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Toxicologia Ambiental Poluentes atmosféricos Metais Pesados Praguicidas Aula 03 2021/1 Contaminação ambiental: consequência da industrialização, da utilização crescente de veículos e do uso intensivo dos recursos naturais pela agropecuária, silvicultura e mineração. Principais poluentes ambientais: • Poluentes atmosféricos (poeiras e gases); • Poluentes orgânicos persistentes; • Praguicidas e pesticidas; • Metais tóxicos. • Origem: natural ou antropogênica Toxicologia Ambiental – Introdução Toxicologia Ambiental – Introdução Toxicologia Ambiental – Introdução Toxicologia Ambiental (Ecotoxicologia): • Estuda como os ecossistemas metabolizam, transformam, degradam, eliminam, acumulam e sofrem ação da toxicidade dos produtos químicos que nele penetram; • Alerta para as substâncias químicas que representam risco e sugere a aplicação de medidas preventivas antes que ocorram graves danos aos ecossistemas naturais. Ecotoxicocinética Ecotoxicocinética: Estuda a introdução, o comportamento e o destino das substâncias químicas no ambiente e nos organismos. (introdução, distribuição, depuração) 1) Introdução – como o toxicante chegou ao ambiente? 2) Distribuição – em que locais o toxicante está presente? No solo? No ar? Na água? Forma depósitos? Está presente na biota, ou seja, atinge os organismos vivos por bioacumulação? 3) Depuração – toxicante é degradado? Por fatores abióticos, bióticos ou ambos? Toxicologia Ambiental – Ecotoxicocinética 1) Introdução: resíduos industriais, pesticidas etc. entram em contato com o meio ambiente; 2) Distribuição: organismos e ambiente externo de um ecossistema. • Depósitos: locais, no ambiente, onde o toxicante se encontra em maior concentração). Toxicologia Ambiental – Ecotoxicocinética 2) Distribuição: organismos e ambiente externo de um ecossistema. • Bioacumulação: distribuição pela biota Bioacumulação Bioconcentração Biomagnificação POR BIOCONCENTRAÇÃO Toxicologia Ambiental – Ecotoxicocinética • Bioacumulação: transferência dos contaminantes para um organismo, no qual as concentrações passam a ser maiores que as do meio externo. Quanto maior a lipossolubilidade, maior a bioacumulação (coeficiente de partição octanol/água - Kow). • Bioconcentração: Bioacumulação de forma direta, pelo ambiente que envolve o organismo (ex.: água passando pelas guelras de peixes) • Biomagnificação: Bioacumulação por transferência via organismos menores que são fontes de alimentos de organismos maiores (ex.: acúmulo de PCB e de mercúrio em tubarões). Toxicologia Ambiental – Ecotoxicocinética Toxicologia Ambiental – Ecotoxicocinética Outro exemplo de biomagnificação: Baía de Minamata (anos 1950) 3) Depuração ou degradação: processos, bióticos ou abióticos, que envolvem a alteração da estrutura química do toxicante. Toxicologia Ambiental – Ecotoxicocinética Toxicologia Ambiental – Ecotoxicocinética Degradação por processos abióticos: •Hidrólise: alteração da estrutura química por reação direta com água. •Oxidação: a modificação química envolve transferência de elétrons do xenobiótico para um aceptor de elétrons (oxidante). •Redução: envolve a transferência de elétrons de um agente redutor para o xenobiótico a ser reduzido. •Degradação fotoquímica: transformação causada por interação com luz solar. 3) Depuração ou degradação: processos, bióticos ou abióticos, que envolvem a alteração da estrutura química do toxicante. Degradação por processos bióticos: • Biodegradação microbiana, promovida por microrganismos heterotróficos. Estes microrganismos possuem enzimas envolvidas em processos metabólicos fundamentais (oxidação e hidrólise). • Biodegradação depende das espécies presentes no ambiente. Toxicologia Ambiental – Ecotoxicocinética 3) Depuração ou degradação: processos, bióticos ou abióticos, que envolvem a alteração da estrutura química do toxicante. Avaliação do Risco Ambiental • Risco ambiental: probabilidade de ocorrência de um evento indesejado, decorrente da introdução de algum toxicante no ambiente. • Na sociedade globalizada, o risco zero nunca é atingido