incidência de arritmias cardíacas, além de melhora da capacidade funcional medida no sétimo dia do pós-operatório por meio do teste de caminhada de seis minutos.
O objetivo foi verificar as alterações na capacidade funcional dos pacientes, classificados em ativos e sedentários, que se submetem a CRM por meio do TC6 no seguimento de dois anos.
Foram incluídos no estudo pacientes referidos para CRM de forma eletiva, em condição clínica estável no momento da avaliação pré-operatória realizada pela equipe responsável em cada Instituição. O estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética e Comitê Científico do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Os pacientes foram divididos em dois grupos, conforme a prática de atividade física no tempo livre: grupo I - pacientes ativos que realizavam atividades físicas no tempo livre por três ou mais vezes por semana e por 30 minutos ou mais nas últimas duas semanas antes da cirurgia e grupo II, sedentários. Para dar maior consistência a essa classificação, foi aplicado o questionário de atividade física habitual de Baecke, que investiga a atividade física habitual dos últimos 12 meses. Foram acompanhados 179 pacientes no período de 2 anos. Cinquenta e sete pacientes passaram a fazer atividade física após dois anos da CRM. A distância caminhada no pré-operatório e no seguimento de dois anos dos pacientes que se mantiveram ativos e dos que se mantiveram sedentários ambos apresentaram aumento significativo na distância caminhada no período avaliado. Já os pacientes que passaram de ativos no pré-operatório para sedentários no seguimento de dois anos não apresentaram diferença na distância caminhada. No entanto, no mesmo período, os pacientes que passaram de sedentários para ativos apresentaram diferença significativa na distância caminhada.
O estudo mostra que em uma população de pacientes submetidos à CRM, os que se mantiveram ativos no período de dois anos e os pacientes que passaram de sedentários para ativos melhoraram sua capacidade funcional.
Tradicionalmente, a tolerância ao exercício físico tem sido utilizada como um indicador global da capacidade física. Também tem sido demonstrado que intolerância ao exercício físico prediz pior capacidade de executar tarefas de vida diária. Além disso, o exercício físico regular produz uma variedade de efeitos favoráveis sobre a saúde, como aumento da longevidade, diminuição da mortalidade e da incidência de desordens metabólicas.
Hirschhorn et al. avaliaram 93 pacientes que foram randomizados para três grupos. Dentre os resultados apresentados, apenas os grupos que realizaram caminhadas com ou sem exercícios respiratórios, aumentaram o desempenho na distância do TC6 no momento da alta hospitalar. Já Herdy et al. avaliaram a reabilitação cardiopulmonar composta por exercícios musculares e ventilatórios, além de educação no pré- operatório por no mínimo 5 dias e, pós-operatório, até a alta hospitalar. Como resultado, os autores puderam observar expressiva redução nas complicações pulmonares, uma significativa diferença na incidência de arritmias cardíacas, além de melhora da capacidade funcional medida no sétimo dia do pós-operatório com a utilização do TC6.
Logo concluímos que pacientes ativos no pós operatório melhoraram a capacidade funcional e caminhada. Mas os pacientes que pararam de fazer atividade física não tiveram mudanças. A caminhada é uma boa indicação para pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio.
Critica: No presente artigo, foi citado uma grande melhora na capacidade funcional e na caminhada. No paciente José Rodrigues foi realizado fortalecimento de tríceps sural 3x max de repetições associado com treinamento funcional na esteira ergométrica durante 20 mim 2x na semana, ele relatou não sentir mais dificuldades ao caminhar pois ele sentia muita queimação na músculo tríceps sural ao realizar a marcha, consequentemente dando uma melhora significativa na qualidade de vida e nas atividades de vida diária.
Relatório da aula pratica
Artigo: Índice tornozelo-braquial no diagnóstico da doença aterosclerótica carotídea Ankle-brachial index in the diagnosis of carotid atherosclerotic disease Luiz Tadeu Giollo Júnior, José Fernando Vilela Martin.
Resumo:
ATEROSCLEROSE
 	A aterosclerose é uma doença sistêmica, com substrato genético, que tem seu início na adolescência e que pode ser agravada por fatores de risco, os quais têm grande influência sobre a progressão da placa aterosclerótica. É responsável por altos índices de morbidade e mortalidade em todo o mundo, apresenta se como uma das principais causas para o desenvolvimento de doença arterial coronariana (DAC) e cerebrovascular. A detecção precoce da formação da placa aterosclerótica pode significar um grande avanço e um ótimo prognóstico na terapêutica cardiológica.
ÍNDICE TORNOZELO-BRAQUIAL 
Métodos de diagnóstico precoce são úteis na detecção do processo aterosclerótico, sendo o índice tornozelo-braquial (ITB) um bom instrumento para essa finalidade. O ITB representa a razão entre a pressão arterial sistólica do tornozelo e do braço. O cálculo do ITB é realizado pela relação da maior pressão arterial sistólica da artéria tibial posterior e da artéria dorsal do pé com obtenção nos dois membros ou em apenas um.
DOENÇA ATEROSCLERÓTICA CAROTÍDEA
A doença carotídea se mostra de suma importância no prognóstico de doenças cardiovasculares, pode estimar o grau de evolução aterosclerótica sistêmica de acordo com a espessura íntimamédia. Essas características ditam o prognóstico futuro de embolização e de complicações; além disso, com as estimativas de velocidade de fluxo, auxiliam na quantificação funcional da estenose.
QUAL A RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE TORNOZELOBRAQUIAL E A DOENÇA ATEROSCLERÓTICA CARÓTIDEA? 
Grandes estudos demonstraram em todo o mundo que o ITB é considerado uma ferramenta não invasiva eficaz no diagnóstico de doença aterosclerótica carotídea, por causa de sua capacidade em detectar variações de fluxo no circuito arterial, ocasionadas por estenoses. Constituem em fortes preditores de doença aterosclerótica difusa e demonstram a presença de enrijecimento arterial em virtude da calcificação da camada média e, consequente, rigidez da parede vascular.
Geralmente, essa situação ocorre em indivíduos com alto risco cardiovascular; tabagismo, dislipidemia, diabetes mellitus, idade avançada e hipertensão arterial são preditores do desenvolvimento da doença. Para o diagnóstico das alterações anatomopatológicas relacionadas à doença aterosclerótica carotídea, considera-se normal a espessura de 0,80 mm na íntima-média da carótida comum pré-bifurcação. Valores entre 0,90 e 1,40 mm são considerados como espessamento. Quando a espessura ultrapassar 1,40 mm, a presença de placa ateromatosa se torna bastante evidente. A íntima relação entre alteração anatomopatológica e valores anormais de ITB favorece a detecção precoce dessa afecção, minimizando as complicações cardiovasculares e cerebrovasculares e, consequentemente, reduzindo os índices de morbidade e mortalidade na população.

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