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POLUENTES ATMOSFÉRICOS TOXICOLOGIA AMBIENTAL TOXICOLOGIA AMBIENTAL Na atmosfera são encontrados elementos que suprem os organismos com os gases fundamentais: dióxido de carbono (CO2) e oxigênio (O2). - Ela é constituída por gases - microorganismos - grãos de pólen e esporos - propágulos - produtos voláteis das plantas - POLUENTES TÓXICOS -nitrogênio – 78%, -oxigênio – 21%, -argônio – 0,07% - dióxido de carbono – 0,03% -vapor d’água e sal marinho TOXICOLOGIA AMBIENTAL - ATMOSFÉRICA • Aumento da concentração da população humana mundial nas grandes metrópoles trás consequências ambientais desfavoráveis • Resultado contaminação do ar por poluentes • Principais Fontes: • Estacionárias • Móveis principalmente a partir da queima de combustíveis fósseis TOXICOLOGIA AMBIENTAL DEFINICAÇÃO DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA Resolução Conama n°3, de 28/06/1990 (Conama 1990) - qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde . TOXICOLOGIA AMBIENTAL DEFINIÇÃO DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA Freedman (1995) - qualquer substância adicionada à atmosfera em concentrações suficientemente altas para causar efeitos tóxicos mensuráveis nos seres vivos e em materiais. * Freedman, B. 1995. Environmental ecology. The ecological effects of pollution, disturbance and other stresses. 2nd. Academic Press Inc. San Diego. TOXICOLOGIA AMBIENTAL POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA contribui para inúmeras patologias aumento da taxa de mortalidade ela é transfronteriça (o vento espalha até longas distâncias) o grau de exposição pode ser determinado quando se mede a concentração de um poluente atmosférico influenciada pelas condições meteorológicas POLUENTES ATMOSFÉRICOS CLASSIFICAÇÃO - Os poluentes primários: são aqueles liberados diretamente das fontes de emissão, como: - o dióxido de enxofre (SO2), - o sulfeto de hidrogênio (H2S), - os óxidos de nitrogênio (NOx), - a amônia (NH3), - o monóxido de carbono (CO), - o dióxido de carbono (CO2) - o metano (CH4). POLUENTES ATMOSFÉRICOS CLASSIFICAÇÃO - Os poluentes secundários: são aqueles formados na atmosfera através de reações químicas entre os poluentes primários. Se destacando o: - peróxido de hidrogênio (H2O2), - o ácido sulfúrico (H2SO4), - o ácido nítrico (HNO3), - o trióxido de enxofre (SO3), - os nitratos (NO3 -), - os sulfatos (SO4 2-), - o ozônio (O3) - o nitrato de peroxiacetila – PAN – (CH3 = OO2NO2), Os dois últimos estão entre os mais prejudiciais às pessoas e à vegetação, porque formam radicais livres (superóxidos, hidroxilas, dentre outros) que atacam os seres vivos. POLUENTES ATMOSFÉRICOS OUTROS POLUENTES: - hidrocarbonetos, - compostos orgânicos voláteis (COVs), - Metais (ex: mercúrio) - material particulado (MP): que corresponde às partículas em suspensão com diâmetro menor que 50µm. Estas partículas podem conter elementos tóxicos como o arsênico (As), o chumbo (Pb), o cobre (Cu) e o níquel (Ni) e também aerossóis emitidos pela combustão(componentes orgânicos, inorgânicos e biológicos) POLUENTES ATMOSFÉRICOS AGENCIAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL - Definem valores limites para os poluentes - Os valores limites são utilizados como referência para avaliar a situação ambiental - Agências internacionais e nacionais - US EPA- NAAQS (Environmental Protection Agency - National Ambiente Air Quality Standards), localizada nos Estados Unidos da América - WHO (World Health Organization) com sede em Genebra, Suíça - CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) em SP – monitora a região Metropolitana de São Paulo, algumas cidades do interior do Estado (Campinas, Paulínia, Sorocaba e Cubatão) Os valores dos limites seguem os sugeridos da OMS (Organização Mundial de Saúde). Valores-padrão dos poluentes estabelecidos pelas agências ambientais CETESB, NAAQS e WHO. Fração fina Fração grosseira Qualidade do ar fixada pela Resolução do Conama Nº 003 (28/06/1990) 1- não deve ser excedido mais de uma vez no ano 2- media geométrica anual (MGA) 3- media aritmética anual (MAA) 4- As concidções de referencia para as concentrações a 25ºC e pressão a 760 mmHg POLUENTES ATMOSFÉRICOS São diferenciados