Avaliação do Risco Ambiental • Avaliação do risco ambiental: processo que estabelece os níveis de aceitabilidade de risco para o indivíduo, sociedade e ecossistema. • Objetivo: prover os órgão ambientais responsáveis pela regulação ambiental e a estrutura da empresa com informações relevantes que possibilitem controlar os riscos presentes. • Etapas: 1) Identificação do perigo 2) Avaliação da relação dose-resposta 3) Avaliação da exposição 4) Gerenciamento do risco Avaliação do Risco Ambiental 1) Identificação do perigo: • Identificação do contaminante primário, ou seja, a fonte de contaminação. • Quantificar a concentração do contaminante no meio ambiente. • Caracterizar e descrever os meios de contaminação envolvidos. • Descrever a toxicidade. Avaliação do Risco Ambiental 2) Avaliação dose-resposta: avalia se a dose administrada ou recebida do contaminante promove um efeito deletério na população/ambiente. Administração aguda. Além disso.... Avaliação do Risco Ambiental 3) Avaliação de exposição: Estima a magnitude, a frequência, a duração e as vias de exposição mais representativas de efeitos potenciais. Administração crônica. - Muitas vezes, envolve a avaliação de bioindicadores e/ou biomarcadores Avaliação do Risco Ambiental Vias: • Humanos: pulmões, pele, trato gastrointestinal; • Ecossistemas: receptores ambientais. Avaliação do Risco Ambiental Bioindicador: É a espécie cuja presença/ausência indica alterações no meio ambiente Ex.: Alga Sargassum: sensível à poluição, não é encontrada em águas poluídas (sua ausência indica poluição) Biomarcador: É o evento biológico (mecanismo fisiológico) alterado pelo toxicante. Hematócrito e hemoglobina aumentados em peixes Pagothenia borchgrevinki expostos à fração solúvel do óleo diesel. Avaliação do Risco Ambiental Biomarcadores Exemplos de Biomarcadores: Avaliação do Risco Ambiental Avaliação do Risco Ambiental Resultado da avaliação do risco ambiental: elaboração de um laudo técnico Poluição do ar Poluição pode acometer: • Ar: queimadas, poluição nos grandes centros urbanos. • Água • Solo Resíduos domésticos e industriais Poluição do Ar • Poluição do ar nos grandes centros urbanos constitui um dos maiores problemas ambientais da atualidade. •Poluição do ar em ambientes rurais: queimadas • Alterações pulmonares, cardiovasculares etc. Resposta varia entre crianças, idosos, grávidas etc. • CETESB: controle e fiscalização de fontes fixas (indústrias) e móveis (automóveis), no Estado de São Paulo. Poluição do Ar Boletins de Qualidade do Ar Poluição do Ar • Poluentes primários: lançados diretamente da fonte de emissão. Responsáveis por mais de 98% da poluição do ar → CO, SOx, hidrocarbonetos (HC), material particulado (MP), NOx. • Poluentes secundários: formados na atmosfera a partir da reação química entre poluentes primários → ozônio em baixas altitudes, ácido sulfúrico. • Intoxicações crônicas (relacionadas a enfisema, câncer, doenças CV etc) são mais comuns, entretanto intoxicações agudas (lacrimejamento, dif respiração e dim da capacidade física) tb são letais (epidemiologia → correlação entre picos de poluição e internações hospitalares). Poluição do Ar Principais poluentes atmosféricos: - Dióxido de enxofre (SO2) - Partículas em suspensão (MP10, MP2,5, MP0,1) - Monóxido de carbono (CO) - Dióxido de carbono (CO2) - Oxidantes fotoquímicos (ozônio – O3, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio) Principais Poluentes Atmosféricos Dióxido de enxofre (SO2) e outros compostos de enxofre: - Origem: combustíveis fósseis e carvão, indústria de ácido sulfúrico e de papel. - Potencial irritante de mucosas: em superfícies úmidas, se converte a ácido sulfúrico (H2SO4) → irritação, inflamação, hemorragia e necrose da nasofaringee orofaringe. - Envolvido no fenômeno de chuva ácida (formação de H2SO4 na atmosfera). - Destrói plantas, - contamina o solo e - Contamina os lençóis freáticos Principais Poluentes Atmosféricos Partículas em suspensão ou material particulado: - Mistura variada de partículas finas em suspensão no ar (contém metais pesados, principalmente chumbo e