por sua reatividade química de oxido redução (redox) - Tipo redutora: SO2 - Tipo oxidante: produtos de reações fotoquímicas como óxidos de nitrogênio (Nox), Ozônio O3 , aldeídos, eletrófilos de hidrocarbonetos POLUENTES REDUTORES (SO2) • gás irritante • solúvel em água • absorvido predominantemente pelas vias aéreas superiores • efeitos ambientais: chuva ácida quando se difundem na atmosfera, podem reagir com a água, formando H2SO4 que causa corrosão aos materiais e danos à vegetação. • efeitos no homem: broncoconstrição e secreção de muco POLUENTES REDUTORES (SO2) efeitos no homem: Exposições prolongadas a baixos níveis diminuem gradativamente as defesas do pulmão; Ocorre maior absorção através da respiração pela boca que pela via nasal, uma vez que gera um fluxo que pode atingir áreas profundas do pulmão Ex1: valores na faixa de 0,4 a 1 ppm podem induzir bronco constrição em asmáticos em 5 a 10 minutos Ex2: praticantes de esportes podem inalar mais SO2 podendo desenvolver irritações em maior grau POLUENTES REDUTORES (SO2) efeitos no homem: Aspirado o SO2 se dissolve como sulfito(SO3-2) ou bissulfito (HSO3-1) os sulfitos e bissulfitos podem ser tóxicos. São usados como conservantes de alimentos e melhoram a cor dos mesmos - Na União Europeia, os sulfitos são representados pelo código E220-E228, excluindo o E225, e considerados, a partir de 2005, como alergénicos se a sua quantidade exceder 10 miligramas por quilo ou litro A ingestão de quantidades acima de 0,7 miligramas por quilo diários pode provocar, entre outros: - dores de cabeça e abdominais, náuseas, vómitos e diarreia, bem como reações asmáticas graves e, em casos extremos, a morte. POLUENTES REDUTORES (SO2) • Uma a cada 100 pessoas pode apresentar forte reação aos sulfitos: -- incluindo ataques de asma e até choque anafilático; • No restante da população as reações podem ser das mais variadas, desde: - coceiras e vermelhidão na pele, eczema, - dificuldades respiratórias, rinite alérgica, - palpitações, dores articulares, dores de cabeça, - náuseas e irritação do trato gastrointestinal. • Um dos efeitos mais maléficos dos sulfitos é que eles inibem a tiamina, destruindo a vitamina B1. (necessária para o bom funcionamento do SNC, Músculos e coração; metabolismo da glicose) Pode levar a lesões cerebrais irreversíveis POLUENTES REDUTORES (SO2) • A indústria farmacêutica também utiliza sulfitos na elaboração de medicamentos, por causa de seu poder antibacteriano e antifúngico. • Assim, antibióticos (gentamicina, amicacina, tobramicina), analgésicos (meperidina), anestésicos locais (lidocaína, procaína), tubetes de anestésicos odontológicos e soluções parenterais e de diálise, além de muitos outros, contém sulfitos. POLUENTES REDUTORES (SO2) • Seus derivados como H2SO4 , SO4 -2 tem o mesmo efeito provocado pelo SO2 • por ser um aerossol deposita-se profundamente ao longo do TR • sua acidez lesa fagócitos e células epiteliais • inalações crônicas tem um alto potencial de levar a bronquite Ex: fabricas de pilhas os funcionários estão expostos a nevoas de acido POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO • Os poluentes conhecidos como material particulado tem sido estudados como um dos principaisresponsáveis por doenças cardiorrespiratórias. • Essas Doenças tanto podem ser desencadeadas como agravadas pela contaminação ambiental resultante dos poluentes atmosféricos: • Este material, por sua vez, possui diversas substâncias em sua composição química, componentes orgânicos, inorgânicos, metais e biológicos. EXEMPLOS DE MATERIAL PARTICULADO TOXICIDADE AO HOMEM POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 1. Compostos orgânicos 1.1 Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), Ex: Benzeno(a)pireno: FONTE: - presente na fumaça de cigarros, - presente na fumaça do carvão (sobre carnes assadas ou carnes e peixes defumados) , - e também na atmosfera das grandes cidades. POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 1. Compostos orgânicos 1.1 Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), Ex: Benzeno(a)pireno TOXICIDADE - têm sido fortemente associados com processos inflamatórios. - é um potente agente cancerígeno e mutagênico (reage com o DNA humano) - está associado à ocorrência de câncer de pulmão, de laringe e de boca em fumantes. Ele também é provavelmente o causador do câncer de bexiga e de pâncreas nessas pessoas. POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO - O biomarcador de exposição ao benzo[a]pireno (BaP) é seu metabólito o 1-hidroxipireno (1-HP) urinário. - A quantificação de 1-HP urinária é representativa para avaliar exposição a HPA , mais especificamente, a exposição a BAP - Biomarcador usado no biomonitoramento de exposição humana à poluição do ar Ex: Um aumento no nível 1-HP urinário foi encontrado para fumantes e não fumantes, indicando que a poluição do ar é uma fonte possível de exposição ao BaP para os não fumantes Ex: os fumantes apresentaram valores muito mais elevados de 1-HP urinário em relação aos não-fumantes, indicando que os fumantes apresentam uma fonte adicional de exposição BaP POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 1. Compostos orgânicos 1.2 matéria carbonácea ultrafina - Podem representar entre 30 a 60% da massa total do MP ultrafino - Carbono ultrafino (<0,1μm) é mais tóxico do que o de tamanhomaior (2,5 μm) FONTE: - combustão do petróleo e carvão - combustão do diesel: partículas de carbono agregadas a (nitro aromáticos e policíclicos e metais). Produz também NOx, CO, SOx, Formaldeidos, Acroleina e outros aldeídos POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 1. Compostos orgânicos 1.2 matéria carbonácea ultrafina TOXICIDADE: - irritantes - inflamatórias - citotóxicas para células das vias aéreas POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 1. Compostos orgânicos 1.3 Adeídos FONTE: - reações fotoquímicas ativadas pelas radiações UV de hidrocarbonetos Formaldeidos correspondem 50% dos aldeídos totais Acroleina representa apenas 5% dos aldeídos totais Acetaldeidos e outros aldeídos de cadeia longa completam os demais aldeídos, mas tem baixa irritabilidade devido a menor concentração e baixa solubilidade. - na fumaça do tabaco (90 ppm e 8 ppm por sopro, respectivamente para formaldeídos e acroleina) POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 1. Compostos orgânicos 1.3 Adeídos TOXICIDADE: Formaldeido e acroleína - Irritação sensorial por forte odor - Irritação dos olhos (a acroleina é mais irritante) - São agonistas competitivos dos mesmo receptores nas vias aéreas - O formaldeido é mais soluvel em água tendo maior captação nasofaringea - A acroleína é mais reativa interagem com macromoléculas de muitos tecidos POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 1. Compostos orgânicos 1.3 Adeídos TOXICIDADE: Formaldeido - é absorvido pelas mucosas nasais, pulmões e olhos - 0,5 – 1ppm odor detectável - 2 -3 ppm irritação leve - 4 -5 ppm insuportável para maioria das pessoas - estimulam o nervo trigêmeo e nervo vago - sua toxicidade pode aumentar ao interagir com sais solúveis ou MP (carbono) POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 1. Compostos orgânicos 1.3 Adeídos TOXICIDADE: Formaldeido - pode ser tóxico em ambientes internos uma vez que podem ser liberados por materiais de construção ( compensado, móveis e espumas de ureia- formaldeído) - vapor irritante que pode causar efeitos respiratórios e oculares - pode causar câncer nasofaringe e leucemia POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 1. Compostos orgânicos 1.3 Adeídos TOXICIDADE: Acroleína - em concentrações abaixo de 1ppm causam irritação dos olhos e das membranas do TR POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO monóxido de carbono FONTE: Combustão e Queima De Petróleo TOXICIDADE: - asfixiante químico: forma a carboxihemoglobina e impede a oxigenação. (< 2% não se observa problemas já níveis superiores a 40% podem ser fatais) - parâmetro: 35ppm/h - taxas de 87 ppm foram encontrados em tuneis, garagens subterrâneas e interiores de edifícios próximos a grandes rodovias. POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 2. POLUIÇÃO FOTOQUÍMICA FONTE: - reações complexas ativadas por raios UV - mistura de O3, NOx, Nitratos de peroxiacetila (Naps) entre outros TOXICIDADE: Ozonio O3 - é o mais tóxico e altamente reativo - ocorre por meio de radicais hidrocarbonetos cíclicos ou intermediários (semiciclicos) - a