mercúrio, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, POPs etc). - MP10 → partículas inaláveis com diâmetro superior a 10 µm. - MP2,5 → partículas inaláveis com diâmetro superior a 2,5 µm - → Podem ficar retidas na nasofaringe ou atingir os brônquios e alvéolos) - MP0,1 → atingem facilmente brônquios e alvéolos. Partículas em suspensão ou material particulado: - Podem viajar milhares de quilômetros na atmosfera, podem se depositar no solo e nos oceanos, por deposição seca ou úmida, atingindo outros países. - Prevenção: uso de etanol (???), melhores técnicas de combustão, lavadores na saída de chaminés, filtros etc. Principais Poluentes Atmosféricos Monóxido de Carbono: - Produto da combustão incompleta. - Afinidade pela hemoglobina 240 a 300 vezes maior que o O2 - Carboxihemoglobina: ligação irreversível do CO com a hemoglobina → anóxia tecidual. Normal: 1,5% - Detecção: espectofotométrica. - Prevenção: uso de etanol, melhores técnicas de combustão, lavadores na saída de chaminés, filtros etc. Principais Poluentes Atmosféricos Dióxido de Nitrogênio: - Processos de combustão envolvendo veículos automotores, industriais, incineração, oxidação de fertilizantes a base de nitrogênio. - Emissão na forma de NO (relativamente atóxico, instável) → oxidação a NO2. - NO2 na atmosfera: formação de ácido nítrico, nitratos, ozônio - Potente oxidante: irritação das vias aéreas, enfisema pulmonar, câncer, danos ao feto; chuva ácida Principais Poluentes Atmosféricos Ozônio (O3): - Desejável: O3 na estratosfera → absorção da radiação UV. - Indesejável: O3 na troposfera → poluente secundário originado a partir de óxidos de nitrogênio e compostos de oxigênio voláteis. - Potente agente oxidante e citotóxico. Facilmente absorvido, causando alterações irreversíveis no pulmão. Principais Poluentes Atmosféricos Exercícios Fenômeno que ocorre quando há acúmulo progressivo de substâncias de um nível trófico para outro ao longo da teia alimentar. Assim, os predadores de topo têm maiores concentrações dessas substâncias do que suas presas. a) Bioconcentração b) Biomagnificação c) Depósito d) Biodegradação e) Lipossolubilidade Exercícios Um importante poluente atmosférico das grandes cidades, emitido principalmente por automóveis, tem a propriedade de se combinar com a hemoglobina do sangue, inutilizando-a para o transporte de gás oxigênio. Esse poluente é o a) dióxido de carbono. b) dióxido de enxofre. c) metano. d) monóxido de carbono. e) ozônio. Metais pesados Metais pesados Metais pesados: - Metais altamente reativos e bioacumulativos. - Grupo de elementos situados entre o cobre e o chumbo na tabela periódica. - Provenientes de atividades como a mineração, de indústrias de galvanoplastia, e do despejo de efluentes domésticos. - Quando são lançados como resíduos industriais, na água, no solo ou no ar, podem ser absorvidos pelos vegetais e animais das proximidades, provocando graves intoxicações ao longo da cadeia alimentar. Metais pesados Chumbo (Pb): - Concentrações sanguíneas elevadas em populações que residem nas proximidades de incineradores e áreas industrializadas. - Alterações do sistema neurológico: encefalopatias, déficit de inteligência e distúrbios do aprendizado - Alterações hematológicas: decréscimo na síntese do heme e aumento da destruição dos eritrócitos - Alterações endócrinas: alterações na tireóide e na síntese de GH - Alterações reprodutivas: infertilidade masculina, abortos - Provável carcinógeno: grupo 2B Principais Metais Pesados Classificação de carcinógenos segundo a Agência Internacional de Pesquisa do Câncer Chumbo (Pb): - Alteração da biossíntese do heme e diminuição da meia-vida dos eritrócitos → anemia microcítica e hipocrômica + pontilhado basófilo Principais Metais Pesados Chumbo (Pb): - Alterações na biossíntese do heme → resultado da inibição da enzima ácido delta aminolevulínico desidratase (ALA-D), da coproporfirinogênio oxidase e da ferroquelatase, enzimas que catalisam, respectivamente, o segundo, sexto e último passos da biossíntese do heme. - Alelo ALAD2 é determinante para aumentar a susceptibilidade à toxicidade