concentração de seus precursores nunca alcança níveis suficientes para induzir toxicidade aguda - formam ‘smog’ oxidante (mistura de fumaça e neblina) POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 2. POLUIÇÃO FOTOQUÍMICA FONTE: - reações complexas ativadas por raios UV - mistura de O3, NOx, Nitratos de peroxiacetila (Naps) entre outros TOXICIDADE: Ozonio O3 - inflamação - diminuição da capacidade respiratória - predispões as vias aéreas a serem agredidas por outros poluentes POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 2. POLUIÇÃO FOTOQUÍMICA FONTE: - reações complexas ativadas por raios UV - mistura de O3, NOx, Nitratos de peroxiacetila (Naps) entre outros TOXICIDADE: NO2 - irritante das vias aéreas podendo causar edema pulmonar - ‘doença dos enchedores de silo’: ameaça para agricultores, quantidades maiores de NO2 são liberadas por ensilagem - 75 – 100ppm: falta de ar, edema e sintomas de lesão pulmonar - bronquites: poluente de ambientes interiores como casas pouco ventiladas (fogões e aquecedores); fumaça do cigarro - afetam a resposta imune do organismo, aumentando o número de infecções associadas com a exposição ao NO2 POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 2. POLUIÇÃO FOTOQUÍMICA FONTE: - reações complexas ativadas por raios UV - mistura de O3, NOx, Nitratos de peroxiacetila (PAN) entre outros TOXICIDADE: PEROXIACETILA (PAN) - irritante dos olhos - a córnea tem muitos receptores que respondem de forma rápida POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 3. metais: qualquer metal pode ser encontrado nesse material • fonte: • fundição de metal • combustão do petróleo e carvão, • metais liberados por motores desgastados • derivados da crosta terrestre fração fina (< 2,5μm) Fração Grosseira ( 2,5- 10μm) POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 3. metais: qualquer metal pode ser encontrado nesse material • Toxicidade: os metais encontrados em diferentes formas (óxidos, cloretos e sulfatos) - solubilidade: pode aumentar a biodisponibilidade (NiO x NiCl2) - insolubilidade: aumenta o tempo de retenção nos pulmões (CdO x CdCl3) POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 3. metais: qualquer metal pode ser encontrado nesse material • Toxicidade: - interação entre as partículas metálicas e os poluentes gasosos: - Poluentes gasosos tem a habilidade de influenciar a depuração e metabolização do material particulado nos pulmões podem reagir quimicamente aumentando os riscos imediatos ou a longo prazo. - Essas interações podem alterar a toxicidadetanto dos gases como do material particulado. POLUENTES – MATERIAL PARTICULADO 3. metais: qualquer metal pode ser encontrado nesse material • Toxicidade: interação entre as partículas metálicas e os poluentes gasosos: • Ex: Fundição de metal ou combustão do carvão - Emissão de H2SO4 que pode se associar a MP ultrafino de óxidos de metal. O metal aumenta a toxicidade do ácido. TAXAS DE CANCER DE PULMAO EXCLUINDO O FUMO DO CIGARRO Produtos de combustão incompleta Hidrocarboneto butadieno Cromo Benzeno Estudo mostra uma estimativa de 2000 casos Por ano de câncer de pulmão provocados por Poluentes do ar excluindo o fumo. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR • Medidas para diminuição dos níveis de poluentes no ar a longo prazo. Dentre elas podem ser citadas: - maior rigor no controle das emissões, tanto móveis como estacionárias, por parte das agências de proteção ambiental; - a melhoria e o incentivo do transporte público; - revisão das concentrações limites estabelecidas com base em valores utilizados no hemisfério norte, adequando-as às realizações locais. - mais estudos que avaliem os efeitos dos poluentes em ecossistemas e também a seleção e padronização de plantas nativas a serem usadas como bioindicadoras em associação com plantas bioindicadoras já consagradas no hemisfério norte. - Estudos que utilizem simultaneamente plantas nativas e bioindicadoras clássicas poderão gerar informações importantes e possíveis cooperações entre programas internacionais. Critérios para episódios agudos de poluição do ar Conama Nº 003 (28/06/1990) Criterios para elaboração de um plano de emergência
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