do chumbo → fenótipos ALAD1-2 e ALAD2-2 relacionados com aumento dos níveis séricos de chumbo. Principais Metais Pesados Mercúrio (Hg): - Existe em três formas, com características diferentes de biodisponibilidade e toxicidade: metálica (mercúrio elementar), sais inorgânicos e compostos orgânicos (metilmercúrio, etilmercúrio e fenilmercúrio). - Atividades antropogênicas intencionais (mineração) e não intencionais (queima de combustíveis fósseis). - Contaminação da água e dos alimentos. Principais Metais Pesados Ciclo do Mercúrio (Hg): - Na atmosfera, mercúrio metálico (Hg0) é convertido em mercúrio inorgânico (Hg2+) - Mercúrio inorgânico (Hg2+) é biotransformado em metilmercúrio (H3C – Hg +) por bactérias → metilmercúrio se acumula em cada passo da cadeia alimentar (elevados níveis nos peixes). - Mercúrio orgânico é biotransformado em mercúrio inorgânico pela ação da enzima catalase. - Mercúrio inorgânico não se bioacumula (exceção: cogumelos). Principais Metais Pesados Principais Metais Pesados Principal fonte de exposição ao mercúrio: mercúrio presente na atmosfera atinge rios e solo → ciclo do mercúrio → mercúrio orgânico se acumula na cadeia alimentar aquática (biomagnificação) → ingestão de´peixes contaminados (concentração de mercúrio de 10.000 a 100.000 vezes maior). Principais Metais Pesados de mercúrio Principais Metais Pesados Mercúrio Elementar ou metálico (Hg0) Exposição ocupacional (inalatória), oral para crianças. Lipossolúvel Intoxicação crônica → mercurialismo crônico: alterações no SNC, autônomo → tremores, eretismo, e dificuldade cognitiva, distúrbios vasculares. Alterações da mucosa oral (hiperplasia, reação inflamatória, sialorreia). Mercurialentis. Alterações renais: insuficiência renal crônica. Sais de mercúrio (Hg2+) Reagentes laboratoriais e baterias. Acidentes. Hidrossolúvel. Intoxicação aguda: insuficiência renal aguda (rins: reservatórios; nefrite e apoptose das células renais); distúrbios TGI. DL50 = 30 a 50 mg/kg. Mercúrio Orgânico (metilmercúrio, etilmercúrio etc.) Biota. Lipossolúvel - biomagnificação Efeitos principalmente no SNC. Parestesias, fadiga, tremores. Alterações cerebelares. Retardo psicomotor em crianças (transferência mãe-feto); diminuição do desempenho motor e da memória (~ao Alzheimer); danos na visão e audição; autismo, fala tardia etc. Principais Metais Pesados Biomagnificação do mercúrio orgânico Praguicidas Sinônimos: agrotóxicos, pesticidas, praguicidas, agroquímicos, defensivos agrícolas. Definição: substâncias destinadas a destruir, repelir ou mitigar qualquer peste (animais, vegetais ou microrganismos). Benefícios: vantagens à horticultura, redução das doenças causadas por pragas, aumento da produtividade agrícola, redução de perdas durante estocagem e transporte. Riscos: às espécies animais e/ou vegetais que habitam os ecossistemas, aos seres humanos (bioacumulação). Praguicidas Praguicidas Principais classes: 1) Organoclorados: agricultura e saúde pública; são poluentes orgânicos persistentes (POPs). Interferência com sistemas enzimáticos (fígado e SNC) 2) Organofosforados: agricultura, uso doméstico, saúde pública e armas químicas (II GM). Inibição irreversível da enzima acetilcolinesterase. 3) Carbamatos: agricultura, uso doméstico, saúde pública. Inibição reversível da acetilcolinesterase.4) Piretroides: inativação dos canais de sódio, o que impede a condução do impulso nervoso. Risco principalmente para os organismos aquáticos. Praguicidas 1) Organoclorados: BHC, DDT, etc. - Muito lipossolúveis – bioacumulação; passagem para a prole a partir da amamentação (POP – permanecem na biota). - DDT: primeiro pesticida moderno → combate dos mosquitos da malária e da dengue a partir da II GM. - Mecanismos de ação: nos insetos, diminui transporte de potássio, mantém canais de cálcio abertos, inibe as ATPases neuronais, inibe a calmodulina. - Humanos: toxicidade aguda e crônica. retarda o fechamento dos canais de sódio, o que causa hiperexcitabilidade neuronal câncer de mama e de testículo Se liga aos receptores de estrógeno Infertilidade masculina; Abortos O DDT é um POP - Populações que foram introduzidas ao pesticida possuem concentrações da mesma em seus corpos por mais de 50 anos, e é passado de mãe para filho(a) durante a gestação e amamentação; - Meio ambiente: risco á biodiversidade; - Brasil: proibido somente em 2009. Praguicidas A Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes é um tratado internacional assinado em 2001 auspiciado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Foi elaborado para eliminar globalmente a produção e o uso de algumas das substâncias tóxicas produzidas pelo homem. A lista inicial dos Doze POPs da Convenção de Estocolmo é dividida em oito pesticidas, duas substâncias químicas industriais e quatro substâncias não intencionais. Pesticidas Aldrin sólido Aldrin Liquido Clordano DDT Dieldrin Endrin Sólido Endrin Liquido Heptaclor Mirex Toxafeno Sólido Toxafeno Líquido Outros Poluentes Orgânicos Persistentes Substâncias químicas industriais Hexaclorobenzeno PCBs – Bifenilas policloradas Não intencionais (Subprodutos) Hexaclorobenzeno PCBs – Bifenilas policloradas Dioxinas Furanos Pops não Intencionais http://chm.pops.int/Convention/12POPs/tabid/296/language/en-US/Default.aspx Praguicidas 2) Organofosforados e 3) Carbamatos - Mecanismo de ação: inibição irreversível (organofosforados) ou reversível (carbamatos) da acetilcolinesterase; - Avaliação da exposição: atividade da colinesterase plasmática; - Intoxicação aguda: aumento SNPS, tremores, agitação. - Antídoto: atropina + pralidoxima - Intoxicação crônica: alterações endócrinas, depressão, efeito hepatotóxico. Praguicidas 4) Piretroides - Mecanismo de ação: Inibição dos canais de sódio (tanto de insetos quanto de mamíferos); - Porém, são rapidamente metabolizados no organismo dos mamíferos e excretados, não se acumulando nos tecidos - Em doses muito altas: despolarizam completamente a membrana da célula nervosa e bloqueiam a excitabilidade, podendo produzir danos permanentes - Bastante tóxicos para peixes e artrópodes aquáticos, assim como para as abelhas. Inseticidas domésticos: mistura de piretroides e carbamatos Exercício A respeito da toxicologia do mercúrio, analise as afirmações a seguir: I. No ambiente, o mercúrio orgânico é biotransformado por bactérias em mercúrio metálico. II. O mercúrio inorgânico interfere com a biossíntese do heme, portanto um achado laboratorial comum é o pontilhado basófilo em hemácias. III. O metilmercúrio se acumula em grandes quantidades nos peixes. Considere V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. Qual a alternativa correta? a) V, F, F. b) V, V, F. c) V, V, V. d) V, F, V. e) F, F, V. Atividade A fim de caracterizar a toxicidade dos pesticidas organofosforados, foi realizado o seguinte experimento: Ratos albinos machos e fêmeas da linhagem Wistar (225 g + 25 g) foram divididos em 4 grupos, numerados de 1 a 4. Cada grupo contém 8 animais. • O grupo 1 foi tratado apenas com o organofosforado paraoxon (0,3 mg/kg); • O grupo 2 com paraoxon (0,3 mg/kg) seguido imediatamente de atropina (0,3 mg/kg); • O grupo 3 com paraoxon (0,3 mg/kg) seguido imediatamente de pralidoxima (10,0 mg/kg) e • O grupo 4 (Controle) recebeu apenas veículo (0,25 mL). Os sinais de intoxicação e sua intensidade foram observados diariamente após a aplicação dos produtos e registrados durante a primeira hora e a cada 30 min das seis horas subsequentes. Observou-se broncoconstrição, bradicardia, diarreia, vômito, aumento na frequência de urinar, sialorreia, sudorese intensa, fasciculações musculares, seguidas de flacidez muscular e agitação psicomotora. • O grupo 1 apresentou os sinais mais intensos. • O grupo 2, a aplicação de atropina diminuiu a intensidade dos sinais, com exceção da fasciculação e da flacidez musculares, e preveniu a ocorrência de diarréia. • O grupo 3, a pralidoxima impediu a manifestação de todos os sinais. Com base no observado, responda: a) Justifique o aparecimento dos sinais da intoxicação relatados acima. a) Por que a atropina não foi capaz de reverter as fasciculações e a flacidez muscular? b) Por que a pralidoxima impediu a manifestação de todos os sintomas?